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O que é anemia?

Anemia é um termo médico genérico para descrever um estado em que o sangue do


paciente possui um número abaixo do normal de glóbulos vermelhos ou de hemoglobina, que é a
substância responsável por transportar o oxigênio captado pelo pulmão até outras partes do corpo
humano. A anemia também pode designar diversas condições em que as hemácias (ou glóbulos
vermelhos) não se formam por completo ou têm aparência deformada, não podendo funcionar de
forma correta.

Quais são os tipos de anemia?Existem diversos tipos de anemia, sendo que cada uma tem um nome
específico. Abaixo, você encontra os principais termos:–

anemia ferropriva: (ou anemia perniciosa) causada por deficiências no ferro e na vitamina B12, que
servem como material-base para que o corpo produza os glóbulos vermelhos e a hemoglobina;–

anemia por falta de produção de glóbulos vermelhos: o corpo deixa de produzir glóbulos vermelhos por
motivos diversos, que podem ir de deficiência de ferro a insuficiência renal;–

anemia aplástica: tipo grave de anemia, que resulta da destruição da medula óssea por motivos
variados, que vão desde uma doença de cunho maligno a exposição a toxinas e a metais pesados. O
corpo perde a capacidade de produzir glóbulos vermelhos e glóbulos brancos, que são as células de
defesa do organismo;–

anemia megaloblástica: o corpo chega a produzir glóbulos vermelhos, mas eles são deformados e
imaturos, não realizando corretamente suas atividades;–

anemia falciforme: os glóbulos vermelhos também são deformados, mas possuem formato de foice,
bastante característico. Essa é uma doença hereditária e crônica, em que a má-formação dos glóbulos
vermelhos acontece devido a um defeito genético, e o paciente pode precisar de acompanhamento
médico por toda a vida.

Existem, ainda, outros tipos de anemia, que são classificadas de acordo com o tamanho das hemácias do
paciente, por meio do VCM, o Volume Corpuscular Médio, recebendo nomes como microcíticas,
macrocíticas e normocíticas.

Quais são as causas de anemia?Existem inúmeras causas de anemia, que variam de acordo com o tipo
de anemia que o paciente possui.No tipo mais comum, responsável por cerca de 90% dos casos de
anemia, a anemia ferropriva, o paciente apresenta a doença por conta de uma deficiência em nutrientes
como ferro e zinco, além de vitamina B12 e proteínas.

Quem pode ter anemia?Essencialmente, qualquer pessoa pode ter anemia.Para anemias causadas por
deficiências nutricionais, grupos que merecem maior atenção incluem: mulheres grávidas ou
puérperas;mulheres que estão amamentando;crianças;idosos;adolescentes logo no início do período
menstrual;mulheres em idade reprodutiva.Quem adota alimentação vegana ou vegetariana também
precisa buscar uma dieta balanceada e bem equilibrada, com a ingestão de proteínas de origem vegetal,
para evitar o desenvolvimento da anemia.Indivíduos que passaram por procedimento de cirurgia
bariátrica também possuem maiores chances de ter anemia.Para as anemias de origem hereditária, em
que os glóbulos vermelhos do paciente apresentam algum tipo de deformidade, também há uma
diferenciação.A anemia falciforme, por exemplo, afeta majoritariamente pacientes com ascendência
africana, enquanto pacientes com talassemias são mais comuns em indivíduos com origem europeia, na
região do Mediterrâneo, ou de ascendência libanesa.

Quais são os sintomas de anemia?Entre os sintomas mais comuns de anemia, podemos incluir:– queda
de pressão arterial;– cansaço;– palidez em pontos como os olhos e as gengivas (nas mucosas do corpo);–
tontura;– fraqueza;– sonolência;– dor muscular;– taquicardia; – falta de ar.É importante ressaltar
também que a anemia pode ser uma condição silenciosa, e o paciente não apresenta sintomas claros ou
que podem ser dissociados de outras condições. Além disso, muitos pacientes não chegam a ter a
anemia em si, mas possuem um valor baixo de ferro e zinco, além de outros nutrientes no sangue, o que
os coloca em uma faixa de risco para o desenvolvimento da doença.Por isso, é importante realizar
check-ups anuais e periódicos, como forma de prevenir e detectar a anemia precocemente.

Como é feito o diagnóstico da anemia?De modo geral, o diagnóstico da anemia é clínico, baseado nos
relatos dos sintomas do paciente, e também é feito por meio de exames de sangue, como o
hemograma, que analisam os indicadores das células e nutrientes presentes no sangue.No geral, cada
médico seleciona os indicadores de anemia próprios, mas eles costumam estar dentro de algumas faixas
e limites pré-estabelecidos.Entre esses, podemos indicar:pacientes crianças (até os 5 anos de idade):
abaixo de 11 g/dl;pacientes gestantes: abaixo de 11 g/dl;mulheres: abaixo de 12 g/dl;homens: abaixo de
13 g/dl.

Como é o tratamento da anemia?O tratamento da anemia é determinado diretamente pela condição


que a está causando. Na maior parte dos casos, é necessário aumentar a ingestão de ferro e vitamina
B12 e fazer o uso de suplementos.No entanto, certas anemias são tratadas por meio de procedimentos
como o transplante de medula óssea. Na anemia falciforme, é necessário realizar acompanhamento
médico toda a vida

O que é Desnutrição?A desnutrição é um estado patológico causado pela falta de ingestão ou de


absorção de nutrientes. O problema pode ser observado com base na aparência, na altura e no peso da
pessoa. Em alguns casos, os ossos ficam salientes, a pele fica seca e sem elasticidade e os cabelos caem
com facilidade. Entretanto, em alguns casos, a desnutrição também pode ser leve e sem qualquer
registro de sintomas, como resultado de uma dieta inadequada.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a desnutrição contribui com mais de um terço das
mortes de crianças no mundo, apesar de raramente ser listada como a principal causa. A falta de acesso
a alimentos com alto valor nutritivo é apontada como a grande causadora de desnutrição,
especialmente em países subdesenvolvidos.Outros fatores que contribuem para a desnutrição são os
hábitos alimentares pobres, como realizar dietas não balanceadas, ingerir alimentos de baixo teor
nutritivo e até mesmo a amamentação inadequada de recém-nascidos. Infecções frequentes ou
persistentes, como diarreia, pneumonia e malária, também são determinantes para o surgimento da
desnutrição.

Causas
As causas da desnutrição dependem do tipo. Entre as causas primárias, está principalmente a dieta
inadequada — isto é, ter uma alimentação em quantidade e/ou em qualidade insuficientes de calorias e
nutrientes. Já dentre as causas secundárias, há a ingestão insuficiente de alimentos por fatores
externos, que podem demandar um gasto energético maior do corpo ou impedir a pessoa de se
alimentar e absorver os nutrientes corretamente. Alguns motivos que podem levar a esse quadro
são:Presença de verminosesCâncerAnorexiaAlergia ou intolerância alimentar Síndrome de má
absorçãoSaiba mais: Como entender a tabela nutricional dos alimentos

O desmame precoce também está entre as causas de desnutrição, uma vez que o leite materno contém
nutrientes essenciais que dificilmente são encontrados em quantidades adequadas na alimentação
sólida e que são parcialmente supridos com as fórmulas infantis.

Tipos

A desnutrição pode ser classificada como primária, causada pela ingestão inadequada de nutrientes,
ou secundária, causada por patologias ou fármacos que interferem no metabolismo dos nutrientes. As
desnutrições primárias podem ser divididas em três grupos, conforme o nutriente em falta:

Marasmo: falta de fontes energéticas (carboidratos e lipídeos), levando à perda de peso significativa,
com enfraquecimento do tecido muscular e diminuição da gordura subcutâneaKwashiorkor: dieta mais
deficiente em proteínas, ocasionando perda de massa magra importante, edema periférico e aumento
do volume abdominalInanição: forma mais grave de desnutrição, em que existe a carência total de
nutrientes, e pode ser fatal se não for tratada rapidamente

Em geral, os nutrientes com maiores índices de deficiência nos casos de desnutrição são:

FerroZincoCálcioVitamina AVitamina EVitamina CÁcidos graxos essenciaisVitamina DDesnutrição de


Kwashiorkor

A desnutrição de Kwashiorkor é caracterizada pela falta de proteínas na dieta. Esse quadro tem grande
incidência em países da África, onde pessoas em condição de vulnerabilidade social se alimentam
basicamente de carboidratos. Assim, o organismo obtém energia dos alimentos, mas faltam proteínas e
vitaminas essenciais.

O indivíduo que sofre deste tipo de desnutrição apresenta inchaços, principalmente nos pés e
tornozelos, além de músculos reduzidos, abdômen proeminente (barriga com aspecto inchado) e
cabelos finos, até mesmo com alteração da coloração.

SinaisSintomas da desnutrição em adultos

Os principais sintomas da desnutrição em adultos são:

Perder de 5% a 10% do peso corporalCansaço e falta de energiaDemora para se recuperar de


infecçõesDemora na cicatrização de feridasIrritabilidadeFalta de concentraçãoDificuldades para se
manter aquecidoDiarreia persistenteDepressãoSintomas de desnutrição infantil
Os sintomas de desnutrição infantil podem incluir:

Incapacidade de crescer dentro das taxas esperadasMudanças de comportamento, como sentir


irritação, ansiedade ou letargiaMudanças na cor dos cabelos e da peleObesidade x Desnutrição

A obesidade é uma doença em que há o acúmulo excessivo de gordura corporal e múltiplos fatores
causais. Uma alimentação com excesso de calorias e desequilíbrio de nutrientes, somada ao baixo nível
de atividade física, é a principal causa do excesso de peso.

No Brasil, assim como em outros países, o alto consumo de alimentos processados pela população
resulta em maiores taxas de sobrepeso e obesidade, o que se tornou um grande problema de saúde
pública. Porém, mesmo com excesso de peso, é possível estar, ao mesmo tempo, desnutrido, porque a
desnutrição é causada pela falta de nutrientes importantes e não, necessariamente, de comida.

Saiba mais: Entenda como a deficiência nutricional interfere em cada fase da vidaCom frequência,
crianças obesas ingerem alimentos concentrados em calorias, mas a qualidade e a quantidade de
micronutrientes são inapropriadas. Em geral, a deficiência nutricional das crianças com sobrepeso ou
obesidade é consequência do hábito alimentar baseado em fast food, salgadinhos e guloseimas,
alimentos pobres em nutrientes importantes para o desenvolvimento adequado.

Diagnóstico

O diagnóstico de desnutrição é feito a partir de uma avaliação clínica, em que são observadas as
características do paciente, como peso, altura e idade, além de uma completa avaliação do estado
nutricional de vitaminas através de exames laboratoriais.

O critério adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2007, classifica os valores de Índice de
Massa Corporal (IMC) menores que 3% como desnutrição. O diagnóstico de desnutrição em crianças
envolve tomar uma medida do seu peso e altura e, em seguida, comparar com o que seria a altura
média esperada e o peso médio esperado para uma criança daquela idade.

Em adultos, é diagnosticada desnutrição quando o IMC está abaixo de 18,5 ou houve perda acidental de
5-10% do peso corporal durante os últimos três a seis meses. Além disso, podem ser feitos exames de
sangue para avaliar as concentrações nutricionais, independente dos resultados de IMC.Exames para
diagnosticar desnutrição

Os exames de sangue podem ser utilizados para medir os níveis de proteína no organismo. Níveis
protéicos baixos podem sugerir um estado de desnutrição. Esses testes laboratoriais também avaliam as
taxas de vitaminas e de outras substâncias que podem estar desreguladas no organismos em
decorrência da deficiência nutricional.Fatores de risco

Os fatores de risco da desnutrição são:Famílias de baixa renda, que apresentam um risco maior
relacionado a deficiências alimentares. Condições sanitárias precárias, pois contribuem para o
aparecimento de infecções e parasitoses que resultam em desnutrição, como esquistossomoseFatores
socioculturais, já que algumas culturas ou religiões realizam dietas restritivas, que podem resultar em
poucas calorias ou deficiências nutricionais importantesUso de drogas ilícitas estimulantes, como o crack
e a cocaína. Tratam-se de drogas anorexígenas, que provocam a falta de apetite e a aversão aos
alimentos, induzindo os usuários a uma dieta pobre em nutrientes ou até mesmo longos períodos sem
comerBuscando ajuda médicaO peso e o crescimento das crianças devem ser acompanhados
constantemente por profissionais de saúde.

Se você tiver quaisquer preocupações com o desenvolvimento do seu filho ou filha ou você tem alguma
condição que pode aumentar o risco de desnutrição, procure ajuda médica. Os especialistas que podem
identificar um quadro de desnutrição em crianças e adultos são:Clínico
geralPediatraNutricionistaNutrólogoEndocrinologistaTratamentoO tratamento da desnutrição, na
maioria dos casos, consiste em um aumento gradual do número de calorias consumidas. Para isso, é
feita a elaboração de uma dieta equilibrada, que deve possibilitar a reposição, a manutenção e a reserva
adequada de nutrientes no organismo. Pessoas com digestão difícil de alimentos sólidos podem precisar
utilizar suplementos líquidos ou de uma dieta líquida. Ela deve ser montada e acompanhada por um
nutricionista ou nutrólogo.Em alguns casos, a desnutrição é tão grave que exige internação hospitalar.
Esses pacientes podem necessitar de ingestão nutritiva por meio de tubos, como a sonda nasogástrica
(que liga o nariz ao estômago) e a gastrostomia endoscópica (um tubo cirurgicamente colocado no
estômago através do abdômen). Se um tubo de alimentação não pode ser colocado, a nutrição pode ser
feita diretamente na veia. A pessoa também pode necessitar de tratamento adicional para a causa
subjacente de sua desnutrição — como infecções. CuidadosA educação alimentar tem um papel
fundamental durante o tratamento e é essencial em todas as etapas da vida. Como a desnutrição é
bastante comum na infância, é fundamental que as pessoas que fazem parte do núcleo de educação e
formação das crianças (família, cuidadores e professores) tenham acesso a informações sobre o correto
aproveitamento dos alimentos e sobre alimentação saudável.Saiba mais: É vegetariano ou vegano? Veja
como evitar carência de nutrientes importantesAlgumas ações simples no dia a dia também ajudam a
aproveitar ao máximo o valor nutritivo dos alimentos, em especial das frutas e verduras, como:Frutas e
verduras devem ser consumidas bem frescas, pois os nutrientes vão se perdendo com o
amadurecimentoEvite bater esses alimentos no liquidificador para não perder vitaminas e fibrasAo
cozinhar as verduras, mantenha a tampa da panela fechadaNão cozinhe demais os alimentos,
principalmente os vegetais. Prefira cozinhar no vaporAproveite a água que sobrou do cozimento para
preparar outro prato, como sopas, cozidos ou sucosNão submeta nenhum alimento a temperaturas
altas demais, opte por prepará-los em fogo brandoConserve os alimentos de maneira adequada: em
geladeira ou em temperatura ambiente, entre 20 e 27°C.É importante buscar orientação sobre a melhor
forma de ter uma dieta equilibrada, considerando a realidade de cada população. Esse tipo de
informação é indispensável no tratamento, mas principalmente na prevenção da doença. Em alguns
casos, pode ser necessária a suplementação de nutrientes. Porém, somente com exames e com
diagnóstico correto é possível determinar quando este tipo de ação é necessário.PrevençãoUma dieta
equilibrada e saudável é a melhor forma de prevenir a desnutrição. Alimentar-se de frutas, verduras e
cereais integrais, bem como de proteínas, ajuda no combate à deficiência nutricional como um todo.
Alimentos e bebidas ricos em gordura ou açúcar não são essenciais e só devem ser consumidos em
pequenas quantidades. Se você possui alguma condição que aumenta o risco de desnutrição, é
importante procurar ajuda médica. Complicações possíveisA desnutrição provoca uma série de
alterações na composição corporal e no funcionamento do organismo. Quanto mais grave for o caso,
maiores e também mais significativas são as consequências. As principais incluem:Grande perda
muscular e dos depósitos de gordura, provocando debilidade físicaEmagrecimento: peso inferior a 60%
ou mais do peso ideal (adultos) ou do peso normal (crianças)Para crianças com obesidade, a desnutrição
pode dificultar a perda de peso e favorecer ainda mais o ganho de gordura corporalDesaceleração,
interrupção ou até mesmo involução do crescimentoAlterações sanguíneas, provocando, dentre elas,
a anemiaAlterações ósseas, como a má formaçãoAlterações no sistema nervoso: estímulos nervosos
prejudicados, número de neurônios diminuído, depressão, apatiaAlterações nos demais órgãos e nos
sistemas respiratório, imunológico, renal, cardíaco, hepático e intestinalA pessoa desnutrida fica mais
sujeita a infecçõesAumento da mortalidade e agravamento de enfermidadesReferênciasManual
MSDMatérias relacionadasALIMENTAÇÃOQuais alimentos podem ser congelados sem perder
nutrientes?ALIMENTAÇÃOFitatos dificultam absorção de nutrientes: veja como eliminá-
losSAÚDEAnemia pode estar relacionada à carência de nutrientes ou perda de sangueMais
conteúdosDoençasANOREXIACÂNCERDEPRESSÃOSÍNDROME DE MÁ ABSORÇÃONossos especialistasDra.
Isabel JereissatiNutriçãoCRN 3100960/RJDra. Maria Paula de AlbuquerqueNutrologiaCRM 79116/SPDra.
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Causas As causas da desnutrição dependem do tipo. Entre as causas primárias, está principalmente a
dieta inadequada — isto é, ter uma alimentação em quantidade e/ou em qualidade insuficientes de
calorias e nutrientes.Já dentre as causas secundárias, há a ingestão insuficiente de alimentos por fatores
externos, que podem demandar um gasto energético maior do corpo ou impedir a pessoa de se
alimentar e absorver os nutrientes corretamente. Alguns motivos que podem levar a esse quadro
são:Presença de verminosesCâncerAnorexiaAlergia ou intolerância alimentar Síndrome de má absorção

O desmame precoce também está entre as causas de desnutrição, uma vez que o leite materno contém
nutrientes essenciais que dificilmente são encontrados em quantidades adequadas na alimentação
sólida e que são parcialmente supridos com as fórmulas infantis.TiposA desnutrição pode ser classificada
como primária, causada pela ingestão inadequada de nutrientes, ou secundária, causada por patologias
ou fármacos que interferem no metabolismo dos nutrientes. As desnutrições primárias podem ser
divididas em três grupos, conforme o nutriente em falta:Marasmo: falta de fontes energéticas
(carboidratos e lipídeos), levando à perda de peso significativa, com enfraquecimento do tecido
muscular e diminuição da gordura subcutâneaKwashiorkor: dieta mais deficiente em proteínas,
ocasionando perda de massa magra importante, edema periférico e aumento do volume
abdominalInanição: forma mais grave de desnutrição, em que existe a carência total de nutrientes, e
pode ser fatal se não for tratada rapidamenteEm geral, os nutrientes com maiores índices de deficiência
nos casos de desnutrição são:

FerroZincoCálcioVitamina AVitamina EVitamina CÁcidos graxos essenciaisVitamina D


SinaisSintomas da desnutrição em adultosOs principais sintomas da desnutrição em adultos são: Perder
de 5% a 10% do peso corporalCansaço e falta de energiaDemora para se recuperar de infecçõesDemora
na cicatrização de feridasIrritabilidadeFalta de concentraçãoDificuldades para se manter
aquecidoDiarreia persistenteDepressãoSintomas de desnutrição infantil Os sintomas de desnutrição
infantil podem incluir:Incapacidade de crescer dentro das taxas esperadasMudanças de
comportamento, como sentir irritação, ansiedade ou letargiaMudanças na cor dos cabelos e da
peleObesidade x DesnutriçãoA obesidade é uma doença em que há o acúmulo excessivo de gordura
corporal e múltiplos fatores causais. Uma alimentação com excesso de calorias e desequilíbrio de
nutrientes, somada ao baixo nível de atividade física, é a principal causa do excesso de peso.

DiagnósticoO diagnóstico de desnutrição é feito a partir de uma avaliação clínica, em que são
observadas as características do paciente, como peso, altura e idade, além de uma completa avaliação
do estado nutricional de vitaminas através de exames laboratoriais.O critério adotado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), em 2007, classifica os valores de Índice de Massa Corporal (IMC) menores que
3% como desnutrição. O diagnóstico de desnutrição em crianças envolve tomar uma medida do seu
peso e altura e, em seguida, comparar com o que seria a altura média esperada e o peso médio
esperado para uma criança daquela idade.

Fatores de riscoOs fatores de risco da desnutrição são:Famílias de baixa renda, que apresentam um risco
maior relacionado a deficiências alimentares. Condições sanitárias precárias, pois contribuem para o
aparecimento de infecções e parasitoses que resultam em desnutrição, como esquistossomoseFatores
socioculturais, já que algumas culturas ou religiões realizam dietas restritivas, que podem resultar em
poucas calorias ou deficiências nutricionais importantesUso de drogas ilícitas estimulantes, como o crack
e a cocaína. Tratam-se de drogas anorexígenas, que provocam a falta de apetite e a aversão aos
alimentos, induzindo os usuários a uma dieta pobre em nutrientes ou até mesmo longos períodos sem
comer

TratamentoO tratamento da desnutrição, na maioria dos casos, consiste em um aumento gradual do


número de calorias consumidas. Para isso, é feita a elaboração de uma dieta equilibrada, que deve
possibilitar a reposição, a manutenção e a reserva adequada de nutrientes no organismo. Pessoas com
digestão difícil de alimentos sólidos podem precisar utilizar suplementos líquidos ou de uma dieta
líquida. Ela deve ser montada e acompanhada por um nutricionista ou nutrólogo.Em alguns casos, a
desnutrição é tão grave que exige internação hospitalar. Esses pacientes podem necessitar de ingestão
nutritiva por meio de tubos, como a sonda nasogástrica (que liga o nariz ao estômago) e a gastrostomia
endoscópica (um tubo cirurgicamente colocado no estômago através do abdômen). Se um tubo de
alimentação não pode ser colocado, a nutrição pode ser feita diretamente na veia. A pessoa também
pode necessitar de tratamento adicional para a causa subjacente de sua desnutrição — como infecções.

CuidadosA educação alimentar tem um papel fundamental durante o tratamento e é essencial em todas
as etapas da vida. Como a desnutrição é bastante comum na infância, é fundamental que as pessoas que
fazem parte do núcleo de educação e formação das crianças (família, cuidadores e professores) tenham
acesso a informações sobre o correto aproveitamento dos alimentos e sobre alimentação saudável.
As principais causas das anomalias são os transtornos congênitos e perinatais, muitas vezes associados a
agentes infecciosos deletérios à organogênese fetal, tais como os vírus da rubéola, da imunodeficiência
humana (HIV), o vírus Zika, o citomegalovírus; o Treponema pallidum e o Toxoplasma gondii.

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