Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 12

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A relação entre as fontes primárias e as secundárias

Ana Cristina Narciso da Graça


Código: 708216361

Curso: Licenciatura Em Ensino de História


Disciplina: Introdução ao Estudo da História
Ano de Frequência: 1º
Tutor: Mestre, Luís D. Alberto

Tete, Dezembro, 2021

1
Critérios de avaliação

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura
Aspectos  Introdução 0.5
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências  Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 4.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia

2
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

3
Índic

e
1.0. Introdução..................................................................................................................................5

1.1. Objectivos..................................................................................................................................5

1.1.1. Objectivo geral.......................................................................................................................5

1.1.2. Objectivos específicos............................................................................................................5

1.2. Metodologia usada no trabalho.................................................................................................6

2.0. A relação entre as fontes primárias e as secundárias.................................................................7

2.1. Fontes da História......................................................................................................................7

2.1.1. Fontes primárias.....................................................................................................................8

2.1.1.1. Usando fontes primárias......................................................................................................9

2.1.2. Fontes secundárias..................................................................................................................9

3.0. Conclusão................................................................................................................................11

4.0. Referências bibliográficas.......................................................................................................12

4
1.0. Introdução

As fontes históricas são os itens com vestígios do passado que são legados para a posteridade e
servem de embasamento para que os historiadores possam realizar o seu trabalho de investigação
do passado humano. Até o século XIX, consideravam-se somente as fontes escritas como fontes
históricas, mas a partir do século XX um leque de novas fontes começou a ser explorado pelos
historiadores. O historiador é o profissional responsável por estudar os vestígios deixados pelo
passado e procurar reconstruí-lo e interpretá-lo da melhor forma possível. O trabalho dele é
realizado a partir da utilização de métodos que o auxiliam a interpretar todos os vestígios do
passado que chegaram até nós no tempo presente.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

 Conhecer a relação entre as fontes primárias e as secundárias.

1.1.2. Objectivos específicos

 Conceituar fontes históricas;


 Caracterizar as fontes primárias;
 Descrever as fontes secundárias.

5
1.2. Metodologia usada no trabalho

O presente trabalho será feito com base na pesquisa bibliográfica. Pesquisa bibliográfica consiste
na etapa inicial de todo o trabalho científico ou académico, com o objectivo de reunir as
informações e dados que servirão de base para a construção da investigação proposta a partir de
determinado tema.

6
2.0. A relação entre as fontes primárias e as secundárias

2.1. Fontes da História

Fonte Histórica é tudo aquilo que, por ter sido produzido pelos seres humanos ou por
trazer vestígios de suas acções e interferência, pode nos proporcionar um acesso significativo à
compreensão do passado humano e de seus desdobramentos no presente. As fontes históricas
são as marcas da história. Quando um indivíduo escreve um texto, ou retorce um galho de
árvore de modo a que este sirva de sinalização aos caminhantes certa trilha; quando um povo
constrói seus instrumentos e utensílios, mas também nos momentos em que modifica a paisagem
e o meio ambiente à sua volta – em todos estes momentos, e em muitos outros, os homens e
mulheres deixam vestígios, resíduos ou registos de suas acções no mundo social e natural
(Barros, 2019, p.15).

Para Carla Pinsky (2005, p. 7), “fontes históricas são todo o material, o qual os historiadores se
apropriam por meio de abordagens específicas, métodos diferentes, técnicas variadas para
tecerem seus discursos históricos”. Para a autora, as fontes históricas escritas são todos os tipos
de documentos escritos, como jornais, livros, poemas, letras de música, cartas, diários,
documentos jurídicos (leis, constituições, decretos), as fontes históricas iconográficas ou visuais,
envolvem as documentações visuais como fotografias, vídeos, filmes, desenhos, gravuras, folders
de eventos, entre outros. As fontes históricas orais são compostas por depoimentos de pessoas e
as fontes materiais ou fontes objectos, amplamente utilizadas em estudos arqueológicos,
antropológicos e paleontológicos, são vestígios materiais que resistiram à acção temporal, como
fósseis animais e vegetais, monumentos arquitectónicos, restos de vestuário, moedas, esculturas e
armas.

A fotografia, assim como as demais fontes, tem sido uma importante ferramenta para o estudo e o
ensino da História. Segundo Boris Kossoy , “[...] o mundo tornou-se de certa forma ‘familiar’
após o advento da fotografia; o homem passou a ter um conhecimento mais preciso e amplo de
outras realidades que lhe eram, até aquele momento, transmitidas unicamente pela tradição
escrita, verbal e pictórica [...] as fotografias não são meras ilustrações ao texto, pelo contrário, ao
nos informar sobre algum acontecimento, elas devem ser analisadas e exploradas para desvendar
o momento histórico em que foi produzida compreendendo, dessa maneira, a riqueza de

7
conhecimento um mergulho naquele momento histórico, fragmentariamente congelado no
conteúdo da imagem e globalmente circunscrito ao ato da tomada do Registo (1989, p.98-100)

Ao definir fontes históricas, encontramos vários sinónimos (documentos, registos, vestígios). De


acordo com Silva & Silva (2009)

“Vestígio é a palavra actualmente preferida pelos historiadores que


defendem que a fonte histórica é mais do que o documento oficial: os
mitos, a fala, o cinema, a literatura, tudo isso, como produtos humanos,
torna-se fonte para o conhecimento da história.” (p. 158).

2.1.1. Fontes primárias

Fonte Primária é um documento que foi escrito ou um objecto que foi criado no período de tempo
em que está trabalhando. Um item de primeira mão. Um diário pode ser uma fonte primária se o
autor vivenciou os eventos de que se lembra, enquanto uma carta pode ser uma fonte primária do
ato para o qual foi criado. As fotografias, embora cheias de problemas, podem ser fontes
primárias. O principal é que eles oferecem uma visão directa do que aconteceu, porque foram
criados na época e são recentes e intimamente relacionados. As fontes primárias podem incluir
pinturas, manuscritos, rolos de chancelaria, moedas, cartas e muito mais.

Fonte primária é uma expressão utilizada em várias disciplinas. Em historiografia e


biblioteconomia, uma fonte primária (também chamada de fonte original) é um documento,
gravação ou outra fonte de informação, como um documento escrito ou uma figura por exemplo,
criado no tempo em que se estuda, por uma fonte com autoridade, geralmente com conhecimento
pessoal directo dos eventos descritos. Em jornalismo, fonte primária pode ser uma pessoa com
conhecimento directo da situação, ou um documento escrito por essa pessoa. Fontes primárias são
distintas de fontes secundárias, que, frequentemente, citam, comentam sobre, ou constroem
conclusões baseadas em fontes primárias.

Fontes primárias são descritas como fontes mais próximas à origem da informação ou ideia em
estudo. Fontes primárias proporcionam, aos pesquisadores, informação directa, sem mediação
sobre o objecto em estudo. Podem conter pesquisa inédita ou informações não publicadas em
nenhum outro lugar. Servem como fonte original da informação ou de novas ideias sobre o
tópico.
8
2.1.1.1. Usando fontes primárias

A história, enquanto disciplina académica, se baseia em fontes primárias, segundo avaliação da


comunidade académica. Arthur Marwick diz que fontes primárias são absolutamente essenciais à
história. Idealmente, um historiador usará todas as fontes primárias que foram criadas pelas
pessoas envolvidas com a época que está sendo estudada. Na prática, algumas fontes estão
destruídas, enquanto outras estão indisponíveis à pesquisa. Talvez as únicas testemunhas oculares
de um evento sejam memórias, autobiografias ou entrevistas orais realizadas anos depois.

Algumas vezes, a única evidência relativa a um evento ou pessoa em um passado distante foi
escrita ou copiada décadas ou séculos depois. Manuscritos que são fontes para textos clássicos
podem ser cópias de documentos, ou fragmentos de cópias de documentos. Isso é um problema
comum nos estudos clássicos, onde, muitas vezes, só restou um sumário de um livro ou de uma
carta. Dificuldades potenciais com fontes primárias resultam que a história que é ensinada nas
escolas geralmente se baseia em fontes secundárias.

Entretanto, fontes primárias, particularmente aquelas anteriores ao início do século XX - podem


conter desafios ocultos. Fontes primárias, de facto, são, geralmente, fragmentárias, ambíguas e
muito difíceis de se analisar e interpretar. Sentidos obsoletos de palavras familiares e contexto
social estão entre as armadilhas que aguardam os novatos nos estudos históricos. Por essa razão, a
interpretação de textos primários é, tipicamente, ensinada como parte de um curso de história
avançado da faculdade ou da pós-graduação, embora o auto-estudo ou treino informal avançados
também sejam possíveis.

2.1.2. Fontes secundárias

Como o nome indica, qualquer fonte de informação que descreva, resuma, analise ou seja
derivada de uma fonte primária de informação é chamada de fonte secundária de informação.
Fontes secundárias geralmente criticam ou ajudam a interpretar o evento conforme descrito por
uma fonte primária de informação. Os melhores exemplos de fontes secundárias de informação
são livros didácticos, filmes baseados em eventos históricos, textos escritos sobre pessoas
famosas e eventos do passado, biografias de ricos e influentes e assim por diante.

Uma fonte Secundária é um documento, imagem ou gravação que discute ou relaciona


informações já apresentadas em outros lugares. Diferente da fonte primária que é a fonte original
9
da informação. A fonte secundária é o resultado das discussões realizadas no material da fonte
primária. Fontes secundarias envolvem análises, sínteses, discussões e interpretações da
informação original.

10
3.0. Conclusão

O trabalho do historiador nos ajuda a entender um pouco da nossa realidade e só é possível a


partir desses vestígios, que são chamados de fontes históricas, também conhecidas como
documentos históricos. As fontes históricas são então os itens materiais e imateriais ou mesmo
vestígios desses itens (uma vez que muita coisa do passado sobreviveu ao tempo apenas de
maneira parcial) que remetem a um certo passado humano. É por meio delas que os historiadores
reconstituem e interpretam os acontecimentos do passado. A utilização das fontes históricas, no
entanto, requer o uso de método pelo historiador.

11
4.0. Referências bibliográficas

 Barros, J. (2010). Fontes históricas: olhares sobre um caminho percorrido e perspectivas


sobre novos tempos. LER história. 2, (3), p. 71-115.
 Kossoy, B. (1989). Fotografia e História. 1ª ed., São Paulo: Ateliê Editorial.
 Pinsky, C. B. (2005). Fontes Históricas. São Paulo: Contexto.
Orso, P. (2012). História, Instituições, Arquivos e Fontes na Pesquisa e na História da
Educação. HISTEDBR. N.º especial, p. 228-238.
 Ragazzini, D. (2001). Para quem e o que testemunham as fontes da História da educação.
Educar. 18, 13-28.
 Silva, M. & Silva, K. (2009). Dicionário de Conceitos Históricos. São Paulo: Contexto.
2.ª edição. Pág. 158-161.

12

Você também pode gostar