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EPG Jobe
EPG Jobe
Código: 708232953
Turma: B
Ano de Frequência: 2ª
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Índice 0.5
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
discussão
Revisão bibliográfica
nacional e internacionais 2.
relevantes na área de estudo
Normas APA 6ª
Referências Rigor e coerência das
edição em
Bibliográfic citações/referências 4.0
citações e
as bibliográficas
bibliografia
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Índice
Introdução ............................................................................................................................................... 3
Objectivos ............................................................................................................................................... 4
Conclusão .............................................................................................................................................. 14
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Introdução
A historiografia, ao longo dos séculos, tem desempenhado um papel fundamental na
compreensão e interpretação dos eventos passados, moldando nossa visão do mundo e da
própria humanidade. Este estudo aborda a evolução da historiografia desde a Antiguidade até
a época Contemporânea, destacando as principais correntes e os representantes mais
significativos de cada período. Inicialmente, é importante definir o conceito de historiografia
como a disciplina que se dedica ao estudo e à escrita da história, buscando compreender,
interpretar e narrar os eventos e processos que moldaram o curso da humanidade. Ao longo
dos milénios, a historiografia passou por diversas transformações, reflectindo as mudanças
culturais, políticas e intelectuais de cada época.
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Objectivos
Piletti, (1991) Diz que qualquer actividade humana pressupõe alcançar um fim ou objectivo.
Objectivo "é uma descrição clara dos resultados que desejamos alcançar com a nossa
actividade. É sinónimo de meta e pode ser objectivo geral e específico" (p. 80).
Objectivos Gerais
Para Lakatos e Marconi (2003), o objectivo geral, esta ligado a uma visão global e abrangente
do tema relaciona-se com o conteúdo intrínseco quer dos fenómenos e eventos, quer das
ideias dos estudantes, porem, o presente trabalho tem como o objectivo geral:
Objectivos Específico
Piletti &, Cláudio (2004), objectivos institucionais (ou específicos) constituem numa maior
especificação dos objectivos educacionais e numa operacionalização dos mesmos (p. 80).
Metodologia de pesquisa
Para o alcance dos objectivos traçados, a pesquisa em alusão ira usar como metodologia de
pesquisa a Revisão bibliográfica, que baseia-se na busca de informações para sustentar o tema
através de fontes, revistas, manuais já publicados por outros autores e ate mesmo através do
acesso a intermete para dar o cunho teórico
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Conceito de Historiografia
Para Bloch, historiografia é "a ciência que tem por objecto o estudo das testemunhas do
passado humano e das maneiras de construir um discurso sobre elas".
Leopold von Ranke, um dos fundadores da historiografia moderna, definiu-a como "a ciência
que nos coloca em contacto com o passado".
Carr argumentava que a historiografia é uma "interpretação dos fatos passados", enfatizando o
papel do historiador como um intérprete activo na construção da narrativa histórica.
De Certeau via a historiografia como uma prática discursiva que reflecte as relações de poder
e as condições sociais de sua produção.
White propôs que a historiografia é uma forma de narrativa, sugerindo que os historiadores
constroem suas narrativas com base em estruturas narrativas pré-existentes.
Huizinga descreveu a historiografia como "a ciência da alma humana em suas manifestações
culturais", destacando a importância da compreensão das motivações e das expressões
culturais na escrita da história.
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Características da Historiografia Antiga (Judaica e Greco-Romana)
Para Barato (2002). afirma que A historiografia antiga, tanto na tradição judaica quanto na
greco-romana, apresenta características distintas que reflectem as diferentes abordagens
culturais e intelectuais da época. Este autor aponta as seguintes características:
Narrativa Sagrada:
Ênfase na Aliança
A historiografia judaica enfatiza a aliança entre Deus e o povo de Israel como um tema
central. A observância da Lei (Torá) e a fidelidade à aliança são vistos como essenciais para a
relação entre Deus e seu povo, moldando assim a história e a identidade judaicas.
Interpretação Profética
Muitas vezes, os eventos históricos são interpretados à luz das profecias encontradas nos
textos sagrados, como forma de demonstrar o cumprimento das promessas divinas. Profetas
como Isaías e Jeremias desempenham um papel significativo na interpretação e na
compreensão da história judaica.
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das gerações. Isso inclui não apenas eventos históricos, mas também mitos de origem, rituais
e práticas culturais.
Abordagem Investigativa
Historiadores como Heródoto e Tucídides adoptam uma abordagem investigativa e crítica dos
eventos históricos. Heródoto, muitas vezes chamado de "Pai da História", viajava
extensivamente e buscava investigar causas e efeitos dos acontecimentos, embora seu trabalho
também inclua elementos míticos e lendários.
Tucídides, por outro lado, é conhecido por sua abordagem mais analítica e racional, buscando
identificar padrões de comportamento humano e causas subjacentes dos conflitos registrados
em sua obra.
Narrativa Histórica
Retórica e Persuasão
Idealização e Mitificação
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grandiosas, muitas vezes embutindo-os com elementos míticos e lendários para enfatizar seu
significado histórico.
A historiografia cristã medieval é caracterizada por uma forte influência da teologia e da visão
providencialista da história. Durante esse período, a escrita da história estava intrinsecamente
ligada à compreensão da vontade divina e à interpretação dos eventos à luz da fé cristã.
A historiografia cristã medieval via os eventos históricos como parte do plano divino de Deus
para a humanidade. Os acontecimentos eram interpretados como expressões da vontade de
Deus, e a história era vista como uma narrativa de salvação, com Deus intervindo na história
para cumprir seus desígnios.
Teocentrismo:
Moralização da História
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A historiografia cristã medieval tendia a moralizar a história, interpretando os eventos
passados como exemplos de virtude ou pecado. Os historiadores frequentemente usavam a
história como meio de ensinar lições morais e incentivar a piedade e a devoção religiosa.
Eusébio de Cesareia (c. 260–c. 339). Eusébio é conhecido como o "Pai da História da Igreja".
Sua obra mais famosa é a "História Eclesiástica", que traça a história da Igreja Cristã desde os
tempos apostólicos até sua época. Eusébio enfatiza o papel providencial de Deus na história
da Igreja e registra eventos como manifestações da vontade divina
Beda, o Venerável (c. 672–735), Beda foi um monge e erudito anglo-saxão, conhecido por
sua obra "Eclesiastical History of the English People" (História Eclesiástica do Povo Inglês),
que traça a história da Inglaterra desde a invasão romana até sua própria época. Beda também
enfatiza o papel da providência divina na história e o papel central da Igreja na vida do povo
inglês.
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Representantes
Representantes
Voltaire (1694-1778): Embora mais conhecido por suas obras filosóficas, Voltaire também
contribuiu para a historiografia racionalista com obras como "Ensaio sobre os Costumes e o
Espírito das Nações", onde critica superstições e dogmas religiosos.
Representantes
Johann Gottfried Herder (1744-1803): Autor de "Ideias para uma Filosofia da História da
Humanidade", Herder enfatizava a importância das tradições culturais e do espírito nacional
na escrita da história.
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Thomas Carlyle (1795-1881): Escreveu "A Revolução Francesa", adoptando uma abordagem
romântica e emotiva para narrar os eventos da Revolução.
Representantes
Auguste Comte (1798-1857): Embora mais conhecido como o fundador da sociologia, Comte
também teve influência na historiografia positivista, defendendo a aplicação do método
científico na escrita da história.
Ernst Renan (1823-1892): Autor de "Vida de Jesus", Renan aplicou uma abordagem
positivista para analisar a figura de Jesus Cristo e os eventos do cristianismo primitivo.
Representantes
Karl Marx (1818-1883): Autor de "O Capital" e "O Manifesto Comunista", Marx é
considerado o fundador do pensamento marxista e influenciou profundamente a historiografia
marxista com sua interpretação materialista da história.
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Características da História Nova e identificar seus respectivos representantes.
A História Nova, também conhecida como Escola dos Annales, foi uma abordagem inovadora
na historiografia que surgiu no século XX. Ela propunha uma ruptura com as tradições
historiográficas anteriores e buscava uma análise mais profunda e abrangente dos fenómenos
históricos. Principais características da História Nova e seus representantes:
Interdisciplinaridade
Longa Duração
Os historiadores da História Nova estão interessados não apenas nos eventos imediatos, mas
também nas estruturas de longo prazo que moldam a história. Eles estudam as tendências de
longa duração e as transformações sociais, económicas, culturais e ambientais ao longo do
tempo.
Os historiadores da História Nova estão interessados não apenas nos grandes eventos e
personalidades, mas também nos indivíduos anónimos e nas minorias que muitas vezes são
negligenciados pela historiografia tradicional. Eles buscam dar voz aos grupos marginalizados
e entender suas experiências históricas.
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Representantes da História Nova
Marc Bloch (1886-1944) é Um dos fundadores da Escola dos Annales, Bloch foi um pioneiro
da abordagem interdisciplinar na historiografia. Sua obra "Os Reis Taumaturgos" exemplifica
a análise das mentalidades e crenças populares na Idade Média.
Lucien Febvre (1878-1956), Co-fundador da Escola dos Annales juntamente com Bloch,
Febvre enfatizou a importância da geografia histórica e da análise das estruturas sociais na
escrita da história. Sua obra "A Terra e a Evolução Humana" é um exemplo disso.
Jacques Le Goff (1924-2014), Le Goff destacou-se por seus estudos sobre a Idade Média e
sua ênfase na história das mentalidades e das representações simbólicas. Sua obra "O
Nascimento do Purgatório" é um exemplo de sua abordagem inovadora.
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Conclusão
A história da historiografia é um campo vasto e fascinante que abrange uma ampla gama de
abordagens, teorias e métodos ao longo do tempo. Desde as antigas tradições narrativas até as
abordagens mais contemporâneas e interdisciplinares, a historiografia reflete não apenas a
evolução do pensamento humano, mas também as mudanças sociais, culturais e políticas que
moldaram nossa compreensão do passado.
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Referências Bibliográficas
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