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ROTEIRO DA APA

PARA O ALUNO
DISCIPLINA: LIPIDOGRAMA COMPLETO E AVALIAÇÃO GLICÊMICA
Professor Dr. Vinícius Pereira Arantes
ROTEIRO DA APA PARA O DISCENTE

LIPIDOGRAMA COMPLETO

ORIENTAÇÕES GERAIS

01. Todos os campos do Formulário Padrão deverão ser devidamente preenchidos.


02. Esta é uma atividade individual. Caso seja identificado plágio, inclusive de colegas, a
atividade será zerada.
03. Cópias de terceiros como livros e internet, sem citar a fonte, caracterizam como plágio,
sendo o trabalho zerado.
04. Ao utilizar autores para fundamentar seu Projeto Integrador, os mesmos devem ser
referenciados conforme as normas da ABNT.
05. Ao realizar sua atividade, renomeie o arquivo, salve em seu computador, anexe no cam-
po indicado, clique em responder e finalize a atividade.
06. Procure argumentar de forma clara e objetiva, de acordo com o conteúdo da disciplina.

Formatação exigida: documento Word, Fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12.

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POR QUE PRECISO APRENDER ISSO ?
O doseamento do colesterol e lipoproteínas fracionadas representa para o diagnóstico clínico
uma forma de análise e prontidão para prevenção das doenças cardiovasculares, notoriamente
empregados por cardiologistas e demais profissionais da saúde. Destaca-se como avaliação de
risco e/ou como fatores de monitorização. O estudo do colesterol sempre será um ponto forte
nas avaliações pré-cirúrgicas, delegando o mapeamento orgânico do paciente e as correlações
inerentes à dieta, medicamentos e avaliação orgânica.

Objetivos de aprendizagem:
01. Conhecer e correlacionar a prática e teoria sobre colesterol e frações;
02. Desenvolver as ações de prevenção e orientações aos paciente, definindo quadros de
dislipidemias;
03. Capacitar o (a) aluno (a) a desenvolver a prática e doseamento das ações ligadas ao
colesterol e frações.

Definimos o colesterol como sendo um álcool policíclico de cadeia longa, esteróide, pode-se
encontrar a molécula presente em membranas celulares, plasma sanguíneo, em humanos e
animais. É o principal esterol sintetizado no tecido animal. A molécula, portanto, possui funções
importantes no conteúdo orgânico, destacamos sua necessidade de composição em membranas
celulares, construção e manutenção. A regulação e síntese estão ligadas a produção endógena
e sob influência da dieta de nosso paciente, o ponto alto de controle está associado à enzima
HMG-CoA, capaz de realizar a síntese endógena desta molécula tão importante. Para mapearmos
a influência do risco cardiovascular, associamos o estudo dos níveis de colesterol sérico e frações,
tais como HDL e LDL. Estudos epidemiológicos mostram uma correlação positiva entre os níveis
do colesterol, mais diretamente do colesterol LDL e a gravidade de seus altos índices relacionados
à doença arterial coronariana.

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AMBIENTE NA PRÁTICA
Prezado (a) acadêmico (a),

A realização das aulas práticas propostas neste estudo demandará que aconteçam em am-
bientes especiais, neste caso em nossos laboratórios montados e equipados cuidadosamente
em nossos megapolos. A realização decorrerá em utilização de materiais biológicos (sangue e
soro humano). Portanto, necessitamos de equipamentos de proteção individual, tais como luvas,
jaleco, máscara e gorro. Os equipamentos necessários são citados e referendados como leitores
de triagem através do uso de aprestos modernos de teste rápido, empregando tiras reativas e
leitura em prontidão. O acompanhamento será realizado por profissional capacitado a executar
as ações de deliberações nas interpretações clínicas dos resultados apresentados. Em termos
de equipamentos, necessitamos de centrífuga, tubos de ensaio, kit para leitura e interpretação de
lipidograma (Monitor de perfil lipídico e tiras reativas), descartex para resíduos de saúde, algodão,
álcool 70.

Obs.: Caro (a) aluno (a), no caso de atividades práticas em ambientes profissionais você deve
verificar o calendário destas atividades com o seu polo de apoio presencial UniFatecie. Caso haja
dúvidas, ou não possuir polo, entre em contato com seu tutor.

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EMBASAMENTO TEÓRICO

Link de acesso ao vídeo do embasamento teórico Orientações Gerais Sobre Colesterol, Frações e Produção

LIPÍDIOS: BASE PARA O LIPIDOGRAMA E FRAÇÕES


A realização da atividade prática contida neste material prioriza o diagnóstico das frações de
lipoproteínas, colesterol total e glicemia, estabelecendo um estudo fiel do risco cardiovascular e
que contribuirá para o estabelecimento das ações de prevenção e monitorização. Para que esse
processo seja executado com clareza e entendimento, nossa aula prática consiste em proceder
coleta de sangue capilar de nossos acadêmicos, empregando caneta automática e lanceta estéril,
higienização e desinfecção do dedo indicar, em que essa atividade consiste em permitir acesso a
volume de sangue total, que será empregado para preencher uma gota de sangue em tira reativa
condicionada ao Monitor. A perfuração é quase que indolor.
O procedimento deverá ser acompanhado por profissional responsável e todos os acadêmicos
munidos de equipamentos indicados para essa aula e avaliar corretamente todos os procedimen-
tos laboratoriais, sempre orientando os acadêmicos e as tomadas de decisão. Ao estudarmos
sobre lipidograma, faz-se necessário o entendimento das diferentes substâncias que integram o
entendimento sobre os lipídios e demais substâncias com características lipofílicas. Apresentando
as gorduras e óleos, podemos atribuir a estes a definição de misturas de triacilgliceróis, ou simples-
mente triglicerídeos. Estes, são definidos como substâncias que possuem três grupos hidroxila do
glicerol e esterificados com ácidos graxos. A principal diferença entre as gorduras e óleos é a sua
apresentação em temperatura ambiente, as gorduras são substâncias sólidas, enquanto, os óleos
são líquidos (MARZZOCO e TORRES, 2007; VOET, 2013).
A origem e/ou procedência também diferem das moléculas e estruturas, as gorduras são
provenientes de tecido animal e compostas por ácidos graxos saturados ou ácidos graxos com
apenas uma ligação dupla. Os ácidos graxos formam uniões mais consistentes, destacando-se
nos depósitos em tecidos e órgãos, conferindo uma relação mais complexa e de ponto de fusão
mais elevado e insolubilidade na temperatura ambiente (BROWN, 2018).
A definição e entendimento sobre os óleos, designa-se como produtos do milho, feijão, soja,
olivas e amendoins, desde já, é mais fácil o entendimento que os óleos são oriundos de matéria
vegetal e, portanto, líquidos à temperatura ambiente. São compostos de triacilgliceróis com ácidos
graxos insaturados, não formando uniões muito consistentes, apresentando baixos pontos de fu-
são. A exemplo, podemos referendar moléculas que ocorrem naturalmente na manteiga de cacau,
o 2-oleil-1,3-diestearilglicerol e a triestearina (PINTO, 2017).

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Os ácidos graxos são definidos como ácidos carboxílicos compostos por longas cadeias hidro-
carbônicas. A maioria dos ácidos graxos de ocorrência natural possui um número par de átomos
de carbono em uma cadeia carbônica não ramificada e é derivada do acetato (PINTO, 2017).
As diferentes ligações da cadeia carbônica ocorrem de forma saturada ou insaturada, as
substâncias com mais ligação dupla são chamadas ácidos graxos poli-insaturados, são sempre
separadas por um grupo metileno e/ou por ligações cis, naturalmente encontramos ligações duplas
trans. As gorduras trans vem da hidrogenação parcial dos óleos vegetais, dentre estes a margarina
passa a ser o principal item de exemplo e correlação. O fato da produção de hidrogenação, técnica
de elevado interesse industrial, produz óleos vegetais em margarinas, também conhecido como
endurecimento dos óleos (MARZZOCO e TORRES, 2007; VOET, 2013).
O preparo das reações de hidrogenação pode desencadear a formação de ligações fortes
entre átomos de carbono-carbono. Se essa hidrogenação for intensificada, resultará na produção
de gordura sólida, com uma textura muito semelhante à gordura animal. É importante observar
que as gorduras saturadas estão associadas a problemas de saúde cardíaca, enquanto os óleos
poli-insaturados têm o potencial de reduzir os níveis de colesterol no sangue. Por outro lado, as
gorduras trans que podem ser produzidas durante o processo de hidrogenação estão associadas
a efeitos hipercolesterolêmicos e podem ser prejudiciais à saúde da população que as consome
(MARZZOCO e TORRES, 2007; VOET, 2013).
Ainda em consideração à conformação química e estrutural, podemos salientar o termo “Ôme-
ga”. A partir da designação “Ômega”, destina-se para indicar a presença e a posição da primeira
ligação dupla a partir da terminação metila de um ácido graxo insaturado. A identificação deste
conteúdo refere-se ao ácido linoleico, conhecido como ácido graxo ômega-6, identificando a pri-
meira ligação dupla no carbono seis. Outro exemplo é o ácido linolênico, conhecido como ácido
graxo ômega-3 (MARZZOCO e TORRES, 2007; VOET, 2013).
Os fosfolipídios são lipídios de grande interesse devido à sua presença em diversos tecidos
humanos, plantas e animais, constituindo cerca de 50 a 60% das membranas celulares. A com-
preensão da natureza polar e apolar dessas moléculas é crucial, já que se organizam formando
uma bicamada lipídica, com as caudas apolares no centro da bicamada e as cabeças polares na
parte externa da membrana. Além dos fosfolipídios, os terpenos também são notáveis no mundo
dos lipídios, com mais de 20.000 tipos diferentes identificados até o momento. Eles desempenham
funções variadas e podem ser encontrados em todos os organismos vivos, apresentando-se como
hidrocarbonetos, alcoóis, cetonas, aldeídos ou ácidos carboxílicos, dependendo do contexto em
que são encontrados (PINTO, 2017).
Dentre os lipídios e gorduras, o colesterol destaca-se como uma molécula de extrema importân-
cia nas ciências biológicas e na área da saúde humana. Sua notável característica é a dificuldade
de solubilização em solventes polares, incluindo a água, o que o torna uma substância altamente
apolar. Sua relevância está diretamente ligada à sua função nas membranas celulares. O coleste-
rol desempenha diversas funções biológicas, incluindo sua participação na síntese de hormônios,
como a androsterona e a testosterona. Trata-se de um álcool policíclico de cadeia longa classifica-
do como esteroide, encontrado nas membranas celulares e transportado pelo plasma sanguíneo
dos animais. O colesterol pode ser produzido nas células hepáticas ou adquirido através da dieta.
A quantidade de colesterol nos mamíferos é estritamente regulada por mecanismos de controle
homeostático. Os ésteres de colesterol, mais hidrofóbicos que o colesterol livre, são transportados

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no organismo por moléculas especializadas, destacando-se as lipoproteínas, com ênfase nas LDL,
e em menor proporção, as HDL e as VLDL (de acordo com BROWN, 2018).

FIGURA 1 - MOLÉCULA DE COLESTEROL

Fonte: Shutterstock l ID. 2096233984

A produção da molécula de colesterol endógeno, descreve-se como síntese no citosol e também


decorre no retículo endoplasmático, empregando Acetil-CoA, como substrato para produção; todas
as células nucleadas realizam essa atividade. O tecido hepático contribui com a maior formação
da molécula, tendo visto que possui um perfil para produção e síntese muito maior quando compa-
rado a tecidos de perfil metabólico menor. Quando analisamos a síntese endógena do colesterol,
destacamos o processamento biológico em 4 fases distintas. A fase inicial, ou primeira, procede-se
com a conversão do acetilcoenzima A (acetil-coA) em mevalonato. Na segunda fase, decorre pela
conversão do mevalonato em unidades isoprenóides ativadas através da adição de três grupos
fosfato ao mevalonato, os radicais fosfato são provenientes das moléculas de ATP. Na terceira
fase, forma-se o esqualeno. Na quarta e última fase ocorre a ciclização do esqualeno, formando o
núcleo esteróide do colesterol (Retículo endoplasmático).

FIGURA 2 - SÍNTESE DO COLESTEROL

Fonte: Bruice (2006).

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RECURSOS UTILIZADOS

Materiais de consumo:
Descrição Observação
Jaleco Material a ser fornecido pelo aluno   
Luvas Material a ser fornecido pelo aluno   
Máscara Material a ser fornecido pelo aluno   
Gorro Material a ser fornecido pelo aluno   
Software/aplicativo/simulador
Sim ( ) Não ( X )
Em caso afirmativo, qual?
Pago ( )   Não Pago ( )
Tipo de Licença: Não se aplica
Descrição do software/aplicativo/simulador:
Caso não seja necessário o uso do recurso, preencher com *Não se aplica (NSA)

Kit Laboratório individual de atividade prática


Sim ( ) Não ( )
Em caso afirmativo, qual?
Pago ( )   Não Pago ( )
Tipo de Licença: Não se aplica
Descrição dos materiais do kit:
Caso não seja necessário o uso do recurso, preencher com *Não se aplica (NSA)

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ATENÇÃO: SAÚDE E SEGURANÇA

O procedimento deverá ser realizado em ambiente laboratorial, monitorado por profissional


responsável, os acadêmicos deverão estar munidos de jaleco, gorro, máscara e luvas de proce-
dimento.

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O QUE PRECISO FAZER NESSA ATIVIDADE PRÁTICA
Metodologia descritiva para procedimento e determinação do colesterol total e frações:

Link de acesso ao vídeo da prática


a. Inicialmente apresentar aos nossos acadêmicos a obtenção de soro a partir de amostra
de sangue venoso total (Empregar sangue de coleta humano como amostra biológica);
b. Sangue total em tubo de ensaio 13x100mm (9.5mL de capacidade);
c. Centrifugar o sangue de coleta total (sem anticoagulante) e proceder separação do soro;

• Preparar o equipamento de leitura: Monitor ligado, tira reativa de colesterol inserida No


equipamento, acadêmico devidamente orientador.;

01. Coleta de Sangue total capilar;


02. Higienizar e massagear o dedo indicador do paciente, empregar álcool 70 embebido em
algodão, proceder coleta de sangue total capilar;
03. Perfure com uma lanceta estéril - descartar a lanceta em descartex.
04. Coloque o sangue na tira teste imediatamente;
05. Realizar a leitura e interpretação dos resultados apresentados de acordo com a tabela abaixo:

Fonte: PL STRIP ECO TESTE-CO.0001T1 (2019).

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REFERÊNCIAS
BROWN, T. A. Bioquímica. 1 ed. Guanabara Koogan, Rio de janeiro, 2018.

BRUCE, P. Y. Química orgânica. v. 2. 4. ed. 2006.

MARZZOCO, ANITA; TORRES, BAYARDO. Bioquímica Básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanaba-
ra, 2007.

PINTO, W. J. Bioquímica Clínica. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

SIMOMUKAY, E.; DALBERTO, B. Engenharia Bioquímica. Porto Alegre: Sagah, 2021.

VOET, DONALD. Bioquímica. São Paulo: Artmed, 2013.

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ROTEIRO DA APA PARA O DISCENTE

AVALIAÇÃO GLICÊMICA

ORIENTAÇÕES GERAIS

01. Todos os campos do Formulário Padrão deverão ser devidamente preenchidos.


02. Esta é uma atividade individual. Caso seja identificado plágio, inclusive de colegas, a
atividade será zerada.
03. Cópias de terceiros como livros e internet, sem citar a fonte, caracterizam como plágio,
sendo o trabalho zerado.
04. Ao utilizar autores para fundamentar seu Projeto Integrador, os mesmos devem ser
referenciados conforme as normas da ABNT.
05. Ao realizar sua atividade, renomeie o arquivo, salve em seu computador, anexe no cam-
po indicado, clique em responder e finalize a atividade.
06. Procure argumentar de forma clara e objetiva, de acordo com o conteúdo da disciplina.

Formatação exigida: documento Word, Fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12.

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POR QUE PRECISO APRENDER ISSO ?
Ao analisarmos e monitorizar os nossos pacientes, destacamos que a própria Organização
Mundial da Saúde (OMS) estima que glicemia elevada é o terceiro fator que condiciona mortalida-
de prematura, superada apenas por hipertensão e o tabagismo.

Objetivos de aprendizagem:
01. Conhecer e correlacionar a prática e teoria sobre glicemia.
02. Desenvolver as ações de prevenção e orientações aos pacientes sobre o diabetes.
03. Capacitar o aluno a desenvolver a prática e doseamento de glicemia e cuidados ao
paciente.

O Diabetes mellitus caracteriza-se como síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de


insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. A ocorrência está
associada a fatores imunológicos no Diabetes I e fisiológicos no Diabetes II, o aumento crônico da
glicemia, denomina-se de hiperglicemia crônica. As ações de descontrole e falta de acompanha-
mento das ações de prevenção e diagnóstico estão relacionadas a disfunções de alguns a longo
prazo, incluem disfunção e falência de vários órgãos.

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AMBIENTE NA PRÁTICA
Prezado (a) acadêmico (a),

A realização das aulas práticas propostas neste estudo demandará que sua realização ocorra em
ambientes especiais, neste caso, em nossos laboratórios montados e equipados cuidadosamente
em nossos megapolos. A realização decorrerá em utilização de materiais biológicos (sangue e
soro humano). Portanto, necessitamos de equipamentos de proteção individual, tais como luvas,
jaleco, máscara e gorro. Os equipamentos necessários são citados e referendados como leitores
de triagem através do uso de equipamentos modernos de teste rápido, empregando tiras reativas
e leitura em prontidão. O acompanhamento será realizado por profissional capacitado a executar
as ações de deliberações nas interpretações clínicas dos resultados apresentados. Em termos
de equipamentos, necessitamos de centrífuga, tubos de ensaio, kit para leitura e interpretação de
lipidograma (Monitor de perfil lipídico e tiras reativas), descartex para resíduos de saúde, algodão,
álcool 70.

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EMBASAMENTO TEÓRICO

Link de acesso ao vídeo do embasamento teórico

O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica de alta morbidade e mortalidade, causando
graves perdas na qualidade de vida da população mundial. A ocorrência maior entre os pacientes
é de diabetes tipo 2, cerca de 90% dos casos no Brasil; acredita-se que em 2021 possuímos cerca
de 537 milhões de pessoas com Diabetes no mundo. Por meio de estudos sobre diabetes no mun-
do, descreve-se a prevalência na Europa e América do Norte, conforme estudos, determinou-se
uma estimativa de 8% e 10% (KHAN et al., 2020).
Diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica não transmissível, caracterizada como importante
análise da orientação e diagnóstico populacional; as complicações são muito severas, conforme
a Organização mundial da saúde (OMS) e no entendimento do valor crescente como problema de
saúde para todos os países. As previsões atuais revelam um número de pessoas com diabetes
assustador, e a projeção para um aumento sequenciado sugere que, para o ano de 2045, a popu-
lação doente, alcance uma expectativa de 628,6 milhões de pacientes. Cerca de 79% dos casos
vivem em países em desenvolvimento, nos quais deverá ocorrer o maior aumento dos casos de
diabetes nas próximas décadas (ADA, 2008; ADA, 2017).
O Diabetes mellitus pode ser classificado como doença metabólica caracterizada por hipergli-
cemia e complicações crônicas, disfunções e insuficiência de vários órgãos, olhos, rins, nervos,
cérebro, coração e vasos sanguíneos, doença crônica de importância mundial. O DM pode resultar
de defeitos de secreção e/ou na ação da insulina e está categorizado entre diabetes tipo 1 e 2,
além da diabetes gestacional. O diabetes mellitus tipo 1 (DM1), anteriormente chamado de dia-
betes insulino-dependente, é caracterizado pela destruição autoimune das células β, produtoras
de insulina no pâncreas ou de outros distúrbios da secreção da insulina. A insulina é o hormônio
responsável pela transformação de glicose em energia para o organismo e, por isso, com os
problemas na sua produção, o organismo vai perdendo a sua capacidade de metabolizar a glicose
(INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2021).
Quando sugestionamos estudos sobre o Diabetes, é inevitável que saibamos sobre a preva-
lência, associações patológicas e fatores que culminam com a rápida urbanização, transição epi-
demiológica, transição nutricional, maior frequência de estilo de vida sedentário, maior frequência
de excesso de peso, crescimento e envelhecimento populacional. A interpretação dos resultados
inclui a leitura dos resultados da glicemia; de acordo com a OMS, repercutimos que a glicemia
elevada, culmina no terceiro fator de relevância aos trabalhos de estudo e análise multifatorial,
pode ser causa de mortalidade prematura, superada apenas por pressão arterial e utilização do

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tabaco. A falta de trabalho sério pelos nossos dirigentes e, infelizmente, dos sistemas de saúde
pública e profissionais de saúde ainda não se conscientizaram da atual relevância do diabetes e
de suas complicações (SBD, 2002a; ADA, 2017).
No estudo das combinações de fatores, destacamos um irrelevante desempenho dos sistemas
de saúde, pouca conscientização sobre diabetes entre a população geral e os profissionais de
saúde e início insidioso dos sintomas ou progressão do diabetes tipo 2. Essa condição pode
permanecer não detectada por vários anos, dando oportunidade ao desenvolvimento de suas
complicações. Conforme as orientações da OMS, entendemos que 50% dos casos de diabetes em
adultos não sejam diagnosticados e que 84,3% de todos os casos de diabetes não diagnosticados
estejam em países em desenvolvimento. As associações entre os efeitos adversos do diabetes são
evidentes, com a presença dessa doença sendo associada a taxas significativamente elevadas de
hospitalização. Entre esses impactos negativos, observa-se um aumento substancial na demanda
por serviços de saúde, uma maior incidência de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, o
risco de cegueira, insuficiência renal e amputações não traumáticas de membros inferiores, con-
forme indicado por fontes como a Associação Americana de Diabetes (ADA, 2008) e a Sociedade
Brasileira de Diabetes (SBD, 2002a). Essas complicações ressaltam a importância da prevenção
e controle eficazes do diabetes.
A ocorrência e repercussão estarão relacionadas aos sistemas de saúde, incidindo em maiores
investimentos, alto custo e necessidade de desenvolvimento, pois a maioria ainda enfrenta desafios
no controle de doenças infecciosas. O diabetes será responsável por grandes impactos nos países
em desenvolvimento, transição epidemiológica; representa uma importante carga tanto nos custos
diretos para o sistema de saúde e para a sociedade como nos custos indiretos atribuíveis. As
incapacitações temporárias e permanentes resultantes das complicações do diabetes destacam
a urgência de estabelecer e fortalecer parcerias entre órgãos governamentais e a sociedade civil.
É fundamental compartilhar a responsabilidade por ações direcionadas à prevenção, detecção e
controle dessa doença, como ressaltado pela Associação Americana de Diabetes (ADA, 2017).
A política de saúde e novas estratégias de estudo desenvolvidas pelo Ministério da saúde,
alimentação e orientações, deverão promover um estilo de vida saudável. As alterações possuem
efeitos diretos para tendência as alterações de hábitos, dentre estes, alimentos saudáveis, menos
ingestão de açúcares e o estímulo em relação para o desenvolvimento de atividade física regular.
Qualquer alteração evidente deve sempre começar com os jovens, aumentando as perspectivas
de adultos saudáveis e menos sedentários, população menos doente e mais envolvida neste
processo de mudanças. Em articulação com o setor educacional, essas ações devem priorizar a
população de crianças, adolescentes e adultos jovens (ADA, 2008; ADA 2017; SBD, 2002a).
A magnitude do Diabetes Mellitus destaca a importância das políticas públicas para a prevenção
e controle dessa doença. É essencial que o cuidado com pessoas que têm diabetes, incluindo o
Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), seja baseado em linhas de cuidado abrangentes que considerem
tanto a doença quanto seus fatores de risco mais prevalentes. O DM2, assim como outras con-
dições crônicas, requer mudanças no estilo de vida, que incluem a adoção de uma alimentação
saudável, a prática regular de atividade física, a administração contínua de medicamentos para
controlar a glicemia e a implementação de outras medidas preventivas para evitar complicações
de longo prazo. A adesão a essas práticas de autocuidado é fundamental para prevenir as compli-

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cações que podem resultar da doença e que, em casos graves, podem levar à incapacidade ou até
mesmo à morte, conforme enfatizado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD, 2015).
O DM é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que resulta em hiperglicemia, causa-
da por defeitos na ação da insulina ou na secreção de insulina, ou em ambas. Baseada em sua
etiologia, a doença pode ser classificada em quatro classes clínicas: DM tipo 1 (DM1), DM tipo 2
(DM2), outros tipos específicos de DM e DM gestacional. Ainda há duas categorias consideradas
risco aumentado para o diabetes, que são a glicemia de jejum alterada e a tolerância à glicose
diminuída. Dentre estes, o mais prevalente é o DM2, responsável por aproximadamente 95% dos
casos e, por isso, será o foco deste trabalho (SBD, 2015).
A variedade e a complexidade dos elementos que envolvem o tratamento do DM2 podem
dificultar a adesão. Além das múltiplas dimensões do tratamento, há que se considerar as mui-
tas dimensões relacionadas ao comportamento de adesão. A literatura aponta que a adesão da
pessoa com DM2 ao tratamento pode mudar como resultado de circunstâncias inerentes à própria
pessoa como a idade, a escolaridade, o gênero e ao enfrentamento da doença, mas também por
questões externas que envolvem aspectos sociais realizadas pelo sistema de para problematizar
sobre a importância do sistema de saúde na adesão ao tratamento entre pessoas com DM2, vale
fazer uma breve descrição sobre o sistema de saúde brasileiro. O sistema de saúde brasileiro é
organizado em níveis de atenção através da Rede de Atenção à Saúde (RAS) (SBD, 2002a).
No âmbito da Atenção Básica de Saúde (ABS), essa se configura como a principal porta
de entrada para os indivíduos na rede de cuidados de saúde. Ela opera como uma estratégia
organizacional do sistema de saúde, desempenhando um papel fundamental na promoção da
saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento das condições de saúde mais comuns
e na reabilitação tanto individualmente quanto coletivamente. Por isso, envolve um conjunto de
atributos que são os elementos estruturantes do sistema de serviços de saúde, como: acesso de
primeiro contato; integralidade; longitudinalidade; coordenação do cuidado; orientação familiar e
comunitária; e competência cultural. A literatura científica apresenta evidências da associação
entre o atendimento e o aumento da efetividade dos sistemas de saúde. Nesse trabalho, serão
empregados os termos Atenção Primária à saúde (APS) e Atenção Básica de Saúde (ABS). No
Brasil, a ABS tem alcançado muitos avanços na busca por um cuidado com enfoque abrangente,
destacando-se a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1990. Sendo a maior conquista
do movimento sanitário brasileiro, o SUS consolidou uma nova consciência social de promoção
de saúde. Nessa conjuntura, surge em 1994 o Programa Saúde da Família, que em 1997 passa a
ser denominado de Estratégia Saúde da Família, sendo o marco referencial para a consolidação
da ABS brasileira. A ocorrência do diabetes gestacional atinge de 1 a 14% de todas as gestações,
é caracterizado principalmente pela intolerância à glicose durante a gestação. Designa-se como
necessário o acompanhamento pré-natal intensivo através de programas educacionais conduzi-
dos por equipe interdisciplinar. Segundo a literatura, os sintomas clássicos do diabetes incluem:
polifagia, poliúria e polidpsia (SBD, 2002a, BRASIL, 2016).

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RECURSOS UTILIZADOS
Materiais Necessários para realização da prática:
01. Monitor Lipidograma/glicemia - Roche/Eco SD Biosensor ou Mission;
02. Tiras de lipidograma;
03. Tiras de glicemia;
04. Algodão hidrófilo — bolinhas;
05. Descartex;
06. Centrífuga analógica para tubos;
07. Lanceta picadora com caneta automática;
08. 02 Tubos de ensaio de 13 mm — contendo sangue recém coletado (5mL);
09. 02 Tubos de ensaio de 13 mm — contendo soro (2mL);
10. 05 pares de luvas — Luvas de procedimento látex para atendimento EPI — Tamanho
GG;
11. 05 Gorros — Material de uso do profissional responsável;
12. 01 Jaleco de procedimento GG ou XG — Descartável;
13. 01 máscara para procedimento universal.

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ATENÇÃO: SAÚDE E SEGURANÇA

O procedimento deverá ser realizado em ambiente laboratorial, monitorado por profissional


responsável. Os acadêmicos deverão estar munidos de jaleco, gorro, máscara e luvas de pro-
cedimento.

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O QUE PRECISO FAZER NESSA ATIVIDADE PRÁTICA
Metodologia descritiva para procedimento e determinação da glicemia capilar:

Link de acesso ao vídeo da prática


• Preparar o equipamento de leitura: monitor ligado; tira reativa de colesterol inserida no
equipamento; acadêmico devidamente orientado.

01. Coleta de Sangue total capilar;


02. Higienizar e massagear o dedo indicador do paciente, empregar álcool 70 embebido em
algodão, proceder coleta de sangue total capilar;
03. Perfure com uma lanceta estéril - descartar a lanceta em descartex.
04. Coloque o sangue na tira teste imediatamente;
05. Valores referenciais:
DM — Diabetes

Fonte: Disponível em: https://biolider.com.br/exame-de-glicose-casual-em-sao-paulo/. Acesso em: 02 ago. 2023.

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REFERÊNCIAS
ADA. AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus.
Diabetes Care, v. 31, n. 1, p.55-60, 2008.

ADA. American Diabetes Association. Standards of medical care in diabetes. Diabetes Care, Dan-
vers, v. 40, n. suppl. 1, p. S1-S2, 2017.

INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION. IDF Diabetes Atlas, 10th edn. Brussels, Belgium:
International Diabetes Federation, 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Manual de hipertensão arterial


e diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde; 2002a.

KHAN, M. A. B. et al. Epidemiology of Type 2 Diabetes – Global Burden of Disease and Forecasted
Trends. Journal of Epidemiology and Global Health, v. 10, n. 1, p. 107–111, mar. 2020.

SBD. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Dia-


betes: 2015-2016. Organização José Egídio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio. São Paulo: AC
Farmacêutica, 2016.

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RELATÓRIO
Caro (a) aluno (a),

Você deverá entregar o Relatório tipo Apresentação Simples (Power point). Para isso, faça o
download do template e siga as instruções contidas no mesmo.

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MATERIAIS COMPLEMENTARES

ARTIGO
• Teores de colesterol, lipídios totais e ácidos graxos em cortes de carne
suína
• Neura Bragagnolo e Délia B. Rodriguez-Amaya
• Link: https://www.scielo.br/j/cta/a/D5JZhxJg3gYmXJMzv3sVDKf/?lang=pt

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