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Incumprimento definitivo
A primeira hipótese é o incumprimento definitivo, imputável ao
devedor. Trata-se dos casos em que a prestação já não é mais possível
gerando a obrigação de indemnizar ao credor nos termos do art. 798º
r 801º/1 que trata de impossibilidade culposa.
Nestes casos, diz-nos o art. 801º/2 que tem o devedor o direito à
resolução do contrato r. 432º ss; que implica que as partes restituam
aquilo que vieram a receber equiparando-se aos efeitos da nulidade -
434º; já que é retroativa.
Aqui, a indemnização versa sobre o dano da confiança em que o
credor será ressarcido pelos danos causados através das suas perdas
ao não negociar com outrem.
Mora do devedor
Temos, um retardamento no cumprimento da prestação - 804º/1-
acreditando-se, contudo (e ao contrário da primeira hipótese), a
possibilidade futura de cumprir a obrigação.
O credor poderá insistir na realização da prestação. Ou fazer a
interpelação admonitória para chegar ao incumprimento definitivo,
se estiver numa situação de mora - 808º
O credor continua obrigado a cumprir, não obstante poder exercer a
execução de não cumprimento - 428º.
Na mora, o único tipo de indemnização que o credor poderá pedir
será pelo interesse contratual positivo residual (danos de atraso -
804º). Assim é porque vamos compensar o credor, ressarci-lo, pelos
danos que ele não teria tido se a obrigação tivesse sido pontualmente
cumprida.
O interesse contratual positivo pode conviver ou não com a
realização da própria prestação que seja devida. Nos casos em que
convive, a indemnização surge no fim que a realização da prestação
em si mesma não permitiu acautelar. Num caso como este, nunca
pode haver interesse contratual negativo porque se pressupõe a
manutenção do contrato. A indemnização é somente pelo interesse
residual porque corresponde ao momento da mora, já que a prestação