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SEMIOLOGIA E TRANSTORNOS MENTAIS

• A semiologia é a ciência que estuda os Signos, sendo eles palavras,


gestos, atitudes, comportamentos não verbais, sinais matemáticos,
signos musicais. (Elemento Nuclear da Semiologia, tipo de Sinal, que é
provido de significação).
• A semiologia vai estudar os Sinais e Sintomas dos transtornos mentais.

SINAIS X SINTOMAS
• SINAIS: São verificáveis pela observação direta do paciente.
• SINTOMAS: São vivências subjetivas relatadas pelo indivíduo, suas
queixas e narrativas, aquilo que o sujeito experimenta e comunica para
alguém.

DIMENSÕES DO SINTOMA QUE INTERESSAM A PSICOPATOLOGIA


(SIGNOS)
• ÍCONE: Um signo qual o elemento Significante evoca imediatamente o
significado, graças a uma grande semelhança entre eles, como se o
significante fosse uma “fotografia” do significado. (UM DESENHO DO
CORPO DE UM CÃO, LEMBRA UM CÃO).
• INDICADOR: A relação entre o significante e o significado é de
contiguidade; o significante é um índice, algo que aponta para o objeto
significado. (O LATIDO DE UM CÃO INDICA A PRESENÇA FÍSICA DO
ANIMAL).
• SÍMBOLO: Elemento significante e o objeto ausente (Significado) são
distintos em aparência e sem relação de contiguidade.
• Relação puramente convencional e arbitrária. (A PALAVRA CÃO É UMA
ABSTRAÇÃO QUE NÃO SE PARECE COMO UM CÃO E NEM SOA
COMO ELE.

RAÍZES, OBJETO DE ESTUDO E LIMITES DA PSICOPATOLOGIA


• RAÍZES: Tradição Médica: Grandes Clínicos e Alienistas do Passado.
Filosofia, literatura, artes, psicologia e Psicanálise.
• OBJETO DE ESTUDO: O ser humano em sua totalidade.
• LIMITES: Nunca se poder reduzir por completo o ser humano a
conceitos psicopatológicos.
ASPECTOS BÁSICOS DOS SINTOMAS PSICOPATOLÓGICOS
• FORMA: A forma dos sintomas: Estrutura básica, relativamente
semelhante nos diversos pacientes e nas diversas sociedades.
• CONTEÚDO: Aquilo que preenche a alteração estrutural.
• PATOGÊNESE: Processo de como os diferentes sintomas da
psicopatologia se formam e se estruturam.
• PATOPLASTIA: Configuração e preenchimento dos conteúdos dos
sintomas, sendo eles: SEXUALIDADE, SOBREVIVÊNCIA E
SEGURANÇA, AMEAÇAS, TEMORES BÁSICOS E RELIGIOSIDADE.

COMUM NAS DIVERSAS PERSPECTIVAS EM RELAÇÃO À


“NORMALIDADE”
• RELACIONAL: O indivíduo é “anormal” em relação a algo.

COMO A GÊNESE DA LOUCURA É ESQUEMATIZADA


• 1- Período de Liberdade e de Verdade que inclui os últimos séculos
medievais – XV e XVI
• Relação com a “Loucura” – Experienciada em estado Livre: A loucura
faz parte da vida cotidiana, é acolhida em suas múltiplas expressões,
em sua fluidez.

• 2- O período da “Grande internação” – XVII e XVIII


• Hospital Geral: estrutura semi-jurídica que recebe os
pobres/mendigos. Pobres atestam a maldição divina – castigo divino
e falta contra o estado. – Devem trabalhar por uma obrigação moral.
– Proteção contra possíveis revoltas.
• Torna-se economicamente insustentável.
• Os pobres são reintroduzidos na comunidade.

• 3- A época contemporânea, após a Revolução Francesa, quando cabe à


Psiquiatria a tarefa de lidar com os loucos que abarrotam os asilos.
• Concepção psiquiátrica da doença mental.
• Construção de manicômios para alienados.
CAUSAS DOS TRANSTORNOS MENTAIS
• Os transtornos mentais podem advir de diversas maneiras, sejam elas o
estresse, genética, nutrição, infecções perinatais e perinatais e
exposição a perigos ambientais.
• Dito isso, não é possível trazer uma única causa específica para os
transtornos, depende da história de vida de cada um.

DIAGNÓSTICO EM PSICOPATOLOGIA
• Aprofundar o conhecimento e contribuir com a ciência.
• Antever um prognóstico e estabelecer ações terapêuticas e preventivas
mais eficazes.
• Possibilita a comunicação mais precisa entre profissionais e
pesquisadores.

ABRANGÊNCIA NA AVALIAÇÃO PSICOPATOLÓGICA


• ENTREVISTA:
• ANAMNESE: Histórico dos SINAIS E DOS SINTOMAS que o indivíduo
apresenta ao longo de sua vida, seus ANTECEDENTES PESSOAIS E
FAMILIARES.
EXAME PSIQUICO: Exame do estado mental atual.

• PSICODIAGNÓSTICO

• AVALIAÇÃO FÍSICA
• TMGs: Apresentam doenças físicas mais frequentes.
• Pode-se verificar os sinais e sintomas e encaminhar para os exames
clínicos.

• AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA

• EXAMES COMPLEMENTARES
• Laboratoriais, Neurofisiológicos e de Neuroimagem.

CUIDADOS A SEREM TOMADOS NAS ENTREVISTAS DE


PSICOPATOLOGIA
• Estar em condições de acolher o paciente em seu sofrimento.
• Acolher e ouvir realmente.
• Ter paciência e respeito.
• DEVE EVITAR:
• Postura Rígidas, Atitudes excessivamente neutra ou fria, julgamentos,
fazer muitas anotações, e etc.
O QUE SE DEVE OBSERVAR NO COMPORTAMENTO E APARÊNCIA DO
PACIENTE
• É necessário observar alarmes de SINAIS ou SINTOMAS que o
paciente pode trazer, observando seus gestos e atitudes.
• É necessário observar sua roupa, pois possivelmente se ele estiver
usando roupas não condizentes, pode estar trazendo um possível
transtorno, por exemplo, um salto alto e um all star sem nenhuma razão
específica.

ASPECTOS DE COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL EM PACIENTES COM


DEPRESSÃO, ESQUIZOFRENIA, AUTISMO E MANIA

• DEPRESSÃO:
• Redução da expressividade afetiva, Diminuição do contato ocular, Boca
pode se curvar para baixo, ângulo da cabeça se dobra para o chão,
diminuição dos gestos e movimentos da cabeça e corpo em geral, voz
baixa e monótona.
• ANSIEDADE:
• Expressão facial tensa, preocupada ou amedrontada.
• CRISES DE PÂNICO: Palidez da face, dilatação das pupilas, ereção dos
pelos, aumento do ritmo cardíaco, suor frio, tremores nas extremidades,
respiração difícil, voz tensa e hesitante.
• HIPERVIGILÂNCIA.
• ESQUIZOFRENIA:
• ESTADOS OU EPISÓDIOS AGUDOS: Gestos e movimentos faciais que
indicam um estado intenso de medo e desconfiança (nos quadros
paranoides), gestos e movimentos que indicam desorganização.
• ESTADOS CRÔNICOS: Diminuição da expressão afetiva, podem
apresentar ESTEREOTIPIAS FACIAIS (caretas, piscamento amplo dos
olhos e movimentos bucais).
• EMPOBRECIMENTO DAS INFLEXÕES VOCAIS, diminuição dos
MOVIMENTOS ESPONTÂNEOS e redução do CONTATO OCULAR.
• Tendem a PERCEBER os sinais de CNV emitidos por pessoas do
ambiente com um marcante VIÉS DE INTERPRETAÇÃO.
• AUTISMO:
• Evitação do contato ocular, Dificuldade de expressar e compreender
CNV, estereotipias motoras, VOZ MONÓTONA, de AFINAÇÃO ALTA,
ou um FALAR com volume muito BAIXO.
• MANIA:
• Perda da distância com o interlocutor, exagero nos risos, roupas,
adereços, maquiagem. Hiperatividade ruidosa, movimentos incessantes
e acelerados.

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