Radiologia Intervencionista

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O que você entende por

Radiologia
Intervencionista?

É uma especialidade médica que agrega a clínica


médica avançada, o diagnóstico por imagens e o
tratamento minimamente invasivo.
Biomédico em Imaginologia
Atribuições do biomédico:
Realizar atividades em serviços de radiodiagnóstico
como operar equipamentos da radiologia vascular e
intervencionista.

Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista


(SBHCI) diz que a equipe deve ser formada por 1 (um) profissional
das técnicas radiológica (biomédico) com experiência e treinamento
adequados para operar os equipamentos de radiodiagnóstico de
angiografia.
Conhecimento dos princípios físicos das radiações,
Medidas de proteção,
Estar credenciado no Conselho Federal de Biomedicina - CFBM.
Métodos de diagnósticos por imagens usados na
radiologia intervencionista:
Raios X (arco cirúrgico, angiógrafo,...)
Tomografia Computadorizada.
Ressonância Magnética.
Ultrassonografia
Especialidades Médicas que Utilizam Radiologia
Intervencionista:
Cirurgia Vascular,
Neurocirurgia,
Pediatria,
Cardiologia,
Gastroenterologia,
Nefrologia,
Urologia,
Ginecologia.
História da Radiologia
Intervencionista
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA

08 de novembro de 1895: Descoberta


dos raios X, Röentgen e as
conseqüências de seu uso levaram à
pesquisa das propriedades biológicas
dessa radiação, grandes avanços e à
possibilidade do seu uso com fins
terapêuticos como a Radiologia
Intervencionista.

No ano seguinte, o norte-americano


Thomas Edison, que já havia
apresentado ao mundo a lâmpada de
filamento de carbono (1879), inventou
"o primeiro fluoroscópio".
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA

O radiologista permanecia diretamente em


frente a janela, olhando uma imagem
fluorescente amarelo-esverdeada muito
tênue. Estas primeiras experiências
permitiam a visualização de órgãos internos,
cujo os movimentos podiam ser observados
em tempo real.

Mais tarde, óculos e espelhos foram


desenhados para remover o radiologista
da radiação direta, no entanto, apenas
uma única pessoa podia ver a imagem.
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA

1927, Egas Moniz desenvolveu a


arteriografia cerebral “in vivo”.

Em 1929, o médico alemão Werner Forssmann


realizou o cateterismo do átrio direito com cateter
inserido de uma veia de seu próprio antebraço,
guiado por fluoroscopia.

Em seguida, subiu um lance de escadas e fez uma


radiografia de tórax para provar o sucesso de seu
método.

“Técnica de Seldinger”
Em 1952, o médico radiologista sueco Sven Ivar
Seldinger, realizou um procedimento minimamente
invasivo para se conseguir acesso seguro aos vasos
sanguíneos e outros órgãos com cavidades.
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA

Em 16 de janeiro de 1964: O radiologista Charles Dotter foi o


primeiro a utilizar intencionalmente cateteres para dilatação de
obstruções arteriais.
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA

Primeira paciente: Laura Shaw, uma senhora de 82 anos, internada no


Hospital da Universidade de Oregon com isquemia grave e dolorosa do pé
esquerdo, com úlcera crônica e gangrena de dedos.

Todos os seus médicos haviam recomendado a amputação, mas ela recusou.

Dotter descobriu que a Sra. Shaw possuía uma estenose segmentar grave da
artéria femoral superficial e, após dilatar com sucesso a lesão através de uma
combinação coaxial de cateteres e fios-guia de teflon, conseguiu restaurar a
irrigação arterial (Figura 1).
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA

Figura 1: Angiogramas do 1º paciente


com cateter de Dotter, Laura Shaw: A)
antes da dilatação transluminal da
artéria femoral superficial esquerda, B)
imediatamente após a dilatação e C) 3
semanas após o procedimento

Figura 2: Primeira paciente de


angioplastia de Charles Dotter,
Laura Shaw, 83 anos, em fevereiro
de 1964, três semanas após a
primeira ATP. O paciente segura os
filmes radiográficos com os
mesmos três angiogramas
mostrados na figura anterior.
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA

O procedimento correu bem e em poucos minutos, o pé da paciente estava


quente e hiperemiado.

A dor desapareceu dentro de uma semana e logo a úlcera estava cicatrizada.

Os angiogramas de controle realizados em 3 semanas e 6 meses depois


revelaram que o vaso permanecia pérvio.

A Sra. Shaw morreu de insuficiência cardíaca congestiva quase 3 anos


depois, "andando com seus próprios pés“.
A radiologia intervencionista nasceu
naquele dia. O procedimento foi chamado
de Dottering e foi publicado na revista
Circulation.

Charles Dotter é conhecido como o


"Pai da Radiologia Intervencionista" e
foi nomeado para o Prêmio Nobel de
Medicina em 1978.
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA

O desenvolvimento dos
stents vasculares - 1969.
Mola intra-arterial
expansível de colocação
percutânea introduzida
por Charles Dotter

Em 1974 - Um cardiologista
de Zurique, Andreas
Gruntzig, desenvolveu um
cateter-balão capaz de
dilatar artérias periféricas.
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA

Os primeiros stents
desenvolvidos foram feitos
de nitinol (liga metálica de
níquel e titânio).

Figura 9. Charles Dotter (à esquerda) e Andrew


Cragg (à direita) e seus stents de nitinol.

Gianturco desenvolveu o seu


“Z” stent auto-expansível,
Hans Wallsten introduziu um
stent auto-expansível de
malha.
Figura 10. Cesare Gianturco (à esquerda) e Hans
Wallsten (à direita) e seus stents auto-expansíveis.
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA

Julio Palmaz, conhecido por ter


inventado o balão expansível stent,
pelo qual recebeu uma patente
registrada em 1985.

Introduziu os stents na prática


clínica, revolucionando o tratamento
do aneurisma de aorta abdominal
em 1991, através do
desenvolvimento do implante
endovascular de endoprótese
metálica recoberta.
Equipamentos da
Radiologia
Intervencionista
Raios X
• No início as cirurgias eram muito precárias, na verdade eram
mutilações com cortes imensos e bastante rápidas, só
enxergava o que estava exposto e o risco de infecção era bem
maior, devido poucas técnicas de assepsia.

• A mudança deu início com a grande descoberta dos raios X em


1895.

O que é Fluoroscopia ?

A fluoroscopia (radioscopia) é um
exame que fornece imagens em
movimento e em tempo real do interior do
corpo, a partir da emissão de raios X.
Fluoroscopia X Radiografia
A radiografia convencional utiliza receptores de imagem que geram
imagens estáticas e precisam ser processados posteriormente (filmes,
CR e DR).

 A fluoroscopia possui um sistema de aquisição de imagens dinâmicas,


vistas em tempo real durante o exame.

Convencional Digital (CR/DR) Fluoroscopia


Arco
Cirúrgico

• É um aparelho com emissão de radiações ionizantes,


capacitado para radiografia e fluoroscopia.

• É composto por arcos, montados sobre rodas, tubo de


raios-x, colimador, unidade de comando, intensificador de
imagens e sistema de monitores com suporte móvel.
Figura 3 Equipamento intervencionista com
intensificador de imagem.
Polígrafo - Hemodinâmica
É utilizado para monitorizar, registrar e calcular parâmetros
fisiológicos do paciente submetido a procedimentos de
hemodinâmica, como o cateterismo cardíaco.

Monitorar:
ECG (eletrocardiograma).
Pressão invasiva.
Medição de débito
cardíaco.
Oximetria de pulso (SpO2).
Radiação Aonde???
Visão
Audição
Tato
Paladar
Olfato

Não é detectada por nenhum dos nossos sentidos.


Radiação

Exames com fluoroscopia (intervencionista), necessitam


de muitas imagens radiológicas, estas deveriam ser feitas
visando otimizar as doses de radiação.

 Efeito Estocástico.
 Efeito determinístico.

Os efeitos determinísticos ocorrem com mais frequência


nos procedimentos de radiologia intervencionista.

 Tempo de exposição longo e taxa de doses altas.


Feixe de Radiação
Radiação Secundária

Radiação
Secundária

Feixe
Primário
Feixe Primário
Dose de Radiação

Radiação Secundária

Feixe Primário

Sistema Flat Panel (placa leitora sempre próxima ao paciente).


Gerador (kV e mAs automático).
Proteção do médico e paciente.
Proteção Radiológica

•Sistema Flat Panel (placa leitora sempre próxima ao paciente).


•Gerador (kV e mAs) automático. (Compensação de dose).
Proteção Radiológica

Médico fica próximo a fonte de Raios X.


Equipe de enfermagem e biomédico, quando
necessário.
Proteção Radiológica

Nas posições obliquas a dose é aumentada em um fator de 4.


Quanto mais próximo a fonte (Tubo de Raios X) maior é a
dose de exposição.
Ficar sempre que possível distante da fonte de Raios X.
Proteção Radiológica

Nas tomadas em perfil , ficar sempre do lado oposto do


tubo de raios X.
Distante da fonte de Raios X.
Se possível dar um passo para trás.
Proteção Radiológica

Quanto mais próximo a fonte (Tubo de Raios X) maior é a dose


de exposição.
Nas posições Craniais e Caudais dose é aumentada em um fator
de 4.
Ficar sempre que possível distante da fonte de Raios X.
Protetores Adicionais

Portaria 0,50 mm chumbo


Atual 2,0mm de chumbo
Protetores Adicionais

Protetor Suspenso
Protetor Lateral de Mesa
Recomendações:

Diminuir o tempo e/ou a quantidade de radiação moderando na


utilização da fluoroscopia.
Aumentar a distância, dar um passo atrás.
Utilizar óculos plumbífero, Avental de chumbo, Protetor de tireóide.
Utilizar colimadores (restringir feixe de raios X).
Filmar o mínimo possível.
Utilizar imagens congeladas como referência.
Aproximar o intensificador de imagens do paciente.
Utilizar dosímetro para registro de dose.
Utilizar protetor suspenso e saiote inferior lateral da mesa.
Evitar projeções obliquas e axiais na medida do possível.
Oferecer cursos de proteção radiológica a toda a equipe.
Quando não estiver olhando para o monitor, evitar acionar os raios X.
ATENÇÃO:
•Proteção Radiológica depende do Operador.
Angiografia
A palavra vem do derivado grego onde agghéion (vaso) e
graphein (escrever).
Outros nomes: angiograma, cateterismo, estudo hemodinâmico
e cinecoronariografia.
É o método de realização de um exame radiográfico dos vasos
sanguíneos, por meio da injeção de contraste radiopaco no
ambiente intravascular.

Denominações Específicas

Arteriografia = Imagens das artérias;


Venografia e/ou Flebografia= Imagens das veias;
Angiocardiografia = Imagem do coração e estruturas
associadas;
Linfografia = Imagens dos vasos linfáticos e linfonodos.
Angiografia

 Um radiologista intervencionista realiza o


procedimento conhecido como cateterismo.
 Durante o procedimento, o radiologista insere um
tubo fino, chamado de cateter, em uma artéria ou veia a
partir de um ponto de acesso como na virilha ou no
braço.
 A localização precisa depende da área do corpo a
ser examinada.
Indicação
 Homens a partir dos 40 anos;
 Mulheres a partir dos 45 anos.

Na maioria das vezes recomendado para pacientes com sintomas


de angina ou infarto.

Duração
 O exame dura em média de 30 minutos a 1 hora, incluindo o preparo.
 Para angioplastia, pode durar entre 1 hora a 1 hora e 30 minutos,
dependendo da complexidade do caso.

É realizado no setor de hemodinâmica por uma equipe de médicos


cardiologistas com área de atuação em Hemodinâmica e Cardiologia
Intervencionista e o com suporte de equipe de enfermagem capacitada.
Em busca de um diagnóstico
vascular!?

 Bloqueios das artérias fora do coração (doença


arterial).
 Alargamento das artérias (aneurismas).
 Problemas com as veias como trombose venosa
profunda, ou coágulos sanguíneos no pulmão
(embolia pulmonar).
 Problemas nas artérias que ramificam da aorta
(condições do arco aórtico).
 Artérias malformadas (malformações vasculares).
 Condições das artérias dos rins.
Contraste O contraste é geralmente injetado no vaso que vai ser
examinado através de um cateter fino na artéria femoral,
braquial ou carótidas.

O local é anestesiado e inserida uma agulha. Um cabo


longo e fino é posto através da agulha. A agulha é
retirada e o cateter é colocado, então, sobre o cabo no
vaso sanguíneo. A ponta do cateter é guiada até o vaso a
ser examinado e o contraste é injetado.

O contraste é eliminado posteriormente pelos rins através da urina.

Fig. 1: Angiografia por cateterismo Fig. 2: Captura de imagem cardíaca utilizando um


de um vaso sanguíneo na região do programa especial de baixa dose em equipamento de
joelho. angiografia por cateterismo.
Quando o cateterismo é contraindicado?
Para a realização do cateterismo é necessária a utilização de contraste,
portanto:

Pacientes com alergia.


Pacientes com função renal prejudicada (atenção maior), pois o contraste
utilizado pode ser tóxico para o rim e piorar sua função.

Os riscos vêm diminuindo e tornando cada vez mais comum a


angiografia, porém existem alguns:

 O mais sério é um ataque cardíaco ou um derrame, que podem ocorrer


se o cateter tirar algum coágulo de sangue ou depósito de colesterol da
artéria e estes viajarem para o coração, pulmões ou cérebro.
 Outras complicações incluem danos às paredes do coração ou vasos
sanguíneos (raramente).
 Alergia.
 Inflamação, hemorragia e infecção do local da incisão.
 Angiografia abdominal
 Angiografia aórtica
 Angiografia aorto-femoral
 Angiografia carotídea
 Angiografia cerebral
 Angiografia coronária
 Angiografia periférica
 Angiografia pulmonar
 Angiografia renal
 Angiografia torácica
 Angiocardiografia
 Arteriografia
 Linfografia
 Flebografia
O que você entende por Arteriografia
de Pacientes Ambulatoriais?
O termo ambulatório se refere aos procedimentos
realizados sem a necessidade de internação do paciente.
Radiografia
Tomografia
Ultrassonografia
Ressonância
Biopsias

No mesmo dia e após algumas horas o paciente é liberado.


Pequenas cirurgias
 Intervenções.
Exame minimamente invasivo que pode ser realizado de
forma eletiva:
 Confirmar obstruções das artérias coronárias.
 Funcionamento das valvas e do músculo cardíaco.
 Programação de intervenção como angioplastia.

Em situações de emergência:
 Localização da obstrução que está causando o IAM.
 Planejar a melhor estratégia de intervenção.
Por meio do cateterismo cardíaco são
possíveis certos procedimentos terapêuticos:

 Angioplastia: desobstrução de uma


artéria coronariana ou ponte de safena
usando-se um balão inflável que restitui
a circulação no vaso.

 Stent coronário: colocação de uma


tela de aço inoxidável na parede interna
do vaso desobstruído durante
angioplastia.

 Valvuloplastia: desobstrução das


válvulas cardíacas (aórtica, pulmonar,
mitral e tricúspide).
A radiologia intervencionista rapidamente deixará de ser
um diferencial dos serviços de saúde, passando a ser uma
necessidade para o tratamento ideal aos pacientes!

Menor tempo necessário para o tratamento adequado.


Maior eficiência terapêutica.
Menor gasto com eventuais complicações.
Menor tempo de internação prolongado.

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