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As Mudanças no Ciclo de Vida

Familiar:
Uma Estrutura para a Terapia
Familiar
 Ciclo vital familiar – vê os sintomas e as disfunções em
relação ao funcionamento normal ao longo do tempo
(terapia entra para restabelecer o momento
desenvolvimental da família, trabalhando passado
presente e futuro)

 “A família é mais do que a soma de suas partes. O ciclo


de vida individual acontece dentro do ciclo de vida
familiar, que é o contexto primário do desenvolvimento
humano.”
A família como um sistema
movendo-se através do tempo
 Possui propriedades basicamente diferentes de todos
os outros sistemas (condições de incorporação e perda
de membros)
 O principal valor da família são os relacionamentos
insubstituíveis.
 “Família” compreende todo o sistema emocional de
pelo menos três gerações (queremos estimular o
reconhecimento de nossa ligação na vida com aqueles
que vieram antes de nós e os que vieram depois – mas é
necessária a acomodação simultânea às transições do
ciclo de vida).
 Bowen: investiga padrões familiares através de seu
ciclo de vida em várias gerações, focalizando os pontos
de transição no desenvolvimento familiar para
compreender a disfunção familiar no momento
presente.

 Fluxo de ansiedade vertical (transgeracional –


triangulação emocional) e horizontal
(desenvolvimental)

 As famílias, caracteristicamente, não possuem uma


perspectiva temporal quando estão tendo problemas.
As mudanças no ciclo de vida
familiar
 Mulheres foram as mais propensas a desenvolver
sintomas nas transições do ciclo de vida (família e
carreira entram em conflito), pois têm tido o papel de
assumir a responsabilidade emocional por todos os
relacionamentos familiares. Enquanto os homens
tratam carreira e família paralelamente.
Os estágios do ciclo de vida familiar da
classe média americana intacta

 É necessária a expansão, a contração e o


realinhamento do sistema de relacionamentos para
suportar a entrada, a saída e o desenvolvimento
dos membros da família de maneira funcional.
O lançamento do jovem adulto
solteiro
 Necessária diferenciação do programa emocional da
família de origem para evitar que estressores verticais o
acompanhe no ciclo de vida de sua nova família.

 Normalmente os problemas estão ligados a falta de


reconhecimento de que há uma mudança no
relacionamento, agora menos hierárquico (já são todos
adultos).

 Terapia busca ajudá-los a modificar as relações de


status e reconectar-se de uma nova maneira.
A união das famílias no casamento:
O Casal
 Erroneamente compreendido como união de dois
indivíduos (modificação de dois sistemas inteiros e
uma sobreposição que desenvolve um terceiro
sistema).

 Os problemas nesse estágio estão normalmente


relacionados a incapacidade de modificar o status
familiar, indicados por fronteiras deficientes em torno
do novo subsistema.
Tornando-se pais: Famílias com
filhos pequenos
 É preciso que os adultos avancem uma geração e se
tornem cuidadores da geração mais jovem (pode gerar
brigas no casal por conta de assumir ou não
responsabilidade).

 Para os avós, a mudança nessa transição é a de passar


para uma posição secundária, em que podem permitir
aos filhos serem autoridades paternas principais
(permite ter intimidade sem a responsabilidade que a
paternidade requer).
A transformação do sistema
familiar na adolescência
 Necessárias fronteiras flexíveis, que permitam aos
adolescentes se aproximarem e serem dependentes nos
momentos em que não conseguem manejar as coisas
sozinhos, e se afastarem e experimentarem, com graus
crescentes de independência, quando estão prontos
(esforços especiais de todos os membros da família).

 Na terapia trabalha-se justamente essa fronteira para


possibilitar a crescente independência da nova
geração, mantendo a estrutura adequada para o
desenvolvimento familiar continuado.
Famílias do meio da vida: Lançando
os filhos e seguindo em frente
 Essa fase necessita de uma nova estruturação do
relacionamento conjugal, agora que não são mais
necessárias as responsabilidades paternas.

 Muitas vezes essa fase é de grande conflito para o casal,


resultando em terapia para poderem se ‘re-conhecer’
depois de tantos anos sendo parceiros parentais.
A família no estágio tardio da vida
 A perda de um cônjuge é o ajustamento mais difícil,
com seus problemas de reorganizar toda uma vida
sozinho, depois de muitos anos como casal.

 Ajudar os membros da família a reconhecerem as


mudanças de status e a necessidade de resolverem seus
relacionamentos em um novo equilíbrio pode auxiliar
as famílias a seguirem em frente
desenvolvimentalmente.
Variações maiores no ciclo de vida
familiar
 Divórcio e Recasamento
Conceitualizar o divórcio como uma interrupção ou deslocamento do
tradicional ciclo de vida familiar, que produz um tipo profundo de
desequilíbrio associado a perdas, ganhos e mudanças no grupo familiar.

As emoções liberadas durante o processo de divórcio relacionam-se à


elaboração do divórcio emocional (recuperação do eu em relação ao
casamento), isso requer um luto por aquilo que foi perdido.

Terapeutas podem ajudá-los a abandonar o antigo modelo de família,


aceitar a complexidade da nova forma, manter fronteiras permeáveis e
canais abertos de comunicação.
O ciclo de vida familiar dos pobres
e a variação cultural
 Ciclo de vida familiar dos pobres por Hines:
1. Jovem adulto sozinho (11 ou 12 anos);
2. Famílias com filhos;
3. Avó que não evoluiu (papel central de educar crianças)

 É essencial que os terapeutas considerem a maneira


pela qual a etnicidade interfere no ciclo de vida e
encorajem as famílias a assumirem uma ativa
responsabilidade por cumprirem os rituais de seus
grupos étnicos ou religiosos.
Família Contemporânea
 Surgimento ou nascimento da família contemporânea
e seu ciclo vital
 Criança e adolescente e/ou formação de sistemas
operacionais
 A partir do ‘nascimento de uma família’ surgem
estágios e um complexo arranjo de papéis distintos.
Família Contemporânea
 Há diferenças nas diversas classes sociais e organizações específicas no
Brasil e mais ainda nos grandes centros urbanos.
Alguns Exemplos:
- Nuclear ‘intacta’,
- Uniparental,
- Homoparental,
- Recasamento,
- Criado pelos avós ou com o apoio dos mesmos,
- Classes A e B: menos filhos
- Classes C e D: famílias ampliadas com rede, presença de muitas uniões,
- Classe E: filhos de instituições, estado, das ruas.
Tipos de famílias contemporâneas
 Períodos e tarefas a serem cumpridas.
- Períodos centrípetos e centrífugos.
 Fluxo.
 Sistema de duas pessoas.
 Sistemas de três pessoas - a partir de:
UM elemento organizador da família – criação dos filhos
DOIS elementos – criação de redes para trocas emocionais e
de necessidade de vida.
 Os sistemas familiares podem agregar pessoas por:
nascimento, adoção , casamento ou amizades muito
significativas.

 A saida de pessoas de um sistema se dá por: morte-


caso haja a saída do ponto de vista emocional(ex.: o pai
morre mas a filha age como se estivesse vivo).

 Famílias- Papeis e Funções: pessoas podem ocupar


funções,mas não lugares emocionais.

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