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Celso Da Fonseca Gastão

Durbeque Dino Arão Moiane

Emerson Macário

Fernando Muchanga

Mainuna Cadria Ibraimo

Samuel Fernando

Wilson Benjamim

Sistema de administração financeira do estado - SISTAFE

Licenciatura em Administração e Gestão da Educação com Habilitação em Supervisão


Educacional

4º Ano

Universidade Licungo

Beira

2020
Celso Da Fonseca Gastão

Durbeque Dino Arão Moiane

Emerson Macário

Fernando Muchanga

Mainuna Cadria Ibraimo

Samuel Fernando

Wilson Benjamim

Sistema de administração financeira do estado - SISTAFE

Trabalho de pesquisa a ser entregue e


apresentado ao Docente da cadeira (disciplina)
de custos e despesas da educação, para fins de
avaliação.

Docente:

dr. Luís Daniel

Universidade Licungo

Beira

2020
Índice
1. Capitulo I: Introdução
O homem sempre precisou viver em sociedade. No entanto, essa vida em sociedade Implica,
necessariamente, em relacionamentos sociais nos quais nem sempre os critérios e limites estão
estabelecidos, acabando por evidenciar insatisfação de alguns membros da sociedade por
razões de várias índoles. Assim, uma melhor definição de princípios e normas de convivência
implica na criação de uma superestrutura de consenso para todos, a qual represente suas
vontades e expectativas, nascendo, deste modo, o Estado.
A Lei nº.09/2002 cria o Sistema de Administração e Finanças do Estado (SISTAFE), como
uma das políticas para garantir a transparência na gestão de fundos públicos e combater as
perdas ilegais dos salários dos funcionários através de controlo intercorrente,
comparabilidade, uso de padrões internacionalmente aceites, uniformidade de critérios em
todo o país e formação e capacitação de recursos humanos em matéria de pagamento de
salários. Para Costin (2011), o Estado é o conjunto de regras, pessoas e organizações que se
separam da sociedade para organizá-la.

2.Objetivos
2.1 Geral
 Conhecer as causas da introdução e a sua eficácia e eficiências do SISTAFE;
 Entender como o processo de reforma ocorre na administração pública;

2.2. Específicos
 Identificar os subsistemas que compõem o sistema de administração financeira do
estado;
 Descrever o objetivo para o melhoramento do funcionamento do SISTAFE;
 Verificar a organização e funcionamento da administração pública especificamente no
sistema de administração financeira do estado.

2.3 Metodologia

Para a elaboração do trabalho usou-se o método de pesquisa bibliográfica, onde se fez uma
serie de recolha de informações pertinentes para o efeito do trabalho científico em abordagem.
Que na visão de Gil (1999) e aquela que pode ser elaborada através de material já existente
como livros, artigos científicos, entre outros meios, seguida de uma pesquisa do tipo
descritiva.
3.Capítulo II: fundamentação teórica
3.1 Historia
O sistema de administração financeira vigente assenta em normais legais que remontam de há
mais de cem anos, sendo de destacar o regulamento de fazenda, que data de 1901 e o
regulamento de contabilidade pública, de 1881. A necessidade de reforma com vista a
introduzir legislação e modelos de gestão mais adequados as necessidades atuais de
administração do erário público foram determinando a adoção e implementação pontuais de
algumas medidas.
Com efeito a partir de 1997 tem vindo a desenvolver esforços de modernização nas áreas do
orçamento do estado, impostos indiretos, alfandegas, entre outras, com o objetivo de melhorar
o sistema de programação e execução orçamental, harmonizar o sistema de impostos indiretos
e a pauta aduaneira com os sistemas vigentes nos países da região em que Moçambique se
insere.
Segundo a lei n 9/2002 de 12 de Fevereiro, diz ser Sistema de administração Financeira do
Estado, que foi aprovada pela Assembleia da Republica de Moçambique, ao 17 de Dezembro
de 2001 e pelo Presidente da Assembleia da Republica, Eduardo Joaquim Mulembwe e
promulgada em 12 de Fevereiro.

3.2 Enquadramento teórico conceitual


3.2.1 Estado
Para O´Donnell (2011), Estado é uma associação com base territorial, composta de conjuntos
de instituições e de relações sociais (em sua maioria sancionadas e apoiadas pelo Sistema
legal desse Estado) que normalmente permeiam e controlam o território e os habitantes que
esse conjunto delimita. De acordo Hofling (2001), é possível se considerar Estado como o
conjunto de instituições permanentes – como órgãos legislativos, tribunais, exército e outras
que não formam, necessariamente, um bloco monolítico – que possibilitam a ação do
governo.
3.2.2 Administração pública
Segundo a constituição da república de Moçambique no artigo 249 número 1 e 2
administração pública serve o interesse público e na sua atuação respeita os direitos e
liberdades fundamentais dos cidadãos, os órgãos da administração pública obedecem á
constituição e á lei e atuam com respeito pelos princípios da igualdade, da imparcialidade, da
ética e da justiça.
De acordo com Paludo (2010), falar em administração compreende todo o aparato de
estruturas, recursos, órgãos, agentes, serviços e atividades à disposição dos governos para
realização de seus objetivos políticos e promoção do bem comum da coletividade. Para
Graham Jr. e Hays (1994), a administração pública é comumente entendida como o conjunto
de atividades envolvidas no estabelecimento e na implementação de políticas públicas. Assim,
os indivíduos que supervisionam as atividades dos funcionários públicos são chamados
genericamente de administradores públicos.

SISTAFE é o novo Sistema de Administração Financeira do Estado, que envolve todo o ciclo
orçamental desde a sua elaboração até a execução final, incluindo todos os subsistemas que o
compõe.
4.organizacao e funcionamento do SISTEFE
Segundo os números 1 e 2 do artigo 7 da Lei n.º 09/2002 de 12 Fevereiro o SISTAFE
corresponde um conjunto de órgãos, subsistemas, normas e procedimentos administrativo que
tornam possível a obtenção de receitas, a realização da despesa e a gestão do património do
estado incluindo suas aplicações e correspondente registo. Compreende também a obtenção e
gestão das receitas que não determinem alterações no património do estado.
O SISTAFE é composto por cinco principais subsistemas, nomeadamente:
 Subsistema do Orçamento Estado;
 Subsistema da Contabilidade Pública;
 Subsistema do Tesouro Público;
 Subsistema do Património do Estado;
 Subsistema do Controlo interno.
Cada um destes subsistemas compreende um conjunto de órgãos, normas e procedimentos
administrativos que tornam possível a respetiva gestão. Por sua vez, cada um dos subsistemas,
são integrados por macro processos que compreendem a elaboração das Propostas do Cenário
Fiscal de Médio Prazo, Plano económico e Social e Orçamento de Estado (OE); Execução do
Orçamento do Estado (Conta Geral do Estado); Administração do Património do Estado;
Avaliação da Gestão do Orçamento e do Património do Estado.
4.1 Orçamento do estado
O subsistema orçamento do estado, designado abreviadamente por SOE, compreende todos os
órgãos ou instituições que intervêm nos processos de programação e controle orçamental e
financeiro e abrangem ainda as respetivas normas e procedimentos. A Constituição da
República de Moçambique (CRM) dispõe, na alínea e) do n.º 1 do artigo 204, que compete ao
Governo preparar as propostas do Plano Económico e Social e do Orçamento do Estado e
executá-los após a aprovação pela Assembleia da República.
O n.º 1 e 3 do artigo 130 da CRM diz que o orçamento de estado é unitário, especifica as
receitas e as despesas, respeitando sempre as regras da anualidade e da publicidade, nos ternos
da lei. Estabelece que a proposta de Lei do Orçamento do Estado é elaborada pelo Governo e
submetida à Assembleia da República, devendo conter informação sobre as previsões de
receitas, os limites das despesas, o financiamento do défice e todos os elementos que
fundamentam a política orçamental. A execução do orçamento do estado é fiscalizada pelo
tribunal administrativo e pela assembleia da república, a qual, tendo em conta o parecer
daquele tribunal, aprecia e delibera sobre a conta geral do estado. Decreto n° 23/2004 no
artigo 15 numero 1 e 2 compete a unidade de supervisão do subsistema de orçamento do
estado elaborar as normas e procedimentos para a implantação, planificar e controlar a
execução dos procedimentos estabelecidos nos macro-processos que são da responsabilidade
do SOE.

4.2 Subsistema da Contabilidade Pública

4.6 Objetivos do SISTAFE


No âmbito do programa do Governo (2000-2004) foi definindo como uma das prioridades a
Reforma do sector público, cujo objetivo é a modernização da administração do Estado que
Culminou com a introdução do SISTAFE.
Segundo as alíneas a,b,c,d e e do artigo 3 da Lei n.º 09/2002 de 12 Fevereiro o SISTAFE em
por objetivos:
a) Estabelecer e harmonizar regras e procedimentos de programação, execução, controlo e
avaliação dos recursos públicos;
b) Desenvolver subsistemas que proporcionem informação oportuna e fiável sobre o
comportamento orçamental e patrimonial dos órgãos e instituições do Estado;
c) Estabelecer, implementar e manter um sistema contabilístico de controlo da execução
Orçamental e patrimonial adequado às necessidades de registo, da organização da informação
e da avaliação do desempenho das ações desenvolvidas no domínio da atividade financeira
dos órgãos e instituições do Estado;
d) Estabelecer, implementar e manter o sistema de controlo interno eficiente e eficaz e
Procedimentos de auditoria interna internacionalmente aceites;
e) Estabelecer, implementar e manter um sistema de procedimentos adequados a uma correta,
Eficaz e eficiente condução económica das atividades resultantes dos programas, projetos e
demais operações no âmbito da planificação programática delineada.
Capitulo III: conclusão

O Sistema de Administração Financeira vigente assenta em normas legais que remontam de


mais de cem anos, sendo a destacar o Regulamento de Fazenda, de 1901, e o Regulamento de
Contabilidade Pública, de 1881.
A necessidade de reforma com vista a introduzir legislação e modelos de gestão mais
adequados às necessidades atuais de administração do erário público, determinou a adoção e
implementação pontuais de algumas medidas. Desde 1997 tem vindo a desenvolver esforços
de modernização nas áreas do Orçamento do Estado, impostos indiretos e alfândegas, entre
outras. Estas Reformas procuravam melhorar o sistema de programação e execução
orçamental, harmonizar o sistema dos impostos indiretos e a pauta aduaneira com os sistemas
vigentes nos países da região em que Moçambique se insere, e, delinear circuitos de registo na
área da contabilidade pública, visando torná-los mais eficientes, eficazes e transparentes. Com
vista a estabelecer de forma global, abrangente e consistente os princípios básicos e normas
gerais de um sistema integrado de administração financeira dos órgãos e instituições do
Estado e ao abrigo do disposto no n.º 1 do Artigo 135 da Constituição da República, a
Assembleia da República aprovou a Lei 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema de
Administração Financeira do Estado, doravante designado por SISTAFE.
O SISTAFE foi criado pela Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, tendo sido regulamentado pelo
Decreto n.º 23/2004, de 20 de Agosto, onde estão contidas as principais normas de gestão
orçamental, financeira, patrimonial, contabilística e de controlo interno do Estado. O
SISTAFE estabelece e harmoniza regras e procedimentos de programação, gestão, execução e
controle do erário público, de modo a permitir o seu uso eficaz e eficiente, bem como
produzir a informação de forma integrada e atempada, concernente à administração financeira
dos órgãos e instituições do Estado.
O SISTAFE aplica-se a todos os órgãos e instituições do Estado, tanto no regime geral (com
autonomia administrativa) quanto excepcional (com autonomia administrativa e financeira).
Aplica-se também às autarquias e às empresas do Estado, excepto no tocante à prestação de
Contas, por se reger por legislação específica.
Referencia Bibliografia

Constituição da República de Moçambique,2011.

Lei n° 9/2002 de 12 de fevereiro

Decreto n° 23/2004 de 20 de agosto

COSTIN, C. Administração pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 260 P.


GIL, António Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
HOFLING, E. D. M. Estado e políticas (públicas) sociais. Cadernos Cedes, 21, n. 55, nov.
2001.
O`DONNELL, G. Democracia, Agência e Estado: teoria com intenção comparativa. São
Paulo: Paz e terra, 2011. 314 p.
PALUDO, A. V. Administração pública: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
552
p.

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