Você está na página 1de 28

1

FARO - Faculdade de Rondônia


788 (Decreto Federal nº 96.577 de 24/08/1988)
453 (Portaria MEC de 29/04/2010)
IJN - Instituto João Neórico
3443 (Portaria MEC / Sesu nº369 de 19/05/2008)

A APLICABILIDADE DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL


EM ÂMBITO MUNICIPAL: PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL

CLAUDIA ANDRÉA GOMES ARAÚJO1


ELY LOURENÇO OLIVEIRA CUNHA2

RESUMO

Com o objetivo de auxiliar os profissionais que buscam a melhoria das condições sociais a
LRF, oficialmente Lei Complementar nº 101, tenta impor o controle de gastos da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, condicionado à capacidade de arrecadação de tributos
desses entes políticos. Assim sendo, a referida lei determina que as finanças sejam
apresentadas detalhadamente aos Tribunais de Contas responsáveis em cada esfera da
federação, sendo passíveis as contas de serem ou não aprovadas. Desta forma a fiscalização
efetuada pelos Tribunais de Contas do Estado de Rondônia contribui analisando os resultados
obtidos pelas entidades públicas e procura melhores oportunidades para que seus gastos
sejam reduzidos e suas receitas ampliadas, visando à maior eficiência e solidificação de seus
ideais. A presente pesquisa busca identificar a forma como os procedimentos no âmbito da
LRF estão sendo aplicados nas prefeituras de Rondônia, enfatizando seus resultados no
atingimento de metas e riscos fiscais, para melhor análise das contas e com isso contribuindo
com os gestores na tomada de decisão administrativa econômica em prol de melhorias a
sociedade e dos municípios rondonienses de modo geral. Ainda no que tange ao aspecto
científico, esta pesquisa poderá auxiliar acadêmicos, profissionais ou futuros pesquisadores
interessados neste tema, que terão com a utilização deste material, um auxílio para iniciarem
novas pesquisas sobre o assunto, ou ainda tê-lo como fonte para direcionar e delinear estudos
em assuntos semelhantes, acrescentando maiores possibilidades de aprimoramento do
conhecimento sobre as entidades do setor público e agregando valores literários para os
estudos acadêmicos, profissionais ou ainda por aqueles que se interessam sobre o assunto.

Palavras-chave: LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL. ANÁLISE DE CONTAS PÚBLICAS.


METAS FISCAIS.

ABSTRACT

With the objective of assisting professionals who seek to improve social conditions, the LRF,
officially Complementary Law Nº. 101, is a Brazilian Complementary Law that tries to impose
control of the expenditures of the Federal, State, Federal District and municipalities, conditioned
to the collection capacity Of these political entities. Accordingly, said law requires that finances
be presented in detail to the Accounts Courts responsible in each sphere of the federation, and
the accounts may be approved or not. In this way, the audit carried out by the Audit Courts of
the State of Rondônia contributes by analyzing the results obtained by the public entities and
seeks better opportunities so that their expenses are reduced and their revenues increased,
aiming at greater efficiency and solidification of their ideals. The present research seeks to
identify how the procedures under the FRL are being applied in the municipalities of Rondônia,
2

emphasizing their results in the achievement of fiscal targets and risks, for a better analysis of
the accounts and thus contributing to the managers in the administrative decision Economic
development for the benefit of society and the municipalities of Rondônia in general. Also with
regard to the scientific aspect, this research may help scholars, professionals or future
researchers interested in this subject, who will use this material, an aid to start new research on
the subject, or to play as a source to direct and delineate studies In similar matters, adding
greater possibilities for improving knowledge about public sector entities and aggregating
literary values for academic, professional or even those who are interested in the subject.

Key words: FISCAL RESPONSIBILITY LAW. ANALYSIS OF PUBLIC ACCOUNTS. FISCAL


GOAL.

INTRODUÇÃO

Com o intuito de promover ações voltadas para o bem-estar comum da


coletividade no Brasil, assim como em todo o mundo, entidades denominadas
do setor público têm como um de seus objetivos principais propiciarem à
sociedade, alternativa diferenciada para uma significativa melhoria de vida.
Assim, pode-se conceituar o Direito Financeiro como o ramo da Ciência
Social que aplica, no processo gerador de informações, os princípios e as
normas legais direcionadas à boa gestão patrimonial de entidades públicas,
oferecendo aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os
aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do
patrimônio da Entidade e sua eficaz gestão, em apoio ao processo de tomada
de decisão e à adequada prestação de contas.
Fundamentado pela Lei nº 4.320/64 e Lei Complementar nº 101/2000,
além das demais normas vigentes este artigo aprofunda o conhecimento na
matéria do Direito voltado ao setor público, destacando a relevância da
aplicabilidade da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF em âmbito municipal e
a fiscalização efetuada pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia em sua
jurisdição com ênfase nas determinações impostas aos gestores que
infringirem as leis supracitadas.
Entendendo que as entidades do setor público apreciam uma extensa
variedade de instituições que atuam nas mais variadas áreas de interesse
social, tais como educação, saúde, defesa do meio ambiente, entre outras, a
referida legislação desempenha a função de determinar as regras para o bom
funcionamento e eficaz gestão dos órgãos.
Deste modo o Direito Financeiro vem se modernizando para melhor
3

adequação ao crescimento desse segmento, pois entende que o seu papel não
é apenas fiscalizar e impor sanções, mas orientar as organizações em toda sua
extensão, tornando todos os processos e procedimentos transparentes.
Partindo desse prisma, encontra-se explícito o papel significativo das
fiscalizações realizadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia nas
entidades de sua jurisdição, evidenciando sua eficácia e transparência na
elaboração e divulgação dos resultados das prestações de contas à sociedade.
Assim, a presente pesquisa trata da relevância da aplicabilidade da Lei
de Responsabilidade Fiscal no âmbito dos municípios do Estado de Rondônia e
a fiscalização efetuada pelo Tribunal de Contas do Estado, com ênfase nos
atingimentos das metas e riscos fiscais na Prestação de Contas Anual, assim
como as determinações aplicadas e sanções cabíveis aos casos concretos
quando não cumpridos seus ditames, buscando por meio deste artigo elucidar
os principais pontos apurados.
Dessa forma, ao verificar as Prestações de Contas Anuais dos
municípios de Rondônia, por amostragem, será possível identificar as práticas
desenvolvidas e analisar se as mesmas estão condizentes com a legislação
vigente e se foram efetivamente fiscalizadas.
Para que seu feitio auferisse conhecimento acadêmico, a presente
pesquisa busca o método científico que obtenha resultados perante os
objetivos propostos e embasamento teórico. Considerando as particularidades
do Direito Financeiro e gestão fiscal eficiente, preferiu-se optar por duas
tipologias de delineamentos de pesquisas, entendendo-se serem mais
aplicáveis ao presente estudo. Tais delineamentos contemplam a pesquisa
quanto aos procedimentos, que aborda a pesquisa bibliográfica e documental e
a pesquisa quanto à abordagem do problema, que compreende a pesquisa
qualitativa.

1 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Um importante marco no aperfeiçoamento de uma administração


financeira consistente no Brasil foram às edições da Lei nº 4.320, de 17 de
março de 1964 e Lei Complementa nº 101 de 04 de maio e 2.000, denominada
Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF.
4

A LRF almeja o equilíbrio das contas públicas por meio de uma gestão
fiscal responsável e transparente, assim sendo as referidas leis estabeleceram
importantes regras para propiciar o equilíbrio das finanças públicas no Brasil,
utilizando o orçamento público como o mais importante instrumento para atingir
esse objetivo.
É por meio destes instrumentos legais que o Direito Financeiro tem
como principal função social servir de instrumento de controle por parte da
sociedade no acompanhamento das políticas públicas, com base na prestação
de contas apresentada pelos gestores públicos e na correta aplicação dos
recursos públicos.
Inicialmente procura-se aqui apontar caminhos para a abordagem e
desenvolvimento mais profundos neste tema. Dessa maneira, a Constituição
Federal, em seus arts. 70 e 74, I e II e 165 § 9º, estabelece que os atos
praticados pelos gestores públicos, visando à consecução da missão da
entidade sob sua responsabilidade, são passíveis de controle quanto à
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia
de receitas, pelo Congresso Nacional por meio do controle externo e pelo
sistema de controle interno de cada poder.
Vale mencionar como pressupostos dessa analítica das finanças nos
municípios a tempestividade das informações quanto à publicidade que
preconiza profundas alterações de forma e conteúdo, tornando-a instrumento
elucidativo da gestão das contas públicas.
O Direito Financeiro neste enfoque pode ser caracterizado como sendo
um enfoque especial que confere várias técnicas e procedimentos já
conhecidos e tratados no Direito Público e os coloca numa perspectiva
diferente, num grau de detalhes mais analíticos ou numa forma de
apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gestores
em seu processo decisório, priorizando ressaltar na gestão pública a
necessidade de uma maior consciência nos gastos.
De acordo com Silva (2014, p.04) a Lei de Responsabilidade Fiscal foi
editada para atender a carência da sociedade, a qual carece e exige, que
gestores públicos administrem o Estado com grau maior de moralidade,
transparência e responsabilidade visando alcançar e manter o equilíbrio fiscal,
com base em normas de finanças públicas que estabeleçam um novo regime
5

fiscal, tendo princípios cristalinos, controle e responsabilidade, encontrados em


outras legislações como a dos Estados Unidos, e da Nova Zelândia.
De acordo com Menini (2003, p.55) a edição da LRF teve a finalidade de
abordar e regulamentar os assuntos jurídicos voltados ao Direito Financeiro e a
gestão da coisa pública, como mecanismo para preencher a lacuna que
permitia à interpretação de forma conveniente dos dispositivos legais e
financeiros, promovendo, assim a consolidação nacional de um padrão quanto
à terminologia e elaboração das prestações de contas do Estado e políticos,
impondo regras rígidas que objetivam um modelo de administração pública
com puro objetivo do bem comum da sociedade.
Na abertura do Capítulo 1 da LRF, das disposições preliminares,
consubstanciado pelos artigos 1º e 2º, o respeito ao princípio da hierarquia das
leis se faz presente ao vincular a mesma a Constituição Federal, in verbis:

Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças


públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com
amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada
e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios
capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o
cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a
obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita,
geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras,
dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos
a Pagar.
§ 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

Elucida-se que a LRF define gestão fiscal responsável como


planejamento e transparência, cumprimento das metas estabelecidas para a
receita, despesa, resultado nominal, resultado primário, bem como observância
às condições para a renúncia de receita, os limites dos gastos com pessoal,
seguridade social, observando as condições para a inscrição de restos a pagar,
os limites das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de crédito,
concessão de garantia, o limite da antecipação da receita, sendo possível
prevenir riscos e corrigir desvios que venham a resultar em desequilíbrio das
contas públicas.

1.1 O PAPEL DOS TRIBUNAIS DE CONTAS NA FISCALIZAÇÃO


6

De acordo com o Tribunal de Contas da União - TCU os Tribunais de


Contas são órgãos de controle externo do Estado que auxiliam o Poder
Legislativo na missão de acompanhar a execução orçamentária e financeira do
país e contribuem com o aperfeiçoamento da Administração Pública em
benefício da sociedade. Para isso, têm como meta serem referências na
promoção de uma Administração Pública efetiva, ética, ágil e responsável.
De acordo com Medauar (2003, p.421 apud Almeida, 2005, p.01) criado
por iniciativa de Ruy Barbosa, em 1890, o Tribunal de Contas é instituição
estatal independente, pois seus integrantes têm as mesmas garantias
atribuídas ao Poder Judiciário (CF, art. 73, §3°). Daí ser impossível considerá-
lo subordinado ou inserido na estrutura do Legislativo. Se a sua função é atuar
em auxílio ao Legislativo, sua natureza, em razão das próprias normas
constitucionais, é a de órgão independente, desvinculado da estrutura de
qualquer dos três poderes.
Dessa forma, são responsáveis pela fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e entidades públicas do
país quanto à legalidade, legitimidade e economicidade.
Além das competências constitucionais e privativas dos Tribunais de
Contas que estão estabelecidas nos artigos 33, §2º, 70, 71, 72, §1º, 74, §2º e
161, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988, outras leis específicas
trazem em seu texto atribuições entre as quais estão a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LC 101/2001), a Lei de Licitações e Contratos
(8666/93) e, anualmente, a Lei de Diretrizes Orçamentárias de cada entidade
jurisdicionada.
Nota-se que a lei de gestão fiscal possui uma magnitude de tamanha
proporção, que não pode ficar sem uma correspondente punição para aqueles
que não se comprometem com a boa e regular aplicação dos recursos
públicos. Nesse âmbito, a presente pesquisa analisará o papel dos Tribunais
de Contas para o cumprimento da LRF.
Vários são os instrumentos de controle instituídos pela LRF que
propiciaram maior amplitude de ação tanto do controle interno, quanto do
controle externo. Assim os Tribunais de Contas ganharam muita força na
fiscalização preventiva, que é uma tendência moderna do controle, mas,
também, foram atribuídos de força coercitiva para ações repressivas.
7

A Lei n. 10.028, de 19 de outubro de 2000, conhecida como Lei de


Crimes Fiscais – LCF atentou-se para o fato de responsabilizar pessoalmente o
administrador público pelos desvios na gestão das contas públicas. O art. 59 da
LRF também segue esse prisma com evidência a redação dos arts. 70 e 71 da
Constituição Federal, que conferiu ao Poder Legislativo, diretamente ou com o
auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder,
a responsabilidade desses órgãos para fiscalizar o cumprimento da citada lei.
Conforme o citado art. 59 da LRF, os órgãos legitimados deverão
fiscalizar o seguinte:
I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias;
II - limites e condições para realização de operações de crédito e
inscrição em Restos a Pagar;
III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal
ao respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23;
IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para
recondução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos
respectivos limites;
V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo
em vista as restrições constitucionais e as desta Lei Complementar;
VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos
municipais, quando houver.

Ademais os Tribunais de Contas também possuem as atribuições de


emitir alertas aos Poderes ou órgãos referidos no art. 20 da LRF quando
constatarem qualquer das irregularidades contidas no § 1º do art. 59, a
possibilidade de ocorrência das situações previstas no inciso II do art. 4º e no
art. 9º, ou seja, se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da
receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário
ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério
Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta
dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo
os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
Procurando abranger efetivamente os seus objetivos, a LRF consignou
em seu art. 73 que o descumprimento a seus dispositivos deverão ser punidos
por qualquer legislação pertinente, em especial quanto ao Decreto-Lei no
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); a Lei no 1.079, de 10 de
abril de 1950; o Decreto-Lei no 201, de 27 de fevereiro de 1967; a Lei no 8.429,
de 2 de junho de 1992; e demais normas da legislações supervenientes.
8

1.2 A FISCALIZAÇÃO NOS MUNICÍPIOS

Conforme especificado no tópico anterior, os Tribunais de Contas dos


Estados julgam as contas daqueles que administram dinheiro público do
Estado e emitem pareceres a respeito das contas apresentadas pelo
governador. Entretanto os TCEs também são responsáveis por julgar as contas
dos municípios situados em seus respectivos territórios, com rara exceção que
fica por conta dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro, onde os tribunais
de contas municipais julgam as contas municipais e emitem parecer a respeito
das contas apresentadas pelo prefeito, que posteriormente são julgadas pela
Câmara de Vereadores.
De acordo com Almeida (2005, p.01) esta fiscalização e revisão feita
pelos Tribunais de Contas são os elementos fundamentais do controle, sempre
calcados no princípio da legalidade. A fiscalização nada mais é que o poder de
verificação das atividades dos órgãos e agentes administrativos; é a verificação
de que as atividades públicas estão cumprindo suas finalidades, enquanto a
revisão é o poder de corrigir condutas administrativas, seja porque eivadas de
vícios de legalidade, seja em função de mudanças nas políticas públicas.
O art. 71 da nossa Carta Magna traz as competências do TCU que, pelo
principio da simetria, são as mesmas das Cortes estaduais, tendo destaque as
atribuições fiscalizadora, sancionadora, consultiva, informativa, corretiva,
normativa e ouvidoria.
No que tange a competência fiscalizadora é sabido que consiste na
realização de inspetorias e auditorias em órgãos e entes da administração
direta e indireta dos municípios, cabendo examinar a legalidade dos atos de
admissão e de aposentadoria, por exemplo, bem como, a aplicação das
transferências de recursos federais aos municípios, o cumprimento da LRF
quanto à despesa de pessoal, do endividamento público e ainda os editais de
licitação, atos de dispensa e inexigibilidade.
O Tribunal de Contas da União define a fiscalização como a forma de
atuação pela qual são alocados recursos humanos e materiais com o objetivo
de avaliar a gestão dos recursos públicos. Esse processo consiste,
basicamente, em capturar dados e informações, analisar, produzir um
diagnóstico e formar um juízo de valor. Podem ser feitas por iniciativa própria
9

ou em decorrência de solicitação do Poder Legislativo.


Para Almeida (2005, p. 03) a função sancionadora é crucial para que o
Tribunal possa inibir irregularidades e garantir o ressarcimento ao erário. Entre
as penalidades normalmente aplicadas estão, por exemplo, a aplicação de
multa proporcional ao débito imputado, multa por infração à LRF, afastamento
do cargo de dirigente que obstrui a auditoria, decretação de indisponibilidade
de bens por até um ano, declaração de inidoneidade para contratar com a
administração pública por até cinco anos, declaração de inabilitação para o
exercício de função de confiança, dentre outras.
A Lei nº 8.443/92, que dispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunal de
Contas da União, se manifesta com relação à função sancionadora quando
elucida a aplicação aos responsáveis das sanções previstas em caso de
ilegalidade de despesa ou de irregularidade de contas. Ao constatar ilegalidade
ou irregularidade em ato de gestão de qualquer órgão ou entidade pública, o
TCU fixa prazo para cumprimento da lei. No caso de ato administrativo, quando
não atendido, o Tribunal determina a sustação do ato impugnado. Nesses
casos, TCU exerce função corretiva.
Em consonância com o disposto no portal institucional do TCU a função
normativa decorre do poder regulamentar conferido aos Tribunais por suas Leis
Orgânicas, que faculta a expedição de instruções e atos normativos, de
cumprimento obrigatório, sob pena, de responsabilização do infrator, acerca de
matérias de sua competência e a respeito da organização dos processos que
lhe devam ser submetidos.
No tocando as ouvidorias, pode se afirmar que reside na possibilidade
de os Tribunais receberem denúncias e representações relativas a
irregularidades ou ilegalidades que lhe sejam comunicadas por responsáveis
pelo controle interno, por autoridades ou por qualquer cidadão, partido político,
associação ou sindicato, sendo esta uma função fundamental no fortalecimento
da cidadania e na defesa dos interesses difusos e coletivos, sendo importante
meio de colaboração com o controle.

1.2.1 A AÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA


10

No ano de 2005 o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia publicou a


Decisão Normativa n. 001/2015/TCE-RO que estabelece as diretrizes gerais
sobre a implementação e operacionalização do sistema de controle interno
para seus entes jurisdicionados.
Em seu art. 1º a decisão supracitada estabelece as diretrizes gerais que
devem servir de marco referencial para que os Poderes Executivo e Legislativo
nos Municípios, tratados como “entes controlados”, possam instituir e
regulamentar o funcionamento do seu respectivo Sistema de Controle Interno,
visando assegurar maior grau de eficácia e eficiência à fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, quanto à legalidade,
legitimidade e economicidade na gestão dos recursos, a proteção do
patrimônio e a avaliação dos resultados obtidos pela Administração, nos termos
dos artigos 31 e 74 da Constituição da República.
Tal Decisão Normativa n. 001/2015/TCE-RO consubstancia uma das
formas utilizadas pelo TCERO, para fiscalização dos municípios, que para tanto
prevê em seu art. 9º, § I, que as atividades de controle interno devem abranger
todas as unidades integrantes da estrutura do poder ou órgão fiscalizado, seja
pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais a
Administração Pública responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações
de natureza pecuniária.
Olvidando operacionalizar o que pressupõe a Lei de Responsabilidade
Fiscal sobre ações planejadas e transparentes das ações dos órgãos públicos,
o art. 48 estabelece os instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos
quais deve ser dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de
acesso público, sendo estes instrumentos o Plano Plurianual, a Lei de
Diretrizes Orçamentárias, a Lei Orçamentária Anual, as Prestações de Contas
e o respectivo parecer prévio, o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária – RREO e o Relatório de Gestão Fiscal – RGF e as versões
simplificadas desses mesmos documentos.
Em artigo publicado pelo portal institucional do TCERO em 19 de
setembro de 2016, a atuação eficiente, proativa e fiscalizadora do órgão, junto
às administrações municipais, notadamente a partir da aprovação, nos últimos
anos, de leis e regras específicas no tocante à transparência das contas e
11

gastos públicos, possibilitou a Rondônia obter destaque nacional em termos de


cumprimento das exigências legais no que se refere à transparência e
publicidade das ações governamentais.
Ainda de acordo com o supracitado artigo, no Ranking da Transparência,
divulgado nacionalmente pelo Ministério Público Federal, Rondônia
relativamente aos governos municipais foi o estado da região Norte melhor
colocado, saltando de um índice de 3,78 na primeira avaliação em 2015 para
7,12 no levantamento feito em 2016, alcançando com essa nota a quarta
posição no país.
Desse modo no que se refere à sistemática que envolve o controle e a
fiscalização dos critérios de transparência nas administrações municipais, a
participação do TCE-RO se efetivou, dentro de suas competências
jurisdicionais e constitucionais, por meio de ações como auditorias, pareceres e
decisões, que, em seu conjunto, contribuíram para a elaboração pelos
municípios de medidas voltadas à implantação dos portais nos moldes das
exigências legais, em especial a Lei Complementar nº 131/2009, também
chamada Lei da Transparência, que possibilita a qualquer cidadão, a
apreciação das atividades desenvolvidas com recursos públicos das
municipalidades, logo instrumento imprescindível ao desempenho de gestão
eficiente.
No desempenho de suas atribuições o TCE-RO editou várias Instruções
Normativas que evidenciam as medidas adotas em determinadas situações de
fiscalização sendo quatro procedimentos básicos: tomada de contas, tomada
de contas especial, fiscalizações e monitoramentos.
A Instrução Normativa nº 21/TCE-RO-2007 que dispõe sobre a
instauração e composição de processos de Tomada de Contas Especial em
seu Art. 1º determina, que diante da omissão no dever de prestar contas, da
não comprovação da aplicação de recursos repassados pelo Estado ou
Município, da ocorrência de desfalque, pagamento indevido ou desvio de
dinheiros, bens ou valores públicos, ou, ainda, da prática de qualquer ato ilegal,
ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao Erário, à autoridade
administrativa competente, sob pena de responsabilidade solidária, deverá
imediatamente adotar providências com vistas à instauração de Tomada de
Contas Especial, para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e
12

quantificação do dano.
Desse modo a tomada de contas especial é ação determinada pelo
Tribunal ou por autoridade responsável pelo controle interno com a finalidade
de adotar providências, em caráter de urgência, nos casos previstos pela
legislação em vigor, para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e
quantificação pecuniária do dano.
Albuquerque (2016, p.06) frisa no Manual de Orientação da Prestação
de Contas do Chefe do Executivo Municipal que a prestação de contas trata de
informações consolidadas do Município, sobre os resultados das políticas
públicas conduzidas pelo Chefe do Executivo, a quem compete o seu
julgamento ao Legislativo Municipal, mediante o auxílio técnico do TCE-RO,
expresso por meio do Parecer Prévio. Assim, todos os relatórios e documentos,
sem exceção, a serem transmitidos devem tratar dos resultados consolidados
de cada Município.
Ainda de acordo com Albuquerque (2016, p.07) deve se ressaltar, a
importância da adequação e conformidades destes relatórios e documentos a
serem transmitidos com as informações encaminhadas ao longo dos exercícios
financeiros, a exemplo das informações transmitidas por meio do Sistema
SIGAP – Módulo Contábil e Gestão fiscal, os processos de acompanhamento
da Educação e Saúde, visto que todas essas informações subsidiam a
apreciação destas das Contas.
Assim é por meio da prestação de contas anual que a Administração
elabora um relatório circunstanciado, para apresentar à sociedade a síntese
das atividades desenvolvidas e os resultados produzidos pela sua gestão,
comparando aquilo que foi efetivamente realizado com o planejado por meio
dos instrumentos de planejamento, em termos qualitativos e quantitativos, com
especial enfoque sobre os programas voltados às áreas de educação, saúde,
segurança e obras públicas.

1.3 ANÁLISES DAS PRESTAÇÕES DE CONTAS MUNICIPAIS PELO


TCERO

Em atenção ao art. 3º da Lei Complementar Estadual nº. 154, de 26 de


julho de 1996, que dispõe sobre a Lei Orgânica do TCERO, combinado com o
13

art. 4º do Regimento Interno da referida Corte de Contas e por entender a


necessidade de otimização e padronização dos ritos processuais no Tribunal,
foi aprovado o Manual de Auditoria do Tribunal de Contas do Estado de
Rondônia.
Dentre os inúmeros benefícios, o mencionado Manual resultou numa
maior instrumentalização, pois suas diretrizes foram adaptadas à realidade do
Estado de Rondônia sendo úteis para o fortalecimento da fiscalização e
padronização, assim como proporcionou ainda maior arrimo técnico ao
cumprimento das funções institucionais do TCERO.
O Capítulo II do Manual de Auditoria do TCERO estabelece como objeto
de exame do controle externo, qualquer ato praticado por pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou
administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais o Estado de
Rondônia e seus Municípios respondam ou que, em nome destes, assuma
obrigações de natureza pecuniária, transcrição praticamente literal do art. 70,
parágrafo único, da CF.
O art. 10 do Regimento Interno do TCERO dispõe que as contas dos
administradores e responsáveis, serão anualmente submetidas a julgamento,
sob forma de tomada ou prestação de contas. Logo anualmente todos os 52
municípios de Rondônia tem suas prestações de contas submetidas à
apreciação do ilustre Corpo Técnico de auditores externos, onde
posteriormente são elaborados pareceres base para a decisão em processo de
prestação de contas, podendo esta ser preliminar, definitiva ou terminativa,
conforme art. 18 do Regimento Interno do TCERO, in verbis:

Art. 18. A decisão em processo de tomada ou de prestação de contas


pode ser preliminar, definitiva ou terminativa.
§ 1º Preliminar é a decisão pela qual o Relator, antes de pronunciar-
se quanto ao mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento,
ordenar a citação ou a audiência dos responsáveis ou, ainda,
determinar outras diligências necessárias ao saneamento do
processo.
§ 2º Definitiva é a decisão pela qual o Tribunal julga as contas
regulares, regulares com ressalva ou irregulares.
§ 3º Terminativa é a decisão pela qual o Tribunal ordena o
trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis, nos
termos dos arts. 20 e 21 da Lei Complementar nº 154, de 26 de julho
de 1996, e arts. 27 e 28 deste Regimento.

Ainda de acordo com o art. 19 se verificada irregularidade nas contas, o


14

Relator do processo definirá a responsabilidade individual ou solidária pelo ato


de gestão inquinado, ordenando a citação do responsável para, no prazo de
trinta dias, apresentar defesa em caso de débito ou recolher a quantia devida.
Não havendo débito, deve ser determinada a audiência do responsável para,
no prazo de quinze dias, apresentar razões de justificativa.
Em caso de rejeição pelo Tribunal de Contas no julgamento do mérito, o
responsável deve ser cientificado para, em novo e improrrogável prazo de
quinze dias, recolher a importância devida, acrescida de multa, se for o caso.
Ao julgar as contas, o TCERO decidirá se estas são regulares, regulares
com ressalva ou irregulares, exceto na hipótese prevista no art. 27 que
especifica as contas consideradas iliquidáveis, em decorrência de caso fortuito
ou de força maior, comprovadamente alheio à vontade do responsável,
tornando materialmente impossível o julgamento de mérito.
No exercício de 2017 foi publicado o Manual de Auditoria Financeira pelo
TCERO, que definiu como objetivos estratégicos do órgão a intensificação no
foco da prevenção de gastos irregulares e combate à fraude e a corrupção na
Administração Pública, harmonizando melhoramentos dos serviços públicos em
prol da coletividade, por meio das atribuições constitucionais e legais e da
função fiscalizadora e pedagógica da ilustre Corte de Contas.
Com o intuito de realizar os procedimentos correlatos a apreciação das
contas anuais dos municípios rondonienses, foram constituídos diversos
grupos de trabalhos incumbidos da elaboração e sistematização de diversos
documentos técnicos, com a finalidade de nortear o desenvolvimento e o
aperfeiçoamento dos processos de trabalho de análise.
Assim sendo, anualmente é designada para analisar a Prestação de
Contas de Governo dos chefes do Poder Executivo Municipal do Estado de
Rondônia, uma Comissão de Análise de Contas, que se constitui de uma
equipe de auditores de controle externo do TCE/RO, adequada aos padrões
internacionais das entidades superiores de fiscalização. Esta comissão é
responsável por realizar desde a análise preliminar até a conclusiva dos 52
chefes do Poder Executivo Municipal do Estado de Rondônia, utilizando-se dos
procedimentos de Auditoria Financeira, com o apoio da Secretaria Estratégica
de Tecnologia de Informação e Comunicação – SETIC.
15

1.3.1 SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO E AUDITORIA PÚBLICA –


SIGAP/TCERO

Em consonância com o site oficial do TCE-RO o Sistema Integrado de


Gestão e Auditoria Pública – SIGAP é um sistema de tecnologia própria e
constitui uma importante ferramenta para fiscalização, controle e recebimento
dos dados e informações relativos às operações administrativas,
orçamentárias, financeiras, patrimoniais e fiscais dos órgãos jurisdicionados.
A Instrução Normativa Nº 019/TCE-RO-2006, regulou o mencionado
sistema dispondo sobre a remessa, por meio informatizado, dos dados e
informações relativas às operações orçamentárias, financeiras e patrimoniais
da Administração Direta e Indireta dos Municípios. De acordo com o art. 2º, da
referida IN nº 019 os dados obtidos por meio do SIGAP comporão a Prestação
de Contas Anual do exercício financeiro correspondente, servindo de fonte para
a elaboração de planos de trabalho e execução de programas de auditorias,
inspeções e exames de denúncias, entre outras aplicações de controle.
Efetivamente, esse sistema se constitui em um importante mecanismo
de coleta de informações necessárias ao exercício do controle externo na área
municipal e estadual, a fim de subsidiar a análise das contas anuais dos órgãos
jurisdicionados ao TCE-RO e um instrumento excepcional de planejamento
para a realização de auditorias e inspeções, além de contribuir em eficiente
mecanismo auxiliar a instrumentalização do exercício do controle social.
De acordo com o art. 19 da IN nº 019 as informações componentes da
base de dados do SIGAP devem servir de fonte para a elaboração de
demonstrativos para divulgação na internet e foram justamente com base
nessas informações que foram realizados os levantamentos necessários para
realização da presente pesquisa.

1.3.2 DADOS COLETADOS VIA SIGAP/TCERO

Com o desígnio de demonstrar a importância da evidenciação da LRF no


controle externo em âmbito municipal, a presente pesquisa objetiva verificar
sua aplicabilidade pelo TCERO, para tanto usufruiu das vantagens instituídas
pela Lei de Acesso à Informação, editada sob o nº 12.527/2011, que garantiu
16

ao cidadão o acesso às informações públicas sob a guarda do Estado, previsto


na Constituição Federal de 1988 tornando possível a averiguação via internet
dos dados coletados até o exercício de 2015 pelo TCERO, quanto à
aplicabilidade da LRF nos 52 municípios rondonienses.
No âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), a
Lei de Acesso à Informação foi regulamentada por meio da Resolução nº
93/TCE-RO/2012. Assim o TCE-RO, em cumprimento à lei, disponibilizou em
espaço eletrônico, nos limites de sua competência, as informações de interesse
coletivo ou geral.
Visando à promoção do controle social das ações governamentais, os
dados exibidos por meio do endereço eletrônico
www2.tce.ro.gov.br/portalcontaspublicas/ContasPublicas, possibilita acessar
separadamente ou em conjunto cada informação relevante, quanto a qualquer
município de Rondônia, assim como pesquisar sua situação quanto à aplicação
dos índices constitucionais de Saúde, Educação, Despesas com Pessoal, além
de constar os valores gastos e o Orçamento Anual Aprovado para cada ente.
O sistema permite ainda, a geração e emissão e/ou expedição
automática e eletrônica aos gestores, do Relatório de Acompanhamento e
Análise da Gestão Fiscal e do Termo de Alerta de Responsabilidade Fiscal,
porventura existente, aos gestores, e no caso de ocorrência de irregularidades
acusadas no processo de acompanhamento decorrentes de infrações definidas
nos incisos I a IV do art.5º da Lei Federal n 10.028/2000, e de
descumprimentos à norma legal de natureza ‘financeira prevista na Lei
Orgânica do TCE/RO e seus regulamentos, a emissão eletrônica do Relatório
de Fiscalização de Atos da Gestão Fiscal.
Por meio de planilha específica é possível ainda identificar o número do
processo instaurado para análise da Prestação de Contas de cada exercício
financeiro, constando inclusive a conclusão do parecer sobre a aprovação das
contas, podendo conforme já explanado, ser Favorável, Favorável com
ressalva ou Desfavorável.

1.3.2.1 DESPESA COM PESSOAL


17

De acordo com art. 18 da LRF entende-se como despesa total com


pessoal o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os
inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou
empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies
remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis,
subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive
adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer
natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às
entidades de previdência.
Devem ainda ser contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal" os
valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à
substituição de servidores e empregados públicos.
A apuração da despesa total com pessoal se realiza somando a
realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores,
adotando-se o regime de competência.
O Egrégio Tribunal de Contas do Estado de Rondônia disponibiliza em
seu site, demonstrativos que compreendem os períodos de 2011 a 2015, os
quais vislumbram os dados abaixo especificados, ordenados por Exercício
Financeiro, distinguindo a quantidade de municípios que atingiram índice
superior ou inferior a 60% da Receita Corrente Líquida-RCL para os fins do
disposto no caput do art. 169 da Constituição, ou seja, cumprimento ou não do
limite estabelecido para cada ente da Federação, além de evidenciar a
quantidade de contas ainda não apreciadas.
Com base nas planilhas disponibilizadas foi possível observar o quadro
abaixo.
Quadro 01 – DESPESA DE PESSOAL DOS MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA

É possível salientar que houve no decorrer dos cinco anos um gradativo


aumento dos municípios que descumpriram com a obrigação de não exceder
18

ao limite de despesa com pessoal.


Depreende das informações que dos 49 municípios que tiveram suas
prestações de contas anual apreciadas até a elaboração deste artigo, para o
Exercício de 2015 mais de 16% infringiram o disposto na LRF, sendo no
Exercício de 2011 apenas 2% do total apreciado transgrediram tal legislação,
ou seja, um acréscimo de 14% em quatro anos.
Em consonância com o art. 21 da LRF é nulo de pleno direito o ato que
provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda as exigências de
criação de despesa da própria LRF e o disposto no inciso XIII do art. 37 e no §
1º do art. 169 da Constituição.
Nesta guisa entende-se que aquele que der causa a ultrapassar o limite
de Despesa Total com Pessoal em cada período de apuração (LRF, art. 19 e
20), será submetido à cassação do mandato conforme art. 4º, inciso VII do
Decreto-Lei nº 201. Ainda nesse cerne, aquele que expedir ato que provoque
aumento da Despesa com Pessoal em desacordo com art. 21 da LRF, poderá
ser condenado a Reclusão de um a quatro anos em consonância com art. 2º da
Lei nº 10.028/2000.

1.3.2.2 GASTOS COM SAÚDE

Utilizada como subsídio, a LRF é uma ferramenta fiscalizadora e


punitiva, com parâmetros criados para determinar limites de aplicações de
despesas em relação à receita, os quais passaram a ser instrumentos
imperiosos de análise, propendendo com que os gestores efetuem o
cumprimento da legalidade, melhor gerenciamento e controle dos gastos
público, inclusive em relação à saúde e educação.
Com alicerce nos Demonstrativos das Receitas e Despesas com Ações
e Serviços Públicos de Saúde - ASPS, o TCERO observa se houve repasses
conforme exigível no art. 198, § 2º da Constituição Federal de 1988 e LRF,
onde especifica que as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, devendo
conforme art. 7o  da Lei Complementar 141/2012 os municípios e o Distrito
Federal aplicarem anualmente, no mínimo, 15% (quinze por cento) da
arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que
19

tratam o art. 158 e a alínea “b” do inciso I do caput e o § 3º do art. 159, todos
da Constituição Federal em ASPS.
Não obstante o rígido controle dos gastos com saúde quando da
interpretação literal dos dispositivos legais, bem como os diversos
posicionamentos do TCERO acerca da questão, é possível evidenciar o quadro
abaixo.
Quadro 02 – DESPESA COM SAÚDE DOS MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA.

Depreende das informações apresentadas que no decorrer dos


exercícios de 2011 a 2015 os municípios de Rondônia e seus gestores
mantiveram certa constância em seus gastos com saúde, pois no referido
período apenas 04 (quatro) deles apresentaram índices inferiores ao limite
mínimo constitucional, sendo evidenciado que a maioria cumpriu rigorosamente
com a obrigação de aplicação em ASPS.
Com efeito, dos dados supracitados, fica evidente no que concerne ao
Sistema Único de Saúde no Estado de Rondônia é possível averiguar que foi
garantido às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da
saúde, dos quais os municípios são impelidos a proporcionar como fatores que
se relacionam com o bem-estar social e interferem na saúde da população de
maneira benéfica.

1.3.2.3 GASTOS COM EDUCAÇÃO

Em prol das melhores estratégias de atuação, o TCERO busca para


consolidação do direito social à educação e da garantia de ensino de
qualidade, o controle dos recursos por meio da fiscalização do cumprimento
das regras constitucionais referentes aos gastos mínimos que asseguram o
piso de recursos de impostos e transferências de que trata o art. 212, os
repasses oriundos do FUNDEB e, dentro desse, o patamar mínimo de gasto
em valorização do magistério.
20

A Constituição Federal disciplina que, in verbis:


“Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento,
no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do
ensino.”

O art. 25 da LRF veda transferências voluntárias quando o Município


não aplica o mínimo em educação. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação –
LDB disciplina no art. 70, quais os gastos da educação devem ser
considerados como despesas para manutenção e desenvolvimento do ensino,
sendo tais ações legalmente definidas e delas resultam no desempenho que
mantem o padrão mínimo de qualidade.
De acordo com o mencionado art. 70 da LDB são ações de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – MDE todas aquelas que visam
alcançar os objetivos básicos da educação nacional, ou seja, são ações
voltadas à obtenção dos objetivos das instituições educacionais de todos os
níveis.
Desta feita, quando garantido que os gastos públicos estão sendo
executados de acordo com as regras constitucionais, de no mínimo 25% das
receitas com aplicação dos recursos nos termos da legislação vigente, é
possível auferir foco de atenção para a qualidade do serviço oferecido, a qual
pode ser fiscalizado pelo TCERO, por meio do cumprimento das regras
técnicas da área, dentre as quais se destaca a implementação dos planos
municipais de educação em cumprimento ao Plano Nacional de Educação.
O levantamento apurado por meio do SIGAP entre 2011 e 2015
revelam os percentuais aplicados na manutenção e desenvolvimento do ensino
em âmbito municipal, conforme segue:
Quadro 03 – DESPESA COM EDUCAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DE RONDÔNIA.

Assim como ocorreu na área da saúde, os gastos em manutenção e


desenvolvimento do ensino na esfera municipal corresponderam estritamente
ao delineado em nossa Carta Magna, não acarretando em sanções dos
21

gestores quanto à aplicação da LRF, pois apenas 01 (um) ente apresentou


índice inferior a 25% de nos últimos três anos auferidos.
Assim sendo, a partir do exposto acima, e considerando a interpretação
conjunta dos artigos 37 e 40 da CF/88, os art. 70 e 71 da Lei 9.394/96, e o art.
22 da Lei 11.494/07, conclui-se que, para fins do limite constitucional com
MDE, os municípios de Rondônia em sua maioria empreenderam gastos
suficientes com a finalidade prioritária no ensino fundamental e na educação
infantil.

1.3.3 DOS PARECES EMITIDOS PELO TCERO QUANTO APROVAÇÃO OU


REPROVAÇÃO DAS CONTAS MUNICIPAIS

Com o desígnio de obter asseguração razoável sobre a existência ou


não de distorções relevantes nas informações enviadas e divulgadas pelos
gestores municipais, independente se causadas por erro ou fraude, o TCERO
anualmente realiza a apreciação das contas municipais.
Ao aderir às normas internacionais e brasileiras visando a expressar
uma opinião com mais segurança sobre as demonstrações financeiras
orçamentárias das entidades públicas jurisdicionadas, com base nos
procedimentos de auditoria financeira, o supracitado TCERO busca a melhoria
dos serviços públicos disponibilizados à sociedade.
Conforme já elucidado na presente pesquisa a Prestação de Contas do
Chefe do Executivo Municipal trata de informações consolidadas do Município,
sobre os resultados das políticas públicas e sua gestão de modo integral, assim
como compete ao Legislativo Municipal seu julgamento, mediante o auxílio
técnico do TCE-RO, expresso por meio do Parecer Prévio.
De acordo com o Manual de Auditoria Financeira TCERO (2017, p.16)
deve o Tribunal emite parecer prévio sobre as contas prestadas anualmente
pelo Governador do Estado e pelos Prefeitos Municipais, devendo as contas
consistir nos balanços gerais e no relatório do órgão central do sistema de
controle interno dos Poder Executivo acerca da execução dos orçamentos de
que trata o § 5º do art. 165, da Constituição Federal, conforme dispõe o
parágrafo único do art. 356 da Lei Orgânica do TCE/RO (Lei Complementar nº
154/1996).
22

No que diz respeito ao Regimento Interno do TCE/RO é determinado


que o Parecer Prévio sobre as contas supramencionadas deve ser conclusivo
no sentido de manifestar-se sobre se os Balanços Gerais representam
adequadamente a posição financeira, orçamentária e patrimonial em 31 de
dezembro, bem como o resultado das operações, de acordo com os princípios
fundamentais de contabilidade aplicada à Administração Pública estadual (art.
47 do Regimento Interno TCE/RO).
Em se tratando das contas anuais de gestão de órgãos, fundos e
entidades públicos, de responsabilidade de seus administradores o próprio
Tribunal faz o julgamento, em consonância com o artigo 16 da Lei
Complementar nº 154/1996, que estabelece que as contas sejam julgadas
regulares quando expressarem, de forma clara e objetiva, dentre outros
elementos, a exatidão dos demonstrativos contábeis.
Na apreciação pelo TCERO da gestão realizada pelos Chefes dos
Poder Executivo Municipal se exige a avaliação de risco e procedimentos
adicionais de auditoria específicos, como nos casos de dívida pública,
despesas com juros e encargos, despesa previdenciária, despesa com
educação ou saúde, dentre outros, tendo por objetivo obter segurança razoável
sobre a confiabilidade de um conjunto de informações no âmbito consolidado
ou individual.
Desta feita, após regular trâmite processual os auditores integrantes da
Comissão de Análise de Contas de Governo do Chefe do Executivo Municipal
(CACGCEM) apresentaram proposta de Relatório e Parecer Prévio aos
respectivos Conselheiros Relatores, na forma de opinião com objetivo de
fornecer segurança razoável ao Plenário da Corte de Contas, na tomada de
decisões sobre cada prestação de contas.
Esclareça-se que em todas as etapas do processo de julgamento de
contas, de apreciação de atos sujeitos ao registro e de fiscalização de atos e
contratos, será assegurados aos responsáveis ou interessados ampla defesa,
nos termos do art. 88 do Regimento Interno TCE/RO.
De acordo com art. 49, § 1º do seu Regimento Interno, no prazo de
cento e oitenta dias a contar de seu recebimento, o TCERO emitirá Parecer
Prévio no sentido da aprovação ou não das contas precedido de relatório dos
resultados do exercício financeiro, observado o disposto no art. 176.
23

O Relatório e o Parecer Prévio do TCERO e, se existentes,


declarações de votos e a justificação de voto vencido, serão encaminhados, em
originais, à Câmara Municipal e, em cópia ao Prefeito.
Das informações disponibilizadas foi possível auferir os dados abaixo
transcritos.
Quadro 04 – PARECERES DAS CONTAS ANUAIS DOS MUNICÍPIOS
DE RONDÔNIA.

Conforme exposto ressalta-se que no decorrer dos cinco exercícios


analisados pelo ínclito TCERO, apenas três entes municipais tiveram o esmero
de ter suas contas aprovadas de forma favorável, sem nenhuma ressalva
averiguada.
O maior percentual de reprovação foi constatado no exercício
financeiro de 2012, que coincidiu com exercício de final de mandato, quando
mais de 57,69% do total dos 52 municípios de Rondônia tiveram suas contas
com pareceres de reprovação.

Tal ocorrência se deveu ao fato de, em alguns casos, os Chefes do


Poder Executivo dos municípios ter expedido ato que provocou aumento da
Despesa com Pessoal nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato,
24

não obteve o resultado primário necessário para recondução da dívida aos


limites, não garantiu que os gastos públicos executados atingissem as regras
constitucionais, de no mínimo 25% em MDE ou/e 15% em ASPS das receitas
aplicadas, dentre outras inúmeras regularidades apropriadas.
Por derradeiro e em reconhecimento ao árduo trabalho executado pelo
TCERO, insta registrar que desde o ano de 2011 um total de 24,23% das
contas apreciadas apresentou pareceres desfavoráveis, o que infelizmente
consiste em um total expressivo, haja vista se tratar de gestão da coisa pública.

CONCLUSÃO

Paralelamente ao desafio das entidades do setor público de alcançar o


seu objetivo está à busca pela transparência dos atos e fatos de sua gestão,
onde o presente estudo almejou demonstrar que é melhor evidenciado quando
se coaduna a Lei de Responsabilidade Fiscal que contribui com informações e
demonstrativos relevantes e pertinentes. Sendo válido enfatizar a capacidade
do TCERO de aplica-la em âmbito municipal, abrangendo toda e qualquer
pessoa, seja ela física ou jurídica desde que possua finalidade pública que
alcance o bem social.
A partir do momento em que os gestores públicos estabelecem
compromissos com as atividades do Poder Público e divulgam seus resultados
com total clareza de forma que não deixem dúvidas com relação a sua
conduta, transforma-se em entidades bem vistas pela sociedade, o que as
proporcionam benefícios em prol do processo econômico para a manutenção e
obtenção dos objetivos finais das mesmas.
Deste modo, a fiscalização exercida pelo TCERO sobre as informações
geradas pelos municípios torna-se úteis, possibilitando a apreciação pelo Poder
Legislativo com bases legais sólidas sobre o gerenciamento de todos os
recursos públicos, principalmente no que tange aos gastos com educação, a
saúde e pessoal, o que subsidia a aferição de regularidade.
A presente pesquisa analisa os dados disponibilizados pelo TCERO,
relativos aos últimos cinco exercícios financeiros, quais sejam 2011 a 2015 e
clarifica o mecanismo de divulgação a sociedade, que evidencia os fatos
ocorridos em âmbito municipal por meio de resumos das práticas
25

desenvolvidas e especifica os critérios utilizados da LRF para a apuração e


atingimento de índices mínimos legais.
Com relação aos dados, pode ser averiguado que a maior parte dos
municípios está aplicando os limites mínimos de Educação e Saúde,
respectivamente acima de 25% e 15%, pois a demanda apresentada pela
população relativamente a estes serviços é exorbitante para a contrapartida
das receitas públicas recebidas.
Ainda em relação às informações, foi possível constatar o crescente
aumento nos gastos com despesa de pessoal em relação à RCL dos
municípios no período aludido, o que propiciou a emissão de alguns pareceres
desfavoráveis por parte do TCERO.
Seguindo os critérios constitucionais e da LRF aplicados em âmbito
municipal para a fiscalização feita pelo TCERO, se esperar que a presente
pesquisa sirva de embasamento teórico para futuros pesquisadores que terão
com a utilização deste material, um subsídio para iniciarem novas pesquisas
sobre o assunto ou ainda o utilizem como fonte para direcionar e delinear
estudos em assuntos similares.
É notório que a evidenciação da contribuição das informações
disponíveis a sociedade na gestão das entidades do setor público não se
restringe apenas a correta aplicação dos índices mínimos constitucionais em
educação e saúde ou da LRF, todavia foi necessário limitá-lo para que fossem
melhor explorados os procedimentos correlatos ao assunto. Deste modo o
referencial teórico adotado para a elaboração da presente pesquisa foi
constituído com base em pesquisa documental e bibliográfica.
Assim tornar-se evidente a preocupação do TCERO, como órgão
auxiliar do Poder Legislativo em deixar os seus usuários e toda a sociedade de
modo geral, informados dos atos ocorridos, divulgando e propondo com muita
veracidade o modo como os recursos públicos vêm sendo gastos e
principalmente se suas metas constitucionais impostas estão alcançadas.

REFERÊNCIAS
26

ALBUQUERQUE, Allan Cardoso de et al. Manual de Orientação da


Prestação de Contas do Chefe do Executivo Municipal – Exercício 2015.
Secretaria Geral de Controle Externo- SGCE Comissão Contas Anuais. Porto
Velho, RO. 01 fev. 2016. Disponível em:
<http://www.tce.ro.gov.br/portalsigap/wp-content/uploads/2016/03>. Acesso
em: 20 maio 2017.

ALMEIDA, Geórgia Campos de. O papel dos Tribunais de Contas no Brasil.


Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 10, n. 845, 26 out.
2005. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/7487>. Acesso em: 20 maio
2017.

ALVES, Benedito Antônio. Lei de responsabilidade fiscal comentada: texto


comentado e atualizado. 5. ed. Brasília: Senado Federal, 2011. 436 p.

BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de


Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 17 mar. 1964. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm>. Acesso em: 09 mar. 2017.

BRASIL. Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992. Dispõe sobre a Lei Orgânica do


Tribunal de Contas da União e dá outras providências. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 17 jul. 1992. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8443.htm>. Acesso em: 20 mai. 2017.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 05 out. 1988. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao>.
Acesso em: 09 mar. 2017.

BRASIL. Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000. I Estabelece


normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal
e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Brasília, DF, 04 mai. 2000. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406>. Acesso em: 09 mar.
2017.

BRASIL. Lei Complementar nº 10.028, de 19 de outubro de 2000. Altera o


Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, a Lei no
1.079, de 10 de abril de 1950, e o Decreto-Lei no 201, de 27 de fevereiro de
1967. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20
dez. 2000. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10028.htm>. Acesso em: 09 mai.
2017.

BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário


Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 11 jan. 2002.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406>.
Acesso em: 09 mar. 2017.
27

BRASIL. Lei nº 11.127, de 28 de junho de 2005. Altera os arts. 54, 57, 59, 60 e
2.031 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Código Civil, e
o art. 192 da Lei no 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, e dá outras
providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF,
29 jun. 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2005/lei/L11127>. Acesso em: Acesso em 09 mar. 2017.

BRASIL. Novo Código Civil: Exposição de motivos e texto sancionado. 2. ed.


Brasília: Senado Federal Subsecretaria de edições técnicas, 2005. 340p.

BEUREN, Ilse Maria... [et al]. Como elaborar trabalhos monográficos em


contabilidade: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 195p.

KHAIR, Amir Antônio. Lei de responsabilidade fiscal: guia de orientação para


as prefeituras. Brasília: Ministério do Planejamento e Orçamento, 2000. 144 p.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica.


6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 314 p.

MENINI, Alves Edmo. Lei de Responsabilidade Fiscal: Uma Retrospectiva no


Estado de São Paulo. São Paulo, 2003. Disponível em:
<http://bibliotecadigital.fgv.br /> Acesso em: 08 mai. 2017.

SANTOS FILHO, Elmitho Ferreira dos. A atuação dos Tribunais de Contas


para o Cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e sua Importância
para as Punições Fiscais e Penais. Tribunal de Contas da União. Instituto
Serzedello Corrêa Universidade de Brasília/Faculdade de Direito Curso de Pós-
graduação em Direito Público e Controle Externo. 2006. 20 f. Disponível em:
<http://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?
fileId=8A8182A24F0A728E014F0ACA0AD82C7F>. Acesso em: 08 mai. 2017.

SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL. Manual de Contabilidade


Aplicada ao Setor Público: Portaria STN nº 700/2014. 6. Ed. Brasília: 2014.

SILVA, Auryelle Cabulão. Lei de Responsabilidade Fiscal: um estudo no


Poder Executivo do município de Cacoal-RO. 2014. 47 f. (Monografia)
Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Campus professor
Francisco Gonçalves Quiles Departamento acadêmico de Ciências Contábeis.
Disponível em: <http://ri.unir.br:8080/xmlui/handle/123456789/369>. Acesso
em: 08 mai. 2017.

RONDÔNIA. Resolução n. 005/1996/TCE-RO. Aprova o Regimento Interno


do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia. Disponível em: <
http://www.tce.ro.gov.br/tribunal/legislacao/arquivos/RegInterno-5-1996.pdf>.
Acesso em: 28 ago. 2017.

RONDÔNIA. Decisão Normativa n. 001/2015/TCE-RO. Estabelece as


diretrizes gerais sobre a implementação e operacionalização do sistema
de controle interno para os entes jurisdicionados. Disponível em: <
28

http://www.tce.ro.gov.br/tribunal/legislacao/arquivos/DeNo-001-2015.pdf>.
Acesso em: 20 mai. 2017.

RONDÔNIA. Resolução n. 177/2015/TCE-RO. Aprova o Manual de Auditoria


do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia. Disponível em: <
http://www.tce.ro.gov.br/tribunal/legislacao/arquivos/Res-177-2015.pdf>.
Acesso em: 28 ago. 2017.

RONDÔNIA. Instrução Normativa n. 019/TCE-RO-2006. Dispõe sobre a


remessa, através de meio informatizado, de dados e informações relativas
às operações orçamentárias, financeiras e patrimoniais da Administração
Direta e Indireta dos Municípios. Disponível em: <
http://www.tce.ro.gov.br/tribunal/legislacao/arquivos/InstNorm-19-2006.pdf>.
Acesso em: 14 set. 2017.

RONDÔNIA. Instrução Normativa n. 52/2017/TCE-RO. Dispõe sobre os


requisitos a serem obedecidos e elementos a serem disponibilizados nos
Portais de Transparência de todas as entidades, órgãos e Poderes
submetidos ao controle do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia.
Disponível em: <http://www.tce.ro.gov.br/tribunal/legislacao/arquivos/InstNorm-
52-2017.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2017.

Você também pode gostar