Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Economia Pública
Economia Pública
2. Objectivos .................................................................................................................................... 5
3. Metodologia ................................................................................................................................. 5
8. Conclusão .................................................................................................................................. 14
1. Introdução
O presente trabalho tem como o seu objectivo principal, fazer Análise de Execução Orçamental
das Despesas Públicas. O desenvolvimento e crescimento económico que se tem registado nos
últimos anos em Moçambique, faz com que haja sempre uma preocupação crescente por parte do
Governo em modernizar e actualizar o seu papel de responsável pela administração financeira da
coisa pública. Para que o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) possa ser
totalmente compreendido, a contabilidade pública moçambicana deve ter consistência,
comparabilidade, materialidade e tempestividade.
Segundo ANDRADE ﴾2002:27), a contabilidade pública é a ciência que regista, controla e estuda
os actos e fatos administrativos e económicos praticados no património público de uma entidade,
possibilitando a geração de informações, variações e resultados sobre sua composição, obtidos
por sua administração e usuários.
A Lei nº 09/2002, de 12 de Fevereiro, a Lei do SISTAFE, estabelece que a partir de 1997, houve
a necessidade de introduzir um novo sistema de contabilidade e controlo da despesa pública, que
ponha de parte as regras e normas utilizadas há mais de 100 anos.
Merece particular atenção o controlo da despesa pública, garantindo a motivação dos gestores e
contadores públicos para atingirem os objectivos traçados de forma eficaz, eficiente e económica.
Ainda no que diz respeito ao controle interno, a contabilidade pública também deve ser entendida
como observando a legalidade dos actos de execução orçamentária, por meio de controle e
acompanhamento, que serão prévios, concomitantes e posteriores, além de verificar a exacta
observância dos limites de cotas pagamentos trimestrais atribuídos a cada unidade orçamental,
dentro do sistema estabelecido para o efeito. Deve ainda verificar a legalidade dos actos de
execução orçamentária, tais como: se o compromisso de despesa pública obedece à legislação
vigente, quanto à licitação, competente autorização, se não se tratar de despesa já realizada; se
todos os aspectos da legislação sobre a matéria foram observados na liquidação da despesa; se a
ordem de pagamento tiver sido registada em documento processado pela contabilidade e se a
determinação do pagamento da despesa tiver sido emitida pela autoridade competente.
(KOHAMA:2001:52-53).
5
2. Objectivos
3. Metodologia
A metodologia utilizada na realização deste trabalho foi baseada em pesquisas e levantamentos
de materiais bibliográficos por meio de uma leitura que forneceu subsídios teóricos e confiáveis,
como o uso de, artigos, monografias, teses e dissertações, por meio da aplicação de instrumentos
de pesquisa a fim de obter informações precisas na construção e execução deste trabalho.
Dos dois últimos conceitos acima citados, pode chegar-se a conclusão que o património público é
um conjunto de valores sob responsabilidade das entidades públicas, com o objectivo de
satisfazer as necessidades públicas.
6
Bens públicos são o conjunto de meios pelos quais o estado desenvolve suas actividades de
prestação de serviços à comunidade. (BEZERRA FILHO, 2005:127-128).
Bens públicos são as utilidades postas à disposição do povo de forma gratuita ou remunerada,
conforme dispuser a legislação específica. (KOHAMA, 2001:214).
Assim pode afirmar-se que os bens públicos visam a satisfação das necessidades públicas duma
forma não remunerada ou remunerada.
Contabilidade Pública constitui uma das subdivisões da contabilidade, aplicada a diferentes tipos
de actividades e de entidades. Seu campo de actuação é, assim, o das pessoas jurídicas de direito
público, bem como o de algumas das suas entidades vinculadas, estas pelo menos quando
utilizam recurso a conta do orçamento público. ﴾PISCITELLI et al, 2002:21).
Para não se limitar apenas aos dois conceitos sobre a contabilidade acima citados, no entender de
ANGÉLICO (1994:107), a Contabilidade pública é a disciplina que aplica, na administração
pública, as técnicas de registos e apuramentos contabilísticos em harmonia com as normas gerais
do direito financeiro.
Com os conceitos acima citados pode afirmar-se que a Contabilidade pública é a parte da
contabilidade que controla e regista o património duma entidade pública.
Finanças Públicas: designam a actividade económica dum ente público tendente a afectar bens à
satisfação de necessidades que lhe estão confiadas. (FRANCO, 2001:3).
O Orçamento é uma prévia autorização do poder legislativo para que se realizem receitas e
despesas dum ente público, obedecendo a um determinado período de tempo. Por meio do
orçamento podemos verificar a real situação económica do Estado, evidenciando os seus gastos
com a saúde, educação, saneamento, obras públicas, etc. (FORTES, 2002:70)
7
Assim pode concluir-se que o Orçamento público define a previsão das receitas e a fixação das
despesas públicas.
SISTAFE, dividido nos seguintes módulos, a fim de atender todos procedimentos previstos no
mesmo.
SILVA citado por BEZERRA FILHO (2005:61), define despesa pública, como sendo todos os
desembolsos efectuados pelo Estado no atendimento aos serviços e encargos assumidos no
interesse geral da comunidade, nos termos da constituição, das leis ou em decorrência de
contractos ou outros instrumentos.
Das definições acima citadas, nota-se que as despesas públicas são os gastos feitos numa entidade
pública que visam a prestação de serviços públicos.
Por outro lado, o desenvolvimento económico tem um carácter mais qualitativo. Segundo
Vasconcellos (2000), esse conceito está relacionado a itens como mudanças na composição do
produto e na alocação de recursos de forma que o resultado seja a melhoria dos indicadores de
bem-estar (como a redução da pobreza e níveis de desemprego). A interface entre crescimento e
desenvolvimento económico ocorre, segundo Siedenberg (2006), quando o crescimento
económico resulta de mudanças nas estruturas e indicadores sociais e económicos.
Vasconcellos (2000) realiza uma classificação das fontes de crescimento económico por meio da
função de produção agregada. Segundo o autor, essas fontes consistem nos seguintes elementos:
Para expor sua teoria do desenvolvimento económico, o autor faz um contraste com a teoria do
equilíbrio, que, explícita ou implicitamente, "sempre foi e ainda é o centro da teoria tradicional".
Schumpeter sustenta que o sistema de equilíbrio económico geral proposto por Léon Walras,
proeminente economista neoclássico, é indispensável para trazer à luz as relações fundamentais
que ocorrem em um sistema económico. Ou seja, o livro começa com uma visão da economia
capitalista em que o desenvolvimento está completamente ausente.
11
Por desenvolvimento, Schumpeter entende mudanças na vida económica que não lhe são
impostas de fora, mas que surgem de dentro, por iniciativa própria. "O desenvolvimento, no
sentido que o tomamos, é um fenómeno distinto, inteiramente alheio ao que se observa no fluxo
circular ou na tendência ao equilíbrio. É uma mudança espontânea e descontínua dos canais do
fluxo, perturbação do equilíbrio, que desloca para sempre o estado de equilíbrio previamente
existente". Ou seja, o autor destaca o tipo de mudança que "surge de dentro do sistema que
desloca seu ponto de equilíbrio de tal forma que o novo não pode ser alcançado do velho por
passos infinitesimais nunca terá ferrovia".
Muitas pessoas confundem os dois conceitos, mas as autoridades mundiais realizam medições de
maneiras muito diferentes. O crescimento económico, por exemplo, é medido pelo Produto
12
Interno Bruto (PIB). Quanto maior a produção de uma determinada região, maior será o seu
crescimento.
Vale lembrar que o PIB é calculado através da soma de todos os produtos e serviços finais de
uma região em um determinado período.
Por outro lado, o conceito de desenvolvimento económico está relacionado à melhoria do bem-
estar da população. Esse factor é medido por meio de indicadores de educação, saúde, renda,
pobreza, entre outros.
Se o PIB do país lhe confere a nona maior economia do mundo, segundo estimativas do Fundo
Monetário Internacional, a colocação segundo o IDH é bem inferior. Isso leva ao entendimento
de que os países ricos tendem a ser mais desenvolvidos, mas só o crescimento não garante boas
colocações no ranking do IDH.
Interno Bruto (PIB) tem estado a crescer numa média acima de 7-8% ao ano, chegando mesmo a
atingir níveis de 2 dígitos. A inflação está abaixo de 10%. A tendência é mantê-la em um dígito.
Em termos monetários, Moçambique possui um dos regimes cambiais mais liberalizados de
África. Os parceiros comerciais externos têm motivos suficientes para inspirarem uma grande
confiança pelo País face à capacidade que as autoridades monetárias têm conseguido manter
volumes adequados de meios de pagamento sobre o exterior. As reservas externas do Banco
Central têm estado a situar-se acima dos seis meses de importação de bens e serviços.
Apesar do notável crescimento económico que o País vem registando, muitos moçambicanos
continuam vivendo abaixo da linha da pobreza. O combate à pobreza absoluta constitui uma das
grandes prioridades do Governo para o quinquénio 2005-2009. Para o efeito foi traçado a
segunda fase do Plano de Acção da Redução da Pobreza Absoluta (PARPA II).
14
8. Conclusão
O desenvolvimento e crescimento económico que se tem registado nos últimos anos em
Moçambique, faz com que haja sempre uma preocupação crescente por parte do Governo em
modernizar e actualizar o seu papel de responsável pela administração financeira da coisa
pública. Para que o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) possa ser
totalmente compreendido, a contabilidade pública moçambicana deve ter consistência,
comparabilidade, materialidade e tempestividade.
Ainda no que diz respeito ao controle interno, a contabilidade pública também deve ser entendida
como observando a legalidade dos actos de execução orçamentária, por meio de controle e
acompanhamento, que serão prévios, concomitantes e posteriores, além de verificar a exacta
observância dos limites de cotas pagamentos trimestrais atribuídos a cada unidade orçamental,
dentro do sistema estabelecido para o efeito.
Contabilidade Pública constitui uma das subdivisões da contabilidade, aplicada a diferentes tipos
de actividades e de entidades. Seu campo de actuação é, assim, o das pessoas jurídicas de direito
público, bem como o de algumas das suas entidades vinculadas, estas pelo menos quando
utilizam recurso a conta do orçamento público. ﴾PISCITELLI et al, 2002:21).
O Orçamento é uma prévia autorização do poder legislativo para que se realizem receitas e
despesas dum ente público, obedecendo a um determinado período de tempo. Por meio do
orçamento podemos verificar a real situação económica do Estado, evidenciando os seus gastos
com a saúde, educação, saneamento, obras públicas, etc. (FORTES, 2002:70)
Constitui despesa pública, o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de direito
público para o funcionamento dos serviços públicos. Nesse sentido, a despesa é a parte do
Orçamento, ou seja, é onde se encontram classificadas todas autorizações para gastos com várias
atribuições e funções governamentais. (FORTES, 2002:139).
Por outro lado, o desenvolvimento económico tem um carácter mais qualitativo. Segundo
Vasconcellos (2000), esse conceito está relacionado a itens como mudanças na composição do
produto e na alocação de recursos de forma que o resultado seja a melhoria dos indicadores de
bem-estar (como a redução da pobreza e níveis de desemprego). A interface entre crescimento e
15
Moçambique independente herdou uma estrutura económica colonial caracterizada por uma
assimetria entre o Norte e o Sul do País e entre o campo e a cidade. O Sul mais desenvolvido que
o Norte e a cidade mais desenvolvida que o campo. A ausência duma integração económica e a
opressão extrema da mão-de-obra constituíam as características mais dominantes dessa
assimetria.
9. Referências bibliográficas
ANDRADE, Nilton de Aquino. Contabilidade pública na gestão municipal.1ª edição. São Paulo:
Editora Atlas S.A, 2002.
COSTA, Carlos B.; ALVES, Gabriel C. Contabilidade Financeira.4ª edição. Lisboa. Editora Rei
dos livros.2001.
FORTES, João. Contabilidade Pública. 7ª Edição. Brasília: Franco & Fortes, 2002.
KOHAMA, Hélio. Contabilidade pública: Teoria e Prática.8ª edição. São Paulo: Atlas, 2001.
PISCITELLI, Roberto Bocaccio; TIMBÓ, Maria Zulene Farias; ROSA, Maria Berenice.
Contabilidade pública: uma abordagem da administração financeira pública. 7ª Edição. São
Paulo: Atlas, 2002.