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Ldia Seq4 Teste Rimas
Ldia Seq4 Teste Rimas
Sequência 4 • Rimas
Grupo I
Parte A
Lê o texto.
2. Relaciona o recurso às metáforas com o retrato feminino descrito nas três primeiras estrofes.
Parte B
Lê o poema.
Mote
Saudade minha, Saudosa dor,
quando vos veria? eu bem vos entendo;
mas não me defendo,
Voltas 20 porque ofendo Amor.
Este tempo vão, Se fôsseis maior,
esta vida escassa, em maior valia
5 para todos passa, vos estimaria.
só para mim não.
Os dias se vão Minha saudade,
sem ver este dia, 25 caro penhor meu,
quando vos veria? a quem direi eu
tamanha verdade?
10 Vede esta mudança Na minha vontade,
se está bem perdida, de noite e de dia
em tão curta vida 30 sempre vos teria.
tão longa esperança! CAMÕES, Luís de, 1994. Rimas (texto estabelecido,
Se este bem se alcança, revisto e prefaciado por Álvaro J. da Costa Pimpão).
15 tudo sofreria, Coimbra: Almedina (p. 4)
5. Interpreta o desejo expresso pelo sujeito poético na última estrofe, enquanto conclusão do poema.
Parte C
Escreve uma breve exposição sobre um dos temas da lírica de Camões que tenham marcado
a tua experiência de leitura das Rimas.
A tua exposição deve incluir:
– uma introdução ao tema;
– um desenvolvimento no qual refiras dois aspetos que evidenciem o modo como o tema que
selecionaste é representado nos poemas camonianos, fundamentando cada um desses as-
petos em, pelo menos, um exemplo pertinente;
– uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.
Grupo II
Lê o texto.
Julgar a beleza
Percebemos a beleza em objetos concretos e em ideias abstratas, em obras da Natureza
e em obras de arte, em coisas, animais e pessoas, em objetos, qualidades e ações. À me-
dida que a lista se alarga – incluindo praticamente qualquer categoria ontológica 1 (há pro-
posições belas e mundos belos, demonstrações belas, bem como belos moluscos e,
5 mesmo, belas doenças e belas mortes) –, torna-se óbvio que não estamos a descrever uma
propriedade como a forma, o tamanho ou a cor, isto é, uma propriedade cuja presença no
mundo físico seja, para qualquer pessoa que com este tenha contactado, incontroversa.
Para começar, como pode haver uma qualidade particular que seja evidenciada por coisas
tão díspares? […]
10 Há sobre a beleza uma ideia atraente que remonta a Platão e a Plotino, e que, por
diversas vias, se incorporou no pensamento teológico cristão. De acordo com esta ideia, a
beleza é um valor último – algo que procuramos por si mesmo e cuja procura não tem de
ser justificada por razão ulterior. […]
Muito do que é dito sobre a beleza e a sua importância nas nossas vidas ignora a beleza
15 mínima de uma rua despretensiosa, de um belo par de sapatos ou de um papel de embrulho
de bom gosto, como se estas coisas pertencessem a uma ordem diferente de valor por
comparação com uma igreja de Bramante 2 ou de um soneto de Shakespeare. No entanto,
estas belezas mínimas têm uma importância muito maior nas nossas vidas quotidianas e
estão presentes nas nossas decisões racionais de uma forma muito mais intrincada do que
20 as grandes obras, que (sendo nós afortunados) ocupam as nossas horas de lazer. Elas são
parte do contexto em que vivemos as nossas vidas e o nosso desejo de harmonia, de ajus-
tamento e de civilidade é por elas expresso e nelas obtém confirmação. Para mais, as gran-
des obras de arquitetura dependem muitas vezes do contexto humilde que é fornecido por
estas belezas menores. A igreja de Longhena 3, no Grande Canal, perderia a sua presença
25 altiva e invocatória se os edifícios modestos que se aninham na sua sombra fossem
substituídos por blocos de escritórios de betão armado, do género daqueles que arruinaram
o aspeto da Catedral de S. Paulo, em Londres. […]
O que emerge é que o juízo de beleza não é meramente uma declaração que indicia
preferência. Ele implica um ato de atenção e pode ser expresso de muitas maneiras. A ten-
30 tativa de mostrar o que, no objeto, é apropriado, ajustado, valoroso, atrativo ou expressivo
é menos importante do que o veredicto final. Por outras palavras, é mais importante identi-
ficar o aspeto da coisa que reclama a nossa atenção.
SCRUTON, Roger, 2009. Beleza. Lisboa: Guerra & Paz (pp. 15-24)
1. ontológica: relativa à ontologia, ciência que estuda os seres considerados em geral; 2. Bramante: Donato Bramante, arquiteto italiano
renascentista; 3. Longhena: Baldassre Longhena, arquiteto italiano do século XVII, que projetou a Basílica de Santa Maria della Salute,
no Grande Canal de Veneza.
1. De acordo com a informação do primeiro parágrafo, a beleza distingue-se por ser uma qualidade
(A) inquestionável.
(B) observável apenas no mundo material.
(C) manifestada por realidades diversas e distintas.
(D) intrínseca aos seres vivos.
5. Nas expressões «que remonta a Platão e a Plotino» (l. 10) e «que é fornecido por estas belezas
menores» (ll. 23-24), os pronomes relativos «que» desempenham as funções sintáticas de
(A) sujeito e de complemento direto, respetivamente.
(B) complemento direto e de sujeito, respetivamente.
(C) complemento direto, em ambos os casos.
(D) sujeito, em ambos os casos.
7. Identifica o antecedente dos pronomes pessoais presentes nas frases das linhas 20 a 22.
Grupo III
Faz a síntese do texto apresentado no Grupo II.
Redige um texto bem estruturado, de cem a cento e quinze palavras, de acordo com as marcas do
género da síntese.
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente do número de algarismos que o constituam (ex.: /2021/).
2. Um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial do texto produzido.
Cotações
Grupo Item
Cotação (em pontos)
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 104
I
16 16 16 16 16 8 16
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 56
II
8 8 8 8 8 8 8
3. 16 pontos Educação
Literária
Parte B
Grupo I
104 pontos 4. 16 pontos
5. 16 pontos
6. 8 pontos
Total II
Parte A Parte B Parte C
Total I
Desscontos
Total
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
III
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. ETD CL
TOTAL
C F T C F T C F T C F T C F T T C F T
N.º 10 6 16 10 6 16 10 6 16 10 6 16 10 6 16 8 9 7 16 104 56 24 16 40
8 8 8 8 8 8 8
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25