Ho Mile Tica

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HOMILÉTICA

IBAD – REX – NAMPULA

Página 0
ÍNDICE
CONTEÚDOS ................................................................................................................................ 4

INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 5

CAPÍTULO I .................................................................................................................................. 7

O PREGADOR: O MENSAGEIRO ............................................................................................... 7

QUALIFICAÇÕES DE UM PREGADOR (Ef 4:11,12) .......................................................... 10

CULTIVOS INDISPENSÁVEIS AO PREGADOR (EF 4:11,12) ............................................ 13

O COMPORTAMENTO DO PREGADOR .............................................................................. 17

A PREPARAÇÃO DO SERMÃO E SUAS FONTES ............................................................. 17

B. O SERMÃO QUANTO ÀS SUAS FONTES ............................................................ 19

C. O SERMÃO QUANTO AO SEU PROPÓSITO ........................................................ 20

CAPITULO II ............................................................................................................................... 21

TIPOS DE SERMÃO ................................................................................................................... 21

I. SERMÃO TEMÁTICO OU TÓPICO ............................................................................... 21

II. SERMÃO TEXTUAL .................................................................................................... 25

III. SERMÃO CONTEXTUAL OU EXPOSITIVO ............................................................ 27

OUTROS TIPOS DE SERMÃO .................................................................................................. 29

SERMÃO DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ................................................................... 29

SERMÃO BIOGRÁFICO ........................................................................................................ 31

CAPÍTULO III .............................................................................................................................. 32

PREPARAÇÃO DE MENSAGENS USANDO O MÉTODO DE TRÊS ESBOÇOS ................. 32

OS TRÊS RESUMOS METÓDICOS .......................................................................................... 32

PRIMEIRO PASSO: ESBOÇO EXEGÉTICO ......................................................................... 33

ESBOÇO DO TEXTO – ESBOÇO EXEGÉTICO ............................................................... 34

EXEMPLO PRÁTICO DO ESBOÇO EXEGÉTICO ........................................................... 37

ESBOÇO TEOLÓGICO ........................................................................................................... 46


Página 2
EXEMPLO DO ESBOÇO TEOLÓGICO ................................................................................ 48

ESBOÇO HOMILÉTICO ......................................................................................................... 49

EXEMPLO DO ESBOÇO HOMILÉTICO .......................................................................... 53

CAPITULO IV .........................................................................................................................................54

APRESENTAÇÃO DO SERMÃO............................................................................................... 54

TITULO OU TEMA DO SERMÃO ........................................................................................ 54

A INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 55

O CORPO DO SERMÃO E TRANSIÇÕES ............................................................................ 55

TRANSIÇÕES ...................................................................................................................... 56

O CORPO DO SERMÃO ..................................................................................................... 57

COMO ESTRUTURAR UM SERMÃO .............................................................................. 57

MATERIAL DE SUPORTE ..................................................................................................... 60

A CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 61

CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 64

BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 66

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CONTEÚDOS
Introdução

I. A pregação – o mensageiro
A. O pregador e sua pregação
B. Suas qualificações
1. Espiritual
2. Social
3. Pessoal
4. Intelectual/Educacional
5. Prática

II. Tipos de sermões


A. Tipos Principais/ Maiores
1. Temático
2. Textual
3. Contextual/Expositivo
B. Outros
1. Biográfico
2. Problema – Sermão de resolução de Problemas.

III. Preparando Sermão usando o método de três esboços


A. Esboço exegético
B. Esboço teológico
C. Esboço homilético.
IV. Apresentação do Sermão
V. Resumo do esboço homilético
VI. Exemplos dos Três esboços
Conclusão
Bibliografia

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INTRODUÇÃO
Hermenêutica lida com a interpretação da bíblia, enquanto homilética lida com a apresentação da
mensagem. Hermenêutica nos dá o que pregar e homilética ensina como pregar. Um bom
pregador, deve ter duas qualificações:

 Ele deve saber o que pregar (hermenêutica);


 Ele deve saber como pregar e se equipar (homilética).

Esta disciplina, prepara o estudante com conhecimento e habilidades de preparar mensagens


bíblicas, que podem mudar vidas. O propósito primário da pregação e ensino da bíblia, é
transformar vidas.

A pergunta que se coloca é: Porque as pessoas pregam e ensinam a bíblia todos lugares em
toda parte, mas não conseguem mudanças?

Resposta: É por causa da pobre hermenêutica e da pobre homilética.

Boa hermenêutica com pobre homilética, não produz frutos. Do mesmo modo, boa apresentação
da mensagem (boa homilética), mas pobre hermenêutica, pessoas morrerão gozando. Isto é
político no púlpito.

A disciplina lida com ambos, o pregador e sua pregação (homilética). A disciplina se centra na
pregação das mensagens bíblicas usando três esboços, a saber:

A. Esboço exegético;
B. Esboço teológico;
C. Esboço homilético.

Objectivos da disciplina:

Até ao fim desta disciplina, o estudante deve ser capaz de compreender o seguinte:

1. A definição de homilética;
2. A relação entre homilética e hermenêutica;
3. Deve se familiarizar com as qualificações de um bom pregador
4. Deve conhecer todos tipos de sermões, suas definições e características.

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5. Saber preparar todo tipo de sermão e como apresentá-los.
6. Conhecer o uso de todo tipo de sermão.
7. O estudante deve se familiarizar com os sermões contextuais ou expositivos
8. Ser capaz de aplicar os três métodos de esboços.
a) Esboço exegético
b) Esboço teológico
c) Esboço homilético
9. Ser capaz de elaborar um esboço homilético com detalhes.
10. Saber como usar ilustrações de todo tipo na pregação
11. Ser capaz de apresentar uma mensagem bíblica com uma boa conclusão.

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CAPÍTULO I

O PREGADOR: O MENSAGEIRO

LIÇÃO nº1 – O PREGADOR E SUA PREGAÇÃO

Objectivos da lição:

Ao terminar esta lição, o aluno deve ser capaz de:

a) Definir homilética
b) Explicar a vida do pregador
c) Saber qual é parte de Deus e a parte do homem na pregação.

I. PREGAÇÃO
Definição:
1. Pregar é proclamar as boas novas de Cristo ao ser humano. A palavra grega usada é
”Laleo”. Ela é usada 284 vezes no Novo Testamento, que significa “falar”.
2. Esta é uma forma diferente de falar. Envolve Deus, homem, “falar”, mensagem e
auditório.

Que tipo de falar?


Esta é uma fala diferente porque envolve o seguinte:
 Deus
 Homem (o falante)
 Mensagem
 Audiência

3. Na pregação a fonte da mensagem, é Deus Pessoalmente, não os seus apontamentos,


não a sua biblioteca, não a sua internet. O homem é um mensageiro, um canal e o
auditório são recipientes. Por isso, pregar é comunicar a mensagem de Deus aos
homens através do homem.

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II. HOMILÉTICA
A. Definição:
1. A palavra homilética vem de uma palavra grega “homilos”, que significa audiência.
„‟Homilia‟‟ – falar para um auditório.
2. Esta disciplina é concernente a preparação e apresentação da mensagem. Por isso, é
também concernente ao pregador como também a audiência.

3. Homilética é a arte de pregar sermões. Há muitas formas de anunciar a Palavra. A mais


conhecida é a pregação, ou mais propriamente o sermão. Temos na Bíblia Sagrada a
mensagem da salvação ao pecador, e a de edificação para o crente. Porém imperioso é,
que esta mensagem seja, sem perda de tempo, proclamada à humanidade inteira. O
obreiro como um homem de Deus é um semeador da Palavra. (ler Marcos 16:15 / 2
Timóteo 4:2).

B. Homilética como ciência, dom e arte.


1. Homilética é ciência pelo facto de que ela é regida por princípios.
a. Alguém pode se tornar um bom pregador, por estudar princípios. Ela é um dom,
porque a chamada para pregar e o poder do pregador vêem do próprio Deus,
através do Espírito Santo.
b. Deus é a fonte da mensagem do pregador, para um povo específico, num tempo e
lugar específicos.
2. Homilética é arte porque a aplicação dos princípios, requer habilidades e experiencia
do pregador.

C. Quem é um pregador?
1. Pregador é um mensageiro de Deus separado pelo Próprio Deus, para proclamar as boas
novas de Jesus Cristo `a raça humana. (Rm 1:1; ICo1:17)
2. Como mensageiro, ele recebe a mensagem de Deus e a entrega ao homem (auditório ou
ouvintes). O pregador é chamado por Deus do meio do povo e separado, e reconhecido
pelo povo como estando na presença de Deus. Ele se coloca diante de Deus pelo povo em
oração e se coloca diante do auditório da parte de Deus, quando ele prega no púlpito.

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“Pregadores famosos são feitos da noite para o dia, pregadores de sucesso leva gerações. A
mídia promoverá qualquer pregador em 24 horas, mas Deus precisa de pelo menos 20 anos
para fazê-lo adestrado para a batalha. O verdadeiro pregador não se fama nas universidades,
o verdadeiro pregador se prepara na sarça. Não vos deixeis iludir pelos apelos da mídia,
ainda é na sarça que Deus está chamando Moisés (o pregador).” – Pastor Geziel Gomes,
sermão sob tema “Os três ícones de Deus”, Gideões 2007.

D. O quê deve pregar o pregador?


1. Um pregador (verdadeiro) deve pregar a Palavra de Deus (II Tm 4:2), Actos 20:20,21.
O maior livro do pregador é a bíblia. Pregar a Palavra é pregar a bíblia correcta e
hermeneuticamente interpretada e homileticamente apresentada.
2. Pregar é mais do que contar para as pessoas acerca de Jesus, é apresentar Cristo para
as pessoas. ICo1:18-23. É apresentar a Cristo na unção do Espírito Santo (Rm 1:16).
3. Em 1ª Ts 1:4,5, Paulo fala de 3 ingredientes do pregador.
a. O “Logos” – a Palavra de Deus
b. O “Ethos” – a vida do pregador, isto é, Ética.
c. “Pathos” – o significado da entrega (Unção). O Poder do Espírito Santo na vida do
pregador.

E. Parte de Deus e do homem na Pregação

Como foi dito anteriormente, a pregação é ao mesmo tempo uma ciência, uma arte e um dom.
Por isso, como dom, Deus tem parte nela e como ciência e arte, o homem tem parte nela.

1. Parte do homem na pregação:


Estas são as coisas que Deus espera que o pregador faça:
a. Aprender a disciplina de homilética – Como preparar e apresentar sermões ou
mensagens;
b. Estudar hermenêutica, ciência de interpretar a bíblia e todos aspectos afins;
c. Orar a fim de obter a mensagem de Deus – Orar o suficiente para receber a
mensagem própria no momento próprio e para auditório apropriado.
d. Ter um objectivo - Estabelecer um tema ou título para a mensagem.

2. Parte de Deus - Coisas que o pregador espera de Deus:


a. O pregador espera pela mensagem de Deus (O Assunto)
b. O pregador espera pela unção de Deus (Acção do Espírito Santo para ungir o
pregador, a mensagem e operação especial como forma de confirmação da Palavra.

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III. IMPORTÂNCIA DE PREGAR

 Porque nós pregamos e ensinamos a bíblia?

A. O maior propósito ao pregar ou ensinar a bíblia, é transformar vidas. (Rm 1:16,17,


12:1,2) o evangelho é o poder de Deus para a salvação.
B. Deus escolheu o caminho da pregação, para trazer pessoas `a sua presença. (Rm 10:13-
15; ICor 1:21; II Co 5:20)
C. Ela (Pregação e Ensino) é uma comissão de Jesus para a igreja (Mt 28:19; Mc 16:15;
Mt10:7,8).

LIÇÃO nº2 – QUALIFICAÇÕES DE UM PREGADOR (Ef 4:11,12)


Objectivos da Lição: Depois de estudar esta lição, o estudante deve ser capaz de:

 Descrever as qualificações de um pregador


 Examinar-se se reúne as qualificações exigidas para um pregador.

O Pregador é um líder, por isso, deve possuir todas qualificações de um líder, como mencionado
em Actos 6:3, I Tm 3:2-7,8-11 e Tt 1:5-9.

A igreja primitiva baseou-se em três grandes qualificações (Actos 6:3).

 Cheio do Espírito Santo – Um pregador deve estar cheio do Espírito Santo e


unção (I Sm 10:6). Ele deve ser uma pessoa diferente quando possuído de
Poder do Espírito Santo.

Sabedoria – Uso do conhecimento de uma forma correcta e no momento certo.


Habilidade para solucionar coisas na maneira que Deus quer que sejam
solucionadas.

 Integridade, boa reputação - Os sete diáconos escolhidos entre eles, se


tornaram grandes pregadores como Estêvão e Filipe.

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I. Qualificações Espirituais: (1Tm 3:2-7, 8-11 / Tt 1:5-9)
Paulo em primeira a Timóteo e Tito dá uma longa lista de qualificações que podem resumidas
em seguintes grupos:
A. Deve ser nascido de novo (João 3:3-8)
B. Deve estar cheio do Espírito Santo (Actos 6:3)
C. Deve viver uma vida santa (Is 52:11)
1. Deve ter Sá doutrina (2 Tim 4:2)
2. Actos 20:20,21 (Pregar a palavra, significa pregar a Sá doutrina)
D. Deve ser guerreiro de oração (Ef 6:18).
E. Deve ser bom na leitura das Escrituras (ITm 4:13; 2 Tm 4:13)
F. Deve ser um adorador verdadeiro (Jo 4:23-24; Hb 10:25; Actos 3:1-6)

II. Qualificações Pessoais:


A. Não deve ser amante do dinheiro
B. Deve ter auto-domínio/ auto-domínio (emoções e necessidades)

III. Qualificações Sociais:


A. Na igreja – Irrepreensível /inculpável
B. Deve ter uma vida muito bem ordenada
C. Fora da igreja – boa reputação

IV. Qualificações Domésticas


A. Marido de uma só mulher e mulher de um só marido (Casamento e monogâmico, de sexo
oposto e permanente)
B. Que cuida bem da sua mulher e filhos

V. Qualificações Intelectuais
A. Com mente sadia e firme
B. Mente aberta para aquisição de novos conhecimentos, a partir de novas fontes.

VI. Qualificações Práticas


A. Saber como preparar o ensino /pregação - hermenêutica
B. Saber como ensinar/pregar - homilética
C. Ter compaixão pelas pessoas (João 4:35)

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D. Deve ser ele mesmo/ Não imitador.

LIÇÃO Nº3 – CULTIVOS INDISPENSÁVEIS AO PREGADOR (EF 4:11,12)


Com vista em Atos 17:28, cumpre ao pregador cultivar e aquilatar sua personalidade na oração
incessante, na leitura e estudo piedoso das escrituras e na adoração continua a Deus.
Visto que toda pregação deve ter alvo a atingir (objectividade), o pregador recebe a mensagem de
Deus e a transmite ao homem e, esta mensagem pregada, antes de tudo deve ser entendida e
experimentada na vida do pregador (2 Tm 2:6), pois, segundo Arthur S. Hoyt “o homem chamado por
Deus tem uma visão de Deus, uma visão da necessidade humana e uma visão da oportunidade”, o
pregador precisa prezar no seu cultivo da personalidade, físico, intelectual e espiritual se quiser
aprimorar seu ministério com eficiência.
I. CULTIVO DA PERSONALIDADE – O pregador deve cultivar uma personalidade moldada
na palavra de Deus. Personalidade define-se como sendo aquilo que caracteriza uma
pessoa e a distingue da outra, ou seja, é a soma das qualidades físicas, intelectuais, sociais
e espirituais de uma pessoa. A personalidade do pregador tem muito a ver com a eficiência
da sua mensagem.

II. CULTIVO FÍSICO – o pregador deve ser um homem de boa saúde. Ele deve cuidar do seu
corpo tal quanto cuida da causa de Deus. Ele deve exercitar-se, alimentar-se e descansar
adequadamente

A. DEVE SE ALIMENTAR ADEQUADAMENTE – significa colocar em questão o


que o pregador come e bebe, pois a qualidade e quantidade de comida devem merecer a
atenção redobrada do ministro. Significa que certas comidas indigestas e prejudiciais
devem ser evitadas pelo ministro. Diz um provérbio popular: “comemos para viver e
não vivemos para comer”.

B. DEVE PRATICAR EXERCÍCIOS FÍSICOS – a falta de exercício físico tem


roubado muito a energia dos pregadores, e isto pode ser observado facilmente no
púlpito enquanto prega. A obesidade é um resultado directo da falta de exercício.

C. DEVE PRIMAR PELO DESCANSO SUFICIENTE – o tempo suficiente do sono


ajuda a manter o corpo forte em meio aos trabalhos árduos e pesados. O sono restaura
as energias do corpo (Mc 4:38). A melhor maneira de cultivar o descanso deve
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começar pela organização de um horário para actividades, distribuindo-as de tal
maneira que os objectivos de seu trabalho ministerial alcancem sucesso pleno, sem
prejudicar a saúde.

III. CULTIVO INTELECTUAL – é o cuidado de buscar conhecimentos através do estudo, da


pesquisa e da leitura de bons livros que darão ao pregador condições de preparar seus
sermões com sucesso. Quanto mais o pregador se aplicar ao estudo, mais ele ampliará as
dimensões do seu ministério da palavra. Quanto maior conhecimento o pregador tiver,
maior variedade e habilidade terá nos seus sermões, sempre adoçada pelo cultivo
espiritual, que é o alvo primordial da pregação.

IV. CULTIVO ESPIRITUAL – “o homem em cuja vida se manifesta o Espírito de Deus é


espiritual. O seu procedimento é determinado pelo Espírito Santo. A sua mente está aberta
a receber as impressões de Deus mediante a Sua palavra e outros meios. O seu coração é
movido pelos impulsos divinos”. A esses atributos acrescentam-se outros tais como
piedade, devoção, oração, estudo, etc.

A. Piedade – vem do latim “pietate” e significa devoção, amor e respeito pelas coisas
religiosas, dó, comiseração, sentimento inspirado pelos males alheios, procura remediar
ou mitigar. No pregador, a piedade deve ser uma qualidade de alma. É a reverente
dedicação á vontade de Deus. Ela anula o egocentrismo, porque se preocupa com o
bem do próximo (1 Tm 4:8; 5:4; 2 Pd 1:3,6,7).

A. Devoção – deriva do latim “devotione”, que significa sentimento religioso, piedade,


observância as práticas religiosas; de boas novas, coloca-se á disposição de Deus e do
Seu Espírito; controlado e dirigido por Deus. É a prática da piedade. Enquanto o
médico, por exemplo, precisa acostumar-se a trabalhar com os que sofrem, sem se
comover, o pregador não, ele precisa ter sensibilidade espiritual e nunca deixar-se levar
pela empatia.

B. Oração – no cultivo da espiritualidade a oração é o ponto de partida, a chave mestra. A


oração é sem dúvida, a mais poderosa arma do pregador. Os sermões mais eficazes e
poderosos nascem sob os joelhos. A oração inspira a mensagem ao pregador e
capacita-o a transmiti-la ao povo. Escreveu Robert Murray McCheine: “estuda a

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santidade universal da vida, disso depende a tua própria vida, a tua utilidade plena, pois
teus sermões duram apenas uma ou duas horas, mas tua vida prega durante toda
semana. Entrega-te a oração e obtém os teus temas, os teus pensamentos e as tuas
palavras directamente de Deus. Lutero empregava as suas melhores horas em oração. O
púlpito de hoje é pobre em oração. Para o púlpito moderno, a oração não é mais a força
poderosa como era na vida e no ministério de Paulo. Todo o pregador que não faz da
oração um poderoso factor em sua vida e ministério, é fraco como agente no trabalho
de Deus”. A oração é a arma mais poderosa do pregador.

C. Sinceridade – Esta virtude dignifica o pregador cristão. Sua pregação deve refletir a
verdade contida na sua alma. Paulo destaca a sinceridade quando afirma que “O amor
não seja fingido”, 1Co 13. Este amor parte de dentro do coração sincero; caso
contrário, não passaria de uma imitação, e o pregador não passaria de um artista que
consegue dizer uma mentira como se fosse verdade. A sinceridade deve ser invariável
na vida e nas atitudes do pregador. Hoje, amanhã e depois; na presença ou na ausência,
ele deve ser o mesmo. Em quaisquer circunstâncias a sinceridade deve prevalecer.

A mensagem do pregador deve ser mergulhada na fonte da sinceridade e da verdade.


Ser sincero não significa ser sisudo, nem tampouco usar púlpito para ferir determinada
pessoa. Ser sincero é ter dignidade, humildade, mansidão e firmeza de propósito. Ser
sincero é ser realista e nunca trair sua consciência por interesses alheios ao princípio da
sinceridade.
Ser sincero não significa fechar-se dentro de si. Alguns comunicadores acham que é
impossível ser sincero quando se trata de comunicação em massa. Entretanto, a
sinceridade não afecta em nada a verdadeira comunicação. Ao contrário, ela desperta a
simpatia dos ouvintes. Paulo exorta o jovem Tito, pregador e pastor de uma das igrejas
gentílicas, a cultivar essa qualidade indispensável ao pregador, Tt 2.7,8.
D. Humildade – Outra qualidade moral e espiritual indispensável à personalidade do
pregador é a humildade. A fama e a vanglória tentam o pregador: após o sucesso chega
a tentação. O orador exerce poder sobre o intelecto dos ouvintes. Esse poder e capaz de
fascinar o pregador e levá-lo a pregar para buscar a sua própria glória e não a glória de
Deus. O pregador tem de estar intimamente preparado para o sucesso na pregação. Essa
preparação é espiritual. É uma consciência de que, tudo quanto faz e fala ao povo, por
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melhor cultura e espiritualidade que possa apresentar, vem de Cristo, e é para Cristo.
“O poder dos grandes mestres está no esquecimento de si mesmo”. Afirmou certo
escritor.
A vitória da humilde tem lugar na queda do EU. Nenhum pregador pode subir ao
púlpito sem antes ter descido, pela oração, os degraus da humildade. Na oração, o
egoísmo se quebranta. O medo se desfaz e a certeza da vitória aparece como a clara luz
do sol ao meio-dia.
O pregador deve estar preparado para os elogios. Quando são elogios sinceros,
devemos glorificar a Deus, porque o sucesso torna-se, então, um estímulo para o
trabalho.
Nunca subamos ao púlpito confiados em nossa capacidade, porque corremos o risco de
descermos dele derrotado e envergonhados. Subamos, sim, com humildade e carência
de Deus e de sua graça. Então, desceremos com nossa fronte erguida e com os lábios
cheios de louvores a Deus. Ninguém pode ufanar-se de humildade. Ela é um peso
aferidor do equilíbrio do nosso ministério.
E. Optimismo – É uma das forças motoras geradas pelo Espírito Santo na alma do
pregador, e accionada pelas suas atitudes positivas. O optimismo cristão encara sempre
a vida sob um aspecto positivo. Ainda que males e dificuldades cerquem o transmissor
da mensagem, o espírito optimista lhe dá energias para vencer os obstáculos.
O pessimista, pelo contrário, nunca vê vitórias nem soluções, nem alegrias. O optimista
gera esperança e paz interior, enquanto o pessimismo isola suas vítimas a as leva a
autodestruição física, moral e espiritual. O pregador cristão deve cultivar o optimismo
sempre real nas experiências dos grandes servos de Deus do passado. O pregador
optimista transmite, em sua mensagem ao povo, a alegria e a esperança que envolvem
sua alma. Ser optimista é ter fé na mensagem que prega. É crer no trabalho que realiza.
É ter sensibilidade com as coisas espirituais.
O pregador que prega sem convicção torna sem auditório pessimista, com tendência
para a incredulidade, e para a irresponsabilidade espiritual. O pregador optimista
transmite ânimo aos abatidos; conforto aos tristes: inspira confiança aos fracos, e
fortalece a fé dos abatidos.
Nunca o pregador deve acomodar-se às situações de derrota e fraquezas dos seus
ouvintes, simplesmente dizendo-lhes: “A vida é assim mesmo, ou conforme-se!”
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O pregador tem consciência de ser “o homem de Deus”, aquele que representa o
sentimento divino do amor, de paz e de segurança espiritual. Paulo deu o seguinte
conselho aos filipenses: “Que haja em vós o mesmo sentimento que ouve em Cristo
Jesus, nosso Senhor!” (Fp 2.5)
F. Honestidade - deve ser factor preponderante na vida do pregador, pois ele deve viver e
fazer aquilo que prega. O ministério e a vida particular do pregador são inseparáveis. O
pregador deve cultivar a honestidade em todo o tempo de sua vida. Suas finanças, seus
tratos, sua pontualidade, suas atitudes e palavras devem reflectir sua honestidade. O
pregador precisa estar atento pois o Diabo procura sempre as pequenas falhas para
entrar, envolver e destruir

G. Seriedade - é a prática da honestidade. Significa atitude reverente para com o exercício


do ministério. O pregador deve saber distinguir entre humor e seriedade. O humor
sadio contagia um auditório sem contudo ser irreverente. Há diferença entre inspirar
simpatia com uma certa dose de humor e o provocar gracejos irreverentes. A dignidade
do ministério não se julga apenas pelas características pessoais do pregador mas por
sua seriedade no desempenho do ministério recebido de Deus.

H. Coragem - o pregador é um homem incomum porque está revestido de uma força e


coragem muito especial, emanada do Espírito. A coragem tem sua fonte em Deus. O
pregador cheio da graça de Deus, enfrenta o mundo e o inferno sem temê-los, porque
sua coragem está investida da autoridade divina.

LIÇÃO Nº4 – O COMPORTAMENTO DO PREGADOR


A. - Preparação pessoal: Alguns cuidados devem ser tomados, no que diz respeito à sua
preparação pessoal. O pregador deve lembrar que na entrega da mensagem, nada deve
atrapalhar a sua concentração. O uso de técnicas de relaxamento, respiração etc., ajuda
muito em sua preparação.
B. - Preparação espiritual: Já vimos que a oração é um dos grandes cultivos do
pregador. Na verdade é o primeiro passo a ser dado pelo pregador. Quando este é
escalado para a entrega do sermão. “Um pregador que não ora, não prega, só fala”.
Outro factor importante é a dependência do Espírito Santo, pois o mesmo deve fluir
desde a preparação do sermão, até o momento de se agradecer a Deus pelos resultados

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da mesma.
C. - Aparência: Outro cuidado especial que o pregador deve ter, é com relação a sua
aparência. Um pregador mau vestido, desperta maus comentários, porém um pregador
excessivamente elegante, tira um pouco da atenção dos ouvintes com relação ao que se
prega. Roupas sóbrias e mantendo um bom padrão de decência é sinónimo de vida
equilibrada e apta para actuação do Espírito Santo.
D. - Postura: O nosso corpo por ser uma máquina em actividade constante, também
precisa estar bem ajustado e acomodado para o exercício normal das funções. O
pregador precisa manter uma postura ideal para que seu corpo encontre um ponto de
equilíbrio e produza bem-estar em todo o período do sermão. Nada deve estar em
desacordo, para que não haja interferências, como: roupa apertada, sapato apertado,
etc.
E. - Gesticulação: Os gestos são de extrema importância para o pregador. Através deles,
pode dar mais ênfase a uma palavra, frase ou ideia. Um pregador estático, torna-se
cansativo e enfadonho, para um público que quer perceber o seu entusiasmo muito
antes mesmo de iniciado o sermão.
F. - Voz: A voz é o instrumento ou o meio principal na transmissão de uma mensagem.
Por isso é necessário que o pregador tenha um cuidado especial com suas cordas
vocais. Existem várias formas de cuidados específicos que podem ajudar. A voz
impressiona pela sua tonalidade, limpidez e cadência. Com relação a intensidade, o tom
de voz deve estar de acordo com o ambiente. Numa sala grande deve-se elevar a voz,
numa sala menor deve-se abaixar o tom, e, falando ao ar livre, para uma multidão,
pode-se bradar. A voz límpida é a que é produzida através das cordas vocais.
Comummente o pregador precisa corrigir alguns defeitos, como a nasalidade, a
estridência, o lamento. No caso da cadência cada voz tem a sua própria. Ela favorece a
enunciação correcta das palavras tornando a linguagem mais compreensível. Algumas
regras devem ser obedecidas a fim de se conseguir uma boa dicção: respeitar as
pontuações, a ligação das palavras deve ser feita de maneira que não deturpe as
mesmas, e não colocar muitas palavras agudas na mesma sequência etc.
G. - Linguagem: A linguagem do pregador deve sempre ser adequada ao contexto da
mensagem e ao público, para que haja uma atracção mútua no momento da entrega da
mensagem. Deve-se também evitar os excessos em todos os aspectos da linguagem,
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lembrando sempre de colher o máximo de informações do público que ouvirá a
mensagem.

LIÇÃO nº5 – A PREPARAÇÃO DO SERMÃO E SUAS FONTES


Objectivos da lição:

Ao terminar esta lição, o aluno deve ser capaz de:

a) Conhecer as diferentes formas de preparação do pregador


b) Identificar os obstáculos à preparação do pregador
c) Descrever as fontes de diferentes tipos de sermões.

A. A PREPARAÇÃO DO PREGADOR
A preparação do Pregador é prioritária. O pregador deve preparar-se antes de preparar o sermão.
Em que consiste essa preparação? O pregador deve ter em conta:

1. Preparação Mental
 Mente tranquila, aberta. Contribui para isso: ambiente calmo, estar a sós, livre de
pressões e problemas.
 Mente instruída na Palavra Divina e no saber humano, pois vamos falar a homens (1
Co 14:9).
2. Preparação Espiritual
 Dependência do Espírito Santo para vivificar e ungir a mensagem que o sermão trará.
Podemos sim preparar o sermão, mas só Deus dará a real mensagem. (Ver João 6:63 a /
Actos 10:44).

 Oração. É preciso o pregador falar primeiro com Deus a respeito dos homens, antes de
falar com os homens a respeito de Deus (Ef 6:18; 1 Ts 5:17; 1Tm 2:1)
 O Estudo da Palavra. É ela que vai ser usada, não nossas próprias ideias. Quem semeia a
Palavra, colherá frutos, pois ela é chamada semente. (Ver Salmo 126:6 / 2 Tm 2:15).
Quem semeia apenas o que é humano, quanto mais cedo desistir, melhor...pois não obterá
frutos espirituais. A preparação espiritual é vital para o pregador e seu sermão. A palavra
que sai de um coração abrasado, após estar na presença do Senhor, vai até ao coração do

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ouvinte, mas a que flui apenas da cabeça, só vai até a cabeça do ouvinte.

3. Obstáculo à Preparação do Pregador.


Muitas vezes é nesta hora de preparação mental e espiritual, quando “ o pão está no forno” para
logo ser distribuído ao povo, que surgem as interrupções e obstáculos. O pregador sábio resistirá
a esses perturbações, sabendo, via de regra, tratar-se do Diabo, em sua acção maligna de roubar a
Palavra.

B. O SERMÃO QUANTO ÀS SUAS FONTES


Nesta parte, vamos descrever as fontes ou motivos para vários tipos de sermões.
Assim, vejamos:
1. A Palavra de Deus - Esta é uma fonte inesgotável!
2. Fichário (caderno) de assuntos do pregador - Todo pregador deve ter seus apontamentos
individuais.
3. Livros, revistas e Jornais apropriados - O pregador deve ler muito.
4. A Natureza em geral - O pregador deve ser um bom e atento observador. Suas viagens
fornecem bons campos de observação.
5. Acontecimentos importantes, locais e mundiais - O pregador deve estar atento e actualizado
quanto às manchetes que valem sermões.
6. As necessidades espirituais do rebanho, no momento, fornecem temas.
7. Sermões de outros.
Não plagiados, nem repetidos, mas adaptados. Quando assim feitos eles adquirem nova afeição,
levando a estampa e a individualidade do novo pregador, por cujo cérebro e coração fluíram
novamente.

8. A inspiração divina momentânea - Isto pode ocorrer em qualquer lugar, e ocasião, muitas
vezes, onde menos se espera.
9. A experiência do próprio obreiro, no passado - A história se repete.

C. O SERMÃO QUANTO AO SEU PROPÓSITO


O propósito do serão pode ser:
1. A conversão dos perdidos - Deve ser a visão contínua e crescente.

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2. A edificação dos crentes - Aqui, a fonte de temas é ampla.
3. Despertamento da Igreja - Crentes frios, desviados, ao pretender reaviva-los.
4. Instrução de Obreiros - O obreiro deve tomar tempo para instruir a outros enquanto é tempo (2
Tm 2:2) – Este é trabalho dos pastores e líderes seniores, treinar e estabelecer novos ministros.
5. A obra missionária (Ver o nº 1, acima), ou seja, para abertura de uma nova obra
(Subcongregação).
6. Promoção do trabalho local - Cruzadas, Campanhas de evangelização em massa ou visitação,
Conferências, etc.
7. Comemorações - Cívicas, sociais, e religiosas. Nota – Todos os propósitos devem conduzir
aos nºs 1 e 2, acima, visto que são propósitos indispensáveis.

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CAPITULO II

TIPOS DE SERMÃO

LIÇÃO nº 04

TIPOS DE SERMÕES
Objectivos: Depois de estudar esta lição, o estudante deve ser capaz de:

 Definir todos maiores tipos de sermões;


 Explicar a importância de todos tipos de sermões estudados
 Preparar qualquer tipo de sermão.

O sermão quanto à sua forma ou tipo é também designado como: Classificação dos sermões.
Quanto à forma ou tipo, o sermão pode ser classificado em Temático, Textual, Contextual ou
Expositivo e Ocasional ou sermão de resolução de problemas ou de casos especiais.

OS MAIORES TIPOS DE SERMÕES

I. SERMÃO TEMÁTICO OU TÓPICO


A. O Texto:
Este tipo de sermão, nem sempre precisa de um texto bíblico (base) como fonte de
mensagem. O pregador só precisa de um tema, depois tomar suportes escriturísticos, que
podem ser de diferentes partes da bíblia para suportar o seu comentário.
B. As Divisões:
1. Ele começa por um tema e depois as divisões se seguem.
2. Todas divisões, têm origem ou derivam do tema.
3. As divisões devem ser construídas de uma forma sequenciada e lógica.
4. Tem todas partes maiores de qualquer sermão. Por exemplo: Introdução, corpo da
mensagem e conclusão.
NOTA: No sermão temático, o contexto histórico deve estar em volta do assunto ou do
tema a ser ministrado e não do livro ou do autor da primeira passagem bíblica que
provavelmente o pregador vai mandar o povo ler logo no inicio do seu discurso.

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C. Exemplos de um Sermão Temático.
Exemplo nº 1

TÍTULO: Ofertas

INTRODUÇÃO

DIVISÕES:

I. A origem das Ofertas

II. O que significa dar

III. Tipos de ofertas

A. Dízimos
B. Ofertas gerais (colectas)
C. Ofertas de acções de graças
D. Votos
E. Primícias
F. Ofertas voluntárias/livres

IV. Benefícios ou vantagens de dar

 Exemplos de pessoas que deram e foram abençoados

V. Desvantagens de não dar

 Exemplos de pessoas que não deram e suas consequências

CONCLUSÃO

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Exemplo nº 2

TÍTULO: O Espírito Santo

INTRODUÇÃO

DIVISÕES:

I. A natureza do Espírito Santo

A. Deidade do Espírito Santo


B. Personalidade do Espírito Santo

II. O Espírito Santo no Velho Testamento

IV. O Espírito Santo na Igreja

A. Inaugurou a igreja

B. Habita na Igreja

C. Outorga dons a igreja

D. Governa a igreja

V. O Espírito Santo na vida dos crentes


A. Baptiza os Crentes (Revestimento do poder)
B. Guia e orienta os crentes
C. Santifica os crentes
CONCLUSÃO

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Exemplo nº 3

TÍTULO: Evidências da Ressurreição

INTRODUÇÃO

DIVISÕES:

I. O sepulcro vazio
II. Aparições de Jesus
A. A Maria Madalena
B. Aos Discípulos no Caminho de Emaús
C. Aos 11 discípulos na Galileia
III. Mudança dramática dos discípulos
IV. A Ascensão de Jesus
V. A vinda do Espírito Santo

CONCLUSÃO

Exemplo nº 4

TÍTULO: Os dons do Espírito Santo

INTRODUÇÃO

DIVISÕES:

I. Dons de liderança da igreja (E f 4:8,11,12)

II. Dons ministeriais (Rm12:6-8)

III. Dons Espirituais (ICor12:8-11)

CONCLUSÃO

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II. SERMÃO TEXTUAL
A. Geralmente usa de um a três versículos e não mais do que isso;
B. Todas divisões maiores vêem do texto;
C. Toda divisão carrega consigo uma ideia do mesmo texto;
D. Toda divisão é suportada por uma porção da escritura, a partir do mesmo texto.
E. O Contexto histórico está em volta do livro e da passagem do texto base.
F. O Titulo do sermão deve ter relação com o texto.
G. As divisões e sub divisões devem ser construídas de uma forma ordeira e lógica.

As divisões devem ser arrumadas de uma forma sequenciada.

Exemplo nº 1

TÍTULO: Criação de Deus

TEXTO: Génesis 1:1

INTRODUÇÃO

DIVISÕES:

I. No Princípio (v.1a)

II. Deus (v.1a)

III. A Crivação (v.1b)

A. O significado da criação (definição)


B. Tipos de criação
1. Do nada / Através da Palavra falada
2. A partir do existente (Exemplo: Adão, Eva – Pó e costela)
C. Criação dos céus e da terra

CONCLUSÃO

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Exemplo nº 2

TÍTULO: Não se envergonhe do Evangelho de Cristo

INTRODUÇÃO

TEXTO: Romanos 1:16-17

DIVISÕES:

I. O Evangelho é o poder Deus para Salvação (Rm 1:16)

A. A salvação para os Judeus (v.16ª)

B. A Salvação para os Gentios (16b)

II. O Evangelho revela a Justiça e a Fé (Rm1:17)

A. Deus é a fonte de justiça (Rm1:17a)


B. No evangelho se manifesta a fé em Deus (Rm1:17b)

CONCLUSÃO

Exemplo nº 3

TÍTULO: A Chamada de Abraão

TEXTO: Génesis 12:1-3

INTRODUÇÃO

DIVISÕES:

I. Deus chama Abraão (Gn12:1ab)

II. Promessas de Deus para Abraão (Gn12:1c-3)

A. Para ser dado uma terra (Gn12:1c)


B. Para se tornar numa grande nação (Gn12:2a)
C. Para ser abençoado (Gn12:2b)

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D. Para engrandecer o seu nome (Gn 12:2c)
E. Para ser uma bênção (Gn12:2d)
F. Para abençoar aqueles que lhe abençoarem (Gn12:3a)
G. Abençoar todas nações a partir de seus descendentes (Gn12:3bc)

CONCLUSÃO

III. SERMÃO CONTEXTUAL OU EXPOSITIVO


É a pregação que lida com a interpretação do texto, aplicando-a ao público ouvinte. Ele envolve
todas análises: análise exegética, análise teológica e análise homilética, assim como iremos
considerar no próximo capítulo. Ele é diferente do sermão textual, em que ele tem mais de três
versículos.

Sermão textual é também expositivo. A única diferença, é o número de versículos em relação ao


textual. No sermão textual há um limite nos versos, a saber, um máximo de três versículos,
enquanto no sermão contextual não há limite de versículos.

1. A mensagem vem de uma porção seleccionada das escrituras (texto base),


2. As divisões vêem da mesma porção seleccionada. As grandes lições do texto, são
divisões, como é o caso das divisões maiores e subdivisões.
3. Neste tipo de sermão, é permitido citar outras referências bíblicas, mas não mandar ler.
Só podem ser lidos os versículos que são parte do texto escolhido.
4. É admissível recitar outras passagens como forma de ilustração do assunto da
mensagem e fazer aplicação prática.

Exemplo nº 1

TÍTULO: O Senhor que conhece as nossas vidas e nosso futuro.

TEXTO: Jeremias 17:5-10

INTRODUÇÃO

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DIVISÕES:

I. O Caminho dos malditos (17: 5-6)

A. Sua descrição (Jer 17:5)


1. Ele confia no outro homem (v.5ª)
2. Ele depende da carne (v.5b)
3. O seu coração esta longe de Deus (v. 5c)
B. Seu destino (Jer 17:6)
1. Ele termina como tamargueira (v.6ª)
2. Ele não prospera (v.6b)
3. Ele habitara no deserto (v.6c)

II. O caminho dos abençoados (17:7-8)

A. Sua descrição (17:7)


1. Ele confia no Senhor (v.7ª)
2. Ele é confidente no Senhor (v.7b)
B. Seu destino (17:8)
1. Ele prosperará (v.8ª)
2. Ele não teme o futuro (v.8b)
3. Ele nunca se preocupa (v.8c)

III. O caminho do Senhor (17:9-10)

A. Ele esquadrinha o coração deles (17:9)


B. Sua descrição (17:10ª)
1. Ele Esquadrinha o coração (17:10ª)
2. Ele examina a mente (17:10ª)
C. Sua decisão na base do Seu diagnóstico (Jer 17:10b)
1. Recompensa de acordo com acções de cada um (17:10b)
2. Recompensa de acordo com o que o homem deseja (17:10c)

CONCLUSÃO

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Exemplo nº 2

TÍTULO: Os Benefícios da nossa grande Salvação.

TEXTO: I Pedro1:3-9

DIVISÕES:

I. A dádiva da salvação (1Pd 1:3-5)

A. Uma esperança de vida (v.3)

B. Uma herança verdadeira (v.4)

C. Uma salvação consumada/Completa (v.5)

II. Nosso gozo na Salvação (1: 6-9)

A. Gozo mesmo no sofrimento (v.6)

B. Pela fé (v.7)

C. Na esperança da 2ª vinda de Jesus Cristo (v.8-9)

CONCLUSÃO

LIÇÃO nº 6 – OUTROS TIPOS DE SERMÃO

SERMÃO DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS


Problemas – Sermões resolutivos.

 É uma preparação de sermões, que usa o método de (5) cinco etapas ou passos, a saber:

I. Introdução
II. O problema
III. Solução
IV. Aplicação
V. Conclusão

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Exemplo:

TÍTULO: Porque sofre o Justo?

INTRODUÇÃO

PROBLEMA: Porque sofre o Justo?

DIVISÕES:

SOLUÇÃO

I. Satanás é Inimigo de Deus

A. Satanás Interfere no plano de Deus

B. Satanás acusa o Crente Justo

II. Deus permite o Sofrimento do Justo

A. Deus está no controle de tudo na vida do crente

B. Na provação do crente justo, Deus é glorificado

APLICAÇÃO

CONCLUSÃO

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SERMÃO BIOGRÁFICO
Este é um sermão centrado na vida de qualquer personagem bíblica, como por exemplo:
Abraão, Moisés, Paulo, Pedro, David, Gideão, Salomão, Timóteo, etc. É usualmente
temático porque você estuda várias porções das escrituras tratando a vida dessa figura
bíblica. Possui todas partes principais de um sermão.

Exemplo:
TITULO: Paulo, o missionário dos gentios

INTRODUÇÃO

DIVISÕES:

I. O Nascimento

II. Sua vida e sua educação

III. O perseguidor

IV. Sua conversão

V. Seu ministério

VI. Sua morte

CONCLUSÃO

A vida de uma pessoa pode desafiar a vida dos outros crentes.

Página 31
CAPÍTULO III

PREPARAÇÃO DE MENSAGENS USANDO O MÉTODO DE TRÊS ESBOÇOS

LIÇÃO nº 01

OS TRÊS RESUMOS METÓDICOS


Objectivos:

Depois de estudar esta lição, o estudante deve ser capaz de:

 Definir os três resumos metódicos;


 Explicar a importância de todos esboços ou resumos estudados
 Preparar qualquer tipo esboço ou resumo metódico.

Introdução:
Este tópico foi considerado, com vista a mostrá-lo como construir e entregar a mensagem bíblica,
que é:
 Mensagem - Fiel ou verdadeira ao texto bíblico
 Mensagem - Clara – com claridade
 Mensagem - Bem organizada
 Mensagem - Interessante
 Mensagem - Relevante ou a altura das necessidades dos ouvintes

O maior objectivo deste tópico, é comunicar a Palavra de Deus, de maneiras que os ouvintes
possam aplicar as verdades bíblicas em benefício da vida dos ouvintes. O processo envolve três
etapas ou passos:

1º Passo: Esboço exegético


2º Passo: Esboço teológico
3º Passo: Esboço homilético

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PRIMEIRO PASSO: ESBOÇO EXEGÉTICO
Definição: O que exegese?
A palavra “exegese” é uma palavra grega que significa “escavar” ou “descobrir”.
Fazer exegese de um texto significa: Cavar o texto de modo a ter o significado original dado
pelo autor original, para a audiência original, naquele tempo em que foi escrito.
Isto nos dará: Qual foi a Palavra de Deus para eles (desde lá até então), antes de se tornar a
Palavra de Deus para nós (aqui e agora)?
Isto é: exaurir a passagem, fazer exegética, esquadrinhar a passagem a fim de encontrar o
significado original, baseado na mente do autor do texto. Isto nos dará qual foi a mensagem de
Deus que estava na mente do autor, para aqueles destinatários e depois. O esboço exegético
inclui a proposição exegética central. A palavra grega para pregar é “Keruxeir”, que significa
“proclamar”.

Como pregadores, somos transmissores da mensagem do Rei do Reis. Somos dados uma
mensagem a proclamar e uma audiência para ouvi-la, sem ter em conta que tipo ou estilo de
sermão é usado. O mais importante, é que a mensagem deve ser a Palavra de Deus proclamada:

 Exegeticamente correcta;
 Correctamente aplicada;
 Persuasivamente proclamada.

No passo ou abordagem exegética o foco principal é a exactidão.

 É preciso extrair (exaurir) o texto;


 Ter certeza do que a Palavra de Deus está a dizer;
 A mensagem deve ser precisa, porque só assim revela a verdadeira mensagem de Deus ao
seu povo;
 A autoridade de Deus vem da sua Palavra apresentada correctamente.

A. QUESTÕES A SEREM FEITAS

Antes de começar a exaurir (extrair) ou “cavar” o texto, há duas perguntas a serem feitas:

1. Será que orei o suficiente ou bastante, a fim de que Deus possa me ajudar a
entender o texto e a mensagem? (1Cor2:10-13)

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2. Será que eu isolei o texto mentalmente, para que o possa considerar?
a. Não esforce o significado do texto;
b. Interprete o texto, livre das influências externas;
c. Entenda o significado original, o que o autor intencionava dizer aos seus ouvintes
originais.

B. ETAPAS PARA FAZER EXPLANAÇÃO


A. Questione o texto. Questões a fazer a cerca do texto:
1. Qual foi o propósito do livro ou texto ter sido escrito?
2. Qual foi o objectivo que o texto original tinha?
B. Para responder estas perguntas, é necessário ter em conta o seguinte:
1. Leitura da passagem diversas vezes, no contexto do seu capítulo;
2. Seguir lendo por todo livro, a fim de obter a ideia de como é que a passagem se
encaixa no todo;
3. Tomar notas a medida em que vai se deparando com detalhes significantes ou
importantes:
a. Quem escreveu o livro? Para quem foi ele destinado?
b. Qual foi a situação? O que é encorajado ou desencorajado?
c. Quando é que este livro foi escrito?
d. Onde viviam os seus destinatários?
e. Porque são dados esses mandamentos?

ESBOÇO DO TEXTO – ESBOÇO EXEGÉTICO


Usando todas observações feitas acima, isto é, depois de considerar o contexto histórico e literal
(da parte A), componha o esboço completo das frases/afirmações com significado.
1. Cada frase deve ser declarativa
2. Frases não imperativas
3. Frases não interrogativas

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EXEMPLO: ESBOÇAR O TEXTO EFESIOS 6:10-20

Responda as questões que se seguem


1. Qual era o propósito de Paulo ao escrever?
2. Quais eram os objectivos, o que ele pretendia alcançar?
3. Responda as seguintes 6 questões
i. Quem é o autor, para quem ele se dirigia?
ii. Qual era a situação da Igreja de Éfeso? Era encorajador ou desencorajador?
iii. Quando foi escrita a carta?
iv. Onde os receptores viviam? Qual era a situação política, social e religiosa da
cidade de Éfeso/ situação económica.
v. Porque foi escrita tal mensagem/carta aos Efésios. (Mensagem central do
livro)
vi. Qual era a expectativa com relação a resposta deles?
4. Quais são as principais lições?
5. Quais são as sub-lições em cada lição principal?

i. O autor do livro:
 Paulo
 O seu nome: Porquê Paulo e porquê Saulo?
 Onde nasceu e quando (ano provável do seu nascimento)
 Antecedente religioso
 Sua educação
 Seus antecedentes familiares / foi casado ou não?
 Sua conversão
 Seu ministério em Éfeso
 Porquê naquele preciso momento está pregando em Éfeso na sua 3ª viagem
missionária e não na 1ª?

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ii. Qual era a situação
 Eram falsas doutrinas?
 Era um problema social dentro da igreja como em Coríntios?
 Era problema de liderança?
 Era uma necessidade de doutrina?

iii. Quando foi escrito o livro


 Em que ano?
 A data, estação
 Quem estava a reinar? Era um imperador, rei. Era no NT ou no AT, era no ministério
inicial de Paulo ou no final dele?

iv. Onde viviam os destinatários


 Era uma cidade, vila, província?
 Qual era a situação política, económica, religiosa, social

v. Porque Paulo escreveu esta mensagem aos Efésios

vi. Como os Efésios responderam

 COMO FAZER UMA PROPOSIÇÃO

A proposição central é feita condensando todo resumo numa frase propositiva. A proposição
carrega a mensagem em uma só frase.

Na finalidade de condensar o resumo exegético, você precisa de responder duas questões:

1ª - Do que é que o autor estava a falar neste texto? „Explicação da Mensagem’.

2ª - O que é que o autor diz acerca do que ele está a falando? „’Objectivo que ele quer que as
pessoas façam’’

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Assim, a proposição – é a verdade central da informação de uma pregação.

EXEMPLO PRÁTICO DO ESBOÇO EXEGÉTICO


Esboçar o texto Efésios 6:10-20 obedecendo o questionário a baixo.
CONTEXTO HISTÓRICO
Responda as questões que se seguem
1. Qual era o propósito de Paulo ao escrever?
2. Quais eram os objectivos, o que ele pretendia alcançar?
3. Responda as seguintes 6 questões
vii. Quem é o autor, para quêm ele se dirigia?
viii. Qual era a situação da Igreja de Éfeso? Era encorajador ou desencorajador?
ix. Quando foi escrita a carta?
x. Onde os receptores viviam? Qual era a siatuação política, social e religiosa da
cidade de Éfeso/ situação económica.
xi. Porque foi escrita tal mensagem/carta aos Efésios. (Mensagem central do
livro)
xii. Qual era a espectativa com relação a resposta deles?
4. Quais são as principais lições?
5. Quais são as sub-lições em cada lição principal?

6. O autor do livro:
 Paulo
 O seu nome: Porquê Paulo e porquê Saulo?
 Onde nasceu e quando (ano provável do seu nascimento)
 Antecedente religioso
 Sua educação
 Seus antecedentes familiares / foi casado ou não?
 Sua conversão
 Seu ministério em Éfeso

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 Porquê naquele preciso momento está pregando em Éfeso na sua 3ª viagem
missionária e não na 1ª?

7. Qual era a situação


 Eram falsas doutrinas?
 Era um problema social dentro da igreja como em Coríntios?
 Era problema de liderança?
 Era uma necessidade de doutrina?

8. Quando foi escrito o livro


 Em que ano?
 A data, estação
 Quem estava a reinar? Era um imperador, rei. Era no NT ou no AT, era no ministério
inicial de Paulo ou no final dele?

9. Onde viviam os destinatários


 Era uma cidade, vila, província?
 Qual era a situação política, económica, religiosa, social

10. Porque Paulo escreveu esta mensagem aos Efésios


11. Como os Efésios responderam

As Respostas do contexto histórico:

i. O autor do livro:
Autor: Paulo
Nascimento: Tarso da Sicília / 3 – 6 d.C.
Tarso era uma cidade desenvolvida e famosa, muitos dos seus habitantes eram romanos. Paulo
era cidadão romano de nascença. Eles eram Judeus, o pai comprou a cidadania romana, por isso
Paulo era cidadão romano. Tinha uma grande universidade onde Paulo foi estudado. Teve duas

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educações: Secular e religiosa, mas a religiosa é que se destacou mais. O rei Agripa confirma a
educação de Paulo ao dizer: “Paulo, as muitas letras te fazem delirar…” tinha também muita
filosofia, muitas das suas cartas eram retóricas.
Era Judeu da tribo de Benjamim.
Esteve no deserto arábico por 3 anos em privacidade com Deus, a ser ensinado por Deus.
Religião: Judaísmo, a religião dos Judeus, de Moisés
- No tempo de Jesus, o Judaísmo já tinha se desviado da lei de Deus e se tornou tradição, ou seja,
a interpretação da Lei tinha sido escrita e convertida em livros e era lida de geração em geração.
Eram comentários escritos, misturados com tradições e costumes. É por isso que era chamado de
tradição dos pais.
Posição religiosa: Radical e fanático em farisaísmo.
Salvação: Foi salvo a caminho de Damasco, na jornada de perseguição aos crentes
Seu pai era um fariseu (Fariseu eram os professores da Lei, se ocupavam em interpretar a Lei de
Moisés), treinou seu filho Paulo para ser fariseu aos pés de um grande mestre Gamaliel.
Casamento: Não há registo de que Paulo tivesse mulher. Mas uma das condições para se ser
fariseu, era ser casado. Quando foi chamado por Deus não tinha mulher nem filhos.
Provavelmente a sua mulher tenha morrido muito cedo. Todavia, onde a Bíblia estiver silenciosa
a respeito de um assunto, nos também nos mantemos em silêncio.
- Todo rapaz Judeu era educado num ofício que lhe podia servir em qualquer parte do mundo.
- Tinha uma irmã que vivia em Jerusalém.
- Um sobrinho seu revelou.

ii. Qual era a situação da Igreja


Não se tratava de heresia, mas estava situada num local onde havia uma forte religião de Diana, a
igreja estava no meio de ataque. A religião de Diana era contra tudo que se chamasse religião.
Era a religião mais famosa naquela época.

Aqui também o cristianismo estava contra idolatria, e todos os que se convertia ao cristianismo,
tinham que destruir aqueles ídolos, e isso era um grande problema. Em todas casas dos efésios e
em toda Ásia Menor, havia ali uma imagem de Diana e seu filho. De modo a orar ao filho os

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adoradores tinham de pedir a mãe, sistema adoptado pela igreja Católica Romana. Você vê a
virgem Maria e o seu bebé, na verdade a imagem de Maria é Diana camuflada. O papa Gregório
I, o primeiro papa a ser aceite em todo o mundo em 590 d.C., todos os papas antes dele, eram
somente aceites na Europa. Quando ascendeu ao poder era pagão, vinha da adoração à Diana,
então ele trouxe 3 doutrinas na igreja:

1ª Adoração à Diana
A condição de Diana e seu filho, era a seguinte: se pretendes orar ao filho, era suposto falar com
a mãe. Foi isto que fizeram com o catolicismo romano
- Quando traz Diana na igreja, as pessoas lhe disseram que se ele trouxer o nome de Diana, a
igreja vai se quebrar porque eles sabem que Diana é um ídolo. Então, ele trouxe o mesmo
sistema de adoração substituindo apenas o nome. Assim, ao invés de lhe chamar Diana,
chamaram de virgem Maria, mas todo o sistema é de Diana. Desde aquela época o Jesus da
Bíblia foi removido da igreja, e o mundo começou a adorar Diana.
Até hoje, o Jesus dos católicos romanos é diferente do nosso, pois o deles é filho de Diana.

Catolicismo Romano = Cristianismo primitivo + Paganismo romano grego

2ª A Doutrina do Purgatório
Afirmam haver um lugar intermédio de castigo, depois vai ao céu.

3ª A Doutrina da Transubstanciação
Os sibilos da eucaristia (Ceia do Senhor) se transformam literalmente em sangue e carne de
Jesus.
Essa era a tarefa de Paulo na sua carta, ele escrevia para ajudar aos crentes a entenderem no que
acreditavam e dar a eles a sua posição em Cristo. Paulo estava a diferenciando a igreja do Senhor
em Éfeso da religião de Diana.

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iii. Quando foi escrito o livro
Entre 60 – 62 d.C.
Paulo escreveu quando estava preso em Roma. É uma das 4 cartas de prisão. Estava preso 2 anos
em Roma.
1ª Efésios, 2ª Colossenses, 3ª Filipenses, 4ª Filemon

Nesse tempo, Roma era governado pelo imperador Nero. Nero era tido como tipo do anticristo.
Era muito rude, degolava pessoas e comia. Ele auto-declarou-se Deus: dizia deus é Nero e Nero é
deus, e as pessoas cantavam isto “deus é Nero e Nero é deus”. Construiu uma arena (estádio) e
inventou um jogo denominado gladiador, onde os animais ferozes se confrontavam com homens.

As 15 hrs da tarde, eram levados cristãos, davam-lhes flechas/lanças e soltavam as feras no meio
da arena para os atacar. As arenas ficavam cheias de espectadores assistindo ao jogo de
gladiador, onde muitos cristãos morreram.
Construiu um jardim chamado “Jardim Neronico” com postes em volta dele. Em noites sem luz
de luar, os cristãos eram levados vivos e amarrados nesses postes em volta do jardim, eram
molhados com azeite e queimados. Enquanto ardiam, Nero passeava no jardim iluminado.

iv. Onde os receptores viviam


Viviam em Éfeso, mas a carta foi escrita para todas igrejas da Ásia Menor, mas foi dirigida à
Igreja de Éfeso. A igreja de Éfeso estava localizada na parte ocidental da Ásia Menor.
Actualmente Turquia.

Status Económico,
Era rica economicamente, cidade comercial e famosa, tinha grandes portas e classificada ao
nível de Roma, Antioquia e Alexandria, as quatro grandes cidades no mundo romano. Estava
ligada numa intercessão de 4 principais rotas e isso tornou-a muito famosa.
Status Religioso
Tinha um grande templo de Artemes. Em grego “Artemes” e em romano “Diana” (At 19:23-
31). Este templo era uma das 7 maravilhas do mundo antigo. Outra das setes maravilhas,
eram os 100 jardins suspensos, construídos por Nabucodonosor na Babilónia. Ele era muito

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bom em jardinagem. Decorou Babilónia com os seus jardins. As pirâmides do Egipto faziam
parte das sete maravilhas. Cada uma ocupava mais de 13 hectares de tamanho.

O templo de Artemis era a glória de toda Ásia e todo mundo. Era o centro religioso da
província. Este grande templo trazia milhares de pessoas entre elas turistas e adoradores.
Estava altamente institucionalizada e organizada, com grandes líderes inteligentes.

É assim a igreja católica hoje. É uma religião altamente institucionalizada pelo mundo todo.
É um governo tal como Artemis. É a única religião no mundo que possui embaixadores em
diferentes países. São núncios apostólicos, embaixadores do Vaticano. Tal como Diana
estava organizada, tem muitos fundos e estão dando empréstimo, créditos. Em Artemis
vinham países/governos pedir empréstimo.

12. Porque Paulo escreveu esta mensagem aos Efésios


Seu objectivo era ensinar-lhes a doutrina correcta para que eles pudessem se manter firmes
naquela situação e ambiente de Artemis/Diana.
O tema central da carta: A Igreja é o corpo de Cristo

O principal propósito ao escrever esta carta era de ensinar à igreja a doutrina correcta
Tema central: A Igreja é o Corpo de Cristo

A Igreja de Jesus Cristo é mais do que uma organização, é um organismo.


A igreja é o corpo actual de Cristo vivo, é um organismo vivo.

Página 42
CONTEXTO LITERARIO
Tema do Livro: Cristo, a Cabeça da Igreja
O livro aos Efésios está dividido em 4 partes:
I. Saudação (1:1 – 2)
II. A caminhada do crente em Cristo (1:3 – 3:21) – Ensinos doutrinários
III. Caminhada do crente no mundo (4:1 – 6:20) – Aplicação da doutrina para a vida do
crente
IV. Saudação e bênçãos apostólicas (6:21 – 24)
O nosso texto está na terceira divisão (a caminhada do crente no mundo) Cap. 4:1 – 6:20.
Esta secção está dividida em três partes:
I. A caminhada do crente como santo (4:1 – 5:21)
II. Responsabilidade do crente como família de Deus (5:22 – 6:9)
III. A batalha espiritual como soldado de Cristo (6:10 – 20)

A. Estabelecer as grandes lições (Esboço Exegético):

De 10 – 12, Paulo está a falar a mesma coisa, exortando ou encorajando os crentes.

I. Paulo exorta aos Efésios a estarem firmes no Senhor, conhecer a batalha e o inimigo
(10 – 12)
II. Paulo exorta aos Efésios a revestirem-se de toda armadura de Deus e oração (13 –
20)

B. Criar uma Frase Proposicional

1. Condensar todo esboço em uma frase proposicional


2. A frase proposicional é estabelecida por apenas duas coisas, que são duas
questões:
Pergunte a si mesmo:
a) Do que o autor está a falar?
b) O que o autor diz a respeito do que está falando?

Página 43
 O que o autor está falando é o assunto
 O que o autor diz a respeito do que está falando, é o complemento

Portanto: Frese Proposicional = Assunto + Complemento

Nota: Frase Proposicional – É uma frase que resume todo o esboço da mensagem, que inclui
tudo o que o pregador vai falar, a verdade central. O auditório pode-se esquecer de toda
pregação, mas não da verdade central.

C. Esboçar o Propósito do Texto


Questões a fazer a fim de estabelecer o propósito
1. Porque este texto está inserido neste contexto particular?
2. Estará o autor querendo que:
 Seus ouvintes comecem a fazer alguma coisa? ---- ---(Exortação)
 Seus ouvintes parem de fazer algo? ----------------- ----
(Alerta)
(Encorajamento)
 Seus ouvintes continuem a fazer algo? ------------- -----

3. De que forma este texto foi concebido para mudar a atitude, carácter e/ou acções de
uma pessoa?
4. Que tipo de mudança de vida o autor queria para sua audiência? Qual é o propósito do
texto?

Página 44
Resumo ou esboço Exegético de Efésios 6:10-20

I. 6:10-12 – Paulo exorta aos cristãos efésios para serem fortes no Senhor e conhecer a
sua batalha e seus inimigos.

A. 6:10 – Paulo exorta eles para serem fortes no Senhor.

B. 6:11 – Ele exorta para tomar suas posições contra o diabo

C. 6:12ª – Paulo exorta aos efésios que a luta não é contra a carne e o sangue

D. 6:12b – Paulo explica aos efésios o tipo de inimigo que devem lutar contra

II. 6:13-20 - Paulo exorta os efésios a por as armaduras de Deus e oração

A. 6:13-14 – Paulo exorta aos efésios a estar firmes

B. 6:15-17 – Paulo instrui os efésios para vestir toda armadura de Deus

1. 6:14 – O Cinto da Verdade

2. 6:14 – A Couraça da Justiça

3. 6:15 – Pés calçados na preparação do evangelho

4. 6:16 – O Escudo da fé

5. 6:17ª – O capacete da salvação

6. 6:17b – A Espada do Espírito

C. 6:18-20 – Paulo admoesta ou encoraja aos efésios para orar em todas ocasiões

FRASE PROPOSICIONAL:

Paulo disse aos efésios: “ A sua guerra não era contra na carne e o sangue mas sim tinham
que por todas armaduras de Deus e Oração”.

Assim, toda explanação da entender que Paulo tinha como lição: “A Nossa guerra espiritual não
e contra a carne e o sangue”.

Página 45
LIÇÃO nº 2

ESBOÇO TEOLÓGICO
A exegética dá o significado original do texto, isto é, o que o autor original quis dizer aos seus
ouvintes originais e subsequentes.

Teologia são ensinamentos ou doutrina, verdades eternas e universais. Por isso, esboço teológico
lida com verdades eternas e universais para todos povos em todas gerações e culturas e não
é temporal.

I. Diferença entre o esboço exegético e esboço teológico.


A. Relação entre fazer exegética e teologia
1. Exegética é Pai e teologia é o filho; Se não conhece exegese não conhece a teologia.
2. O esboço exegético, a proposição central exegética e o propósito exegético, “nascem”
ou gera o esboço teológico, a proposição central teológica e o propósito teológico.
3. Teologia é desenvolvida a partir da exegética, é por isso que os passos teológicos,
seguem os passos exegéticos.
4. Como nos passos exegéticos, o esboço ou resumo teológico vem em primeiro lugar,
depois a proposição central teológica e por fim, a declaração do propósito teológico.

IMPORTANTE:

Expressa todo conteúdo teológico, de maneiras que ele seja universal e ilimitado. Os
pontos do resumo ou esboço, da declaração de proposição e o propósito, devem se aplicar
`as pessoas em qualquer sociedade, lugar, idade e tempo.

A matéria deve ser puramente teológica e livre de ser influenciada de qualquer jeito por
qualquer cultura, modernização, globalização, etc.

Verdade teológica pura, transcende qualquer cultura e era ou tempo.

Evite limitar referências como igreja, Israel, cristãos, Moisés, os efésios ou Fariseus, etc,
antes, use crentes e outras referências universais. Não ancore a declaração aos limites
temporais.

Página 46
II. Duas perguntas a cerca do texto que no resumo teológico devem ser respondidas.
A. O que é que esta passagem diz a cerca de Deus e Sua criação? E da relação entre Deus e
Sua criação?
B. Como é que estas verdades universais se encaixam naquilo que o resto da bíblia diz a
cerca deste assunto?

III. FORMANDO O ESBOÇO OU RESUMO TEOLÓGICO


A. Questione todo conteúdo teológico de todos pontos no esboço ou resumo exegético.
B. Questionar todos pontos, elimina materiais de estudo restringidos no tempo.
C. Não é todo detalhe exegético, que expressa um princípio teológico. Se o seu ponto
exegético, não revela um princípio teológico universal, deve passar para o ponto seguinte
com uma consciência pura.
D. Somente frases declarativas, devem ser consideradas no esboço teológico.
E. Em muitos casos, o esboço ou resumo teológico, será mais curto em relação ao exegético.

A PROPOSIÇÃO TEOLOGICA CENTRAL


1. Questionar a proposição exegética central, o que esta passagem toda tem a dizer
acerca de Deus, sua criação e a relação entre Deus e sua criação – A resposta nos da
o assunto chave.
2. Perguntar o que o autor diz acerca do assunto.
Unindo estas duas respostas obtemos a proposição teológica central.

IV. Diferença entre proposição teológica central e proposição exegética central


A. A proposição teológica central é abstracta, enquanto uma proposição exegética central,
tende a ser concreta.
B. A proposição teológica central é lato ou mais alargado enquanto a proposição exegética
central é específica.
C. Uma proposição teológica central, é universal e eterna, enquanto uma proposição
exegética central é confinada a tempos bíblicos.

Descobrindo a declaração teológica de propósito.

Página 47
 A declaração teológica de propósito, flui da proposição teológica central. É declarada
como um princípio universal.

EXEMPLO DO ESBOÇO TEOLÓGICO


ESBOÇO OU RESUMO TEOLÓGICO DE EFESIOS 6:10-20

I. Ef 6:10-12 – Os Crentes são exortados a serem fortes no Senhor e conhecer a


batalha e seus inimigos.

A. 6:10 – Eles são exortados a serem fortes no Senhor

B. 6:11 – Eles são exortados a tomarem suas posicoes contra o diabo

C. 6:12ª – A Palavra de Deus diz para os crentes que a luta não e contra a carne e o
sangue

D. 6:12b,c – A Palavra de Deus explica o tipo de inimigos que os crentes devem lutar
contra

II. Ef 6: 13-20 – Crentes são exortados a pȏr (usar) as armaduras de Deus e Oração

A. 6:13-14ª – Eles são exortados a estar firmes

B. 6:15-17 – A Palavra de Deus instrui a todos os crentes a usar a armadura de


Deus

1. 6:14b – O Cinto da verdade

2. 6:14c – A Couraça da Justiça

3. 6:15 – Pés calcados na preparação do evangelho

4. 6:16 – O Escudo da Fé

5. 6:17ª – O Capacete da Salvação

6. 6:18-20 – A Palavra de Deus encoraja os Crentes a Orar em todas ocasiões

PROPOSIÇÃO TEOLÓGICA

A Batalha dos crentes não é contra a carne e o sangue, portanto, eles devem usar todas
armaduras e oração.

Página 48
LIÇÃO nº 3

ESBOÇO HOMILÉTICO
No passo homilético, nós temos alvos relevantes:

 Você entende a teologia da passagem em causa e como é que aquelas verdades ilimitadas e
universais, foram aplicadas nos leitores originais.
 Na etapa homilética, o auditório (congregação) está a espera de ouvir a Palavra de Deus, de
forma a levá-los a uma comunhão clara, profundo relacionamento e um andar com o seu
Senhor cada vez mais consistente.
 Os primeiros leitores, não tiveram que passar por um processo de tentar descobrir a essência
teológica da mensagem de Deus, primeiro porque era imediatamente aplicável a sua
situação. Ela se ajustava ao seu tempo e cultura.
 Nós queremos explorar como revelar a relevância da Palavra de Deus para uma congregação
particular.

I. PASSOS E ETAPAS HOMILÉTICAS


Analisar a sua congregação na finalidade de encontrar uma necessidade particular, você
deve conhecer as necessidades existentes. Você precisa de conhecer as pessoas, o tipo de
pessoas ou posso.
1. Para conhecer as pessoas, nós precisamos de elaborar um banco de dados demográficos,
isto é análise das pessoas ou povos. Exemplo: adultos, crianças, educados, leigos,
mulheres, solteiros, casados.
2. Tipos de pessoas, no concernente `as suas ocupações:
a. Cor-de-rosa: Classe Baixa ou serviços de rendas baixas (criados de balcão) os
chamados empregados domésticos, vendedores ambulantes, etc.
b. Cor branca: Classe nobre - para aqueles que trabalham em escritórios, com
empregos formais e melhor remunerados ou ate empreendedores.
c. Cor azul: Agentes de serviço ou pessoal de apoio ou estivadores de pronto
pagamento.
3. Encontre um propósito

Página 49
Depois de conhecer, as necessidades das pessoas na congregação. Desenvolva uma
mensagem com um propósito particular em mente.

No propósito homilético, a transformação é prioridade. O nosso propósito homilético,


deve indicar uma mudança. O propósito em si já faz o sermão. A formação do propósito
homilético, também tem o aspecto prático de eficiência e irá ajudar a manter o rumo do
sermão.

NOTAS IMPORTANTES:

 Diferenças de declaração de propósito em ambos esboços, exegético, teológico e


homilético.
 Na declaração de propósito exegético, nós consideramos o propósito do autor em relação
ao auditório original.
 Na declaração do propósito teológico, o propósito do Espírito Santo em comunicar
princípios universais e ilimitadas em todas gentes em todos tempos.
 Na fase homilética, nós nos concentramos nas mudanças do nosso auditório (a
Congregação).
Pergunta Importante:

 O que este texto chama as pessoas para crer, sentir e fazer?


 Acreditar ou crer - tem a ver com o intelecto da pessoa
 Sentir - tem a ver com a emoção da pessoa
 Fazer - tem a ver com a vontade.
Portanto, a declaração do propósito homilético, deve abranger toda pessoa.
Formulando a declaração de propósito:
 Acreditar – creio que o texto está chamando as pessoas para acreditarem muito mais
que
 Sentir – creio que o texto está chamando as pessoas para sentirem com mais
profundidade que
 Fazer – acredito que o texto está chamando para que as pessoas estejam mais prontas
para fazerem o seguinte_

Página 50
 Evitar os seguintes sermões:
 Sermões que bloqueiam a mente, significa: Deve ter uma certa lógica e inteligência no
sermão.
 Sermões que precisem de coragem “espantalho”, significa: Sermões espiritualizados de
pessoas que dizem que não precisam de ir a escola bíblica e que a unção do Espírito
Santo é suficiente.
Contudo:
 Um equilíbrio é necessário. Toque a pessoa completa e o coração.
 Cada sermão deve ter um propósito específico.
Lembre-se:
 Em cada mensagem, o nosso propósito é transportar as pessoas ao lugar onde elas podem
fazer decisões sábias, a fim de se moverem em direcção ao céu, baseados num claro
entendimento da Palavra de Deus.

II. VENCENDO BARREIRAS À APLICAÇÃO

Há três questões que vão influenciar a estrutura e a ênfase no resumo ou esboço homilético.

 Que significa? Ou que quer dizer?


 Será que é verdade? Prove isso.
 Qual é a diferença que isto faz – então que vou fazer com isso?

A. Que significa?

A primeira pergunta que você precisa responder ao seu auditório, é: quais são as
necessidades a serem explicadas?

1. Termos teológicos devem ser explicados ou interpretados


2. As pessoas devem saber de que você está falando, antes de poderem aplicar as
verdades recebidas.
3. O pregador deve desvendar ou descortinar o contexto bíblico ou descobrir o contexto
da passagem.

Página 51
B. Será que é verdade? Então Prove isso e eu crerei.

Quando você explica uma verdade para as pessoas, você responde a primeira pergunta,
que é: que significa? As pessoas podem fazer a segunda pergunta. Como saberei que o
que você diz é verdade? Pode me provar? Esta é a segunda pergunta. É realmente a
verdade? A congregação pode entender o que está sendo dito, mas poderão não aplicar
em si mesmos. Por isso, faça com que tomem posse da verdade de tal forma que se torne
deles (a verdade).

O pregador deve interpretar os assuntos de tal maneira que ele não dilui a mensagem, mas
também sem criar empecilhos ou obstáculos para outros entenderem.

C. Que diferença isso faz? Ou daí que faço eu com isso?

Se o nosso propósito é transformação, mais do que informação, ver o povo de Deus


mudando de vida, mais do ser desafiado, então construamos pontes ao invés de
obstáculos. Temos que ajudar as pessoas a aplicar a Palavra e mostra-las que ela (a
Palavra), é mais doce que o mel (Salmos19:9-11; 119:103) e criar nele maior desejo e
ensinar como viver e andar no caminho de Deus. Essa é a prova do cumprimento
satisfatório do trabalho de um pregador muito bem sucedido.

 Deve dar oportunidade as pessoas para tomar decisões daquilo que ouviram para seguir.

III. PROPOSIÇÃO HOMILÉTICA CENTRAL

A proposição homilética central, é mais curta que as outras duas anteriores. Ela
simplesmente precisa de desafiar precisamente o padrão de coisas, imposto pelas regras
estabelecidas (pelas culturas, religiões, tradições), de forma memorável e em vista a
mudanças positivas do Status quo.

Página 52
EXEMPLO DO ESBOÇO HOMILÉTICO
RESUMO OU ESBOÇO HOMILÉTICO DETALHADO DE EFÉSIOS 6:10-20

I. Ef 6:10-12 – Seja forte no Senhor, conheça a batalha e o inimigo.

A. 6:10 – Seja forte no Senhor

B. 6:11 – Toma sua posição contra o diabo

C. 6:12ª – A batalha não é contra a carne e o sangue

D. 6:12b,c – O tipo de inimigos que lutamos contra

II. Ef 6:13-20 – Usa as armaduras de Deus e Ore

A. 6:13-14ª – Seja firme

B. 6:14b-17 – Use todas armaduras de Deus

1. 6:14b – O Cinto da verdade

2. 6:14c – A couraça da Justiça

3. 6:15 – Pés calcados na preparação do Evangelho de paz

4. 6:16 – O escudo da fé

5. 6:17ª – O capacete da salvação

6. 6:17b – A espada do Espírito

C. 6:18-20 – Ore em todas ocasiões/tempos

Página 53
CAPITULO IV

APRESENTAÇÃO DO SERMÃO

LIÇÃO nº 1 – TITULO OU TEMA DO SERMÃO


Depois de ter feito todo trabalho de preparação de mensagem, o pregador já tem o mantimento
“cozido” e pronto a ser servido aos necessitados (o auditório). A primeira coisa a ser
mencionada, é o título ou tema da mensagem, que será o assunto da sua pregação, que pode ser
antes ou depois da leitura do texto base, excepto no sermão temático.

O título deve ser uma declaração muito breve, que fala do que vai ser pregado. É o tema central
da mensagem e tudo deve ser explícito numa frase declarativa curta.

I. Porque é que todo sermão deve ter um título, independentemente do tipo do sermão que
vai ser pregado?
A. O título dá aos ouvintes a ideia do que vai ser pregado aos ouvintes;
B. O título é como um sinal que aponta para onde se deve seguir em frente;
C. O título dá direcção do alvo a alcançar.

II. Qualificações de um bom título


A. Deve ser uma declaração curta;
B. Deve dar uma informação completa do que o pregador vai falar;
C. Deve ser interessante. Deve conseguir suscitar interesse nas pessoas. Se as pessoas não
estão interessadas, não podem estar prontas para ouvir;
D. Deve ter um significado claro e não ambíguo;
E. Deve ser uma frase declarativa, como um anuncio.

Nota:

 Uma frase declarativa prende a atenção das pessoas e consegue mantê-las no foco do que vai
se seguir ou acontecer.

Página 54
 Uma sentença declarativa, cria ansiedade e curiosidade de seguir o que vem a posterior. Cria
ansiedade de ouvir a explanação do que foi mencionado no título. Um bom título deve
prometer responder questões ou necessidades dos ouvintes. Ele deve ser persuasivo e
convincente.

LIÇÃO Nº 2 – A INTRODUÇÃO
Todo sermão deve ter uma introdução. Um sermão sem introdução, é como um roquete sem
direcção vai acidentar qualquer lugar no caminho antes de atingir o destino.

I. Importância de uma introdução


Existem cinco (5) propósitos de uma introdução, num sermão:
A. Para criar interesse. Ela é uma isca, para prender o ouvinte. Exemplo: humor, um coro,
uma história, uma ilustração, contexto histórico em volta do texto, etc. Sem que as pessoas
estejam interessadas, elas não podem ouvir o sermão ou prestar atenção.
B. Para revela uma necessidade. Uma vez cativado o interesse do auditório, faça uma
“ponte” que dá acesso a uma área particular de necessidade pessoal. Quando vai adiante
pregando, o foco do sermão deve apontar para uma necessidade a ser resolvida. Isto fará
com que as pessoas continuem ouvindo o seu sermão.
C. Deve estar orientada para o assunto. Uma boa introdução, fornece ao auditório uma
orientação ao assunto. Mencione o que você vai pregar. O assunto do sermão deve ser
elaborado e mencionado. A introdução cria interesse e ele (o interesse) deve ser dirigido ao
assunto. Revele como é que as necessidades do auditório (congregação), se relaciona com
o assunto. Use interesse e necessidades para orientar a sua congregação ao seu assunto.
D. Deve estar orientada ao texto. Desenhe um cenário, diga `as pessoas de que trata o texto.
Faça uma breve resenha (uma pequena explicação) do texto lido no seu contexto. Faça uma
“ponteca” que te leve aos tempos bíblicos, especialmente sobre a passagem que leste e
sobre o assunto que vais tratar. O segredo para fazer com que a bíblia se torne “viva” nas
pessoas e entendam a mensagem, esta na boa introdução.
1. Encontre um paralelismo entre a situação bíblica e o mundo contemporâneo.
2. Leia bem a mensagem. Faça com que a bíblia esteja viva para as pessoas.

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II. Faça um panorama estrutural (Visão geral da mensagem)
A. Faça uma declaração para mostrar onde você está indo estruturalmente. Mostre ao
auditório, qual é a estrutura do seu sermão. Exemplo: Esta manhã vamos ver cinco
evidências da ressurreição do Senhor Jesus, a partir do Evangelho segundo Mateus.
B. No fim da sua introdução, as pessoas devem estar dizendo para si mesmas: na verdade eu
preciso desta mensagem e estou interessado em ouvi-la. As pessoas nunca devem estar
interessadas somente em onde é que o pregador as quer levar, mas elas devem também
sentir que realmente precisam de lá chegar e alcançar o alvo.

LIÇÃO Nº 3 - O CORPO DO SERMÃO E TRANSIÇÕES

Depois de introduzir o sermão através da declaração do titulo, seguida de uma bela introdução
do assunto, daí vem a apresentação do corpo do sermão. É aqui onde a declaração de transição é
necessária.

TRANSIÇÕES
A. A declaração de transição, serve como conector.
1. Ela liga um ponto do sermão ao outro ponto seguinte. É preciso compreender que o
que é dito primeiro, prepara o auditório criando ansiedade para ouvir o que vem a
seguir. Depois de ler o texto e dizer o título, você precisa de uma declaração de
transição, para avançar e entrar na introdução. Da introdução ao corpo da mensagem,
outra declaração de transição. Igualmente quando você sai de uma divisão principal a
outra divisão, outras declarações de transição, são necessárias, a fim de mostrar a
audiência que um ponto está terminado e que você parte para o seguinte.
2. Não há necessidade de dizer as pessoas que agora terminei a primeira divisão e vou
entrar na outra. Você só precisa da declaração de transição e é ela que leva o sermão a
tender para o fim.
3. Exemplo: Para que você possa entender o que é felicidade, é necessário primeiro
distinguir a diferença entre alegria e felicidade.

Página 56
O CORPO DO SERMÃO
A. O esboço homilético:
1. É o esqueleto do sermão/mensagem. A “carne e o sangue” são fornecidos pelos
manuscritos. Para que o sermão possa ser apresentado muito bem e de maneira
organizada, o sermão deve estar dividido em lições maiores, que são chamadas de
divisões do sermão. Estas divisões são maiores e subdivisões.

COMO ESTRUTURAR UM SERMÃO


A. As divisões maiores são indicadas pela enumeração romana maiúscula (I, II, III, IV,V,…)
B. As subdivisões letras maiúsculas (A, B, C, D…)
C. As sub-subdivisões em números (1, 2, 3, 4, …)
D. As outras divisões que seguem as subdivisões, são indicadas por a e i.

Isto faz a apresentação fluir automaticamente de um ponto ao seguinte e também faz a


congregação (auditório) saber de onde eles vêem, onde estão no momento e onde estão se
dirigindo.

Página 57
Exemplo completo:
Corpo do sermão:
I Divisão Maior

II Divisão Maior

A…...................... Sub Divisão Menor


1.........................Sub sub divisão
2….....................Sub sub divisao
B .......................... Sub Divisão Menor
1….....................Sub sub divisão
2….....................Sub sub divisão
III Divisão Maior
A…...................... Sub Divisão Menor
1….....................Sub sub divisão
2….....................Sub sub divisão
3….....................Sub sub divisão
B ......................... Sub Divisão Menor
1….....................Sub sub divisão
2….....................Sub sub divisão
a .................. Sub sub sub divisão
b….................Sub sub sub divisão
iSub sub sub sub divisão
iiSub sub sub sub divisão

NOTA:
O Padrão aceite vai ate III ou IV Divisões maiores num sermão dependendo do tempo
da duração do culto, mas V,VI divisões maiores não é aconselhável, pois e cansativo
para o auditório.

Página 58
ESQUEMA COMPLETO DE UM SERMÃO:

TITULO/Tema: …………………………………………

TEXTO: ………......

Frase Proposicional: …………………………………………………………………

Frase de transição
INTRODUÇÃO: …………………………………………………………………………...
………………………………………………………………………………….
………………………………………………………………………………….

Frase de transição
CORPO DA MENSAGEM:

I. Divisão Maior
A. Sub divisão Menor
B. Sub divisão Menor
II. Divisão Maior
A. Sub divisão Menor
1. Sub, sub divisão
2. Sub, sub divisão
a. Sub, sub, sub divisão
b. Sub, sub, sub divisão
i. Sub, sub, sub, sub divisão
ii. Sub, sub, sub, sub divisão

Frase de transição

CONCLUSÃO:
………………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………………
………………………………………………………………………………………………

Página 59
LIÇÃO Nº 4 - MATERIAL DE SUPORTE

Materiais de suporte são ilustrações verbais, e podem também ser auxílios visuais.

I. Porquê usar ilustrações?


Há uma razão para que muitas ilustrações sejam usadas na bíblia. O Senhor Jesus,
Pessoalmente, é o melhor exemplo disso. Em seus ensinos usou muitas ilustrações.
A. Elas enfatizam a verdade aos seus ouvintes. Torna a verdade clara `as pessoas;
B. Trazem convicção de tal modo que as pessoas possam aceitar a verdade;
C. Tornam “viva” a mensagem;
D. Criam uma variedade para o pregador. Um pregador que usa ilustrações, nunca será
comum aos seus ouvintes;
E. Trazem verdades espirituais `a realidade, começando do conhecido ao desconhecido;
F. Toda gente gosta de ilustrações;
G. Constroem uma ponte entre o pregador e o ouvinte;
H. Criam atenção;
I. Auxiliam a memória;
J. Tocam ambos a pessoa e o coração, tocando o intelecto, a emoção e o coração. Portanto,
ajudam a pessoa a tomar uma decisão – vontade
II. Tipos de Material de Suporte
A. Repetição – repetir palavras-chaves, frases e sentenças, incrementa a memória;
B. Parafrasear – dizer a mesma coisa de outra maneira, com vista a trazer maior clareza e
compreensão da verdade;
C. Objecto da lição – São materiais, use toda criação para fazer a sua ilustração;
D. Um conto, que pode ser bíblico ou criado, para mostrar verdades bíblicas;
E. Explanação – definir uma coisa nova, e explica-la na linguagem do povo;
F. Testemunho – é partilha de experiência para edificação;
G. Estatística – dados falam mais alto.

Página 60
III. Onde conseguir Material de Suporte?
A. Da experiencia pessoal do pregador
B. Da leitura e exame (meditação)
C. Ouvindo noticias/manchetes importantes
D. Da criatividade. Criação a partir de elementos da natureza
E. Dos ficheiros de ilustrações e livros. Bons pregadores, criam seus ficheiros de ilustrações.
F. De pessoas experientes/ Obreiros de destaque como bons exemplos para serem seguidos.
G. Usando o mundo como fonte de materiais de suporte e ilustrações.

LIÇÃO Nº5 – A CONCLUSÃO


I. O que você faz quando chega no destino?

A. A introdução é curta, enquanto o corpo do sermão é longo e ocupa quase 70% do tempo.
A conclusão é a parte mais curta do sermão.
B. Não deve dar a entender que está quase terminar (Não anuncie isso)
C. Ela destila a verdade do sermão e enfatiza a revisão e a exortação.
D. Ela recorda as pessoas a agirem de acordo com a verdade que descobriram e desafia as
pessoas a aplicarem o que aprenderam.
E. Sugestões sobre as varias maneiras de fazer uma conclusão forte:
1. Repita e reitere
Repetição diz as mesmas coisas usando as mesmas palavras, enquanto parafrasear é
dizer as mesmas coisas usando palavras diferentes. Isso aumenta o entendimento.
2. Exorte para uma aplicação já feita.
Aqui pode-se seguir a declaração central da proposição, dando `as pessoas a
oportunidade de aplicarem ou de responderem positivamente `aquilo que ouviram.
3. Use uma citação própria
Não faça explicações. Isto cativa os pensamentos. Cite a bíblia ou alguém, isso ajuda o
auditório a dizer “agora vejo”.

Página 61
4. Faça citação poética.
Ela pode ser bíblica ou secular.
5. Acentue com uma história ou ilustração
Isso dará uma boa acentuação, para uma conclusão efectiva.
6. Faça um apelo mágico
Isso impele aos ouvintes a considerarem a possibilidade de haver mudanças em suas
vidas se puderem agir em prol da verdade que receberam.
7. Envolve a nossa oração e bênção
Exemplo: Paulo e outros apóstolos, terminam as suas epístolas com oração e bênção a
favor daquelas congregações.
8. Desafie e se atreva a entrar em acção. O desafio deve ser no apelo final, para que
possam agir no conhecimento recebido no sermão.
9. Lembre-lhes as promessas de Deus.
Sempre as pessoas querem a segurança de que Deus nunca as há-de abandonar neste
negócio ou empreendimento de fé. Por isso, declare as promessas de Deus `a
congregação de acordo com as necessidades das pessoas.
10. Use hinos ou coros para fechar o sermão.
Você pode comunicar com o seu líder de louvor ou do grupo coral, ou ainda pode
cantar pessoalmente se for talentoso.

II. DICAS IMPORTANTES:


A. Materiais de suporte - São apresentados em diferentes partes do sermão.
B. Aplicação - É realizada em diferentes partes enquanto o sermão continua mas na
conclusão a aplicação final deve ser forte.
C. Chamada ao altar/Apelo – este momento é importante porque proporciona tempo para
as pessoas responderem `aquilo que ouviram no sermão. Quando o pregador vai fazer a
conclusão, deve-se certificar de que está preparando as pessoas para a chamada ao altar.
Podem receber oração estando em seus lugares, ou podem ser chamados para a frente.
O melhor, é chamar pessoas para a frente, porque ajuda a identificar as pessoas, que na
verdade estão sérias e prontas a responder `a mensagem da pregação. Ao fazer chamada ao
altar, o pregador deve ser muito específico naquilo que ele precisa ver aceite pelos seus

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ouvintes, seja para aceitação ao Senhor ou para curas divinas ou libertação da opressão
satânica. Não esforce pessoas a irem para afrente, porque essa atitude, desvaloriza o púlpito.
D. Manifestação do Espírito Santo - Já neste ponto, o pregador deve deixar o Espírito
Santo tomar controle de toda congregação e ministrar para as pessoas. É tempo de ver
Deus operando através dos diferentes dons espirituais e a oração não deve ser
despachada. A oração pode ser dirigida pelo pregador do dia ou pelo pastor ou líder da
congregação, depois dos apelos feitos. No fim da pregação, toda gente voltará para casa
dizendo “ com certeza hoje vi Deus, e procurarei não perder os próximos cultos”.

II. Coisas que devem ser evitadas na conclusão:


A. Comece o sermão com força e termine com mais força. Evite terminar com fraqueza.
B. Evite estender a conclusão. Use entre 5 a 15 minutos. Muitos pregadores comentam isso.
C. Não diga que já vai concluir, enquanto não vai.
D. Evite monotonia
Não termine os seus sermões da mesma maneira em todos cultos.
E. Evite se desculpar
1. Muitas desculpas são para levar mais tempo. Faça isso se for rigorosamente
necessário. Evita conclusões que são monótonas longas e cansativas.

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CONCLUSÃO
Como falamos na introdução desta disciplina que na pregação a fonte da mensagem, é Deus e
não os seus apontamentos, não a sua biblioteca, não a sua internet, ao longo do desenvolvimento
desta matéria, compreendemos que o Pregador é um mensageiro, um canal e o auditório são
recipientes, chegamos a conclusão de que pregar é comunicar a mensagem de Deus aos
homens através do homem.
Portanto, a Homilética como Ciência, Arte e Dom, é concernente a preparação e apresentação da
mensagem hermeneuticamente interpretada e homileticamente apresentada.

Contudo, na Bíblia Sagrada temos a mensagem da salvação ao pecador, e a de edificação para o


crente. Ao longo desta disciplina compreendemos a necessidade da formação dos pregadores e
professores na finalidade de potencia-los com ferramentas que vão lhe possibilitar a correcta
interpretação das Escrituras e a boa apresentação de sermões nos seus variados tipos mediante o
domínio das exigências de cada, começando pelo titulo, introdução, frase proporcional,
transições, o corpo do sermão, até a conclusão do próprio sermão.

É importante recordar as duas pernas do professor ou pregador que consistem na UNÇÃO e


também no CONHECIMENTO, dai que vimos que o espírito santo não é suficiente para o
sucesso do nosso ministério de pregação e ensino da palavra de Deus, e assim sendo, passa
necessariamente que os mesmos obreiros aprendam os princípios para a correcta interpretação e
aplicação da palavra de Deus sem especulações e nem espiritualizar os termos forçando o
significado dos mesmos numa determinada passagem bíblica, e culminar em erros ou heresias,
até mesmo a má aplicação da mensagem, como também a chamada ou o dom de Deus que é
ferramenta indispensável para o sucesso deste trabalho nobre.

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BIBLIOGRAFIA
Dunnett, Walter M. 1983. Pesquisa do Novo Testamento. Associação evangélica de treinamento
de professores.

Fee, Gordon D., and Douglas Stuart. 1982. Como ler a Biblia com todo o seu merecimento.
Grand Rapids: Zondervan.

Henrichsen, Walter A. 1981. Os guiões básicos de interpretação. Colorado Springs:


Navpress.

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Africano do Treinamento Teologico.

Kuhrt, Wilfred. 1983. Interpreting the Bible. London: Grace Publications Trust.

Ladd, George Eldon. 1974. A Teologia do Novo Testamento. Grand Rapids: Eerdmans.

Mickelsen, A. Berkley. 1974. Interpreting the Bible. Grand Rapids: Eerdmans.

Sproul, R. C. 1977. Knowing Scripture. Downers Grove, IL: InterVarsity.

Stein, Robert H. 1981. Uma introdução das parábolas de Jesus. Philadelphia: Westminster.

Stott, John. R. W. 1977. Understanding the Bible. London: Scripture Union.

Walvoord, John F. 1980. A revelação de Jesus Cristo Chicago: Moody Press.

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