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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

O pensamento histórico durante a idade média

Curso: Licenciatura em Ensino de História

Disciplina: Evolução do Pensamento


Histórico

1º Ano

Docente:

Quelimane, Agosto de 2022.


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 Capa 0.5
Aspectos
organizacionais  Índice 0.5
Estrutura
 Introdução 0.5

 Discussão 0.5

 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

 Contextualização 1.0
(indicação clara do problema).
Introdução
 Descrição dos 1.0
objectivos.
 Metodologia 2.0
adequada ao objecto do trabalho.
Analise e discussão  Articulação e domínio 2.0
Conteúdo
do discurso académico
(expressão escrita cuidada,
coerência/coesão textual).
 Revisão bibliográfica 2.0
nacional e internacionais
relevantes na área de estudo.
 Exploração de dados 2.0

Conclusão  Contributos teóricos 2.0


práticos
Aspectos Formatação  Paginação, tipo e 1.0
gerais tamanho de letra, paragrafo,
espaçamento entre linhas.
Referências Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
bibliográfic edição em citações e citações/referências
as bibliografia bibliográficas. 4.0
Recomendações de melhoria

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Índice
1 Introdução.....................................................................................................................5

1.1 Objectivos.............................................................................................................6

1.1.1 Geral..................................................................................................................6

1.1.2 Específicos........................................................................................................6

1.2 Metodologia..........................................................................................................6

1.2.1 Tipo de pesquisa................................................................................................6

2 Fundamentação teórica.................................................................................................7

2.1 O pensamento histórico durante a idade média....................................................7

2.1.1 Providencialismo...............................................................................................7

2.1.2 Teocentrismo.....................................................................................................8

2.1.3 Sociedade medieval...........................................................................................8

3 Conclusão...................................................................................................................10

4 Referencias bibliográficas..........................................................................................11
1 Introdução

O presente trabalho tem como tema de abordagem: O pensamento histórico durante a


idade média. A Idade Média é o período da história geral que se inicia no século V, logo após
a queda do Império Romano do Ocidente, e termina no século XV, com a conquista de
Constantinopla pelo Império Turco-Otomano. Foi um período marcado pela síntese da
herança romana com a cultura dos povos bárbaros que invadiram o Império Romano.

A Igreja Católica tornou-se uma instituição poderosa e influente não apenas na religião,
mas também na sociedade medieval. A invasão bárbara provocou a fuga da cidade em direção
ao campo. A Europa ocidental ruralizava-se, e a riqueza era a terra. A agricultura tornou-se a
principal atividade econômica, e a produção dos feudos era para o próprio sustento.

A Idade Média – como a própria expressão já sugere – é vista como “a idade do meio”,
situada como um “grande intervalo de mil anos” entre a queda do Império Romano do
Ocidente (476 d.C.) e a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos (1453).
1.1 Objectivos

1.1.1 Geral

 Compreender o pensamento histórico durante a idade media.

1.1.2 Específicos

 Caracterizar a historiografia medieval;


 Explicar os principais elementos que destacaram a evolução do pensamento
histórico;
 Identificar os principais pensadores da época medieval.

1.2 Metodologia

Na perspectiva de alcançar os objectivos do tema proposto optei por desenvolver uma


pesquisa bibliográfica, visto que os livros, artigos científicos e demais publicações colocam o
“pesquisador em contacto directo com tudo aquilo foi escrito sobre o assunto” permitindo-lhe
a devida manipulação das informações colhidas para reafirmar a análise de suas investigações.

1.2.1 Tipo de pesquisa

 Quanto a natureza: Pesquisa básica

De forma directa, a pesquisa básica gera conhecimentos novos para avanço da ciência sem
aplicação prática prevista.

 Quanto aos procedimentos: Pesquisa bibliográfica

Como ensina os autores Cervo e Bervian (2002, p. 32), a pesquisa bibliográfica é feita a
partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e
electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de Web sites.

Nesta pesquisa será aplicada a pesquisa bibliográfica de modo a garantir o suporte


científico mediante o comentário ou estudos que anteriormente forma desenvolvida por
diversos autores em torno do tema em estudo.
2 Fundamentação teórica

2.1 O pensamento histórico durante a idade média

Segundo Meno (s/d, p. 29), na Idade Média a historiografia apresenta relações teológicas
que lhe imprimem um carácter providencialista, apocalíptico e pessimista. Deus está no centro
das preocupações humanas. É o Teocentrismo. Deste modo, o contexto ideológico era
sustentado pelo facto de se pensar que Deus estava no centro das atenções. Deus era o ser que
dominava a história. A evolução do pensamento histórico dependia única e simplesmente de
Deus.

O historiador medieval tem a preocupação de justificar a vinda do filho de Deus ao


mundo, para em seguida analisar suas consequências. A História escrita pelos historiadores
medievais tem sempre a intenção apologética, ou seja, engrandecer os feitos da Igreja Católica
e acima de tudo promover a evangelização dos povos pagãos. Os historiadores jamais criticam
a Igreja e muito menos discutem os dogmas do cristianismo (idem).

2.1.1 Providencialismo

Segundo Smuts (1999, p.28), o providencialismo é a crença filosófica de que Deus é o


verdadeiro protagonista e sujeito da história, e por isso tudo deve ser atribuído à providência
divina. O homem é apenas seu objecto, um instrumento nas mãos de Deus. Este teria criado a
ordem social e posicionado cada indivíduo em seu devido lugar.

Santo Agostinho com A Cidade de Deus foi quem preconizou e popularizou a chamada
história providencialista, dando um sentido novo e revolucionário à concepção histórica.

Santo Agostinho inova porque se compromete com o tempo, com a duração das coisas,
diferente do que havia até então na literatura histórica grega, indiferente às cronologias. O
pensamento agostiniano “abrange todo o conjunto do devir humano, para explicar por meio de
algumas concepções filosóficas gerais sobre a ação de Deus no mundo através da sua
Providência” (Ariès, 1992, p. 79).

Ariès, contudo, explica em seu o tempo da História que tal sensibilidade à História não
provocou um estado de espírito propriamente histórico:

Os acontecimentos e o seu desenrolar são menos importantes


em si mesmos do que pelos seus sinais místicos, a sua significação
moral, no plano do governo divino (Ariès, 1992, p. 92).
De acordo com Bourdé e Martin (1983, p.24), o que importa dizer é que a concepção
providencialista da história humana refletida na dialéctica do castigo exerceu seu domínio
para além da Idade Média. Bossuet é o melhor exemplo disso. O seu livro “Discurso sobre
História Universal” de 1681 visava tirar da história preceitos de sabedoria moral e política e
esclarecer determinadas constantes da natureza humana.

2.1.2 Teocentrismo

Segundo Bernandes (s/d), o Teocentrismo é a doutrina onde Deus e seus ensinamentos


estão no fundamento da sociedade. Esta doutrina representou a relação entre o divino
(religião) e os seres humanos medievo, onde haveria a existência de uma única verdade,
inspirada em Cristo e nos preceitos da bíblia.

Segundo o teocentrismo, o ser humano, para se realizar, deve se submeter à vontade


divina, mesmo que isso vá contra os seus desejos. Um exemplo seria a guerra que foi
submetida a uma série de regras, como a proibição de lutar aos domingos e dias santos.

A economia se vê afetada pelo pensamento teocêntrico na medida que o trabalho é


organizado de acordo com os preceitos católicos. A usura (lucro excessivo), por exemplo, era
condenada, assim como o empréstimo a juros (Bernandes, s/d).

A natureza é vista como obra divina e as relações entre o homem e a natureza tem Deus
como mediador: A posição de Deus, como centro do universo e controlador da natureza
(clima, mares e terras), é a ideia chave para entender a posição do homem na natureza. A
Natureza do homem, mesmo que seja criação divina, é a de submissão com relação a Deus.

Portanto, a natureza é caracterizada como física por existir concretamente e teológica por
possuir uma relação de dependência com o divino, por depender deste para existir. Assim,
Deus cria a natureza e ela é a prova de sua existência.

2.1.3 Sociedade medieval

O desmoronamento, isto é, a queda do Império Romano do Ocidente, no século V, na


sequência da tomada de Roma pelos bárbaros, marcou o fim da Antiguidade esclavagista e o
início da Idade Média.

Neste processo, acompanhado por incursões dos bárbaros sobre as cidades romanas,
regista-se o abandono das cidades e o refúgio nos campos, onde as populações se organizam
em pequenas comunidades rurais baseadas na identidade religiosa (neste aspecto diferem das
primeiras comunidades rurais aglutinadas com base na consanguinidade).

Segundo (Campos e Miranda, 2001, p. 45) A Idade Média acompanhou a implantação e


assunção, no ocidente, do Cristianismo como forma de pensamento e cultura dominantes. Esta
transformação levou ao surgimento de uma nova concepção historiográfica baseada na
concepção cristã do mundo. Neste contexto surgiu a historiografia medieval cujas principais
características eram:

 Considera que toda a acção humana é movida pelos desígnios de Deus e como tal a
sabedoria da História é a Sabedoria Divina;
 Coloca como objectivo da História, antes de mais, o cumprir desses desígnios por
todos os povos;
 Defende que acima da vontade dos homens está a vontade de Deus e seu desígnio
sobre o Mundo, ou seja, a Providência;
 É uma História Universalista (começa sempre em Adão e termina na época do
Historiador, repetitiva e cíclica, apologética e apocalíptica (prevê o fim do mundo).

Os géneros predominantes são os anais e os cronicões. Uns e outros são narrativas


sobretudo de factos político – militares, que tomam por unidade de tempo períodos mais ou
menos longos. A diferença reside no facto de os anais dividirem as épocas estudadas em
períodos de um ano, relatando secamente os factos (Campos e Miranda, 2001, p. 45).

de religiosa e, acima de tudo,


no engrandecimento do
cristianismo, bem como dos
reis cristãos. Hi-
lário Franco Junior (1986, p.
23) afirma que: Diante de toda
essa imprecisão e instabilidade
no côm-
puto do tempo, os medievos
não tinham um conceito muito
claro sobre sua própria época.
De ma-
neira geral prevalecia o
sentimento de viverem em
tempos modernos
, devido à consciência que ti-
nham do passado, dos
tempos antigos
, pré-cristãos. Estava sempre
presente a ideia de que se ca-
minhava para o Fim dos
Tempos, não muito distante.
Na verdade, a psicologia
medieval esteve
constantemente preocupada
com a proximidade do
apocalipse. Catástrofes
naturais ou políticas
eram frequentemente
interpretadas como indícios da
chegada do Anticristo. Assim,
havia uma di-
fundida visão pessimista do
presente, porém carregada de
esperança com o iminente
triunfo do rei-
no de Deus. Nesse sentido, tal
visão trazia implícita em si a
concepção de um tempus
médium que
precedia a Nova Era. Como
vimos acima, os homens
medievais, bem como os
historiadores deste
período, não tinham uma
noção muito clara acerca dos
fatos históricos. Sua visão
estava impregna-
da de sentimentos religiosos.
Essa noção irá se modificar
com o advento do
Renascimento.
3 Conclusão

A escrita da História durante a Idade Média está ligada directamente ao teocentrismo, ou


seja, a crença de que Deus é o centro do mundo e que os homens estão sujeitos à sua vontade.
Neste período, a escrita da História possui um caráter providencialista, apocalíptico e
pessimista.

Na época medieval existia o historiador monge; sua função era ser guardião dos
manuscritos antigos, bem como dos livros do mosteiro. Tais historiadores não produziam
conhecimento histórico propriamente dito, eles apenas copiavam e ocasionalmente juntavam
diferentes fragmentos em um mesmo documento. Sua função era ade afirmar os dogmas
cristãos, em detrimento da História e da cultura pagã. Neste período existia também o
historiador cronista, geralmente ligado às cortes ou a patronos (senhores feudais ou mesmo
bispos).

O providencialismo foi frequentemente acionado em alegações das elites políticas e


intelectuais europeias do século XIX em vistas de justificar o imperialismo. Alegava-se que o
sofrimento causado pela colonização europeia justificava-se pela promoção do "Plano de
Deus" e a expansão do cristianismo e da civilização para nações distantes. Foi uma forma de
interpretação de mudanças naturais, políticas e sociais advinda de um período em que
religioso e secular não eram claramente divididos.
4 Referencias bibliográficas

Aries, P. (1992). O Tempo da História. Tradução de Miguel Serras Pereira. Lisboa:


Antropos.

Bourdé, G., Martin, H. (1983). As Escolas Históricas. Tradução de Ana Rabaça. Lisboa:
Fórum da História.

Bernardes, L. Teocentrismo. Disponível em:

https://www.todoestudo.com.br/historia/teocentrismo. Acesso em: 20 de Augusto de 2022.


Às 22h18 minutos.

Campos, F. de e Miranda, R. G. (2001). Oficina de História: História Integrada. São


Paulo: Moderna.

Meno, L. (s/d). Modulo - HO205: Evolução do pensamento histórico. Universidade


Católica de Moçambique. Centro de Ensino à Distância. Beira.

Smuts, R. M. (1999). Culture and Power in England, 1585-1685. New York: St. Martin's
Press.

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