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TCC
TCC
SOUZA
ETEC PROFESSOR CAMARGO ARANHA
Habilitação Profissional de Técnico em Administração
São Paulo
2023
Carla Cristina Ferreira da Silva
Giovanna Vieira de Sousa
Julia Vieira de Sousa
Maria Clara de Andrade Mascarenha dos Santos
Nicolly Silva de Oliveira
Tainá Rocha de Lima
São Paulo
2023
AGRADECIMENTOS
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 8
2. PROBLEMÁTICA ................................................................................................................ 9
3. HIPÓTESE ........................................................................................................................ 10
6. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 13
7. METODOLOGIA ................................................................................................................ 14
1. INTRODUÇÃO
2. PROBLEMÁTICA
3. HIPÓTESE
4. OBJETIVO GERAL
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
6. JUSTIFICATIVA
7. METODOLOGIA
8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
8.1 Marketing
daquilo que desejam, padrões de consumo que anteriormente poderiam ser vistos
como meios de racionamento e perfil básico, em outros momentos passaram a
ressurgir como padrões de beleza e extravagância por parte dos consumidores
(CORRÊA, 2012).
Reconhecendo a necessidade de novas técnicas para alcançar consumidores
até então inexplorados e levando em consideração que metodologias conhecidas pelo
grande público consumidor como a propaganda já não os envolve e dificilmente
passam a confiança necessária que é preciso ao consumidor (COLAFERRO, 2014),
foi em que em meados de 1990 houve uma busca para compreender de que forma o
cérebro humano poderia reagir quando fosse apresentado aos produtos e logomarcas
de empresas que viesse a ter contato, o principal objetivo da pesquisa se tratava
principalmente em mapear o comportamento do cérebro quando exposto a essas
situações (VITORINO, 2015). Segundo Lima; Chen (2016) afirmam que a necessidade
de desenvolver uma nova ciência se deu principalmente pelo motivo de que os
métodos tradicionais do Marketing para obtenção de informações não eram tão
eficientes como pesquisas de satisfação e questionários, justamente por esses
métodos se valerem somente de técnicas conscientes.
Atualmente é questionável se os métodos tradicionalistas de Marketing são
efetivos e são capazes de gerar retorno visto que nem sempre as técnicas utilizadas
focam 100% naquilo que seria uma abordagem eficaz para atrair e reter clientes, já
que muitas vezes o Marketing tradicional se concentra em estratégias de massa como
anúncios de televisão e impressos que podem não ser tão eficazes na era digital
(COLAFERRO, 2014). Hoje em dia, a eficácia do Marketing está intrinsecamente
ligada à capacidade de uma empresa de compreender seu público-alvo e interagir de
maneira personalizada, explorar além do convencional e adquirir conhecimento em
uma nova ciência são um modo de explorar novas possibilidades para, principalmente,
entender o consumidor e desenvolver estratégias mais eficientes. A aplicação da
Neurociência no âmbito do Marketing, designada na área como Neuromarketing, abre
esse novo caminho e torna-se alvo das principais corporações, agências de
publicidade e centros de estudo. (ODA, 2013, p. 8).
8.2 Neuromarketing
19
consumidor
23
8.4.1 Cultural
Figura 2: Neuromarketing
medo através do discurso de vendas. Klaric aponta outros medos que podem ser
explorados: desaprovação social, medo de não estar na moda, medo de perder
energia, etc. Correlacionamos este pensamento com exemplos práticos e comuns do
dia a dia, como de fim de estoque, últimas unidades, peças únicas, últimas vagas,
vagas limitadas, entre outros, os quais transmitem a ideia de urgência. Essas
estratégias podem ser utilizadas tendo consciência do impacto que causam na mente
do consumidor.
Ir além da comunicação verbal é a quarta estratégia apontada por esse
trabalho. Explorar todas as formas de se comunicar por meio de gestos, expressões
corporais e movimentos serve para negociações de compra. Klaric (2018) enfatiza que
os vendedores precisam ver como as pessoas se expressam e usar os mesmos
gestos para se conectar, empatizando e ativando neurônios-espelho, trazendo
experiência sensorial durante o processo de compra. Isto é particularmente relevante
na indústria de maquiagem, onde a sensação do produto desempenha um papel
fundamental, pois através desta abordagem, a indústria de maquiagem busca não
vender produtos, mas também oferecer às pessoas uma experiência sensorial única
e envolvente que as leve a escolher e se identificar com uma marca.
Como foi possível verificar, o estudo buscou embasamento teórico para
exposição de conceitos e teorias da disciplina do neuromarketing. Ao possuir um
status de nova disciplina, o neuromarketing entrega informações valiosas para
compreensão do comportamento do consumidor e dos processos de decisões de
compra. A partir das tecnologias e avanços científicos, as neurociências permitiram a
análise comportamental sob uma perspectiva cerebral, que é muito valiosa para o
marketing, visto que o rastreamento cerebral identifica informações “ocultas” no
discurso implícito do consumidor, limitadas pelo acesso basicamente ao consciente
do consumidor.
O uso de Influenciadores Digitais também está atrelados as vendas de
produtos, atuando como "vendedores' patrocinados das marcas, caracterizando
eWon. Como descreveu Hennig-Thurau et al. (2004), o eWOM pode ser qualquer
declaração positiva ou negativa, feita por uma pessoa que possui determinada
influência no ambiente online, em relação à uma marca ou produto, e que se tornou
disponível para uma imensidão de pessoas via Internet.
O engajamento e a ilusão de intimidade que influenciadores digitais
compartilham detalhes de suas vidas, tem proporcionado uma conexão muito forte
31
entre eles e o que transmitem com seu público, que é chamado de seguidores do que
fãs. Isso fez com que muitos seguidores passassem a considerá-los não apenas como
uma referência de estilo, mas também como uma referência de caráter e projetando
neles seus próprios desejos, como se estivessem vivenciando o que os seguidores,
considerados meros mortais, gostariam de experimentar, mas, por alguma razão, não
podem. De forma, algumas vezes omissa, grandes marcas utilizam de tais
propagandas pagas como estratégia de vendas para alcançarem seu público.
Figura 3: Influenciadores
parecidas com filtros no Instagram. Sibilia (2004) já alertava para o desejo de externar
em si mesmo a reprodução imagética produzida pelos aplicativos de edição.
Figura 4: Filtro
Fonte: G1 (2023)
Quando figuras públicas mostram a realidade do seu rosto sem filtros acabam
recebem “haters”, mas também elogios à mostra sua verdadeira realidade. Como Ana
Furtado que mostrou seu rosto sem filtro e falou sobre a autoestima e a moda de usar
filtros nas redes sociais e fotos. Ana revelou passar pelo processo de aceitação
“Sempre procurei ter cuidado comigo mesma. Buscar minha melhor versão, cuidando
muito da minha saúde física e mental por amor-próprio. [...] Ainda muito nova, quando
me dei conta de que não poderia maltratar meu corpo físico para seguir um ideal de
beleza impossível, não aceitei mais ceder.” Ela traz um conselho de priorizar a saúde
mental e ter amor-próprio antes de tudo.
Por fim, é importante priorizar a realidade de nossos corpos, não que o uso de
filtro seja algo errado, mas é necessário perceber que os filtros são apenas algo
artificial e não simbolizam a realidade. Portanto, os influenciadores deveriam
conscientizar seus seguidores que não existe um corpo “perfeito” e que os filtros são
uma realidade “inalcançável “. Eles devem seguir o exemplo da Ana Furtado, que não
devemos nos submeter a uma realidade que é “fake”.
comercializar o máximo possível, mas que tal ponderar a privacidade do cliente? Não
estou certo se alguma organização está priorizando essas questões éticas e sociais.
Afinal, se as táticas empregadas não estão prejudicando os compradores, por que
discutir o assunto? No entanto, observo um ponto importante: podemos enfrentar
desafios ao adentrar a mente dos consumidores e explorar seus pensamentos e
emoções mais profundos.
Críticas a respeito da manipulação do comportamento datam desde o final dos
anos 50, quando marcas, como a Coca-Cola, utilizavam mensagens subliminares
como estratégia de marketing (MURPHY; ILLES; REINER, 2008). De acordo com
Colaferro e Crescitelli (2014), as pessoas formam uma barreira natural às marcas que
utilizam conhecimentos acadêmicos e imagens cerebrais para influenciar seus
comportamentos com o intuito de vender a elas seus produtos. As críticas ao
neuromarketing "vem do fato de que a neurociência está a serviço da saúde, e não
deve ter fins comerciais de empresas" (BERNARDO, 2012, p. 33), questionando a
invasão de privacidade ao seu inconsciente e ao seu comportamento fisiológico, ao
investigar o funcionamento interno do cérebro humano.
Devido às críticas, a neuroética surgiu com o intuito de criar um limite ético para
o marketing, "posicionando-se para oferecer orientação para a implantação benéfica
e não prejudicial de técnicas de neuromarketing" (MURPHY, ILLES e REINER, 2008,
p.294).
Entretanto, o amplo conceito de ética envolve dilemas em sua natureza do que
é certo e errado, sendo percebida de diferentes formas. Diante dessa subjetividade, o
uso do marketing se torna uma complexa tarefa para o profissional, já que a sua
percepção ética quanto às suas técnicas pode não coincidir com a dos consumidores
(D'ANGELO, 2003).
A ética tem sido tema constantemente invocado para se avaliar determinados
comportamentos de mercado. Há muito tempo que o marketing e a propaganda,
principalmente em respeito a mensagens subliminares, vêm sendo alvo de críticas
quanto ao seu uso na influência do comportamento e, à medida que as técnicas de
pesquisa avançam, sempre surgirão novas questões para discussão (SANTOS et al.,
2014 apud FARAH, 2010).
Há também a crença de que o marketing pode gerar efeitos maléficos tanto na
saúde física como mental das pessoas, como a obesidade, alcoolismo e tabagismo,
39
Percebe-se que com o resultado obtido, ofertas com tempo minimo despertam
a necessidade de comprar imediatamente, com 73,7% da opinião dos entrevistados.
Isso indica que as pessoas compram muitas vezes por impulso por conta desse
41
tempo. Já os outros tiveram 26,3% o que pode indicar que não se sente muito
influenciado por essas táticas.
18% das pessoas que responderam à pesquisa mencionaram que aquilo que
elas compram não se sentem atraídos pelos anúncios.
42
As pesquisas indicaram que 56, 9% dos consumidores não são atraídos por
produtos que prometem benefícios.
11. REFERÊNCIAS
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sociais impactam a autoimagem dos jovens: Recurso é utilizado principalmente para
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