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Teste inclusivo 1

AGO11DP © Porto Editora


É possível conhecer? (1)

Nome:

N.º: Turma: Data:

Professor/a: Prof. Educação Especial:

Encarregado/a de Educação: Classificação:

Observações:

Grupo I

Seleciona a opção correta.

1. A crença não é uma condição suficiente para o conhecimento porque

A. eu posso conhecer sem acreditar no que conheço.

B. o conhecimento é factivo e as crenças falsas não constituem conhecimento.

C. basta ter uma crença para que eu tenha conhecimento.

2. A Siri é uma assistente virtual muito utilizada para responder a perguntas. De acordo
com a definição tradicional de conhecimento,

A. é falso que a Siri tenha conhecimento, porque só tem crenças.

B. é verdadeiro que a Siri tenha conhecimento, porque é inteligente.

C. é falso que a Siri tenha conhecimento, porque não tem crenças.

3. Qual dos seguintes filósofos afirma que o conhecimento é um estado inteiramente


mental?

A. Platão.

B. Edmund Gettier.

C. Timothy Williamson.

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4. Considera as afirmações seguintes.
Seleciona a opção correta, de acordo com o racionalismo:

1. A razão tem um papel preponderante na construção do conhecimento.


2. A experiência é a única fonte de conhecimento do mundo.
3. O papel dos sentidos é desvalorizado.
4. As crenças básicas provêm da razão.

A. As afirmações verdadeiras são a 1 e a 4.

B. A única afirmação falsa é a 2.

C. Todas as afirmações são falsas.

5. Um dos principais argumentos céticos para defender que nenhuma das fontes de
justificação do conhecimento é satisfatória é

A. o argumento da aleatoriedade.

B. o argumento da infalibilidade dos sentidos.

C. o argumento da regressão infinita da justificação.

6. Descartes só aceita o conhecimento

A. a posteriori.

B. claro e distinto.

C. empírico.

7. A dúvida cartesiana é hiperbólica porque

A. coloca em causa o conhecimento a posteriori.

B. coloca em causa o conhecimento a priori.

C. rejeita, como se fosse falso, tudo aquilo que suscite a mais pequena dúvida.
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8. Na perspetiva de Descartes, a crença na existência do mundo exterior é

A. verdadeira, porque Deus garante a verdade desta ideia clara e distinta.

B. falsa, porque não é uma ideia clara e distinta.

C. falsa, porque não conseguimos distinguir o sonho da realidade.

9. Na perspetiva de David Hume, a ideia de que Deus existe é

A. verdadeira, porque Deus é um ser cuja existência está, à partida, demonstrada.

B. falsa, porque não existe qualquer impressão que lhe corresponda.

C. verdadeira, porque Deus existe e colocou em nós essa ideia.

10. Considera as afirmações seguintes quanto à ideia de causalidade.


Seleciona a opção correta de acordo com David Hume:

1. Não provém da experiência.


2. É formada pelo pensamento, independentemente da experiência.
3. Não tem qualquer impressão que lhe corresponda.
4. É uma ideia inata.

A. As afirmações 1 e 3 são verdadeiras, as afirmações 2 e 4 são falsas.

B. As afirmações 1, 2 e 3 são verdadeiras e a afirmação 4 é falsa.

C. As afirmações 1 e 2 são verdadeiras, as afirmações 3 e 4 são falsas.

Grupo II

1. Considera a afirmação seguinte:

“Para sabermos que a Leonor nasceu em 2014, basta que ela tenha nascido nesse ano.”

1.1. De acordo com a definição tradicional de conhecimento, esta afirmação é falsa.


Justifica.

1.2. Apresenta a crítica de Edmund Gettier relativamente à definição tradicional


de conhecimento.

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2. Considera o texto seguinte:

«Segundo o fundacionalismo, todo o conhecimento assenta numa base absoluta-


mente primeira, originária, que não carece de justificação por se autojustificar a si
mesma, pela sua evidência imediata, pela sua infalibilidade, incorrigibilidade, certeza.
[…] Renunciar a esta base significaria inviabilizar a possibilidade de justificar qualquer
crença ou conhecimento.»

Maria Luísa Couto Soares, O que é o Conhecimento?, Porto, Campo das Letras, 2004, p. 44.

2.1. A partir do texto, apresenta a tese do fundacionalismo.

2.2. Apresenta o argumento da regressão infinita da justificação dos céticos.

3. Considera o texto seguinte:

«Como podemos alguma vez ter a certeza de que o futuro será como o passado?
Que razões temos para pensar que só porque «algo sempre foi assim» será assim
amanhã? […]
O problema desafia o “raciocínio indutivo” de qualquer tipo. A indução é o que fazemos
quando tiramos conclusões a partir da observação de várias coisas que acontecem.
Se eu vir vários cães a ladrar durante muitos dias, posso concluir com segurança que “os
cães ladram”. Se até agora o Sol se levantou todos os dias, nós “induzimos” que deve nascer
amanhã. Se cada vez que experimento whisky tem um sabor horrível, posso dizer que con-
sidero o whisky repugnante. […]
Podemos pensar em qualquer número de razões estranhas para que as coisas possam
mudar quando repetimos uma experiência (o mundo é uma simulação, ou a alucinação de
um demónio maléfico, ou isto é um sonho). Nunca poderemos saber plenamente que o
amanhã será o mesmo. Por isso, devia continuar a experimentar whisky, porque não há
nenhuma garantia filosófica de que será sempre nojento.»

Jonny Thomson, Mini Filosofia, O Pequeno Livro das Grandes Ideias, Coimbra, Minotauro, 2021,
pp. 289-290.

3.1. Explica por que razão «Nunca poderemos saber plenamente que o amanhã será o
mesmo.»
Retira frases do texto que justifiquem a tua resposta.
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Grupo III

1. Considera o texto seguinte:

«Suponhamos então que a mente seja, como se diz, uma folha em branco, sem quais-
quer caracteres, sem quaisquer ideias. Como é que a mente recebe as ideias? […] De
onde tira todos os materiais da razão e do conhecimento? A isto respondo com uma só pa-
lavra: EXPERIÊNCIA.»

John Locke, Ensaio sobre o Entendimento Humano, Vol. I, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,
2014, p. 106 (Adaptado).

1.1. Descartes concordaria com a posição expressa no texto? Justifica.

1.2. David Hume concordaria com a posição expressa no texto? Justifica.

FIM

COTAÇÕES

Grupo Item (cotação em pontos)

1. a 10.
I 80 pontos
10 × 8 pontos
1.1. 1.2. 2.1. 2.2. 3.1.
II 90 pontos
18 18 14 18 22
1.1. 1.2.
III 30 pontos
15 15

TOTAL 200 pontos

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Teste inclusivo 1: É possível conhecer? (1)

Grupo I

1. B.

2. C.

3. C.

4. B.

5. C.

6. B.

7. C.

8. A.

9. B.

10. A.

Grupo II

1.

1.1. De acordo com a definição tradicional de conhecimento, a afirmação é falsa, porque há


três condições necessárias para haver conhecimento: a crença, a verdade e a justificação.
Separadamente, cada uma destas condições não é suficiente para haver conhecimento,
mas as três condições necessárias são, conjuntamente, suficientes.
Ora, de acordo com a afirmação, para sabermos que a Leonor nasceu em 2014 basta que
ela tenha nascido nesse ano, o que significa que basta que a afirmação seja verdadeira.
Mas a verdade não é condição suficiente para o conhecimento, é apenas condição
necessária. Assim, temos de juntar a esta condição necessária a crença e a justificação.
Portanto, para eu saber que a Leonor nasceu em 2014, tenho de acreditar nisso, a crença
tem de ser verdadeira (ela ter nascido em 2014) e estar também justificada (por exemplo,
pelo registo de nascimento).

1.2. Edmund Gettier refuta a definição tradicional de conhecimento, propondo contraexemplos


que revelam que podemos ter uma crença verdadeira justificada sem termos
conhecimento. Assim, ter uma crença verdadeira justificada é condição necessária, mas
não é condição suficiente para o conhecimento.

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2.

2.1. De acordo com o fundacionalismo, o conhecimento está alicerçado em fundamentos


certos, seguros e indubitáveis – as crenças básicas: «todo o conhecimento assenta numa
base absolutamente primeira, originária, que não carece de justificação por se
autojustificar a si mesma, pela sua evidência imediata, pela sua infalibilidade,
incorrigibilidade, certeza.» Tais fundamentos podem encontrar-se na razão (racionalismo)
ou na experiência (empirismo).

2.2. Os céticos desafiam a possibilidade de podermos afirmar que temos conhecimento ao


negarem que as nossas crenças estejam devidamente justificadas. Assim, apresentam o
argumento da regressão infinita da justificação para provar a sua tese. Segundo os céticos,
tentamos justificar uma crença com base noutra crença. No entanto, para que esta
segunda crença possa justificar a primeira ela tem de estar, ela própria, justificada. Assim,
justificamos a segunda crença com base numa terceira crença e assim por diante. O único
modo que temos para justificar as nossas crenças é recorrendo a outras crenças, que
também teremos de justificar. A questão que se coloca é que este sistema de justificação
de crenças não tem fim, iniciando uma regressão de justificações infinita.

3.

3.1. De acordo com o texto, «nunca poderemos saber plenamente que o amanhã será o
mesmo», porque baseamos essa informação na «observação de várias coisas que
acontecem» e pensamos que «só porque algo sempre foi assim será assim amanhã». A
indução que fazemos é baseada no princípio da uniformidade da natureza: «Se até agora
o Sol se levantou todos os dias, nós “induzimos” que deve nascer amanhã.» No entanto,
tal como refere o autor, «podemos pensar em qualquer número de razões estranhas para
que as coisas possam mudar quando repetimos uma experiência».

Grupo III

1.

1.1. Descartes discordaria da tese enunciada no texto. O filósofo considera que existem ideias
inatas, isto é, ideias que já nascem connosco, nomeadamente o cogito e a ideia de Deus.
Sendo um racionalista, considera que a razão é a fonte fundamental do conhecimento e
que é ela que nos permite a descoberta destas ideias claras e distintas.

1.2. David Hume é um empirista e, como tal, partilha da tese enunciada no texto. Segundo o
filósofo, o ponto de partida para o conhecimento são as perceções, que são tudo o que há
na nossa mente. A perceção é o processo pelo qual adquirimos informação acerca do
mundo, usando os nossos sentidos. As perceções podem ser de dois tipos: impressões e
ideias. Estas distinguem-se pelo grau de força ou de vivacidade. Todas as nossas ideias
derivam de impressões, mesmo as mais abstratas, o que significa que não existem ideias
inatas.
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