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Aula 6.
Aula 6.
6a Aula:
Tema de discussão:
A teoria da sexualidade:
REFERÊNCIAS:
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Complexo de Édipo: “Conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a
criança sente em relação aos pais.
Para Freud o complexo de Édipo se inicia na fase oral, em que a criança associa
a figura da mãe com a sua sustentação e proteção, tornando-a seu objeto de
amor, dessa forma, dirige todo seu ódio a qualquer agente que represente uma
ameaça de separação entre a criança e mãe, seja por meio de competição de
atenção materna, seja pela percepção de perigo à figura materna.
A mãe é o objeto de desejo do menino, e o pai é o rival que impede seu acesso
ao objeto desejado. Ele procura então ser o pai para “ter” a mãe, escolhendo-o
como modelo de comportamento, passando a internalizar as regras e as normas
sociais representadas e impostas pela autoridade paterna. Posteriormente, por
medo da perda do amor do pai, desiste da mãe, isto é, a mãe é trocada pela
riqueza do mundo social e cultural, e o garoto, pode então participar do mundo
social e cultural, pois tem suas regras básicas internalizadas através da
identificação com o pai.
Segundo Freud, o apogeu do complexo de Édipo é vivido entre os três aos cinco
anos, durante a fase fálica; e seu declínio marca a entrada para o período de
latência.
O desejo de “sumir com o pai” gera angústia no menino, pois ao mesmo tempo
que deseja aniquilar o pai, ele também o ama, assim a criança enfrenta um
conflito ambivalente. A atitude ambivalente para com pai e relação terna com a
mãe caracterizam o complexo de Édipo, dito positivo. O complexo de Édipo
positivo é simplista, pois o menino no decurso do complexo se comporta também
como menina; mostra atitudes femininas em relação ao pai e atitude ciumenta e
hostil em relação a mãe (Édipo inverso). Para Freud essas duas relações
coexistem de uma forma dialógica, essas duas formas são encontradas em
diferentes graus na forma completa do complexo de Édipo. Desse modo, o
complexo de Édipo oferece ao menino duas fontes de satisfação (ativa e
passiva). O menino pode se colocar no lugar do pai e desejar o domínio da mãe
ou ser amado pelo pai. O medo da castração põe fim a essas duas possibilidades
de satisfação, pois as duas implicam na perda do pênis.
“As relações de objeto com os pais são então abandonadas e substituídas por
identificações. A autoridade do pai, ou ambos é introjetada no Eu e forma aí um
núcleo do superego que toma emprestado do pai sua severidade e perpetua a
proibição do incesto. Os desejos eróticos são, em parte, desssexualizados e
sublimados e em partes são transformados em pulsos ternos. Com este
processo têm início o período da latência”. (pág.197)
“nesse ponto nosso material, por alguma razão incompreensível, torna-se muito
mais obscuro e cheio de lacunas. Também o sexo feminino desenvolve um
complexo de Édipo, um superego e um período de latência”. (pág. 197)
1Complexo centrado na fantasia da castração, que proporciona uma resposta ao enigma que a diferença
anatômica dos sexos (presença ou ausência de pênis) coloca para criança. Essa diferença é atribuída à
amputação do pênis na menina. A estrutura e os efeitos do complexo de castração são diferentes no
menino e na menina. O menino teme a castração como realização de uma ameaça paterna em resposta
a suas atividades sexuais, surgindo uma grande angústia de castração. Na menina, a ausência do pênis é
sentida como um dano sofrido que ela procura negar, compensar ou reparar
Já na menina o complexo de Édipo ocorre de forma diferenciada. Ela se percebe
castrada, isso vai gerar uma “inveja do pênis”. O fato de não possuir o pênis é
atribuído a mãe, o que gera ressentimento para com esta. A mãe que era objeto
de amor passa a ser substituída pelo pai, para o qual o investimento libidinal se
volta, pois somente ele pode proporcionar o falo, ou substituto simbólico, filho.