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Noções Gerais sobre o Dir.

das obrigações

É a parte que estuda os vínculos jurídicos criado entre pessoas que o patrimônio do devedor
pode responder por inadimplemento.

Um exemplo é o contrato que fazemos (por escrito ou qualquer relação em que as partes
acordam FAZER, NÃO FAZER E DAR). Quando você vai na padaria comprar uma bala vc faz um
contrato de compra e vende de um bem móvel e fungível

O direito obrigacional também é conhecido como direito pessoal pois a sua satisfação depende
um comportamento das pessoas envolvidas nessa relação jurídica. Obrigação é a relação
jurídica transitório de cunho pecuniário, onde temos um credor e um devedor e o
descumprimento da obrigação resulta em MORA.

A relação credor e devedor se baseia em cima de um objeto chamado obrigação (de dar, fazer
ou não fazer alguma coisa), essa obrigação precisa ser lícita possível e determinável e temos o
vínculo jurídico (contrato).

Também temos o direito natural (obrigações naturais) que são aquelas que não são exigíveis
judicialmente (como dívidas de jogos de aposta e gorjetas) onde não são exigíveis
judicialmente, mas se for paga espontâneo é considerado valido

Noções Gerais sobre a obrigação de DAR:

Obrigação de DAR é aquela que o devedor se compromete em favor do credor a TRADIÇÃO


(ENTREGA DE UM BEM); Se baseia em dar COISA CERTA (INDIVIDUALIZADA, ESPECIFICA, o
credor não precisa aceitar outra em seu lugar, mesmo sendo de maior valor, e não pode exigir
outra coisa do devedor, mesmo que seja de menor valor) OU INCERTA (não precisa ser
especificada, mas deve pelo menos ser especificada pelo gênero ou quantidade)

Ex coisa certa: Devedor tem que dar um carro Nissan branco 2019 para o credor.
Ex coisa incerta: Fazendeiro possui 100 sacos de trigo e faz a venda de 1, ele não precisa dar
um saco específico, apenas um dos 100 que possui.

Coisa incerta cabe ao devedor escolher, afinal ele quem arca com a responsabilidade de dar a
coisa. E deve escolher a qualidade média, credor não pode escolher o melhor e o devedor não
pode escolher pior.

Noções Gerais sobre a obrigação de FAZER:

É aquela em atos ou serviços a serem executados pelo devedor (obrigação de prestação de


serviços que tenha alguma utilidade para o credor).

• Pode ser fungível (substituível) não exige uma qualidade pessoal do devedor.

EX: Contratei um pintor, ele diz que vai mandar o filho pra pintar, para mim é indiferente quem
vai pintar, o importante é que eu tenha o serviço de pintura concluído.

• Pode ser infungível (insubstituível), exige que o devedor faça pessoalmente o serviço.

EX: Contratei um pintor e eu quero que ESSE PINTOR faça o serviço.


Noções Gerais sobre a obrigação de NÃO FAZER:

É quando o devedor se abstém de fazer algo.

EX: Vizinhos convencionaram que não pode levantar um muro pra não prejudicar a visão. Se
um vizinho vai lá e faz, o credor pode pedir que seja desfeito. Além de poder haver uma
indenização de perdas e danos.

Noções Gerais sobre a obrigação alternativa:

O devedor vai ter a possibilidade de adimplir a obrigação de duas ou mais formas,


• A dívida pode ser quitada dando uma saca de trigo ou café (as hipóteses de
adimplemento devem ser conversadas entre as partes, no caso de silencio ou de não
decisão entre as partes a escolha cabe ao devedor). Devedor não pode obrigar o
credor a receber apenas uma parcela da dívida, no caso, não pode ser meia saca de
café e meia saca de trigo. Agora se for recorrente, pode num mês dar uma saca,
noutro mês outra.

Obrigações diváveis e indivisíveis

Divisível -> Pode ser fracionada. Saca de café pode ser dívida em menores sacas.
Indivisível -> Não pode ser fracionada. Um cavalo não pode ser dividido, pois deixaria de ser
cavalo.
• Sejam por sua natureza, seja por motivo de ordem econômica ou em razão do negócio
jurídico.

Objeto divisível pode se tornar Indivisível (por vontade das partes ou pela lei), como um
terreno, este é divisível, mas as partes querem que seja Indivisível.

Noções Gerais sobre a obrigação solidária:

Guarde sempre que: Se houver mais de um credor/devedor, para haver o adimplemento, a lei
presume a divisão da obrigação, desde que o objeto seja divisível em tantas obrigações iguais e
distintas quantos forem os credores/devedores.

As exceções disso citado acima são as obrigações solidárias -> que por sua vez é aquela em que
há pluralidade credores ou devedores, mas em que cada um deles possui o direito ou a
obrigação total, como se um houvesse apenas um credor ou devedor. Essa nunca se presume,
sempre resulta ou da lei ou da vontade das partes; Se divide em solidariedade ativa e passiva.

Ativa -> Quando tem muitos credores. Cada um deles tem o direito de exigir do devedor
o cumprimento da prestação por inteiro, mesmo sem autorização dos demais, então se
ele recebe do devedor a totalidade da prestação, essa obrigação de dívida do devedor
foi extinta com todos os credores.

Passiva -> Mesma coisa citada acima, a diferença é que estamos falando de muitos
devedores, então se um devedor paga, este pagou por todos, e este se torna credor dos
devedores que não pagaram. E o credor pode exigir de qualquer um o pagamento.
Transmissão das Obrigações

A forma ativa é a Cessão de crédito -> Quando alguém transfere a outro os seus direitos de
credor, um terceiro passa a ser o credor.

A forma passiva é a Cessão de débito (ou assunção de dívida) -> Quando alguém transfere a
outro os seus direitos de devedor, um terceiro passa a ser o devedor. Para ocorrer o credor
precisa consentir.

Comodato

Contrato de empréstimo de bem infungível. Todo aquele que empresta pode exigir a
restituição do bem emprestado; O que transfere nesse contrato é a posse; O comodante
empresta um bem infungível ao comodatário que devera restituir da mesma forma que
recebeu. É um contrato de uso da coisa. Como o carro, emprestei meu carro, Nissan branco
2019, quando eu for receber tenho que receber este mesmo carro.

Mútuo

Contrato de empréstimo de bem fungível. Todo aquele que empresta pode exigir a restituição
do bem emprestado; Diferente do comodato, aqui transferimos domínio, e não posse, o
mutuário passará a ser o novo dono do bem que recebeu. É um contrato de consumo da coisa,
ele pode fazer o que quiser com o bem. E para restituir não precisa ser exatamente a mesma
coisa. Como o dinheiro, emprestei 1000 reais em 10 notas de 100, quando eu for receber não
precisa ser em 10 notas de 100.

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