Aula 6 Métodos de Localização Radiográfica

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Radiologia oral- Aula 6 26/03/2021

Métodos de localização radiográfica

Técnicas de localização espacial


São técnicas aplicadas com a finalidade de obter uma imagem de estruturas patológicas
ou não.
As técnicas radiográficas convencionais apresentam uma limitação e, para tentar
superar esta limitação, aplicam-se os métodos de localização espacial.

Bidimensionalidade das radiografias


É importante olhar para uma radiografia e pensar em qual seria a melhor técnica para
fazer o diagnóstico.

Efeitos das imagens parciais


Para chegar a um bom diagnóstico, não se pode utilizar uma imagem parcialmente, há
a necessidade de uma radiografia por completo.

Técnicas

· Método de Miller-Winter
· Método de Donovan
· Método de Parma
· Método de Le Master
· Método de Clark

Método de Miller-Winter (1914)


Também chamada de técnica do ângulo reto ou da dupla incidência)
Método utilizado em região de mandíbula, principalmente região posterior.
São utilizadas duas radiografias periapicais:
Uma periapical convencional (altura e largura)
Uma oclusal (vestíbulo-lingual), utilizando o filme radiográfico periapical mas de forma
oclusal, como se fosse uma radiografia oclusal parcial de mandíbula.
Suas indicações são: localização de dentes não irrompidos na mandíbula
(principalmente terceiros molares), alterações em região de caninos e terceiros molares
inferiores, localização de raízes residuais, corpos estranhos, dentes inclusos e avaliação
de pequenas patologias localizadas no corpo da mandíbula.

Por exemplo, será feita uma radiografia de um terceiro molar que está incluso, às vezes
ele está em posição horizontal, lingualizado ou vestibularizado. Vai ser feita então, uma
radiografia periapical normal, porém, dependendo da posição dele, não dá para vê-lo
todo então é feita uma oclusal utilizando o filme periapical.
Não dará para ver, por exemplo, uma dilaceração radicular ou uma anquilose, mas dará
mais informações que a periapical normal.
Possui algumas limitações como: pacientes com náusea, trismo, paciente hiperativo.
Principalmente pacientes com ânsia, nesses pacientes, pode ser utilizada uma pomada
anestésica como xilocaína, no assoalho bucal para o paciente perder a sensibilidade e
conseguir fazer a radiografia.

Método de Donovan (1952)


Utilizada para avaliarmos a região dos terceiros molares inferiores, e é considerada uma
modificação da técnica de Miller-Winter, para que possamos verificar a região do
trígono retromolar. O filme radiográfico periapical é posicionado sobre o bordo anterior
do ramo ascendente da mandíbula. O paciente deve inclinar a cabeça para o lado oposto
(feixe principal de raios X dirigido ao ângulo da mandíbula e ápice nasal)
É possível visualizar completamente o 3° molar e corpos estranhos na região posterior.
Nela, é utilizado o dobro do tempo de exposição, devido à distancia entre os dentes e o
filme.
Referência: o cilindro do aparelho de raio x é colocado próximo ao ângulo mandibular e
os raios x devem incidir perpendicularmente ao filme.
Suas limitações são pacientes com trismo, náuseas, com necessidades especiais,
crianças, idosos.
Método de parma (1936)
Indicada para localização de terceiros molares
inferiores ou dentes supranumerários, onde há a
modificação do posicionamento do filme periapical
no intuito de acompanhar a inclinação do dente
(longo eixo) incluso e o abranger inteiramente. Isto
é possível após a tomada de uma primeira
radiografia periapical ou até pela visualização em
uma radiografia panorâmica.

Método de Le Master
Dessas, é a única que é utilizada em maxila.
Indicada para molares superiores quando se utiliza
a técnica da bissetriz.
Muitas vezes, quando é feita a radiografia de
molares superiores, há a sobreposição do arco
zigomático, sobrepondo os periápices, correndo o
risco de tampar uma lesão periapical, por exemplo.
Também por que os molares possuem três raízes e
para fazer um diagnostico delas, não pode ter
sobreposição do arco zigomático, elas têm que
estar o máximo dissociadas possível.
Técnica de Clark
É a técnica que realmente possui um propósito e é indicada.
Baseia-se no Princípio do Paralaxe, em que, ao examinar dois objetos semelhantes que
se encontram em linha reta, o abjeto mais próximo até certo ponto encobrirá o mais
distante.
É utilizado para identificar a posição espacial de um objeto.
Deslocamento aparente de um objeto quando se muda o ponto de observação.

Indicações

· Dissociação de raízes e condutos radiculares


· Localização de dentes inclusos na maxila/mandíbula
· Localização de corpos estranhos
· Localização de processos patológicos

Aplicação da técnica
Serão feitas três radiografias periapicais da mesma área, sendo que, uma em posição
ortogonal (ortorradial), uma em posição distal (distorradial) e outra em posião mesial
(mésioradial), sendo que, o que mudará de posição é o feixe de raio X (o aparelho), o
filme e o posicionador permanecerão fixos.
Deslocamento no sentido contrário aos raios X (observador)
VESTIBULAR

Deslocamento no mesmo sentido aos raios X (observador)


PALATINA/LINGUAL
Deve se pegar um ponto de referência. Se, na radiografia distoradial, o objeto analisado
se distalizou em relação ao ponto de referência e, na radiografia mésioradial, mesializou
em relação ao ponto de referência, tudo isso em comparação com a radiografia
ortorradial, o objeto está para palatina/lingual.
Se, na radiografia distoradial, o objeto analisado mesializou em relação ao ponto de
referência, e, na radiografia mésiorradial, distalizou em relação ao ponto de referência,
tudo isso em comparação com a radiografia ortorradial, o objeto está para vestibular.
Resumindo

Visualização de 3° molares com


incidência na região retromolar Donovan

Técnica da dupla incidência


Miller-Winter

Técnica usada para minimizar


sobreposição do arco zigomático Le Master

Inclinação do filme ao longo eixo


do dente
Parma

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