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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE –

UERN FACULDADE DE DIREITO – FAD


DISCIPLINA: TRIBUTÁRIO II
PROF.(A): Andréa Maria Pedrosa Silva
Jales TERCEIRA AVALIAÇÃO

ALUNO(A) MANOEL MATIAS DE CARVALHO NETO.

Instruções: Apenas fazer um roteiro de forma objetiva das medidas judiciais abaixo de
iniciativa do sujeito passivo. Cada questão terá o valor de até 2.5 pontos e deverá
observar o limite de até 30 linhas digitalizadas.

1. Mandado de Segurança: a) base legal; b) Modalidades; c) competência; d) efeitos;


e) prazo; f) polos, g) provas; h) sucumbência.

a) Base legal: O mandado de segurança está previsto no art. 5º, LXIX, da CRFB/88
e na Lei nº 12.016/2009.

b) Modalidades: O mandado de segurança, quanto a legitimidade, pode ser coletivo,


possuindo um rol taxativo de legitimados para ingressar com a medida (art. 5º,
LXX, da CRFB/88 e art. 21 da Lei nº 12.016/2009), e individual, no qual pode ser
impetrado por qualquer pessoa, natural ou jurídica. Ademais, quanto aos efeitos,
o Mandado de segurança pode ser repressivo, quando o pedido visar corrigir
ilegalidade que já tenha sido cometida, e preventivo nos casos em que se busca
evitar que o ato considerado ilegal seja praticado quando há evidências de sua
pretensa realização.

c) Competência: O mandado de segurança deve ser impetrado no foro do lugar onde


a autoridade exerce suas funções, assim, a competência para julgamento
dependerá do polo passivo. Nos casos em que o ato for proferido pelo presidente
da república, por exemplo, será competência do STF (art. 102, I, d, CRFB/88).

d) Efeitos: O mandado de segurança, quando deferido, possui como efeito a


proteção de direito líquido e certo violado ou ameaçado por ato ilegal ou abuso de
poder de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público. Ressalta-se que os efeitos da decisão se restringem
entre as partes.

e) Prazo: O prazo para se interpor mandado de segurança é de 120 (cento e vinte)


dias contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado, conforme o art. 23
da Lei nº 12.016/2009.

f) Polos: No mandado de segurança, o polo ativo é qualquer pessoa física ou


jurídica que tenha tido direito líquido e certo violado, enquanto que o polo
passivo é a autoridade coatora do ato que violou o direito (art. 6º, § 3º, da Lei nº
12.016/09).
g) Provas: As provas no mandado de segurança são pré-constituídas e não admitem
dilação probatória.

h) Sucumbência: O mandado de segurança não admite honorários de sucumbência.

2. Ação Anulatória fiscal: a) base legal; b) cabimento; c) prazos prescricionais; d)


polos (sujeito ativo e passivo); e) competência; f) efeitos; g) provas; h) sucumbência

a) Base legal: A ação anulatória fiscal é fundamentada no art. 38 da Lei 6.830/80.

b) Cabimento: A ação anulatória fiscal é utilizada em matéria tributária quando o


contribuinte pretende reconhecer a inexistência de uma dívida fiscal.

c) Prazos prescricionais: O prazo prescricional é de 5 (cinco) anos conforme o art. 1º


do decreto de 20.910/1932. Tal entendimento é ratificado pelo STJ no julgamento
do Recurso Representativo da Controvérsia 947.206/RJ.

d) Polos: O polo ativo é o contribuinte no qual teve contra si o lançamento de um


crédito tributário ou foi efetivamente inscrito em dívida ativa, e o polo passivo é a
pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o
cumprimento da obrigação tributária imposta, na qual emanou o ato (art. 119 e
121 do CTN).

e) Competência: A competência é sempre do juízo de primeiro grau, ou seja, da vara


da fazenda pública competente para julgar ações que envolvam o polo passivo se
for Município ou Estado, ou da Justiça Federal caso envolva a União.

f) Efeitos: A sentença na ação anulatória tem efeito constitutivo-negativo, anulando


determinado ato administrativo praticado.

g) Provas: As provas a serem produzidas pelo sujeito ativo precisam ser


inequívocas, uma vez que a dívida regularmente inscrita goza da presunção de
certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. (art. 204, caput e
parágrafo único, do CTN). Ademais, é necessário que documentos
indispensáveis, como a cópia do lançamento do crédito tributário ou a dívida
ativa apontada como inválida, sejam anexados aos autos.

h) Sucumbência: A sucumbência será calculada sob o valor da causa, que por sua
vez será equivalente ao valor da dívida que o polo ativo pretende anular.
Ademais, observa as regras do CPC, referente ao art. 85, § 2º.

3. Ação Declaratória: a) base legal; b) cabimento; c) polos; d) competência; e) efeitos;


f) provas; g) sucumbência

a) Base legal: A ação declaratória é prevista nos arts. 19 e 20 do CPC/15.

b) Cabimento: Cabe ação declaratória em matéria tributária quando o contribuinte


pretende afastar a incerteza da incidência de lei tributária sobre suas atividades,
que possa ensejar obrigação tributária principal ou acessória.

c) Polos: O polo ativo é o contribuinte que pretende afastar a incerteza da incidência


de lei tributária sobre as suas atividades, já o polo passivo é a pessoa jurídica de
direito público titular da competência para exigir o cumprimento da obrigação.

d) Competência: A competência é sempre do juízo de primeiro grau, ou seja, da vara


da fazenda pública competente para julgar ações que envolvam o polo passivo se
for Município ou Estado, ou da Justiça Federal caso envolva a União.

e) Efeitos: A ação declaratória, por regra, causa o efeito suspensivo da exigibilidade


do crédito tributário, desde que realizado o depósito do débito ou no caso de
deferimento de pedido de antecipação de tutela (art. 151 do CTN).

f) Provas: A juntada dos atos normativos ou administrativos que gerem a incerteza


da incidência de lei tributária sobre as atividades do polo ativo é imprescindível,
uma vez que comprova o interesse de agir e, portanto, a busca de uma certeza
jurídica e conclusiva sobre a existência ou não de determinada obrigação
tributária.

g) Sucumbência: A sucumbência é calculada sob o valor da causa. Ademais, observa


as regras do CPC, referente ao art. 85, § 2º.

4. Ação de Repetição de Indébito: a) base legal; b) cabimento; c) polos; d)


competência; e) efeitos; f) provas; g) sucumbência

a) Base legal: A ação de repetição de indébito encontra-se prevista no art. 165 do


CTN e no art. 876 CC.

b) Cabimento: Cabe ação de repetição de indébito quando o sujeito passivo da


obrigação tributária pagar tributos indevidamente à Fazenda Pública. Nesse caso,
a medida judicial se propõe a pleitear a devolução dos valores.

c) Polos: O polo ativo é sujeito passivo da obrigação tributária que requer a


restituição do que a título de tributo foi pago indevidamente, já o sujeito passivo é
a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o
cumprimento da obrigação, já o polo passivo é a pessoa jurídica de direito
público titular da competência para exigir o cumprimento da obrigação.

d) Competência: A competência é sempre do juízo de primeiro grau, ou seja, da vara


da fazenda pública competente para julgar ações que envolvam o polo passivo se
for Município ou Estado, ou da Justiça Federal caso envolva a União.

e) Efeitos: A sentença da ação de repetição de indébito terá efeito reparatório em


vista a sua natureza jurídica de demanda condenatória.
f) Provas: O comprovante do recolhimento dos tributos que foram pagos
indevidamente é prova imprescindível nesta demanda, uma vez que comprova o
interesse de agir e a existência do dano que será fundamentado no decorrer do
processo.

g) Sucumbência: A sucumbência é calculada sob o valor da causa, que por sua vez
será equivalente ao valor do tributo foi pago indevidamente em dobro. Ademais,
observa as regras do CPC, referente ao art. 85, § 2º.
Referências:

NUNES, Cleucio Santos. Curso completo de direito processual tributário. 3. ed. São
Paulo: Saraiva Educação, 2019. ISBN 9788553610457.

Paulsen, Leandro Curso de Direito Tributário Completo / Leandro Paulsen. – 13. ed. –
São Paulo : SaraivaJur, 2022. ISBN: 978-65-5362-327-9.

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