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Capitulo 2- Demonstrações
Contábeis e Padronização

Conceito e histórico das demostrações contábeis

As demostrações contábeis procuram medir o sucesso da empresa fornecendo


informações como:

A posição financeira (BP)

Lucratividade (DRE)

Capacidade de geração de caixa (DFC)

Nomenclaturas

Esse tipo de analise também pode ser chamada como


analise das demostrações contábeis, analise de balancos,
analise contábil e analise financeira.

Capitulo 2- Demonstrações Contábeis e Padronização 1


Objectivo da analise
Visa relatar a posição econômico-financeira atual, as causas e tendencias
futuras com base na informação fornecida pela empresa. O grau de qualidade
de uma analise de balancos e dado pela qualidade e extensões das
informações financeiras que forem obtidas pelo no processamento dos dados
contábeis. Apesar de existirem formas e métodos formais e técnicas de
análise, as conclusões sobre a situação econômico-financeira são
completamente subjectivas, i,e. depende do analista. O produto resultante
desta analise são relatórios escritos em linguagem corrente. Recomenda-se o
uso de gráficos como auxiliares para simplificar as conclusões mais
complexas. Os relatórios devem, ser elaborados como se estivessem sendo
dirigidos para leigos, a linguagem deve ser tangível para que qualquer gerente,
gerente de banco e gerente de credito possa compreender a situação da
empresa.

Relatórios obrigatórios
BP;

DRE;

DFC;

Demostração dos lucros ou prejuízos acumulados;

Demostração das mutações do patrimônio liquido;

Demostração do valor adicionado (Companhias abertas).

Balanco Patrimonial
O BP representa todos os bens, direitos e obrigações que uma empresa possui.
Os bens e direitos ficam do lado esquerdo do balanco chamado de ativos do
lado direito ficam as obrigações e o patrimônio liquido chamado de passivo.

No ativo estão todas as O passivo identifica todas


aplicações financeiras as exibilidades e

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feitas pela empresa, estes obrigações da empresa. As
podem ser divididos em: contas do passivo estão
Ativos circulantes e ativos divididas em passivo
não circulantes circulante e passivo não
circulante

💡 O patrimônio liquido e representado pela diferença entre o total de


ativos e o total de passivos em um determinado momento e este
identifica o os recursos próprios da empresa sendo formado pelo
capital investido pelos acionistas(sócios), mais os lucros gerados nos
exercícios e que foram retidos na empresa(lucros não distribuídos)

Nota: Circulante- Não circulante-


Vence no curto Vence no lango
prazo ≥1 ano; prazo ≤ 1 ano.

Curto prazo e longo prazo.

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Ativo

💡 Ativo circulante: neste subgrupo do ativo e composto por todas as


contas de liquidez imediata ou que se convertem em dinheiro a curto
prazo.

As principais contas que podem ser encontradas analisando o ativo circulante


de uma empresa são:

Disponível- São e incluem Aplicações financeiras-


contas de maior grau de Trata-se de títulos
liquidez do ativo e é públicos, certificados de
constituído pelas deposito bancário e fundos
disponibilidades imediatas de investimento bancário.
da empresa como: dinheiro podem ser registadas
em caixa,cheques nessa conta eventualmente
depositados e ainda não aplicações em acoes,
compensados, saldos de obras de arte, ouro, etc…
depósitos bancários desde que mantenha o
movimentáveis a vista, carácter transitório, ou
assim como os títulos e seja, admite-se manter
aplicações financeiras de esses ativos ate, no
liquidez imediata. máximo, o final do
Exemplos: Caixa em mãos, exercício seguinte.
Saldo em contas bancárias Exemplos: Certificados de
correntes, Cheques não Depósito Bancário (CDB),
depositados, Fundo de Fundos de investimento de
troco em uma loja. curto prazo, Letras de
Crédito Imobiliário (LCI),

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Letras de Crédito do
Agronegócio (LCA).

Realizável a curto prazo- Estoques- Representa o


Devem ser consideradas as montante apurado nos
vendas a prazo a clientes e diversos inventários da
os cheques pre datados. empresa.
Exemplos: Contas a Exemplos: Mercadorias em
receber de clientes, lojas de varejo, Matérias-
Empréstimos concedidos a primas em uma fábrica,
curto prazo, Impostos a Produtos em processo de
recuperar, Estoques de fabricação.
mercadorias para venda a
curto prazo.

Despesas antecipadas- Trata-se de despesas pagas


antecipadamente e ainda não in corridas, exs: passagens
pagas e não utilizadas. Exemplos: Aluguel pré-pago,
Seguros pré-pagos, Assinaturas de serviços (como internet,
revistas, etc.) pagas antecipadamente, Pagamentos
adiantados por serviços de manutenção ou consultoria.

💡 Ativo não circulante: Este subgrupo e composto por itens de baixa


liquidez e aqueles que não se destinam a venda, revelando liquidez
minima. Divide-se em 4 subgrupos:

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Realizável em longo Investimentos- São
prazo- Devem estar todas investimentos que a
as contas que a empresa empresa faz mas não faz
recebera no longo prazo parte da sua operação
(prazo superior a 1 ano). principal, exs: participação
Exemplos: Contas a accionaria em empresas,
Receber de Longo terrenos, obras de arte, e
Prazo(Valores devidos por outros ativos com
clientes que serão finalidades especulativas.
recebidos em um período Exemplos: Ações de
superior a um ano); Empresas, Fundos de
Investimentos em Joint Investimento em Ações,
Ventures(Participações em Imóveis para Locação,
parcerias comerciais de Títulos de Renda Fixa de
longo prazo com outras Longo Prazo
empresas); Propriedades
para
Desenvolvimento(Terrenos
adquiridos para futuros
projetos imobiliários ou
desenvolvimento
comercial).

Imobilizado- São todos os Intangível- Propriedade


bens tangíveis e diretos intelectual ou comercial
que se destinam ao legalmente conferidas a
funcionamento da empresa. Exemplos:
empresa/organização, i.e. Marcas e Logotipos,
todos s bens que fazem Patentes, Direitos Autorais,
parte da operação principal Software, Clientes e

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da empresa Exemplos: Relacionamentos com
Terrenos e edifícios, Clientes, Know-how e
Equipamentos de Expertise, Goodwill,
produção, Veículos Licenças e Concessões,
comerciais, Máquinas, Contratos e Acordos,
industriais, Ferramentas e Pesquisa e
utensílios, Computadores e Desenvolvimento.
equipamentos de
escritório, Móveis e
instalações fixas, etc.

Passivo

E dividido em exigível e não exigível.

O passivo exigível é composto pelo passivo circulante e passivo não


circulante.

Passivo Circulante- Esse Passivo Não Circulante-


subgrupo do passivo Esse subgrupo do passivo
exigível é composto todas exigível é composto de
as obrigações que devem todas as obrigações que
ser quitadas em curto devem ser quitadas em
prazo, ou seja, nesse longo prazo, ou seja, nesse
subgrupo devem ser subgrupo devem ser
registradas todas as registradas todas as
obrigações cujos obrigações cujos
vencimentos ocorrerão até vencimentos ocorrerão
o final do exercício após o final do exercício
seguinte ao encerramento seguinte ao encerramento
do balanço. do balanço.

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Passivo não exigível é representado pelo patrimônio líquido, que é o
dinheiro que o sócio da empresa empregou para o seu funcionamento e
sobrevivência.

Patrimônio Liquido
O patrimônio líquido é representado pela diferença entre o total do ativo e do
passivo exigível (passivo circulante + passivo não circulante). De forma mais
simplificada, podemos dizer que o patrimônio líquido representa o volume de
recursos financeiros investidos na organização por seus acionistas ou sócios.

Dentre as contas que compõem o patrimônio liquido podemos destacar:

Capital Social: inclui os Reservas de Capital:


valores investidos pelos representam os valores
acionistas ou sócios da aportados pelos
organização, ou aqueles proprietários (ágio), por
gerados por ela mesma e terceiros (doações e
que não foram distribuídos subvenções), variações de
aos acionistas ou sócios, valor de certos ativos
sendo utilizados para gerar (ajuste patrimonial) e
um aumento no capital lucros auferidos e não
investido na organização distribuídos (lucros
retidos);

•Reservas de lucros: Ajustes de avaliação


indicam os lucros retidos patrimonial- inclui as
da organização com diversas contrapartidas de
finalidades específicas. aumentos ou reduções de
Dependendo da finalidade valor calculados de
específica, a conta reserva elementos do ativo e do

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de lucros pode ser passivo, determinados em
subdividida em inúmeras razão da avaliação a
outras contas, tais como: preços de mercado;
reserva legal, reservas
estatutárias, reservas para
contingências, reservas
para planos de
investimentos e reservas
de lucros a realizar;

Prejuízos acumulados- Ações em tesouraria-


Esta conta somente pode Corresponde ao montante
apresentar saldo negativo das ações de uma
nos balanços, na forma de organização que foram
Prejuízos Acumulados; adquiridas por ela mesma.
Trata-se de uma conta
redutora, ou seja, para se
calcular o total do
patrimônio líquido, deve-se
somar o valor das outras
contas e subtrair o valor
discriminado na conta
ações em tesouraria.

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Estrutura completa do Balanço Patrimonial

Demostracao de resultado do exercicio - DRE

A DRE e um relatorio que fornece os resultados( lucros ou prejuizos) obtidos


por uma organizacao em um determinado periodo de tempo( exercicio social).
os quais estes sao transferidos para as contas do patrimonio liquido.

O DRE mostra como foi formado o resultado em um determinado periodo,


normalmente um ano, e possibilita tambem observar os aumentos e as
reducoes do patrimonio liquido causado pelas operacoes executadas por
determinadas organizacoes/empresas.

Enquanto que o balanco patrimonial mostra a situacao da organizacao em uma


determinada data.

Resultado = Receita − (Custos + Despesas)

Como apresentado na fromula acima, o resultado da empresa é formado pelas


receitas, pelos custos e pelas despesas incorridos num certo período e
apropriados de acordo com o regime de competencia, ou seja,
independentemente que tenham sido esses valores pagos ou recebidos.
As receitas correspondem aos ganhos que a organização obteve na realização
de sua atividade que são: venda de mercadorias, produtos ou serviços,
independentemente de os recebimentos ocorrerem à vista ou a prazo (lembre-
se do regime de competência).

Os custos são os gastos de recursos ocasionados diretamente na geração das


receitas. Não pode ocorrer custo sem receita, pois o custo só existe para gerar
a receita.

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Já as despesas também são gastos, mas elas não dependem diretamente da
receita.

Não existe um modelo padrão de DRE. Porem aprresenta-se de acordo com as


leis das S.A's. um modelo de uma DRE.

Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados


(DLPA) e Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido

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Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados
(DLPA)

Promove a integracao entre o BP e o DRE.

Enquanto a DRE apura o valor do lucro líquido a DLPA mostra como tal lucro foi
utilizado.

Não EXISTE um modelo padrão para as organizações elaborarem a DLPA,


porém existem alguns itens devem constar obrigatoriamente.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

A DMPL tem como objetivo principal mostrar todas as mudancas(mutações)


ocorridas nos saldos das contas que compõem o Patrimônio Líquido do
Balanço Patrimonial de determinada organização.

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Este deve conter tantas linhas quantas forem as transações ocorridas e que
mereçam ser evidenciadas em relação às mudanças de saldos entre as contas.
Devem ser transcritos no relatório os valores dos saldos iniciais (na primeira
linha) e os valores dos saldos finais (na última linha).

Para facilitar o processo de analise as organizações elaboram uma DMPL


“dupla”, ou seja, informam inicialmente os dados relativos ao exercício anterior
e, na sequência, continuando o demonstrativo, informam os dados relativos ao
exercício atual.

Não EXISTE um modelo padrão para as organizações elaborarem a DMPL, mas


pode-se observar a seguinte estrutura.

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Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)

A Demonstração do fluxo de caixa permite que se analise, principalmente, a


capacidade financeira da empresa em honrar seus compromissos perante
terceiros (empréstimos e financiamentos) e acionistas (dividendos), a geração

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de resultados de caixa futuros apartir das operações atuais, e a posição de
liquidez e solvência financeira.

A demonstração dos fluxos de caixa é obrigatória para todas as companhias


abertas e de acordo com a lei atual, a DFC deve evidenciar, no mínimo, três
fluxos financeiros:

a) Das operações;
b) Dos investimentos;
c) Dos Financiamentos.

As atividades operacionais descrevem basicamente todas as entradas e saídas


de caixa da empresa referentes às atividades da operação principal.

São exemplos de entradas de caixa: recebimento de vendas


realizadas a vista e de títulos representativos de venda a
prazo, recebimento de receitas financeiras proveniente de
aplicação no mercado financeiro, etc.
São exemplos de saídas de caixa: pagamentos a
fornecedores por compras a vista e de títulos
representativos de compras a prazo, pagamento de
impostos, etc.

As atividades de investimento, são geralmente determinados por variações nos


ativos não circulante, destinados a atividade operacional de produção e venda
da empresa.

São exemplos de entradas de caixa de atividade de


investimento: recebimento pela venda de imobilizado
(máquinas e equipamentos da empresa), etc.
São exemplos de saídas de caixa de atividade de
investimento: compra a vista de máquinas e equipamentos

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responsáveis pelo funcionamento da empresa, etc.

As atividades de financiamento referem-se basicamente às operações com


credores e investidores. São basicamente entradas de dinheiro por captação
de empréstimos e financiamento e saídas de dinheiro para o pagamento dos
mesmos.

A legislação permite que a DFC possa ser elaborada utilizando-se dois


métodos: o direto e o indireto.

O método indireto parte(comeca) do lucro líquido do exercício para se conciliar


com o caixa gerado pelas operações.

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O método direto destaca as movimentações financeiras explicitando as
entradas e as saídas de recursos de cada componente da atividade
operacional, como recebimento de vendas, pagamentos de juros e impostos
etc.

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Demonstração do Valor Adicionado – DVA

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A DVA é um relatório contábil que objetiva identificar quanto de riqueza foi
gerada por determinada organização, assim como demonstrar como tal riqueza
foi distribuída. Tanto aos acionistas, stakeholders (empregados, governo,
instituições financeiras) que ajudaram a criá-la.

Não EXISTE um modelo padrão para as organizações elaborarem a DVA, porém


existem alguns itens devem constar.

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Resumindo:

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Capitulo 2- Demonstrações Contábeis e Padronização 22
Relatórios não obrigatórios

Os relatórios não obrigatórios são aqueles que não fazem parte da estrutura
básica das demonstrações contábeis elaboradas com fins de divulgação,
sendo estes geralmente destinados para usos gerenciais internos. Esses
relatórios são muito importantes, pois permitem que sejam obtidas conclusões
mais detalhadas sobre a situação econômico-financeira da organização.
Podemos destacar:

O Balanço Social- Demonstra os investimentos que uma organização fez em


seus colaboradores e na sociedade.

O Relatório da Administração- Segundo Assaf Neto (2010), compreende um


conjunto de informações de caráter geral sobre a organização, como dados
estatísticos, políticas de recursos humanos, projeções financeiras, projetos de
expansão e modernização, perspectivas do setor e da empresa e outras
informações consideradas relevantes pela administração e que são
importantes para os analistas externos.

As Notas Explicativas- São informações adicionais sobre os dados contidos


nas demonstrações contábeis, são de grande ajuda quando existem dúvidas
sobre alguma das contas das demonstrações contábeis.

O Parecer dos Auditores- De acordo com Assaf Neto (2010), apresenta


comentários sobre a formulação das demonstrações contábeis, verificando se
a contabilização dos dados foi elaborada dentro dos Princípios Fundamentais
da Contabilidade, indicando se estas demonstrações apresentam
adequadamente a situação econômico-financeira da organização e se há
uniformidade com os relatórios apurados em anos anteriores, proporcionando,
dessa forma, maior confiança em relação aos dados obtidos.

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