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Ética, Econômia e Bem-Estar Animal
Ética, Econômia e Bem-Estar Animal
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Nova abordagem! Pensadores influentes
• Vida que “vale a pena viver”!
• O conceito no final do século XX era • O filósofo Australiano Peter Singer, com o
predominantemente baseado na “ausência” livro Libertação Animal, abordou os
de sofrimento. “interesses” dos animais dentro de uma
perspectiva “utilitária”, enfatizando a
• Identificar estados afetivos positivos é um
necessidade de que a proteção dos
dos maiores desafios para a avaliação de
“interesses” dos animais não humanos
bem-estar.
tenham prioridades.
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Contratual Utilitária
• A visão contratual apenas considera os • Devemos considerar não apenas os
interesses humanos, e a observância do interesses de todos seres humanos
bem-estar dos animais depende do impacto afetados, mas também de todos os seres
que esta ação terá com outros humanos, sencientes afetados. O objetivo deve ser o
que são possíveis signatários deste de produzir o melhor equilíbrio do “bem”
contrato. Não existe espaço para animais no sobre o “mal”, através da maximização da
circulo moral habitado por humanos. satisfação dos interesses sencientes.
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Estudo de caso 1 (modificado após Qual o papel do médico
B.Rollin) veterinário?
• Você é chamado para atender um problema • Você pergunta sobre a fêmea com fratura e
de diarreia em uma unidade de suínos, o gerente responde da seguinte forma: “ela
possivelmente causada por E. coli. vai parir nos próximos dois dias. Assim que
• Na sua visita você observa uma fêmea ela parir, vamos sacrificá-la e passar os
suína, no final da gestação, com fratura no leitões para outras fêmeas”.
membro posterior.
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• Você observa que o produtor está mantendo • O produtor comenta que a redução em 28%
um dos galpões sem alimentação com o do peso das aves é um processo para
objetivo de reduzir o peso corporal dos propiciar um segundo ciclo produtivo,
animais em 28%. precedido pela perda das penas, e
• Os funcionários estão retirando animais alterações no trato reprodutivo.
mortos do galpão durante a sua visita.
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Estudo de caso 2 Sua ação?
• 1) Ignorar o manejo, pois a sua visita é para
atender uma solicitação de um colega.
• Ele menciona que os ancestrais da galinha
• 2) Recomendar ao produtor que interrompa a
doméstica passam por um processo muda forçada.
semelhante em condições naturais. • 3) Sugerir que animais doentes sejam submetidos
a eutanásia
• 4) Denunciar o produtor por maus-tratos.
• 5) Nenhuma das alternativas acima é correta.
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Caso de estudo 4 Caso de estudos 5
• Você atua como veterinário responsável em • Você está retornando de suas férias de
uma competição internacional de cavalos da verão e se encontra em um
raça Quarto-de-Milha. Você observa que o a congestionamento na rodovia Anhanguera.
cauda de alguns animais está com uma falta Na sua frente está um caminhão
de mobilidade que é sugestiva de transportando frangos de corte, sem controle
manipulação farmacológica (injeção de de temperatura. Você observa pela
álcool, por exemplo). Qual será a sua ação? aberturas das gaiolas de transporte, que os
animais estão sofrendo estresse térmico.
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Caso de estudo 7 Caso de estudo 7
• Em testes de desempenho foram
observadas mudanças comportamentais
sugestivas de que os animais estavam mais • Você é veterinário consultor de uma
reativos, com ansiedade e medo. Estudos empresa que está considerando a utilização
posteriores demonstraram que o produto deste fármaco devidamente licenciado pelas
aumentava a liberação de catecolaminas, e autoridades competentes. Qual será a sua
desta forma induzia as mudanças ação?
comportamentais observadas.
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Público Complexo de
Organização Mundial do
Consumidores
Atacadistas produção de Comércio (WTO), 12/2013
alimentos
produtos originados da caça
de focas.
• https://youtu.be/y_K2In
liVKE
(Anna Cristina Oliveria, Karina Ishida &
Márcia I.G. Zanella )
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Cenário na USP - Grupos
• CECSBE
Divulgamos nossas ações de
– Centro de Estudos Comparativos em Saúde, pesquisa !
Sustentabilidade e Bem-Estar
• GEBEA
– Grupo de Estudos em Comportamento e Bem-Estar Animal
• LAE
– Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal
• LABE
– Laboratório de Biometereologia e Etologia
• NUPEA
https://docs.google.com/open?id=0B2D6nzO8wiZGcmR
– Núcleo de Pesquisa em Ambiência GeHlfUmwzQ0E
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Competição
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Competição global de bem- Competição global de bem-
estar animal estar animal
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Influência do BBFAW
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O Brasil por não conseguir colocar o seu produto no mercado alemão pelo
mesmo preço que os demais grandes fornecedores DEIXOU DE FATURAR
entre 2010 até 2016:
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NORMAS E LEGISLAÇÃO EXEMPLO DO PRODUTO NA
ALEMANHA
CERTIFICAÇÃO DE BEA NO BRASIL
▪ Na ausência de fiscalização pelo MAPA nas etapas de criação e transporte de
animais agropecuários, algumas certificadoras passaram, recentemente, a
ocupar o papel de fiscalizadoras e promotoras de BEA no Brasil.
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NORMAS E LEGISLAÇÃO NORMAS E LEGISLAÇÃO
CERTIFICAÇÃO DE BEA PARA A INDÚSTRIA
▪ Protocolo normativo que atua no mercado global CERTIFICAÇÃO DE BEA PARA A INDÚSTRIA
como referência chave de Boas Práticas Agrícolas
(BPA) e permite a inserção em mercados outros ▪ A certificação Global G.A.P. minimiza os
mercados. Obrigatório para a comercialização via impactos negativos no meio ambiente,
supermercados europeus, a implantação das reduz os insumos químicos e garante
normas do GLOBAL G.A.P. possibilita ao produtor o também o bem estar dos trabalhadores e
acesso ao mercado varejista da Zona do Euro. animais. A Ceres Qualidade é uma
empresa brasileira habilitada a implantar
▪ Esse selo ganha importância para garantir as processos que garantam a certificação
exportações do agronegócio brasileiro para Global G.A.P. no Brasil.
mercados que exigem BEA, como é o caso da (Mazzocca et al., 2017)
Alemanha, que é o terceiro maior comprador de (Mazzocca et al., 2017)
frango industrializado do Brasil (Agrostat).
Source: http://www.oiabrasil.com.br/certificacao/
Source: http://www.oiabrasil.com.br/certificacao/
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Legislação
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NORMAS E LEGISLAÇÃO
(Mazzocca et al., 2017)
Decreto Nº 30.691: regulamenta a Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Estabelece
que o abatedouro é responsável pelos animais recebidos e que todos os atos considerados maus tratos são
1952 passíveis de punição. Torna obrigatório o abate humanitário através do uso de métodos científicos e autorizados
para a prévia insensibilização dos animais. Estabelece as normas que regulam, em todo o território nacional, a
inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal.
• A legislação de bem-estar animal no Brasil Lei Federal Nº 9.605: conhecida como Lei de Crimes Ambientais (LCA), estabelece sanções administrativas e
Lei Federal Nº 10.519: dispõe sobre a promoção e fiscalização da defesa sanitária animal quando da
realização de rodeio e dá outras providências. Estabelece regras para o uso de animais em rodeios, bem como o
seu transporte e as exigências para o uso de equipamentos nos animais. Essa lei atende animais agropecuários
2002 de lazer.
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NORMAS E LEGISLAÇÃO
(Mazzocca et al., 2017)
Portaria Nº 185: MAPA institui a Comissão Técnica Permanente do Bem-Estar Animal (CTEBEA).
2008 Instrução Normativa Nº 56: estabelece os procedimentos gerais de Recomendações de Boas Práticas de
Bem-Estar para Animais de Produção e de Interesse Econômico (REBEM), abrangendo os sistemas de produção
e transporte. Estabelece as diretrizes gerais para a criação de animais de produção com fins comerciais, do
nascimento até o abate.
Instrução Normativa Nº 10: aprova Regulamento Técnico para exportação de ruminantes vivos para o abate.
• Decreto n° 30.691 de 1952
2010 Estabelece as condições necessárias para a exportação de bovinos vivos destinados ao abate, incluindo
elementos para garantir as boas práticas de bem-estar dos animais, como adaptação prévia a viagem, estrutura
dos pontos de concentração e portos, estruturas dos navios, tempo de viagem até o porto, entre outros.
Aprova o novo Regulamento da Inspeção
Instrução Normativa Nº 46: estabelece o Regulamento Técnico para sistemas orgânicos de produção animal
Industrial e Sanitária de Produtos de Origem
2011
e vegetal e as listas de substâncias permitidas para uso nos sistemas orgânicos de produção. Define que se deve
promover a saúde e o BEA em todas as fases do processo produtivo com a adoção de técnicas sanitárias e Animal.
práticas de manejo preventiva.
Atualização LCA: aumentou a pena por crueldade de 3 meses a 1ano para 1 a 4 anos e até 6 anos se o animal
é morto (os animais agropecuários estão inseridos nessa proteção).
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Decreto nº 8.852/2016
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Decreto nº 8.852/2016
• Ações da Comissão de Bem-Estar Animal
• A normatização sobre bem-estar animal é no Brasil são embasadas na legislação
um trabalho conjunto entre as secretarias. vigente e no conhecimento técnico-científico
disponível.
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• Instrução Normativa nº 56, de 6 de • Instrução Normativa n° 03 de 2000 -
novembro de 2008 Aprova o Regulamento Técnico de Métodos
Estabelece os procedimentos gerais de de Insensibilização para o Abate
Recomendações de Boas Práticas de Bem- Humanitário de Animais de Açougue.
Estar para Animais de Produção e de
Interesse Econômico (Rebem), abrangendo
os sistemas de produção e o transporte.
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• Instrução Normativa n° 12 de 2017 - • Decreto n° 9.013 de 2017 - Aprova o novo
Credenciamento de entidades para Regulamento da Inspeção Industrial e
Treinamento em Abate Humanitário Sanitária de Produtos de Origem Animal.
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Leis e Regulamentos nos EUA para Leis e Regulamentos nos EUA para
a proteção de animais de produção a proteção de animais de produção
Conteúdo da Lei de Abate Humanitário
(Humane Slaughter Act - 7 U.S.C.A. § 1902. Humane methods
(b)sendo abatidos de acordo com os rituais islâmicos
ou judeus ou qualquer outra religião que considere um • Criação de aves está excluída do “Humane
método de abate no qual o animal sofra perda de Slaughter Act”
consciência por anemia cerebral causada pelo
rompimento simultâneo e instantâneo das artérias • American Meat Institute Guidelines é muito
carótidas com um instrumento afiado manipulação importante, bem como auditorias privadas.
associada a tal abate.
Leis e Regulamentos nos EUA para Leis e Regulamentos nos EUA para
a proteção de animais de produção a proteção de animais de produção
• Animais de produção usados para pesquisa • O “Animal Welfare Act” é aplicado a todos
e ensino estão cobertos pela Lei Federal de os animais utilizados em pesquisa
Bem Estar Animal (Federal Animal Welfare biomédica, circos e zoológicos.
Act).
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Breve história sobre bem-estar na Europa Breve história sobre bem-estar na Europa
1964 Ruth Harrison “Animal Machines” (RU), 51 1979 Farm Animal Welfare Council (FAWC) (RU) foi estabelecido
anos 1992 Documento de Maastricht („animal welfare“ mencionado)
1996 Primeira Cátedra de bem-estar animal em Cambridge
1965 Brambell Report (Prof. Roger Brambell): 1999 Tratado de Amsterdam (“seres senscientes” 1 menção”)
Cinco Liberdades 2002 Proteção Animal como objetivo da Constituição da Alemanha
2004 EuroFAWC plataforma Européia para discussão de Bem-estar
1967 Farm Animal Advisory Council foi criado animal for criada
1968 Council of Europe (CEC) (Strassburg): 2004 29 de outubro: Bem-estar animal foi incluido na Constituição para a
Convenção Européia Europa
2012 – 2015 – Estratégia de bem-estar animal da União Européia
Europa
Estrutura das leis de bem-estar animal
1. Leis Internacionais: Council of Europe (Conselho da Europa)
Convenção Européia em Bem-Estar Animal; OIE
2. União Européia
Diretivas, Orientações
EFSA (European Food Safety Authority)
3. Leis Nacionais nos Estados Membros da União Européia FACILITAR AVALIAÇÃO
Alemanha
Lei Federal (em 16 Estados da Alemanha)
CERTIFICAR AVALIAÇÃO.
Leis Estaduais (não podem ser inferiores as leis da Europa ou MELHORAR APLICAÇÃO.
Federais)
Acordos assinados com a indústria sobre bem -estar animal
MELHORAR FORMAÇÃO.
Opiniões de especialistas (casos legais) MELHORAR INFORMAÇÃO.
ENVOLVER TODOS , incluindo M.V.
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The European Union & Animal Welfare Legislation The European Union & Animal Welfare Legislation
Calves
Pigs
Council Directive 2008/119/ECof 18
December 2008, Official Journal L 010, Council Directive 91/630/EEC of 19
15/01/2009 P. 0007 - 0013 laying down November 1991 laying down minimum
minimum standards for the protection of standards for the protection of pigs
calves (codified version) Official Journal L 340, 11/12/1991 p.
0033 - 0038
• http://europa.eu.int/comm/food/animal/index_en.htm • http://europa.eu.int/comm/food/animal/index_en.htm
The European Union & Animal Welfare Legislation The European Union & Animal Welfare Legislation
Laying Hens
Council Directive 1999/74/EC of 19 July
1999 laying down minimum standards Chickens kept for meat production
for the protection of laying hens Official Council Directive 2007/43 of 28 June 2007
Journal L 203, 03/08/1999 p. 0053 - laying down minimum rules for the
0057 protection of chickens kept for meat
production (OJ L 182, 12.7.2007 p.
0019-0028)
• http://europa.eu.int/comm/food/animal/index_en.htm
• http://europa.eu.int/comm/food/animal/index_en.htm
Protection at time of slaughter and killing Protection at time of slaughter and killing
Council Directive 93/119/EC of 22 Commission COM 2008/553 of 18
December 1993 on the protection of September 2008 for a Council
animals at the time of slaughter or killing Regulation the protection of animals at
Official Journal L 340 , 31/12/1993 p. the time of killing
0021 - 0034 • http://europa.eu.int/comm/food/animal/index_en.htm
• http://europa.eu.int/comm/food/animal/index_en.htm
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The European Union & Animal Welfare Legislation The European Union & Animal Welfare Legislation
• http://europa.eu.int/comm/food/animal/index_en.htm
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