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FUNDAMENTOS E FASES DO
DESENVOLVIMENTO DE
NOVOS PRODUTOS

Professora :

Me. Melina Aparecida Plastina Cardoso

Objetivos de aprendizagem
• Conhecer os conceitos pré-determinados, novos conceitos e concepção de produtos.

• Compreender os conceitos e fases a respeito da elaboração de um projeto.

• Analisar os métodos de pesquisa para obtenção de dados e aprender a coletar dados.

Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• Conceito e concepção de produto

• Fases de desenvolvimento do produto

• Pesquisa de mercado

Introdução
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo à disciplina de “Desenvolvimento de Novos Produtos com ênfase em gastronomia funcional”! Espero que aprecie, torne agradável e divirta-se com
o aprendizado!

Este estudo irá apresentá-lo quais são os conceitos, as concepções e as fases do desenvolvimento de um novo produto, bem como os métodos e tendências que são utilizados para
facilitar e tornar assertivo o seu desenvolvimento.

Você sabia que desenvolvimento de novos produtos (DNP) pode despertar a vontade de alguns gestores a abrirem um setor específico dentro de suas empresas para trabalhar
somente em cima disso? Você já se imaginou trabalhando nesta área? Este profissional tem sido bastante procurado, pois acreditam que além das suas competências e habilidades
técnicas, o profissional seja versátil e criativo.

Uma dica para que o resultado dos seus estudos alcance o sucesso: é imprescindível que haja dedicação, pois esta disciplina exige empenho e foco. Dificilmente você obterá êxito
estudando somente às vésperas das avaliações, pois se faz necessário um estudo contínuo e direcionado, que cumpra as exigências de resoluções de questões e problemas diversos
que estão diretamente relacionados com as competências e habilidades necessárias para ser um bom profissional. Procure adquirir uma agenda (física ou virtual) para que consiga
direcionar os seus estudos, organizar as suas tarefas e planejar seus deveres. Outra dica é: tente anotar as datas dos trabalhos como também as datas das avaliações, para que
dentro do seu planejamento, você consiga encontrar um tempo diário para estudar. Espero que assista as aulas com a máxima concentração, faça os exercícios com empenho e
assimilação e anote suas dúvidas e pontos para a discussão oportuna.

Lembre-se: o professor estará lá para te apoiar, auxiliar e inspirar o seu trabalho em campo, após o término desta disciplina!

Bons estudos! Parabéns por ter escolhido um curso como o de DNP!

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CONCEITO E CONCEPÇÃO DE PRODUTO


Olá aluno(a)!

Vamos dar início ao nosso estudo conhecendo um pouco mais sobre os conceitos gerais do produto e sua concepção. Trataremos também sobre os diferentes conceitos pré-
determinados como também novos conceitos, de forma didática, para que você mergulhe neste universo dos Produtos.

Ao final desta aula, você poderá entender de que forma os conceitos sobre produtos foram sendo desenvolvidos e quais os principais objetivos relacionados à sua existência.

Estudo de conceitos pré-determinados e novos conceitos de produtos

O termo “produto” possui diversos significados. No dicionário da língua portuguesa, que é o instrumento que nos indica o significado das palavras (além de outras informações), o
termo se refere ao que é produzido, à uma obra, a um resultado final ou resultado relacionado a um rendimento, seja ele intelectual ou físico (MICHAELIS, 2000). Nota-se que este
termo nos traz a ideia de que o produto é um resultado (intelectual ou físico) gerado a partir de um trabalho, esforço, transformação de algo por alguém, com a finalidade de servir
um propósito.

Para Kotler e Armstrong (2007, p. 200): “produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e que pode satisfazer um desejo ou uma
necessidade”, nos remetendo à ideia de atendimento de uma necessidade dos clientes, de forma a satisfazê-lo parcialmente ou integralmente. Em suma, para Filho (2009, p. 74): “o
ponto inicial da transformação da ideia, de natureza imaterial em algo físico, sem dúvida, é o que chamamos de conceito de produto”. Acredita ainda que o conceito é que traz as
definições e as premissas da operacionalidade do produto ou também de como o consumidor deverá interagir com ele.

Diversos podem ser os fatores que influenciam na satisfação do cliente, dentre eles podemos destacar: as características do produto ou serviço, as
emoções causadas no cliente, as causas do fracasso ou do sucesso, as percepções da justiça, como também, a percepção de outros clientes, colegas
ou parentes.

Fonte: SEBRAE (2016, on-line)¹.

Galão (2009) acredita que um produto ocupa um lugar primordial nas decisões de marketing das organizações, pois por meio dele a empresa é capaz de atender as diferentes e
diversificadas necessidades do mercado em que atua e que a aquisição de um produto ocupa a sensação de solução de um problema para o consumidor, como ilustrado de forma
abstrata pela Figura 1. Acredita ainda que a criação de novos produtos, bem como sua diversificação, manutenção, melhoria e modificação sejam essenciais para serem incluídas nas
estratégias atuais e futuras da empresa, uma vez que conseguem sempre chamar a atenção dos seus clientes.

Um outro conceito de “produto” é trazido por Kaminski (2015, p. 1), que relata que: “os produtos, normalmente resultante de projetos de engenharia, são desenvolvidos e tornados
disponíveis aos clientes potenciais essencialmente para satisfazer necessidades humanas individuais ou coletivas”. Neste contexto, podemos perceber que esta ideia é baseada em
um foco comercial e de marketing, que são áreas sucessoras ao desenvolvimento do produto.

O primeiro passo em relação à concepção do produto é a ideia inicial. A ideia de um novo produto nos remete à alguns conceitos incrementados, e que envolvem modificações,
conforme trazido pelo Manual de Oslo (2006, p. 169): “é a introdução de um bem ou serviço novo ou significativamente melhorado no que concerne a suas características ou usos
previstos”, que podem incluir melhoramentos significativos em suas especificações técnicas e funcionamentos como também incorporações de softwares para facilitar o seu uso,
entre outras características. Diz ainda que: “Novos produtos são bens ou serviços que diferem significativamente em suas características ou usos previstos dos produtos
previamente produzidos pela empresa. “

Podemos dizer então que, se um produto é funcionalmente diferente em relação ao que já existe e ofertado no mercado, esse produto pode ser definido como novo.

Figura 1 - Arte abstrata que representa a necessidade de um cliente por um produto

Um dos produtos mais utilizados pelos consumidores de hoje são os smartphones, mais conhecidos como “telefones inteligentes”. Este produto é
considerado um produto novo, onde o primeiro modelo comercialmente vendido foi o Ericsson R380, comercializado por U$ 700, no ano de 2000.
Sete anos após o seu lançamento, a “Apple” lançou um modelo pouco mais completo e atrativo, chamado “Iphone”.

Fonte: Phone Arena (2014, on-line)².

Autores como Philip Kotler e Kevin Lane Keller são bem conhecidos na área de Marketing e estruturaram uma hierarquia de produtos a fim de estabelecer termos importantes para
conscientização dos diferentes conceitos de produtos (KOTLER; KELLER, 2012):

Conforme há um aumento da exigência do consumidor por um produto mais completo ou mais inovador, há também o aumento da complexidade do
produto.

Fonte: Kotler e Keller (2012).

Figura 2 - Relação entre a exigência do consumidor e o conceito do produto

Fonte: adaptada de Kotler e Keller (2012).

Você deve estar se perguntando: como eu posso montar uma hierarquia baseada nesses conceitos, utilizando como premissa as necessidades dos clientes? De forma simples,
podemos nos basear na diferenciação , que significa criar ou desenvolver uma grande quantidade de itens que apresentem diferenças significativas para os produtos de uma
empresa em relação aos produtos da concorrência.

Kotler (2000, p. 310 - 313) conseguiu diferenciar e distinguir alguns produtos de acordo com algumas características de diferenciação, que são:

• Diferenciação por forma, estilo ou design : os produtos podem ser diferenciados em relação ao seu formato, tamanho ou estrutura física. Alguns consumidores estão dispostos a
pagar mais caro pela embalagem que lhes atraem ou pelo contato primário e já agradável que causam. Como alguns exemplos, podemos citar as diferentes gomas de mascar
existentes no mercado. Encontramos algumas pequenas, outras médias e grande, com formatos diferenciados, variando entre círculos, triângulos ou retângulos (Figura 3).

• Diferenciação por característica : os produtos podem ser diferenciados por meio de suas características variáveis, que assumem papéis de complementação à sua função inicial ou
básica. Admite-se ainda que, empresas que introduzem características novas anteriormente aos seus concorrentes, são consideradas mais eficientes em competir.

• Diferenciação por desempenho : os produtos podem ser diferenciados em relação ao seu desempenho, levando em consideração diversos outros fatores, dentre eles
lucratividade e qualidade. O produto deve ser projetado de forma que o seu desempenho seja apropriado para o seu público-alvo, como também para os seus concorrentes.

• Diferenciação por conformidade : os produtos podem ser diferenciados de acordo com a expectativa dos consumidores em relação a ele, pois os compradores esperam que os
itens produzidos atendam: às legislações vigentes, às especificações prometidas como também ao mínimo de qualidade durante e após sua formulação.

• Diferenciação por durabilidade : os produtos podem ser diferenciados em relação ao tempo que duram, podendo o consumidor até admitir uma alteração no preço em relação aos
produtos tradicionais e que duram menos, desde que não sejam abusivos.

• Diferenciação por confiabilidade : a reputação relacionada ao produto traz segurança tanto para quem compra quanto quem vende o produto, dificultando a entrada do
concorrente no mercado.

• Diferenciação por facilidade de reparo : os produtos podem ser diferenciados de acordo com a mensuração da facilidade do seu conserto ou do seu reparo, contando com a
hipótese que ele apresente mau funcionamento ou não funcionamento.

Figura 3 - Exemplos de diferenciação por forma, estilo ou design

Concepção de um novo produto

Após a definição do conceito de produto, a segunda fase é conceber os componentes do produto (desde que não contenha apenas uma peça). Esta fase representa a união das ideias
em um diagrama funcional (para que por meio dele se consiga entender as funções parciais de todos os elementos envolvidos e que formam o produto, servindo como base para sua
concepção). A concepção propriamente dita se dá quando após sucessivas tentativas junto à equipe de produção, o produto sai do nível “protótipo” e realmente alcança o seu
“nascimento” como um produto de fato (FILHO, 2009).

Quatro tipos de concepções serão abordados neste estudo: Aqueles concebidos por meio: da licença, do empreendimento em conjunto ( Join Venture ), da aquisição de pacote e do
desenvolvimento do produto. Alguns países acreditam que a excelência na busca por concepção de produtos determina o anseio por sua constante melhoria e também destaca sua
competitividade (ROMEIRO FILHO, 2006, p. 106).

Licença

Compreende a busca e aquisição de um novo produto A pela empresa X, sendo que a empresa Y é quem fabrica ou industrializa este produto. Quando existe este procedimento, a
empresa compradora é solicitada ao pagamento de royalts , que por sua vez representa uma quantia paga pelo direito de utilizar, comercializar ou explorar um produto (ABRAL,
2016, on-line)³.

O empreendimento em conjunto (Join Venture)

Representa a associação de uma empresa com outra que detém a tecnologia e ambas fabricam o novo produto. Neste tipo de associação, os associados dividem responsabilidades,
funções, obrigações, despesas e lucro, porém individualmente não perdem a sua identidade (IPEA, 2006, on-lin e) 4 .

A aquisição de pacote

Neste tipo, a empresa adquire um pacote tecnológico de um fabricante já estabelecido. Neste caso, os conhecimentos provém de estudos teóricos e da experiência profissional que
o fabricante já possui (NASCIMENTO; ERDMANN, 1998, on-lin e) 5 .

Desenvolvimento do produto

Este tipo compreende a concepção em que a empresa executa ou contrata o projeto de desenvolvimento e fabricação do (a): produto, embalagem, design , processo, entre outros
(ROMEIRO FILHO, 2006, p. 106) .

FASES DE DESENVOLVIMENTO DE UM PRODUTO


Olá, futuro desenvolvedor de novos produtos! Vamos começar os estudos relembrando o que foi abordado anteriormente? Vimos que um produto possui diferentes conceitos, e
que novos produtos dependem de uma incrementação a um produto já existente ou de um projeto totalmente novo, nunca elaborado ou aplicado. Vimos também que um produto
podem possuir conceitos de acordo com a exigência do público-alvo, assim como diferenciações de acordo com sua forma, design, características, desempenho ou conformidade.

Após abordarmos estes conceitos, que tal entendermos a respeito de elaboração de um projeto? Ou seja, aprofundar nossos conhecimentos em: quais as informações prévias
necessárias para sua construção bem como a sua lógica de interpretação e execução?

Elaboração de projeto

Segundo Kaminski (2015, p. 1): “são exemplos de produtos oriundos de um projeto: uma estação de tratamento de água; um produto industrial de consumo (automóvel, caneta
esferográfica, etc.); um novo meio de transporte; um processo de fabricação alternativo; um novo material ou um programa de computador.”

A elaboração de um projeto de produtos, segundo Romeiro Filho (2006, p. 93) abrange basicamente a transformação de ideias, conceitos e informações em representações bi ou
tridimensionais. Considera que a atividade principal de transformação acontece entre um estágio inicial de requerimento de: “informações, assimilação, análise e síntese; e um
estágio conclusivo no qual as decisões tomadas são organizadas num tipo de linguagem que possibilite a comunicação e arquivamento dos dados e a fabricação de produtos”.
Acredita também que um projeto deva possuir uma qualidade estética, uma facilidade na comunicação (para que seja entendido pelo seu público) e atender de forma satisfatória à
requisitos como: os meios tecnológicos que se fazem necessários para sua fabricação, a sua viabilidade técnica e econômica e a praticabilidade de seus materiais.

Em relação à estrutura de um projeto, Kaminski (2015, p. 7) relata que independente das características peculiares que cada produto possui, as etapas de seu projeto se
desenvolvem por meio de um método geral comum. Afirma também que: “esta metodologia organiza a transformação das necessidades em meios para satisfazê-las e indica
finalmente como utilizar matérias primas, recursos humanos, tecnológicos e financeiros para se obter o produto”.

As etapas que compõem um projeto se desenvolvem de formas sequenciais e cronológicas (Figura 4), em 7 fases definidas como (KAMINSKI, 2015, p.7-13):

• 1ª fase - Estudo de viabilidade técnica : fase inicial de qualquer projeto, pois compreende um conjunto de informações que compõem soluções viáveis para o desenvolvimento.
Consiste em especificar qual a necessidade (e quantificá-la), posteriormente verificar quais as suas características operacionais, funcionais e construtivas (de forma a delimitar as
especificações técnicas do produto que será desenvolvido) e por fim, decidir quais as concepções físicas que atendem as soluções dessa necessidade, analisando o ponto de vista
técnico, financeiro e econômico.

• 2ª fase - Projeto Básico : fase secundária que visa definir por completo a solução escolhida pela primeira fase. Nesta fase as propostas são analisadas de maneira abrangente, com
foco nas vantagens e desvantagens das especificações. Logo após, a solução é submetida a estudos que utilizam modelos matemáticos ou físicos que estabelecem: quais parâmetros
irão variar, quais as características dos componentes e como o ambiente interno e externo influenciam na funcionalidade do produto.

• 3ª fase - Projeto Executivo : nesta fase o produto (ou protótipo) já pode ser testado e tem potencial para ser produzido. Nesta fase os componentes e conjuntos são analisados e,
acaso os testes sejam aceitos, há o reprojeto e aperfeiçoamento do produto. Esta fase só se conclui quando a lista de peças, especificações e desenhos da engenharia são aprovados,
e em seguida, é construído documentos e relatórios técnicos do produto.

• 4ª fase - Planejamento da Produção/Execução : esta é a fase que antecede a fabricação do produto (pois há a determinação do: planejamento das novas instalações, processos de
fabricação e montagem, recursos humanos, ferramentas e dispositivos, controle de produção, avaliação de fornecedores, normas e regulamentos de segurança, qualidade e fluxo de
informações) como também compreende sua implantação da produção.

• 5ª fase - Planejamento da Disponibilização ao cliente : “esta fase tem o objetivo de planejar uma maneira conveniente de distribuir o produto”, considerando: a logística, o projeto
da embalagem, a escolha dos locais e das formas dos depósitos e também o planejamento de promoção relacionado ao produto.

• 6ª fase - Planejamento do Consumo ou Utilização do Produto : esta etapa prevê a maneira como o produto será utilizado pelo consumidor, considerando informações pertinentes
relacionadas à utilização do produto, que são: “ facilidade de manutenção, confiabilidade adequada, segurança de operação, interação homem-produto, aparência estética,
economia de operação e durabilidade adequada”.

• 7ª fase - Planejamento de Abandono do produto : esta fase compreende a desativação do produto ou instalação que apresentem falhas ou desgastes inerentes à função. Em
alguns casos, projetos são abandonados por obsolescência técnica, a exemplo de produtos de informática e vestuário.

As 3 primeiras fases são as que constituem o chamado projeto do produto e são de responsabilidade da área de desenvolvimento, às vezes
denominada de engenharia. É importante notar que nas fases seguintes há inúmeros projetos, e cada um deles deve passar por todas as fases de um
projeto global, começando-se por estabelecer criteriosamente a necessidade.

Fonte: Kaminski (2015, p. 9).

Figura 4 - Etapas de elaboração de um projeto e suas características

Fonte: Kaminski (2015).

Segundo Filho (2009, p.77), o resumo de um desenvolvimento de produtos está baseado em uma justificação racinal a respeito das decisões relacionadas ao projeto do produto, “de
modo a torná-lo mais fácil de produzir, mais barato, com melhor desempenho e maiores chances de sucesso junto ao mercado consumidor. Enfim, em sentido amplo, mais
competitivo”.

Desenvolvimento da ideia e conceitos

As ideias podem surgir de diversas formas, podendo ser absorvidas tanto dentro quanto fora da organização. O processo que inicia a geração das ideias é chamado também de
“ inspiração inicial ” e pode estar presente em todas as fases do projeto de desenvolvimento, desde a sua criação até a sua concepção. A segunda fase é conhecida como

“ preparação ”, pois é a que compreende o processamento das informações. Logo depois, ocorre a fase de “ incubação e iluminação ” que é onde acontece o desencadeamento e

caracterização da etapa criativa, pois nesse momento há o entendimento propriamente dito. Tal compreensão representa a viabilidade ou justificativa plausível da ideia. Por fim,
ocorre a fase da “ verificação ”, onde se compreende a inovação e o ineditismo da criação (SELEME; DE PAULA, 2013).

Quando dizemos que as organizações adquiriram ideias de fontes internas , significa que foram os funcionários diretos ou indiretos, o pessoal da pesquisa e desenvolvimento ou os
próprios consumidores (por meio de uma pesquisa sobre suas necessidades) quem contribuíram elas. Já quando dizemos que as ideias foram captadas por fontes externas , elas
foram obtidas por meio de pesquisas de mercado, intenção de consumo, sugestões adversas dos clientes e ações dos concorrentes (SELEME; DE PAULA, 2013).

Vale ressaltar que a criatividade é primordial e deve andar juntamente com as ideias. Ela se faz necessária em qualquer fase do projeto ou do
desenvolvimento de um novo produto, pois contribui tanto para a viabilidade de novas ideias como também para a aparição de soluções adequadas.

Fonte: Kaminski (2015).

Uma das formas de se coletar essas ideias para que elas não sejam perdidas é conhecida como Brainstorming , que significa “tempestade cerebral” (Figura 5). Neste processo, um
grupo de pessoas interessadas em discutir sobre o mesmo assunto se reúnem, a fim de gerar ideias para análise, avaliação e aplicação futuras. Um fato bastante interessante a
respeito do Brainstorming é que ele não admite críticas, ou seja, todos os participantes podem (e devem) dar as suas contribuições, mesmo que suas ideias pareçam não fazer
sentido, sem que sejam punidos ou desestimulados (KAMINSKI, 2015, p.21). Porém, segundo Seleme e De Paula (2013) existe uma técnica mais avançada e mais atual chamada de
Brainwriting , que se baseia no Brainstorming , porém neste caso as ideias são registradas antes de serem divulgadas verbalmente e ela só acaba, quando as possibilidades ideias se
esgotam.

Figura 5 - Exemplo de Brainstorming

PESQUISA DE DE MERCADO
Vimos que para que um produto seja criado, a elaboração de um projeto bem fundamentado e assertivo é imprescindível para que tenhamos sucesso na sua criação. Certo? Agora
que já conhecemos essas etapas, que tal aprendermos sobre pesquisa de mercado?

Análise de mercado e metodologias de pesquisa para obtenção de dados

Quando se analisa o mercado, é possível entender mais profundamente o ambiente (tanto interno quanto externo) em que o produto está inserido. O mercado, segundo Dornelas
(2003) é composto pelo: ambiente onde o produto e a organização se encontram, pelo perfil do cliente ou consumidor e pela concorrência. Ainda, segundo o mesmo autor, esta
análise possibilita o entendimento do mercado da empresa, perante seus clientes e concorrentes, possibilitando aos seus gestores um maior entendimento em relação ao mercado
em que atuam.

Tal análise só se torna possível, por meio de uma pesquisa de coleta de dados relevantes sobre informações, técnicas ou execuções.

A pesquisa é um conjunto de investigações racionais, operações e trabalhos intelectuais ou práticos que objetiva a criação de novos conceitos, a
invenção de novas técnicas e a exploração ou criação de novas realidades.

Fonte: Bazzo e Pereira (2008 p.113).

As pesquisas se apresentam em 4 diferentes tipos (Figura 6): quanto a sua abordagem, quanto a sua natureza, quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos (GERHARDT;
SILVEIRA, 2009).

Figura 6 - Tipos de Pesquisa

Fonte: Adaptado de Gerhardt e Silveira (2009).

• Quanto à abordagem: podem ser qualitativas ou quantitativas. As qualitativas se preocupam em compreender dados a respeito de organizações, grupos sociais, comportamentos,
entre outros, e não se preocupam com dados numéricos ou estatísticos. Este tipo de pesquisa é bastante utilizada, por exemplo, por setores como o de marketing, como forma de
conseguirem obter dados que podem ser utilizados em campanhas publicitárias de novos produtos. Já as quantitativas possuem um enfoque menor na interpretação de um objeto,
grupos sociais ou comportamentos e maior em obtenção de dados lógicos, quantitativos e que buscam enfatizar um raciocínio mensurável.

• Quanto à natureza: podem ser: básicas ou aplicadas. As básicas buscam conhecimentos e verdades gerais, e não prevêem uma aplicação prática. Já as aplicadas, objetivam uma
aplicação prática, direcionadas à resolução de problemas pontuais.

• Quanto aos objetivos: podem ser exploratórias, descritivas ou explicativas. As exploratórias buscam uma proximidade ou familiaridade com a problemática. São conhecidas
também como “pesquisas bibliográficas” e “estudo de caso”, visto que envolvem levantamento bibliográfico, entrevistas e análise de exemplos. As descritivas busca descrever
minuciosamente todas as informações que se pretende pesquisar. São conhecidas também como “estudos de caso”, “pesquisa ex-post-facto” ou “análise documental”, pois
descrevem os fatos exatamente como eles são, fugindo da verificação por meio da observação. Já as explicativas buscam fatores que determinam a ocorrência de certo fenômeno,
ou seja, bucam os “porquês” detalhados sobre a ocorrência de certos acontecimentos. São conhecidas também como experimentais e ex-post-facto.

• Quanto aos procedimentos: podem ser experimentais, bibliográficas, entre outras. As experimentais buscam dados que compreendam a relação “causa e efeito”, eliminando
explicações ou suposições que possam conflitar as descobertas, podendo ser desenvolvida em um laboratório ou em campo. As bibliográficas buscam, por meio de fontes
bibliográficas (mais conhecidas como referências teóricas), o levantamento de dados científicos sobre um determinado problema ou assunto. Estes dados podem ser encontrados
em livros, revistas, artigos científicos, meio eletrônico, websites etc.

Você pode conhecer mais sobre as pesquisas, seus tipos e suas atuações acessando:< http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf
>.

Fonte: Gerhardt e Silveira (2009).

Coleta de dados

Em se tratando de mercado, um dos procedimentos é o levantamento ou a coleta de dados que são revelados por observações, questionários e entrevistas, para que se tenha uma
visão sistêmica das motivações, comportamentos e atitudes dos clientes e também consumidores. Esses dados colhidos devem ser tratados de forma cautelosa para que se consiga
clareza em suas conclusões (KOTLER, 2000).

A coleta de dados que está relacionada diretamente às pessoas, pode ser representada por 3 diferentes tipos (MARCONI; LAKATOS, 2002; WENDHAUSEN, s.d., on-lin e) 6 :

• Observação : Neste tipo de coleta, os fatos colhidos são percebidos diretamente por meio do observador, sem que haja qualquer intermediação. O principal inconveniente é que a
presença deste observador pode ocasionar a alteração de comportamento dos fatos/pessoas/dados observados. Este tipo é pouco utilizado, visto que leva a produção de resultados
poucos confiáveis que dependem muito do registro e observações elencadas da memória do investigador, gerando uma ampla margem à interpretação subjetiva ou parcial do
conteúdo estudado.

• Questionário : É composto por perguntas relacionadas à um tema que se deseja estudar. As questões podem ser do tipo fechadas, abertas, ou independentes. O questionário
apresenta algumas limitações, como: podem excluir pessoas que não sabem ler e/ou escrever (pois dependem de respostas escritas); Impedem ajuda de outras pessoas quando a
questão não foi compreendida (pois geralmente são aplicadas individualmente) e não oferece, garantias de que sejam preenchidas e/ou devolvidas na sua totalidade (pois alguns
questionados desistem no “meio do caminho” ou respondem e esquecem de entregar ao destinatário). O número de questões que devem compor um questionário dependem da
natureza da informação desejada, do nível sociocultural dos interrogadores e interrogados, do tempo dos questionados entre outros. Entretanto, devem incluir perguntas
relacionadas ao problema que se deseja investigar e que estejam claras para serem respondidas corretamente e não devem incluir perguntas cujas respostas possam constrangir ou
que interferir na intimidade das pessoas questionadas. Em hipótese alguma, o questionário deve conter perguntas que induzam à uma única resposta desejada pelo
questionador/pesquisador ou que possibilita diversas interpretações. O questionário deve conter apresentação, instruções para preenchimento e introdução.

• Entrevista : apresenta-se como uma técnica em que o entrevistador/ pesquisador se apresenta ao entrevistado/pesquisado por meio de perguntas formuladas. As vantagens deste
método de coleta de dados são: Permitem que o entrevistador adapte-se às características e circunstâncias relacionadas à entrevista; possibilita que dúvidas que possam surgir
pelo entrevistado sejam esclarecidas; oferece uma maior garantia de que todas as respostas sejam respondidas; oferece garantia total da entrega das respostas perguntadas; não
exige níveis de conhecimento sobre leitura e escrita do entrevistado; possibilita entendimentos de expressões faciais e corporais do entrevistado, bem como a análise da ênfase nas
respostas e tonalidade de voz; permite que os dados sejam aprofundados quando e se necessário. Este tipo requer alguns cuidados, como por exemplo: contato inicial ao
entrevistado; preparo de um roteiro que preceda a entrevista; verificação da duração deste roteiro; verificação das palavras e coerência das ideias deste roteiro; realização de uma
pergunta por vez; esclarecimento das perguntas; verificação da subjetividade das respostas; análise cautelosa dos dados colhidos e tabulação de forma coerente.

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ATIVIDADES
1. Alguns autores bastante conhecidos na área de marketing e de produtos, como Philip Kotler e Kevin Lane Keller se tornaram famosos, dentre seus inúmeros trabalhos e artigos
publicados, por também estruturarem uma hierarquia de produtos. Em se tratando do conceito “Produto Básico”, analise as afirmações e assinale a alternativa correta.

I) É conhecido como um produto que é transformado em uma oferta tangível.

II) É conhecido como um produto que, além de tangível, contenha “algo a mais” relacionado ao que o consumidor já esperava.

III)É conhecido como aquele que possui transformações que surpreendem, pois possui transformações inovadoras e exclusivas, além de se apresentarem diferentes do produto
tradicional.

IV) É conhecido também como um produto transformado em uma oferta palpável.

a) Estão corretas apenas as afirmações I e II.

b) Estão corretas apenas as afirmações I e III.

c) Estão corretas apenas as afirmações I e IV.

d) Estão corretas apenas a afirmação II.

e) Nenhuma das alternativas está correta.

2. Um projeto possui várias fases e abrange basicamente o levantamento e transformação de ideias, conceitos e informações. Sobre o levantamento de ideias, existe um método
bastante conhecido na administração e também na área de desenvolvimento, chamado “ Brainstorming ”. Sobre este termo, leia as afirmações que seguem e assinale a alternativa
correta:

I) Este termo significa “tempestade irracional”.

II)É um termo que não admite, em hipótese alguma, críticas ou julgamentos, pois tem como princípio básico, a produção de ideias, o uso da imaginação e a quebra de barreiras
mentais.

III) Admite que, quanto mais ideias surgirem, melhor o seu desempenho.

IV) O processo de Brainstorming busca basicamente: a geração de ideias para análise, avaliação e aplicações futuras dessas ideias.

a) Estão corretas apenas as afirmações I, II e III.

b) Estão corretas apenas as afirmações I e III.

c) Estão corretas apenas as afirmações II e IV.

d) Estão corretas apenas as afirmações II, III e IV.

e) Está correta apenas a afirmação IV.

3. A coleta de dados ela pode acontecer por meio de 3 diferentes tipos: observação, questionário e entrevista. A respeito do tipo “Questionário”, assinale a alternativa correta:

a) Não oferece garantias que sejam preenchidos na sua totalidade.

b) Não possui questões dissertativas ou discursivas.

c) Permite perguntas e respostas que interfiram na intimidade do pesquisado.

d) Independem da informação desejada, do nível sociocultural e do tempo dos interrogados.

e) Nenhuma das alternativas anteriores.

Resolução das atividades

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RESUMO
Um produto possui diferentes conceitos que variam de acordo com a exigência do público-alvo, sua forma, seu design, suas características, seu desempenho ou sua conformidade.
Novos produtos dependem de uma incrementação em relação a um produto já existente ou de um projeto radical, totalmente novo, nunca elaborado ou aplicado anteriormente.
Tais conceitos são fundamentais para que se consiga construir um projeto. A elaboração de um projeto exige que algumas etapas sejam construídas e elaboradas, para que durante a
sua execução de fato, possa obter sucesso. Para que todas as ideias durante a elaboração do projeto possam ser formalizadas, o Brainstorming ou Brainwriting são recomendados
para utilização. Estas ferramentas são utilizadas quando se deseja captar informações tanto internas (relacionadas aos colaboradores diretos e indiretos) quanto externas
(relacionadas à: pesquisas de mercado, intenção de consumo, sugestões adversas dos clientes e ações dos concorrentes). Para entendimento sobre o mercado em que o produto
será inserido, faz-se necessário uma análise do ambiente, do perfil dos clientes e também da concorrência direta e indireta. Tal análise compreende 4 diferentes tipos de pesquisa,
que se apresentam quanto: à sua abordagem (variando entre quantitativa e qualitativa), quanto a sua natureza (podendo ser básica ou aplicada), quanto aos seus objetivos
(variando entre exploratórias, descritivas ou explicativas) e quanto aos seus procedimentos (podendo ser experimentais, bibliográficas entre outras). Os dados colhidos, estão
geralmente relacionado à pessoas, e podem ser representados por três diferentes tipos: observação (onde os fatos são colhidos diretamente do observador); questionário (as
informações são colhidas por meio de perguntas que podem ser abertas, fechadas ou independentes) e entrevista (as informações são colhidas por meio de perguntas já pré-
formuladas).

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MATERIAL COMPLEMENTAR

Leitura
Aplicações e casos de gestão do desenvolvimento de novos produtos

Autores: Marco Aurélio de Carvalho e Oksana Alphonse Dib

Editora: ArtLiber

Sinopse : inovar ou morrer. Este tem sido o dilema da empresa moderna. Mas como? Você quer tornar
sua empresa mais competitiva no Desenvolvimento de Produtos? Este é um livro sobre Gestão de
Desenvolvimento de Produtos que não está baseado apenas em teorias para estabelecimento de
modelos e descrição de metodologias. Aqui a Gestão do Desenvolvimento de Produtos é tratada de
forma prática, com exemplos de Casos, abordando desde o pré-desenvolvimento até o lançamento e
pós-vendas.

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REFERÊNCIAS
BAZZO, W.A; PEREIRA, L.T.V. Introdução à engenharia : conceitos, ferramentas e comportamento. Florianópolis: UFSC, 2008. 270 p.

DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

FILHO, A.N.B. Projeto e desenvolvimento de produtos . São Paulo: Atlas, 2009.

GALÃO, F.P. Gestão de produtos . São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2009.

GERHARDT, T.E.; SILVEIRA, D.T. Métodos de pesquisa . Rio Grande do Sul: Plageder, 2009.

KAMINSKI, P. C. Desenvolvendo produtos com planejamento, criatividade e qualidade . Rio de Janeiro: LTC. 2015.

KOTLER, P. Administração de Marketing . 10. ed. 7ª reimpressão. Tradução Bazán Tecnologia e Lingüística; revisão técnica Arão Sapiro. São Paulo: Prentice Hall, 2000.

KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing . São Paulo: Pearson, 2007.

KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração de Marketing . São Paulo: Pearson, 2012.

MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Técnicas de pesquisa . São Paulo: Atlas, 2002.

MICHAELIS. Moderno dicionário da língua portuguesa . São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 1703. OCDE. Manual de Oslo. Proposta de diretrizes para coleta e interpretação de
dados sobre inovação tecnológica. 3. ed. Brasília: Finep, 2006.

ROMEIRO FILHO, E. Projeto de Produto - Apostila de curso. 8. ed. Belo Horizonte: LIDEP/DEP/ EE/UFMG, 2006.

SELEME, R.; DE PAULA, A. Projeto de produto : planejamento, desenvolvimento e gestão. Curitiba: Intersaberes, 2013

REFERÊNCIAS ON-LINE

1 Em < https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/conheca-fatores-que-determinam-a-satisfacao-do-seu-
cliente,21a46f65a8f3a410VgnVCM2000003c74010aRCRD >. Acesso em: 7 abr. 2017.

2 Em: < http://www.phonearena.com/news/Did-you-know-what-was-the-first-smartphone-ever_id58842 >. Acesso em: 7 abr. 2014.

3 Em: <http://abral.org.br>. Acesso em: 7 abr. 2017.

4 Em: < http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=2110:catid=28&Itemid=23 >. Acesso em: 7 abr. 2017.

5 Em: < http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad1998-ols-09.pdf >. Acesso em: 7 abr. 2017.

6 Em: <
http://home.ufam.edu.br/enimar/LEITURA%20E%20PRODU%C3%87%C3%83O%20DE%20TEXTOS%20EM%20ECONOMIA/METODOLOGIA/COLETA%20DE%20DADOS.pdf
>. Acesso em: 9 abr. 2017.

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APROFUNDANDO
Vamos imaginar que estejamos sendo recrutados para elaborar um projeto de pesquisa para uma universidade X de modo que, por meio deste projeto, o aluno consiga aprender a
estruturar um Trabalho de Conclusão de Curso. Para isso, temos que relembrar tudo o que vimos a respeito de projeto (bem como sobre suas etapas), pesquisa (e seus tipos) e coleta
de dados. É interessante que você não só crie tópicos do que seria necessário para a estruturação deste projeto, como também explique o passo a passo de sua elaboração.

Vamos lá?

Primeiramente, podemos relembrar a definição de projeto de pesquisa, que se inicia após termos um problema passível de tratamento científico. Esse tratamento requer variáveis
que podem ser testadas em um laboratório ou em campo. Certo?

Na sua estruturação, resumidamente precisamos de: tema (1), justificativa para a sua escolha (2), introdução (3), Fundamentação teórica que contenham o levantamento de dados
científicos relacionados ao tema (4), objetivos a serem alcançados (5), métodos para se trabalhar as hipóteses (6), desenvolvimento que envolva a discussão dos resultados (7) e a
conclusão (8), Referências (9), Resumo (10).

1 - Tema: deve levar em consideração os fatores internos (relacionados ao interesse pessoal diante do que for trabalhado, o tempo disponível para as atividades serem
desenvolvidas na sua totalidade e o limite das capacidades do pesquisador para que a pesquisa tenha um foco) e os fatores externos (relacionados à oportunidade e novidade do
trabalho, o tempo e o prazo de entrega e o material de alcance disponível para consulta).

2 - Justificativa: deve convencer que a execução do trabalho é imprescindível, como também, deve apresentar todos os pontos relevantes e de suma importância relacionadas ao
tema.

3 - Introdução: a introdução fornece ao leitor uma ambientalização/contextualização do que será abordado no trabalho.

4 - Fundamentação Teórica: este é o momento de separar e extrair de artigos, revistas ou jornais científicos o conteúdo relevante ao tema abordado. A partir daí, deve haver
levantamento e síntese de informações teóricas, realizadas por meio de via física (bibliotecas, por exemplo) ou via online (artigos, periódicos, jornais etc.).

5 - Objetivos: os objetivos são sinônimos de finalidade, propósito que se pretende alcançar, meta, alvo, intenção, intuito. Eles geralmente são separados em "objetivo geral" e
"objetivos específicos".

● O objetivo geral define com clareza e objetividade qual será a realização da pesquisa, por meio de uma frase que comece com um verbo no infinitivo. Ex: Avaliar a gestão de
estoques de uma indústria de alimentos, localizada em Londrina - PR, a fim de identificar seus pontos de fragilidade e propor melhorias.

● Os objetivos específicos identificam itens específicos a serem pesquisados e representam o aprofundamento da intenção gerada no objetivo geral. Ex: Levantar informações sobre
os estoques com os funcionários de uma indústria de alimentos; identificar pontos de fragilidade; elaborar relatório contendo sugestões de melhoria; verificar se algumas melhorias
foram implantadas e quais os retornos da melhoria.

● Levantar informações por meio de uma pesquisa de campo (in loco), informações referentes ao estoque, inventário, sistemas de gestão, giro de estoque, curva ABC e layout.

● Identificar pontos de fragilidade relacionados ao estoque, inventário, sistemas de gestão, giro de estoque, curva ABC e layout.

● Apresentar, por meio de figuras e relatórios, os problemas relacionados ao estoque, inventário, sistemas de gestão, giro de estoque, curva ABC e layout.

● Sugerir melhorias relacionadas aos pontos de fragilidade.

6 - Métodos: é a orientação de procedimentos de forma detalhada e rigorosa do caminho a ser seguido pelo trabalho de pesquisa. Neste momento, são descritos quais os
instrumentos de pesquisa, modelo/marca do instrumento, como funcionam, tempo previsto para realização do experimento, como os dados serão coletados e tratados etc.

7 - Desenvolvimento: o desenvolvimento deve ser constituído pela descrição, ao longo de vários parágrafos, de quais os pontos relevantes do trabalho realizado. Neste tópico,
admitese títulos e subtítulos ( que torna o texto mais agradável a sua leitura como também a sua compreensão), citações, figuras, tabelas e gráficos. Esta seção inclui os resultados
que o trabalho obteve bem como a citação de outros autores que chegaram à conclusões parecidas.

8 - Conclusão: devem conter elementos que concluam os objetivos. Este elemento pode conter impressões do autor do trabalho como também trazer ideias para trabalhos futuros.

9 - Referências: referências são itens obrigatórios e constam os documentos pesquisados pelo autor. Serve como orientação sobre a fonte das informações extraídas na elaboração
do trabalho.

10 - Resumo: o resumo deve conter o resumo (como a própria palavra diz) do que o autor fez no trabalho, quais foram os objetivos da pesquisa, como ele fez (caso seja relevante), os
principais resultados e sua importância. É sugerido que contenha no máximo 250 palavras e que nele não contenha citações, figuras, tabelas, poemas, caixas de texto ou tópicos.

Pronto!

Agora os alunos conseguirão, por meio deste projeto, iniciarem as suas pesquisas e entregar um TCC bem elaborado e bem fundamentado!

PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; CARDOSO , Melina Aparecida Plastina

Desenvolvimento de novos produtos com ênfase em gastronomia funcional. Melina Aparecida Plastina Cardoso

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.

33 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. desenvolvimento. 2. gastronomia funcional. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 378

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos : Shutterstock

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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DA ANÁLISE DA MATÉRIA
PRIMA À ENTREGA DOS
NOVOS PRODUTOS

Professora :

Me. Melina Aparecida Plastina Cardoso

Objetivos de aprendizagem
• Entender sobre o papel dos ingredientes em uma receita de produto, bem como dos aditivos básicos de grande importância.

• Exemplificar os tipos de embalagens, suas funções básicas, seus atrativos e seus designs elementares.

• Definir os fornecedores e entender como funciona a logística do fornecimento de matérias-primas.

Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• Criação da fórmula do produto

• Projeto de embalagem

• Seleção dos fornecedores

Introdução
Afinal, para que desenvolvemos um produto? Olhe a sua volta. Repare que, tudo o que você observa foi desenvolvido ou criado por alguém, de uma forma que pudesse ter uma
funcionalidade, ou seja, que servisse para alguma coisa, e que também seus materiais e serviços envolvidos na construção, pudessem ser comercializados por alguma empresa. Por
exemplo, no ramo de alimentos, existem vários produtos (ou processos, ou serviços,ou marketing ou organizacional) inovadores, que foram desenvolvidos a partir de um projeto
extremamente inovador ou incremental (que significa qualquer tipo de melhoria absorvida sem alteração na estrutura padrão), que foram atraídos pelos consumidores pois foram
capazes de atender as expectativas deles. Você conseguiria lembrar de algum produto inovador neste momento? Vou te ajudar com alguns exemplos. Podemos citar: os produtos
orgânicos, as linhas sem glúten e sem lactose, as diversas versões de pães integrais e também aqueles adicionados de grãos em sua composição, os iogurtes adicionados de “pedaços
da fruta” entre outros.

Diante deste contexto, o intuito principal deste estudo é ampliar as competências técnicas para que você, como um profissional, consiga adquirir um maior embasamento teórico
quando solicitado a desenvolver um novo produto. Muito legal né? Acredite: No Brasil, o investimento acerca da pesquisa e desenvolvimento só é maior que do México, Argentina,
Chile, África do Sul e Rússia, podendo-se notar uma defasagem bastante grande neste tipo de segmento. Países como Coréia do Sul e China, por exemplo, apresentam-se como
nações fortíssimas neste ramo, sendo esta última nação, a maior investidora no ranking mundial de Pesquisa e Desenvolvimento mundial.

Você irá aprender nesta unidade quais os principais ingredientes envolvidos em uma formulação, quais as embalagens mais convenientes para determinados tipos de produtos bem
como avaliar a credibilidade de um fornecedor.

Vamos lá?

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CRIAÇÃO DO PRODUTO

Formulação e o papel dos ingredientes em uma receita de produto

No desenvolvimento de novos produtos, faz-se necessário a organização de todos os ingredientes de uma formulação de forma sinérgica, para que haja maximização das
percepções positivas pelos consumidores deste novo produto. Ao contrário do que se vê em restaurantes, os alimentos advindos das indústrias que estão geralmente dispostos em
gôndolas para serem comercialmente explorados, são consumidos após uma curta ou longa permanência no estoque das redes comercializantes (ANVISA, [2017a], on-line).

Portanto, para os postos comerciais, a preocupação se baseia na atratividade da embalagem (e posteriormente a compra, na experiência sensorial do cliente). Em contrapartida, a
indústria (cientistas e fabricantes dos produtos) se preocupa basicamente com as mudanças que ocorrem nos alimentos durante seu desenvolvimento, durante a sua estocagem e
posteriormente à compra, com sua aceitação sensorial (TROTT, 2012).

Os alimentos possuem componentes principais que contribuem com a energia diária obtida pelos consumidores, tais como: água, carboidratos, lipídios, e proteínas e também alguns
componentes minoritários de grande importância como as vitaminas, minerais, corantes, sabor, substâncias bioativas e aditivos alimentares (FENNEMA; DAMODARAN; PARKIN,
2010). Em relação ao consumo destes itens, profissionais da área recomendam que as pessoas incluam alimentos de composições variadas em suas refeições, controlando a
quantidade adequada para cada idade, analisando as proporções ideais, buscando sempre uma forma mais saudável possível de alimentação (PHILIPPI, 2014).

Aditivos básicos de grande importância

Aditivos são substâncias que quando adicionadas a algum produto alteram as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais dos alimentos durante a fabricação,
processamento, preparação, tratamento, embalagem, armazenamento, transporte ou manipulação de um alimento (ANVISA, 2017, on-line)².

Segundo Teixeira (1969):

os aditivos são substâncias ou mistura adotada ou não de valor nutritivo intencionalmente adicionadas aos alimentos com finalidade de impedir
[...]

alterações, manter, conferir ou intensificar seu aroma, cor, sabor, modificar ou manter seu estado físico.

A utilização de aditivos, sejam eles em materiais ou alimentos, é considerado um processo complexo e que requer análise antecipada dos requisitos de processamento, visto que o
tipo de aditivo e a quantidade inserida devem acarretar em alterações positivas das propriedades do produto final (Tabela 1), bem como eliminar qualquer indício de
prejudicialidade nas propriedades (ALMEIDA; SOUZA, 2015, p. 20).

Tabela 1 - Aditivos básicos utilizados pela indústria

Fonte: Almeida e Souza (2015).

Aditivos alimentares são considerados importantes quando se deseja adicionar algo aos alimentos de forma com que altere principalmente a sua funcionalidade. São conhecidos
também como agentes químicos, e sob a visão legislativa, “todo aditivo alimentar deve fornecer alguma função ou atributo útil ou aceitável como justificativa de seu uso”. Acredita-
se ainda que de uma forma geral, suas funções estejam ligadas a: “melhorar e manter a qualidade, aprimorar o valor nutricional, fornecer e aperfeiçoar a funcionalidade, facilitar o
processamento e melhorar a aceitação do consumidor” (FENNEMA; DAMODARAN; PARKIN, 2010, p. 538).

Existem diferentes formas para classificação dos aditivos, porém neste estudo, trataremos de 4 classes diferentes (ALMEIDA; SOUZA, 2015, p. 21-22):

1. Auxiliares de Polimerização : são os responsáveis por alterar parâmetros de processo de uma polimerização de resinas poliméricas e tem como principal objetivo diminuir o
tempo de polimerização, causando a diminuição dos custos do processo. Ex: agentes de iniciação, solventes, emulsificantes.

2. Auxiliares de Processo : são os responsáveis por facilitar a transformação de um polímero e tem como principal objetivo diminuir o tempo de residência de um material dentro da
máquina, evitando possíveis efeitos de degradação. Ex: solventes e lubrificantes.

3. Estabilizantes : são responsáveis por preservar a estrutura e as propriedades do polímero que estiver sendo processado. Ex: no caso de alimentos, os antioxidantes são os mais
conhecidos. Entretanto, existem também nesta classe os conservantes e os acidulantes.

4. Modificadores de propriedades : são aqueles responsáveis por melhorar uma ou diversas propriedades finais de um polímero. Esses modificadores podem ser responsáveis por
alterar propriedades de expansão, carga, estática, cor etc. Ex:

Em alimentos, o órgão que determina quais substâncias são permitidas diante de cada categoria de produtos é a ANVISA, que estabelece seus limites de uso e seu efeito tecnológico
máximo para que não haja risco à saúde do indivíduo consumidor. Tais substâncias estão contidas e discriminadas no campo intitulado como “Aditivos alimentares e coadjuvantes de
tecnologia” no site da ANVISA e já inclui algumas requisições (de pedido e de extensão) de algumas empresas do setor alimentício (as requisições podem ser vistas na RDC
149/2017).

Um exemplo que podemos citar de um pedido já protocolado na RDC 149/2017 é a da possibilidade de inclusão do nitrogênio líquido como agente
de resfriamento e congelamento em gelados comestíveis.

Fonte: ANVISA (2017)

A influência de aditivos sobre as características físico-químicas e sensoriais do produto

Os aditivos são de grande utilidade para a indústria, no que diz respeito à conservação, modificação ou auxílio à produtos ou processos, pois possuem a finalidade de conferir ou
intensificar aromas, cores e sabores, impedir alterações, manter ou modificar seu estado físico ou proporcionar uma alteração desejada em um processamento (FERREIRA;
CAMARGO, 1993).

O limite aceitável de tolerância pelo corpo humano é dado pela “Ingestão Diária Aceitável (IDA)”, para que tais substâncias não oferecem riscos à saúde humana, pois o consumidor
sozinho não é capaz de identificar a quantidade de ingestão que não lhe fará mal. Esses aditivos podem ser classificados de acordo com o seu conceito e finalidade da seguinte forma
(FERREIRA; CAMARGO, 1993):

• Corante : é a substância que confere cor ao alimento ou a intensifica, dependendo do que se deseja ao produto final. Acredita-se que a cor possui grande influência sob a aceitação
de seu consumidor, e então, é um atributo bastante utilizado pela indústria de alimentos.

• Conservante : é a substância que retarda ou altera as reações dos alimentos, advindas de enzimas específicas ou microrganismos indesejáveis.

• Antioxidantes : é a substância capaz de retardar ou atrasar o aparecimento de alterações oxidativas significativas em alimentos.

• Estabilizantes (ou ETs ): são substâncias capazes de favorecer ou beneficiar o mantimento das características físicas padrão de um alimento, de uma emulsão ou até mesmo de uma
suspensão.

• Espessantes (ou EPs) : são substâncias capazes de aumentar a viscosidade de algumas soluções, emulsões ou suspensões. Em alguns casos da indústria de alimentos são utilizados
como estabilizantes.

• Edulcorantes : são substâncias conhecidas como substitutos do açúcar, pois conferem sabor doce aos alimentos e são classificados como artificiais ou naturais, sendo os naturais
mais utilizados pela indústria.

• Umectante : são substâncias que evitam a eliminação da umidade em alimentos.

• Acidulante : são substâncias conhecidas como promotoras ou intensificadoras do sabor ácido em alimentos. São bastante conhecidos pela indústria de alimentos como
realçadores de sabor.

Cabe ressaltar ainda que tais substâncias, independente de quais sejam elas, devem estar contidas, especificadas e explicitadas na embalagem dos alimentos (mesmo que em forma
de códigos específicos e relacionados) quando da sua comercialização, conforme legislação vigente (ANVISA, 2017; FERREIRA; CAMARGO, 1993).

Balas, confeitos, pirulitos, guloseimas são, de forma geral, bem atrativos. Não acha? Na verdade esses alimentos contém em sua fórmula os famosos
corantes que dão um aspecto natural e chamativo ao produto além de estimularem o seu consumo.

Fonte: a autora

PROJETO DE EMBALAGEM

Tipos e funções básicas das embalagens

Em relação à sua composição, as embalagens podem ser: cartonadas, mistas, multi-camadas, laminadas, plásticas flexíveis ou reutilizáveis. O que as diferem são: resistência,
conformação, revestimento, função e acabamento (ABRE, 2012, on-line)1. Os materiais considerados para fins alimentícios são: o vidro, os metais, os plásticos, materiais compostos
e materiais celulósicos (BARÃO, 2011).

A principal função das embalagens é proteger os produtos durante todo o seu transporte e garantir à população consumidora que eles são e estão adequados para o consumo. Este
item também apresenta-se como fundamental nos processos logísticos, pois seu transporte deve ser apropriado de forma a facilitar o manuseio (ou seja, seu transporte deve ser de
além de fácil manuseio, barato e eficiente) e otimizar o espaço ocupado (de forma a preencher o espaço correspondente ao carregamento com volume tal que não prejudique o
produto e o melhor disponha dentro deste espaço). Neste sentido, a empresa consegue em uma mesma viagem, aumentar o volume de entrega, diminuir o volume de perdas e
reduzir gases atmosféricos indesejáveis advindos da queima de combustível (KAMISNKI, 2015).

Os 3 principais tipos de embalagens são (ABNT, NBR 9198, 2011):

• Embalagens primárias : são aquelas que estão sempre em contato direto com o produto. Depois do produto pronto, são elas que “abraçam” o mesmo, e portanto, não devem:
conter substâncias que possam interferir no sabor, odor ou textura do alimento ou interagir de forma maléfica.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2017b):

todo material destinado ao contato direto com alimentos e ou bebidas, nacional ou importado, deve atender ao disposto na legislação sanitária de
[...]

materiais em contato com alimentos, uma vez que substâncias presentes nestes materiais podem migrar para os alimentos, o que pode representar
risco à saúde humana.

• Embalagens secundárias : são embalagens que “envolvem” a embalagem primária, e podem ou não ser indicadas para o transporte (dependendo de suas condições e composição).
Sua principal função é proteger as embalagens primárias de ações mecânicas ou físicas durante a distribuição.

A Figura 1 apresenta embalagens que podem ser utilizadas no vinho. A embalagem de vidro, representa a embalagem primária, enquanto a embalagem de madeira representa a
embalagem secundária, e que neste contexto, tem a função de proteção à ações externas adversas.

• Embalagens terciárias : Geralmente, trabalha como embalagem de transporte, ou seja, aquela que acondiciona o produto já com as embalagens primárias e/ou secundária. Ex:
caixas de papelão ondulado que carregam carnes embaladas à vácuo

Quais as normas da ANVISA que regulamentam embalagens e materiais destinados ao contato com alimentos? Para saber sobre as normas e
resoluções da ANVISA que regulamentam embalagens relacionadas à alimentos, acesse: < http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-
autorizacoes/alimentos/produtos/embalagem >

Fonte: ANVISA (2017b).

A embalagem serve também como fonte de informações para os seus consumidores, pois nela contém informações escritas que são acessíveis e de interesse de todos. Algumas
embalagens mais modernas já trazem, inclusive, algumas informações para deficientes visuais, escritas em braille (ABRE, 2012, on-line)².

Figura 1 - Exemplo de embalagem primária e secundária

A embalagem como atrativo e seu design básico

Para o varejo, a embalagem apresenta um papel diferenciado do que aquele visto pelas indústrias: para este setor comercial, ela representa a materialidade da marca, pois quando
da sua exposição na gôndola, ela traz uma imagem diferenciada ao produto, expressando seu padrão de qualidade, sua imagem e seu posicionamento de preço, contribuindo muitas
vezes para a alavancagem das vendas e lucratividade das empresas (ABRE, 2012, on-line¹; ABRE[2017], on-line²). Como ela representa o primeiro contato entre o produto e o
consumidor, acredita-se que rótulos chamativos e coloridos estimular a curiosidade e chama a atenção do consumidor que por sua vez é influenciado pela compre do mesmo
(KAMINSKI, 2015).

Será que podemos associar as embalagens com o aumento das vendas de um produto? A resposta é sim. Dentre outros assuntos que envolvem a lucratividade das empresas (como
por exemplo: qualidade, preços atrativos, comunicação eficaz, boa distribuição, cuidados com a logística, diminuição de gargalos etc) a embalagem pode ser uma estratégia
competitiva quando utilizada com criatividade pelas empresas, pois podem conseguir “chamar a atenção” dos seus consumidores tornando-se fundamental ao aumento das vendas
(ABRE, 2012, on-line¹; ABRE[2017], on-line²) (Figura 2).

Para Kaminski (2015) há ainda duas outras preocupações das embalagens em relação à sua composição: ela não deve possuir materiais que machuquem o consumidor quando da
sua abertura e também não deve desprender produtos químicos para que não contamine o seu conteúdo.

Figura 2 - Modelos de embalagens atrativas

Vamos pensar em algumas embalagens que temos contato atualmente no mercado. Antigamente, as embalagens de leite condensado, por exemplo,
eram abertas com aqueles abridores antigos de latas. Hoje, percebemos embalagens que dispensam outros acessórios para a sua abertura, pois
dependem somente do uso da força para abri-las.

Fonte: a autora.

SELEÇÃO DOS FORNECEDORES

Definição dos fornecedores

A definição ou seleção de fornecedores deve ser uma atividade criteriosamente analisada, visto que no processo de aquisição de produtos e/ou serviços uma escolha mal feita pode
comprometer toda a eficácia do processo produtivo que envolve o produto e /ou serviço (OLIVEIRA, 2004, p. 131-132).

Uma boa maneira de selecionar um fornecedor é atribuindo um escore para critérios que possam ser julgados, de forma a avaliar o seu empenho. Esses critérios podem ser
qualitativos (que se avalia: relacionamento, atendimento, confiança, compatibilidade, ou seja, critérios que não podem ser mensurados através de dados numéricos) ou
quantitativos (que se avalia: preço, prazo de entrega, qualidade e capacidade produtiva que são critérios mensuráveis). Os critérios devem representar pesos, para que através de
uma escala, possam ser classificados como possíveis parceiros ou não (OLIVEIRA, 2004, p.132).

O ciclo PDCA (do inglês Plan, Do, Check, Action que em português significa planejar, executar, verificar e atuar) é considerado uma ferramenta de controle de qualidade que
objetiva e busca otimizar o desempenho de alguns processos que possam ser controlados. Trindade (2014, p. 82) acredita que este ciclo “garante a padronização da qualificação dos
fornecedores e a aplicação de melhoria contínua nos resultados apresentados”. Acredita ainda que assim a empresa garante que sejam mantidas a qualificação e confiabilidade dos
fornecedores após processo de desenvolvimento, aumentando a parceria entre eles.

Na hora da compra, certifique-se da qualidade da embalagem dos produtos que adquirir. Verifique se estão: enferrujadas, estufadas, violadas, com
informações imprecisas, amassadas, rasgadas ou com qualquer outra alteração estranha.

Fonte: ANVISA ([2017b])

O Ciclo PDCA é uma ferramenta que auxilia somente na avaliação de fornecedores? Quais outros setores podem ser avaliados por este ciclo? Quais
tipos de empresas podem ser ava.

Força de um fornecedor

Um fornecedor pode estar diretamente relacionado às estratégias competitivas da empresa, pois os mesmos participam da força de negociação de uma organização. Sabemos que
diferentes fatores são capazes de interferir no desenvolvimento de produtos, e a diferenciação dos insumos não é diferente (SELEME, DE PAULA, 2013).

A diferenciação de insumos significa o apoderamento de um fornecedor sobre uma tecnologia de insumo fornecida, impossibilitando a empresa de adquirir o mesmo insumo de
outras fontes. Cabe a empresa receptora de tal matéria prima ter a consciência de que mais cedo ou mais tarde poderá “ficar na mão” deste fornecedor, e então, procurar novas
fontes do fornecimento para que não haja falta destes insumos. Essa variação de insumos é chamado de substitutos, que por sua vez substituem o insumo original e não causa
problemas de qualidade ou especificidades ao produto final (SELEME, DE PAULA, 2013).

Outro elemento importante que deve ser considerado quando da avaliação da força dos fornecedores é o custo relacionado à troca de fornecedores, que por sua vez, deve ser
considerada no planejamento da empresa. Por exemplo, se uma empresa A troca o fornecimento de seus insumos pela empresa B, as condições que envolvem a negociação (custo,
prazo, logística, etc) devem se manter as mesmas, para que não haja problemas em relação à valores nas despesas totais da organização (SELEME, DE PAULA, 2013).

Por exemplo: uma empresa situada no Paraná fornece um produto que inclui a entrega em seus custos, e cobra no total da entrega (produto +
transporte) o valor de X. Supondo que uma empresa situada em Santa Catarina consegue entregar o mesmo produto à um valor mais baixo, porém,
quando calculada a sua taxa de entrega junto ao custo do produto (produto + transporte) o seu valor sobre para X + 10. Por qual fornecedor devemos
optar?

Fonte: a autora.

Aspectos relacionados à fornecimento também devem ser considerados, uma vez que usualmente, poucas empresas têm a capacidade de fornecer quantidades altas de insumos
para a produção, levando a organização a considerar o volume em sua negociação (Figura 3). Portanto, antes de fechar um negócio, é sempre válido analisar se o fornecedor tem a
capacidade de produção e entrega de todo o insumo que é solicitado, como também avaliar quais as condições mínimas de pedidos que o fornecedor exige (SELEME, DE PAULA,
2013).

Trindade (2014) afirma que para que uma empresa seja competitiva, uma das ações propostas é investir no desenvolvimento e qualificação da cadeia de fornecimento, uma vez que
exercem grande influência sobre toda a organização.

Figura 3 - Analogia sobre a incapacidade de um fornecedor entregar seus pedidos

Logística de fornecimento de matérias primas

Diante de todo o cenário visto sobre os conceitos de embalagens e suas funções como também sobre os fornecedores de todo o processo produtivo envolvido no desenvolvimento
de um produto ou produto novo, devemos nos atentar agora sobre a logística da entrega desses materiais. E aí, surge a pergunta: devemos nos preocupar com a logística?

Segundo Nogueira (2012, p. 21) o conceito de logística é:

o conjunto de todas as atividades de movimentação e armazenagem necessárias, de modo a facilitar o fluxo de produtos do ponto de aquisição da
[...]

matéria-prima até o ponto de consumo final, como também dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, obtendo níveis de
serviço adequados aos clientes, a um custo justo para ambas as partes.

Hoje o ambiente empresarial está bastante preocupado com a logística das matérias primas ou gestão da cadeia de suprimentos visto que estes custos impactam diretamente nos
custos finais do produto fabricado (CORRÊA, 2014). Ela representa uma movimentação eficiente de produtos acabados, que é capaz de transportá-los até o seu consumidor,
podendo compreender também a organização e o controle do serviço de distribuição ao consumidor, garantindo que tais atividades sejam efetivas pré, durante e após o
armazenamento (NOGUEIRA, 2012).

Sobre papel principal da logística, podemos prever 3 fatores cruciais que são capazes de avaliar a sua capacidade e operacionalidade (NOGUEIRA, 2012, p. 24):

• Custo : que está relacionado ao pagamento, considerando a movimentação do produto entre o ponto de partida e o ponto de chegada, adicionado das despesas relacionadas aos
estoques de trânsito. A administração logística deve ser tal que minimize os custos no transporte da matéria prima em relação ao custo total da produção.

• Velocidade : Este item está relacionado com o tempo gasto no transporte, considerando a movimentação do produto entre o ponto de partida e o ponto de chegada. Esta grandeza
pode ser calculada da seguinte maneira: quanto mais rápido for o transporte, menos tempo levará para o produto ser entregue ao seu consumidor, maior será será o custo cobrado
neste serviço. Em contrapartida, quanto mais lento for o transporte, mais tempo levará para o produto ser entregue ao seu consumidor, menor será o custo cobrado nesse serviço.

• Consistência : Refere-se à variação do tempo referente ao número de movimentos entre o ponto de partida e o ponto de chegada, ou seja, qual a “rota” mais curta e mais eficiente
a ser considerada. Este serviço é importantíssimo e deve estar sempre sendo avaliado, visto que, por exemplo, se o movimento de um caminhão entre os pontos A e B é de 2 dias em
Abril, e em Maio de 6 dias, gargalos podem estar sendo desenvolvidos nesta rota, e podem causar desequilíbrio no estoque e também no fluxo de mercadorias. A rota desenvolvida
em Maio com o mesmo caminhão deveria percorrer a mesma rota em 2 dias.

A logística de suprimentos pode ser iniciada considerando uma análise inicial do pedido e da demanda de um consumidor, pois objetiva estabelecer o melhor e mais adequado
modelo logístico para eficácia de cada item. Nogueira (2012, p. 32) acredita que este processo logístico possui algumas fases, representadas por: determinação das necessidades do
consumidor, determinação da fonte, seleção do fornecedor, processamento de pedidos, monitorização de pedidos, entrada de mercadorias, revisão de fatura e por fim, pagamento
(Figura 4).

Figura 4 - Fases relacionadas ao processo de suprimentos

Fonte: Nogueira (2012, p. 32).

Existem algumas diferenças quando a logística é Nacional e quando é Internacional. Na Nacional (também conhecida como interna ou doméstica) as
atividades de movimentação (ou seja, transporte, armazenagem e distribuição) acontecem dentro de um mesmo país. Na Internacional, as fronteiras
são extrapoladas e o destino é um país importador.

Fonte: Ludovico, 2009.

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ATIVIDADES
1. Sobre os aditivos alimentares, assinale a alternativa correta:

a) Podem ser utilizados sem restrição.

b) Não existe nenhum órgão ou legislação vigente que controle seu uso.

c) Podem ser utilizados como conservantes, buscando retardar reações em alimentos.

d) Estabilizantes são substâncias capazes de permitir um gosto mais ácido nos alimentos.

e) Nenhuma das alternativas está correta.

2. Segundo dados obtidos do Ministério do Meio Ambiente (MMA): “a embalagem é essencial para a proteção dos produtos durante a sua etapa de distribuição, armazenamento,
comercialização, manuseio e consumo. A embalagem vem evoluindo em consonância com o desenvolvimento da infra-estrutura de nosso País e de sua economia, das empresas e de
seus produtos e principalmente frente aos mecanismos de distribuição e necessidades dos consumidores” .

Fonte: BRASIL. Ministério do Meio ambiente. O que é embalagem? [2017]. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-
sustentavel/consumo-consciente-de-embalagem/o-que-e-embalagem >. Acesso em: 18 ago. 2017. . Acesso em: 18 ago. 2017.

A respeito de embalagens primárias, é correto afirmar que:

a) São aquelas que estão em contato direto com o alimento.

b) Vidros não são utilizados em alimentos.

c) Podem conter substâncias que alterem o sabor de forma maléfica ao alimento.

d) No caso de alimentos, caixas de papelão onduladas são alguns exemplos.

e) Nenhuma das anteriores.

3. Em relação ao papel da logística, alguns fatores são cruciais para avaliação do seu desempenho e operacionalidade. Imaginemos a seguinte situação: Um produto cárneo está
sendo carregado em Maringá e sendo descarregado em Londrina. Para isso, o caminhão de transporte está transportando os produtos de forma limpa e bem estruturada, além de
estar contando com um poderoso sistema de refrigeração para que o produto não venha a estragar. O caminho entre as duas cidades conta com 2 pedágios, que impactam
diretamente no fator:

a) Variação do tempo.

b) Velocidade.

c) Custo.

d) Consistência.

e) Nenhuma das alternativas está correta.

Resolução das atividades

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RESUMO
No desenvolvimento de novos produtos, a organização de todos os ingredientes de uma formulação de forma sinérgica é primordial, para que haja maximização das percepções
positivas pelos consumidores deste novo produto. Ingredientes são compostos por componentes principais (como: água, carboidratos, lipídios, e proteínas) e também alguns
componentes minoritários (como as vitaminas, minerais, corantes, sabor, substâncias bioativas e aditivos alimentares). Algumas vezes, aditivos são recomendados para
complementarem os ingredientes, ou até mesmo para alterarem características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais dos alimentos como um todo. Para que os produtos
alimentícios consigam ser entregues para comercialização, eles precisam ser revestidos por embalagens, que por sua vez os protegem durante todo o seu transporte e garantem à
população que estejam adequados para o consumo. As embalagens apresentam-se em três principais tipos: primárias, secundárias e terciárias, sendo as primárias conhecidas como
as que entram em contato direto com o produto e as terciárias como aquelas recomendadas para o transporte. A seleção de fornecedores (tanto para ingredientes quanto para
embalagens) é fundamental para que o produto final tenha sucesso, definição ou seleção de fornecedores deve ser uma atividade criteriosamente analisada, visto que no processo
de aquisição de produtos e/ou serviços uma escolha mal feita pode comprometer toda a eficácia do processo produtivo que envolve o produto e /ou serviço. Hoje o ambiente
empresarial está bastante preocupado com a logística das matérias primas ou gestão da cadeia de suprimentos visto que estes custos impactam diretamente nos custos finais do
produto fabricado. Sobre papel principal da logística, podemos prever 3 fatores cruciais que são capazes de avaliar a sua capacidade e operacionalidade, que são: custo, velocidade e
consistência.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

Na Web
Os links disponíveis apresentam o processo criativo das embalagens da marca SOU da Natura. A
solução representa uma redução radical de impacto ambiental pois o volume de plástico é 75% menor
e a emissão de carbono a metade de uma embalagem convencional.

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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, G.S.; SOUZA,W. Engenharia dos Polímeros - Tipos de Aditivos, Propriedades e Aplicações. 1. ed. São Paulo: Érica, 2015.

BRASIL. Associação Brasileira De Normas Técnicas. 2011. NBR 9198 : embalagem e acondicionamento. Rio de Janeiro, 2011.

_____. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia de alimentos e Vigilância Sanitária . [2017a]. Disponível em: <
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/389979/Guia+de+Alimentos+e+Vigil%C3%A2ncia+Sanit%C3%A1ria/43f3eb0d-dc47-4211-9584-3bd3038a97ac > . Acesso em 18
ago. 2017.

_____. Ministério do Meio ambiente. O que é embalagem? [2017]. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-
sustentavel/consumo-consciente-de-embalagem/o-que-e-embalagem > . Acesso em: 18 ago. 2017.

_____. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Norma permite aditivos em diferentes alimentos . 2017. Disponível em: <
http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/norma-permite-aditivos-em-diferentes-
alimentos/219201p_p_auth=qlH40LX2&inheritRedirect=false&redirect=http%3A%2F%2Fportal.anvisa.gov.br%2Fnoticias%3Fp_p_auth%3DqlH40LX2%26p_p_id%3D101_INSTA
NCE_FXrpx9qY7FbU%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-3%26p_p_col_count%3D1 >. Acesso em: 14 abr. 2017.

______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Regularização de produtos - Alimentos - Embalagem de alimentos . [2017b]. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/registros-
e--autorizacoes/alimentos/produtos/embalagem >. Acesso em: 09 abr. 2017.

BARÃO, M.Z. Embalagens para produtos alimentícios. Instituto de Tecnologia do ParanáTECPAR . Curitiba, 2011.

CORRÊA, H.L. Administração de cadeias de suprimentos e logística : o essencial. São Paulo: Atlas, 2014.

FENNEMA, O. R.; DAMODARAN, S.; PARKIN, K. L. Química de Alimentos de Fennema . 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.

FERREIRA, S.M.R.; CAMARGO, L. Aditivos em alimentos. Boletim do Centro de Pesquisa de Processamento de Alimentos , v. 11, n. 2, 1993.

KAMINSKI, P. C. Desenvolvendo produtos com planejamento, criatividade e qualidade . Rio de Janeiro: LTC. 2015.

LUDOVICO, N. Logística de Transportes Internacionais . São Paulo: Saraiva, 2009.

NOGUEIRA, A. S. Logística empresarial : uma visão local com pensamento globalizado. São Paulo: Atlas, 2012.

OLIVEIRA, O.J. Gestão da qualidade : tópicos avançados. São Paulo, Thomson, 2004.

PHILIPPI, S. (org.). Pirâmide dos Alimentos : Fundamentos Básicos da Nutrição, 2. ed. Barueri: Manole, 2014.

SELEME, R.; DE PAULA, A. Projeto de produto : planejamento, desenvolvimento e gestão. Curitiba: Intersaberes, 2013.

TEIXEIRA, C. G. Aditivos em alimentos. Boletim do Centro tropical de Pesquisas e tecnologia de alimentos, 1969.

TRINDADE, R.D.T. A importância dos fornecedores em uma empresa alimentícia: um Estudo de Caso. 2014. 97 f. Trabalho de Curso (Graduação em Engenharia de Produção) -

Curso de Engenharia de Produção, Fundação de Ensino “Eurípides Soares da Rocha”, mantenedora do Centro Universitário Eurípides de Marília - UNIVEM, Marília, 2014.

TROTT, P. J. Gestão da Inovação e Desenvolvimento de Novos Produtos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.

REFERÊNCIAS ON-LINE

1 Em: < http://www.abre.org.br/setor/apresentacao-do-setor/a-embalagem/funcoes-das-embalagens/ >. Acesso em: 9 abr. 2017.

2 Em: < http://www.abre.org.br/setor/apresentacao-do-setor/a-embalagem/tipos-de-embalagens/ >. Acesso em: 9 abr. 2017.

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APROFUNDANDO
Que tal aprofundarmos os nossos conhecimentos, e falarmos a respeito de desenvolvimento de embalagens?

Como sabemos, o varejo exige muito das embalagens dos produtos. Exigem que sejam diferenciadas em relação ao design, cor, informação entre outros, pois para este segmento de
mercado, as embalagens representam a materialidade da marca. Muitas vezes, o setor varejista exige de seus fornecedores, embalagens criativas, inovadoras e sofisticadas, com o
intuito de atrair e encantar o olhar dos consumidores, facilitando a venda e promovendo a lucratividade das empresas. Você sabia que as embalagens de alumínio (que são muito
utilizadas pelas indústrias de refrigerante) são utilizadas por inúmeras indústrias do mundo, pois possuem características próprias e interessantes para uma determinada
finalidade? O alumínio é um material considerado fácil de ser transformado, leve e apresenta ótima resistência à oxidação. Durante a sua produção e transformação, muita energia é
requisitada e despendida, e por isso é considerado um metal de custo elevado. Porém, ainda assim, apresenta algumas vantagens em relação à outros materiais, como por exemplo:
é considerado um recipiente leve, apresenta boa resistência à oxidação atmosférica, é um material fácil de modar, possui um aspecto brilhante e atraente ao consumidor, possui alta
condutividade térmica, é facilmente reciclável (cooperando com ações voltadas ao meio ambiente) e é de fácil aplicação de vernizes. Como todo material, o alumínio também
apresenta algumas desvantagens, como por exemplo: baixa resistência mecânica e à corrosão de alimentos ácidos, seu custo ainda é considerado um pouco elevado em relação aos
demais (papelão, papel, plástico) e requer um tratamento de esterilização controlado.

Geralmente, quando são desenvolvidas para estarem em contato com alimentos, o alumínio é " misturado " com alguns outros elementos (como por ex: Mn, Mg, Si, Cu e Cr) para que
suas características sejam "melhoradas". Geralmente o que se busca com essas misturas são melhorias na resistência à corrosão e resistência mecânica.

Depois da "mistura" dos melhores itens para a composição do material final da embalagem de lata, temos o processo de " envernizamento ". Este processo serve para proteger tanto
interna quanto externamente o material produzido. Sua principal função é minimizar os efeitos de interação entre os metais presentes na embalagem e o conteúdo alimentício
contido em seu interior. Para isso, devem resistir aos tratamentos térmicos, à oxidação e também à deformação mecânica, além de se apresentarem inofensivos em relação à sua
toxicidade.

A impressão do rótulo é conduzida por máquinas litográficas que visam e projetam no verniz diferentes tipos de desenho e cores. Após esta etapa, as folhas de alumínio já
envernizadas e litografadas são cortadas para que se obtenha: tampa, corpo e fundo das latas. Após essas etapas, prosseguem a: estampagem (que é quando o material é
comprimido por uma punção contra uma determinada matriz), moldagem (que envolve uma série de informações e operações, como por exemplo: body-making, flangeamento e
recravação, e também possibilita a integração e conexão das peças cortadas) e soldagem (que inclui os processos de pré-aquecimento, solda e pós-aquecimento).

Legal né? Como um futuro desenvolvedor de novos produtos, você também precisará pensar nas inúmeras possibilidades de embalagens para o seu “novo produto”, compreendendo
e relacionando as suas propriedades para que a sua escolha seja a mais adequada.

É importante salientar que embalagens metálicas representam somente uma das opções que o mercado de embalagens oferece! Tenha sempre em mente perguntas como: qual a
composição química do meu alimento? Quais as propriedades que ele possui que podem interferir na escolha de uma embalagem? Quais as barreiras que procuro para que meu
alimento mantenha a sua cor, formato, aroma, textura entre outros?

Quais os principais aspectos que eu busco manter em meus alimentos? Para o meu tipo de produto, é de extrema relevância que meu produto tenha uma embalagem com um design
diferenciado, com propriedades desejáveis, ou ambos? Será que meu produto se adapta melhor com embalagens de vidro, metal ou plástico? Quais as melhores embalagens para o
transporte do meu produto?

Respondendo a essas perguntas com precisão e foco, com certeza o seu produto estará sendo planejado para receber uma embalagem de sucesso!

Você concorda?

Bons estudos!

PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; CARDOSO , Melina Aparecida Plastina

Desenvolvimento de novos produtos com ênfase em gastronomia funcional. Melina Aparecida Plastina Cardoso.

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.

29 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. desenvolvimento. 2. gastronomia funcional. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 378

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos : Shutterstock

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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LEGISLAÇÃO, PRODUÇÃO E
QUALIDADE

Professora :

Me. Melina Aparecida Plastina Cardoso

Objetivos de aprendizagem
• Compreender sobre os processos básicos do registro e legislação pertinente da área.

• Aprender a analisar os custos totais e os custos de produção.

• Conhecer os programas básicos de controle e monitoramento de qualidade.

Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• Registros nos órgãos competentes

• Custo do projeto, importância e avaliação

• Monitoramento da qualidade

Introdução
Seja bem-vindo(a)!

Neste estudo, além de tratarmos a respeito de desenvolvimento e inovação, trataremos também a respeito de um olhar “seguro” sobre esses procedimentos, entendendo como os
produtos se tornam “legalmente aceitáveis” para consumo! Para isso precisamos entender quais os órgãos que estão diretamente relacionados com os alimentos e que sustentam a
ideia de “segurança alimentar” pré, durante e após o seu “nascimento”!

Vimos sobre os conceitos de novos produtos e entendemos como montar um projeto diante de um “passo a passo” bem estruturado. Em um segundo momento, entendemos a
composição do produto de forma global, e a importância em cultivar fornecedores e embalagens de credibilidade. Certo?

Neste estudo iremos conhecer a importância do registro desses produtos em órgãos competentes, bem como entender sobre os custos que estão relacionados ao projeto e a
qualidade diretamente relacionada a este produto.

De forma objetiva, a qualidade garante que as exigências estejam sendo cumpridas, geralmente por meio da aferição de todos os procedimentos e processos os quais um produto
está sendo submetido. Entretanto, de um olhar subjetivo, provavelmente existam diversas respostas sobre ela, pois pode também estar ligada a sentimentos que reflitam sobre as
necessidades internas que cada um espera de um produto. Vamos a um exemplo: Imagine você, no papel de um dos integrantes de um grupo de degustadores de chocolates, tendo
que experimentar diversos tipos de chocolates que foram produzidos por uma empresa que não zela pela segurança, não está de acordo com as normas vigentes e pouco se importa
com a qualidade dos seus produtos. Você teria coragem de experimentar este chocolate? Você aceitaria fazer parte deste grupo de degustadores? Provavelmente você recusaria
experimentá-los, pois estamos sempre em busca de nos alimentarmos bem e com segurança!

Preparado?

Bons estudos!

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REGISTRO NOS ÓRGÃOS COMPETENTES


Olá aluno(a), tudo bem?

Este é o momento de aprendermos a respeito de registros relacionados a novos produtos. De fato, muitos produtos alimentícios estão surgindo no mercado e devemos sempre
estar atentos às informações pertinentes à sua comercialização. Certo? Tais informações são diferenciadas de acordo com a categoria do produto.

Vamos entender sobre os órgãos competentes à esta finalidade, bem como suas exigências e procedimentos?

Legislações pertinentes

Segundo a ANVISA (2017) o registro dos produtos é uma ação legal que reconhece sua adequação à legislação vigente, e sua concessão é dada por alguns órgãos pertinentes. Este
controle é executado anteriormente à comercialização do produto para que possam ser entregues com segurança ao consumidor. Para que consigam ser registrados, os produtos
devem seguir os critérios contidos em leis, portarias, regulamentações e circulares específicas para cada produto. Esses critérios têm como principal objetivo evitar que possíveis
riscos associados aos produtos possam ocorrer.

Segundo a ABRE ([2017], on-line)1 as informações relacionadas a obrigatoriedade de Registro de Produtos, estão contidas em duas plataformas distintas relacionadas a dois
diferentes Ministérios: o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) . Ambos possuem a função de integrar aspectos tecnológicos,
de mercado, organizacionais e ambientais, buscando atender consumidores do país de do exterior de forma segura.

O Ministério da Saúde (MS) apresenta informações relacionadas à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e relata sobre três principais Resoluções voltadas à registro de
produtos alimentícios (ABRE, [2017], on-line)¹

Pedidos relacionados a inclusão de aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia, podem ser encontrados em um guia específico para esta
finalidade, chamado de “Guia de Procedimentos para Pedidos de Inclusão e Extensão de Uso de Aditivos Alimentares e Coadjuvantes de Tecnologia
de Fabricação na Legislação Brasileira”. Saiba mais acessando: < http://www.anvisa.gov.br/ALIMENTOS/guia_pedidos.pdf > .

Fonte: ANVISA, 2009.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) apresenta três principais documentos que envolvem registro de produtos. São eles (ABRE, [2017], on-line)¹:

• Portaria nº 9, 26/02/1986 : publicada pela Secretaria de Defesa Sanitária Animal do Ministério da Agricultura aprova as instruções para registro de rótulo e memorial descritivo
de produtos de origem animal.

• Instrução Normativa nº 19 de 15 de Dezembro de 2003 : publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aprova normas sobre requisitos, critérios e
procedimentos para o registro de estabelecimento de bebida e fermentado acético.

• Circular nº 48/2010 – DIPOA/SDA : circular publicada pela Divisão de Controle do Comércio Internacional – DCI e do Departamento de Produtos de Origem Animal – DIPOA
que adota para fins de registro de produtos elaborados por estabelecimentos controlados pelo SIF e DIPOA do MAPA o Formulário de Registro de Rótulo de Produtos de Origem
Animal Importado.

Dependendo de suas características, cada alimento se “encaixa” em uma categoria específica.

Processos básicos de registro

Cada registro pedido junto à ANVISA, requer um “passo a passo” direcionado à sua concessão (Figura 1). São eles (ANVISA, 2017):

É importante ressaltar que sempre devemos ficar atentos às novas legislações, as novas tendências e às adequações, pois o mundo é dinâmico, e as
informações sempre devem ser constantemente buscadas junto aos órgãos regulamentadores.

Fonte: a autora.

Figura 1 - Passo a passo para a concessão do registro junto à ANVISA

Fonte: Adaptada de ANVISA (2017).

Após completadas todas as etapas anteriormente citadas, a publicação do registro é feita no Diário Oficial da União (D.O.U) e já é considerada suficiente para garantir a
comprovação da concessão dada pela ANVISA, e dispensa o envio de qualquer documento (certidão, declaração) que implique da repetição do ato. Esta publicação de registro tem
validade de 5 anos, contado a partir da data de publicação do registro no Diário Oficial da União (D.O.U) e é válido em todo território Nacional (ANVISA, 2017).

Cabe também ressaltar que os produtos devem sempre ser acompanhados (desde a sua fabricação até sua distribuição) por Responsáveis Técnicos que deverão sempre estar
atentos à qualidade do produto.

CUSTO DO PROJETO, IMPORTÂNCIA E AVALIAÇÃO

Análise de custo e avaliação do custo de projeto

Em relação aos custos do projeto, possuem duas origens: a realização dos investimentos e aqueles gerados a partir das operações da empresa . O custo envolvido na realização dos
investimentos abrangem os estoques de capital. Por outro lado, os operacionais serão aqueles que envolvem os fluxos relacionados aos estoques (BRITO, 2006).

Considerando um contexto microeconômico, a curto prazo os custos são fixos e variáveis e a longo prazo, os custos são variáveis. O planejamento dos custos geralmente são
previstos ano a ano, sendo o primeiro ano considerado o ano dos investimentos (BRITO, 2006)

Entende-se como custo fixo aqueles advindos de depreciação e manutenção de equipamentos e automóveis, seguros, custos financeiros de longo prazo, encargos, mão de obra
administrativa ou indireta, e etc. Já os custos variáveis são aqueles advindos da mão de obra direta e seus respectivos encargos, água, luz, materiais (primários ou secundários),
insumos, embalagens, porcentagens embutidas em serviços, marketing, impostos entre outros (BRITO, 2006).

Os investimentos de um projeto são pautados em inversões fixas adicionadas de um capital de trabalho. As inversões fixas são representadas por: terrenos, edificações,
equipamentos, móveis, instalações, despesas de implantação, marcas, patentes, veículos. O capital de trabalho (ou capital de giro) são conhecidos como as necessidades que se
encontram permanentes em estoques, créditos, descontos e/ou encaixes. Esse capital de trabalho é conceituado como o nível de recursos mínimos que se movimenta dentro da
empresa, sendo reposto a medida a empresa tem operacionalidade. Em outras palavras, é o recurso que necessita estar disponível para que o dia a dia da empresa mantenha as
operações básica de funcionamento (BRITO, 2006; GARCIA; VASCONCELLOS, 2011).

Relacionado ao custo do projeto, estão alguns conceitos de custo do produto. Sob o ponto de vista macro, os custos de produtos estão inseridos em duas classes: o custo de
aquisição e os custos de pós-venda (Figura 2). Segundo Back et al. (2008)

o custo de aquisição ou preço do produto corresponde aos custos de pesquisa, projeto, construção e teste de protótipos, elaboração de
[...]

informações de operação e manutenção e fabricação do produto, custos de administração, custos de garantia e ao lucro da empresa fabricante.

Os custos de pós-venda se referem aos recursos necessários à embalagem, transporte, manipulação, armazenagem, instalação, operação,
manutenção, potenciais custos de processos de responsabilidade civil, desativação e reciclagem.

Uma solução economicamente viável é aquela em que o custo de produção é menor do que o preço de venda do produto.

Fonte: Back et al., 2008.

Existe ainda o custo de vida do produto , que é calculado por meio da soma dos custos de aquisição e pós-venda. Este custo relacionado ao ciclo de vida depende exclusivamente das
decisões que forem sendo tomadas ao longo das etapas do projeto, visto que se as soluções forem traçadas diante de custos mínimos, as fases de desenvolvimento do produto se
desenvolvem também abaixo de um custo-meta (ou custo de produção) estabelecido em planejamento (BACK et al., 2008).

Há uma enorme preocupação em relação à obtenção, avaliação e solução relacionados ao menor custo diante de todo o processo de desenvolvimento do produto, pois o que se
busca é o melhor “custo x benefício” do projeto durante toda a caminhada de sua elaboração (BACK et al., 2008).

Avaliação da relação custo x benefício

O lucro pode ser definido como o benefício privado líquido. Em relação aos benefícios sociais, podem ser traduzidos pelo méritos dos projetos de uma organização. Os principais
itens relacionados aos benefícios sociais são: geração de renda, de emprego ou de produto (podendo este último, ser adicionado de um valor agregado); geração de divisas em
relação à exportações; substituições relacionadas à importações; aumento da competitividade; aumento da qualidade nos produtos; aumento da produtividade/ melhorias na
infraestrutura relacionada à estrutura do empreendimento; efeitos diversos entre outros. Tais benefícios sociais de alguma forma impactam e contribuem para o desenvolvimento
regional (BRITO, 2006).

Figura 2 - Valor x Preço

Caso seja do interesse do empreendedor que o projeto traga inúmeros benefícios, pode ser que ele esteja disposto a pagar o valor que o mesmo traz
(desde que não seja um valor abusivo). É necessário sempre avaliar qual a real necessidade do investidor.

Fonte: a autora.

Em relação aos custos, também podem ser divididos em dois grupos: os privados e os sociais. Os privados representam os custos com investimentos e os custos operacionais. Os
sociais podem ser representados por:

destruição de reservas não renováveis, poluição do ar, da água, sonora, visual, acidentes, riscos de incêndio, desequilíbrio ecológico, desequilíbrio
[...]

genético, doenças, pragas e, em especial, os gastos do governo, direta e indiretamente, com o projeto (infra- estrutura, pesquisa, subsídios, incentivos
e outros) (BRITO, 2006, p. 56).

Os projetos sociais levam em consideração dois principais aspectos: um é relacionado ao valor agregado (ou seja, o que o projeto pode render além do que usualmente rende, e que
gera um benefício social) e o outro é relacionado aos custos sociais (que são aqueles advindos dos custos privados adicionais e que estão relacionados à infraestrutura, impostos,
propagandas, entre outros) (BRITO, 2006).

Caso a relação custo x benefício (Figura 3) seja positiva (ou seja, caso o custo x benefícios seja enxergado como positivo a partir de uma visão sistêmica do projeto), este merece ser
“aprovado”. Em contrapartida, caso o projeto obtiver uma relação negativa será rejeitado. A seleção dos projetos são sempre baseadas no menor e melhor custo, assim como no
maior e melhor benefício que ele apresenta (BRITO, 2006).

Figura 3 - Arte abstrata que representa o custo x benefício

MONITORAMENTO DA QUALIDADE

Gestão da Qualidade

A qualidade pode ser representada por 4 diferentes etapas: inspeção; controle estatístico da qualidade; garantia da qualidade e gerenciamento estratégico da qualidade. Portanto,
gestão da qualidade inclui determinar quando (meta) e de que maneira (como) a gerência consegue concretizar o que articulou em sua estratégia, visando não só o atendimento de
melhorias contínuas em produtos e/ou serviços, como também atentando-se às necessidades dos clientes (tanto internos quanto externos), tarefas e rotinas, regulamentos, normas,
legislações, utensílios, equipamentos, e recursos diversos que compõem uma organização (VIEIRA, 2012, p. 179 e 180).

Sob outra visão, o conceito gestão da qualidade resume-se em todas as atividades (sejam elas de funções gerenciais como colaborativas) que determinam os objetivos, metas,
responsabilidades e afazeres que garantam não só a melhoria quanto a segurança de todo um sistema. As atividades devem ser implementadas por meio de um planejamento bem
elaborado, ações voltadas ao planejamento, controle de ações e verificação do processo (mais conhecido como Ciclo PDCA) - Figura 4 (BERTOLINO, 2010).

O termo “ gestão da qualidade ” não deve ser confundido com “ auditoria da qualidade ”, pois este último termo está relacionado com os controles de todo processo de qualidade
implantado pela empresa, e devem assegurar que tais procedimentos estão sendo executados de forma adequada de acordo com os procedimentos necessários. Basicamente: “a
auditoria da qualidade só precisa garantir que os procedimentos foram definidos, controlados, comunicados e usados”. Geralmente, as auditorias se baseiam em padrões
internacionais de qualidade, que são trazidos pelas famosas ISO’s (ISO 9001:2015; 14001:2015; 2200 01:2015) (LOBO, 2010).

Figura 4 - Exemplo de Ciclo PDCA

Para Carpinetti (2016, p.13) “qualidade” não está mais relacionada diretamente com o produto e sua respectiva produção, mas sim com a satisfação dos clientes. Acredita que esta
definição contempla a junção entre especificações do produto com sua satisfação em utilizá-lo. Acredita que “a satisfação dos clientes quanto à qualidade de um produto depende
ainda da relação entre a expectativa sobre o produto no momento da aquisição e a percepção adquirida sobre o produto no momento do consumo.”

O termo “ Garantia da Qualidade ” já está relacionado com etapas pós-gestão. Para que a garantia da qualidade seja válida, o risco potencial do produto deve ser nulo, ou seja, o
produto (seja ele um bem ou um serviço) só pode assumir a posição de “produto com qualidade” caso seu fornecedor estabeleça que o processo relacionado ao seu fornecimento
não traga probabilidades de falhas e que seu processo saia conforme as especificações definidas pelo setor da qualidade. Exercer qualidade possibilita não só atender uma
necessidade do cliente, como também, evita que haja atrasos na produção, elimina perdas de produtos defeituosos, evita que a sociedade consuma produtos fabricados de forma
defeituosa e busca a eliminação de desperdícios (LOBO, 2010, p. 25).

Mas em quais situações uma empresa busca a eliminação de desperdícios? A resposta é simples: quando ela consegue enxergar que seus recursos (sejam eles tangíveis ou
intangíveis) podem ser, de alguma forma, melhor aproveitados. Quando uma empresa busca a redução dos desperdícios, ela consegue gerar recursos que não estavam sendo
considerados no orçamento, podendo promover melhorias em todo o Sistema, alavancando os benefícios trazidos pela qualidade, dando margem à ampliação de investimentos
(ROBLES JUNIOR, 2009).

Desperdícios podem ser traduzidos como: materiais que são descartados sem uso, mão de obra e energia desperdiçados, acidentes no trabalho relacionados ao não aproveitamento
de uma capacitação ou a ausência dela; perda de horas e energia em coisas que não acrescentam à empresa, perda de tempo por qualquer motivo (transporte, entregas, vendas,
trânsito interno de colaboradores) entre outros (Figura 5). Um desperdício bastante comum nas indústrias brasileiras está relacionado à oportunidades de mercado, em que muitas
vezes as empresas acabam por perderem a oportunidade de vender mais ou alavancar as vendas de um produto, por conta do desgaste no tempo de lançamento, afetando não só o
setor de vendas como também o administrativo, atrasando as estratégias de mercado e deixando de faturar o que se havia planejado (tanto a médio quanto longo prazo) (ROBLES
JUNIOR, 2009).

Figura 5 - Exemplos de desperdícios

Fonte: a autora.

Algumas técnicas e ferramentas foram desenvolvidas para que os desperdícios pudessem ser eliminados, a Gestão da Qualidade pudesse ser implementada e a Garantia da
Qualidade pudesse ser constantemente avaliada dentro das operações de produção das organizações. Existem três grupos relacionados às ferramentas da qualidade: Os grupos
relacionados às “ Sete ferramentas básicas da qualidade ” (que envolve: Estratificação, Folha de verificação, Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa e efeito, Histogramas,
Diagrama de dispersão e Gráficos de Controle), “ Ferramentas gerenciais de qualidade ” (que estão relacionadas à/ao: Diagrama de relações, Diagrama de afinidades, Diagrama em
árvore, Matriz e priorização, Matriz de relações, Diagrama de processo decisório, Diagrama de atividades) e o 5S (CARPINETTI, 2016).

Atualmente, a qualidade é um fator de mercado. Cada vez mais os clientes querem uma certa segurança e procuram produtos de elevada qualidade
técnica a preços competitivos, exigindo excelência nos serviços.

Fonte: Lobo, 2010.

Ferramentas da qualidade são de suma importância para se conseguir implementar e aferir a qualidade. Para conhecê-las de forma aprofundada,
busque a leitura do livro Gestão da Qualidade: conceitos e técnicas, do autor Luiz Cesar Ribeiro Carpinetti. Esta obra traz detalhadamente o passo a
passo das ferramentas de gestão citadas!

Fonte: a autora.

Controle e monitoramento da qualidade

Em relação à cadeia de alimentos, como seus produtos são diferentes em relação à sua estrutura física, química e de componentes, para cada grupo (frutas e hortaliças, tubérculos e
raízes tuberosas, grãos, cereais, leguminosas, café, cacau, chá, leite, carne, pescado, mel e ovos) existe uma legislação pertinente e uma maneira específica de se controlar e
monitorar a qualidade (KOBLITZ, 2011).

Neste encontro, o foco será sobre o entendimento e tradução das necessidades dos clientes em informações relevantes.

A conversão das necessidades do consumidor em objetivos técnicos pode ser trazida por meio do “Desdobramento da Função Qualidade” (mais conhecido como QFD). Esta
ferramenta conduz controle e monitoramento da qualidade dentro das organizações, pois evita que o desenvolvimento do produto não atenda as necessidades dos clientes,
evitando também o entendimento errôneo das necessidades do consumidor. Em outras palavras, este método tem a finalidade de orientar desde a concepção até o marketing dos
produtos (LOBO, 2010).

Este processo envolve diversas matrizes que conseguem traduzir as necessidades ou requisitos dos clientes e a resposta da equipe de colaboradores mediante estas necessidades,
por meio de uma pesquisa não só com os próprios clientes como também com informações obtidas da concorrência (Figura 6) (LOBO, 2010).

Figura 6 - Etapas da Metodologia QFD

Fonte: Pinto e Fontenelle (2013, on-line)².

Outra forma de se enxergar as ações do QFD são dadas por Toledo (2013), e organizadas em 4 fases, conforme mostra a Figura 7 (também conhecida como Casa da Qualidade). Por
meio da Figura 7, podemos perceber que a sequência é composta por matrizes bem organizadas, e dispostas em uma linha de raciocínio lógico. A primeira fase é composta pelo
entendimentos dos requisitos do consumidor. A segunda fase é composta pelo entendimento e tradução dos atributos colhidos na primeira fase. Também é conhecida como a fase
da transformação das informações em especificações técnicas do produto. Já a terceira fase representa o planejamento dos processos nos quais as informações traduzidas serão
inseridas.

Leia mais a respeito do controle de qualidade para cada grupo de alimentos no livro: Matérias-Primas Alimentícias: Composição e Controle de
Qualidade, da autora Marília Gabriela Bello Koblitz.

Fonte: a autora.

Na quarta e última fase os processos de operação são formados, e a partir daí, os planos de controle do processo se consolidam (dando início às fases de planejamento de produção).
Sendo assim, todas as fases compreendem o entendimento e tradução das especificações do produto, seus componentes, os processos envolvidos e os padrões de operação que
atendem às necessidades e exigências dos clientes.

Figura 7 - QFD de 4 fases

Fonte: adaptada de Toledo (2013).

O QFD é um método bastante utilizado no desenvolvimento de produtos. Os principais benefícios da aplicação do QFD são: claridade na tradução das necessidades dos clientes,
evitando custos adicionais principalmente na fase inicial do projeto; permissão de um foco mais assertivo, tanto no cliente quanto no mercado; facilitação na interpretação de dados
comparativos; organização assertiva das informações obtidas e método com formato tranquilo de visualização, o que permite maior entendimento por parte dos colaboradores.
Como desvantagens, o método apresenta uma dificuldade intrínseca em relação à atribuição de notas, visto que subjetivamente cada cliente atribui uma “nota” correspondente às
suas emoções, o que pode causar distorções e dúvidas (CARPINETTI, 2016).

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ATIVIDADES
1. A ANVISA é um órgão que regulamenta e registra alguns tipos de alimentos. Cada alimento possui as suas especificidades em relação ao seu registro, porém, existe um “passo a
passo” geral que deve ser seguido por todos os alimentos que exijam obrigatoriamente um registro. O primeiro passo é conhecido como:

a) Pagamento de taxas.

b) Peticionamento.

c) Cadastramento da Empresa.

d) Alteração de Porte da empresa.

e) Protocolo

2. Custos são definidos como qualquer gasto relacionado à aquisição de um produto ou produção, e podem ser encontrados em máquinas e suas depreciações, mão de obra,
matéria-prima primária, secundária ou terciária, embalagens entre outros. Em relação ao custo do produto, quais as classes conhecidas relacionadas à ele?

a) Custo de aquisição e custo de pós-venda.

b) Custo de cadastro e custo de destruição.

c) Custo de necessidade e custo de pós-funcionamento.

d) Custo de alteração e custo de pré-execução.

e) Nenhuma das alternativas está correta.

3. O termo “qualidade” não está mais relacionado diretamente com o produto e sua respectiva produção, mas sim com a satisfação dos clientes. Acredita que esta definição
contempla a junção entre especificações do produto com sua satisfação em utilizá-lo. São ferramentas básicas da qualidade:

a) Pareto de Causa e efeito e Relações de afinidades.

b) 5S e Matriz de aperfeiçoamento.

c) Diagrama de aperfeiçoamento e Folha de relações.

d) Diagrama de Pareto e Diagrama de Causa e Efeito.

e) Nenhuma das alternativas está correta.

Resolução das atividades

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RESUMO
Neste estudo, foi apresentado a importância do registro de novos produtos em órgãos competentes, bem como entendido sobre os custos que estão relacionados ao projeto e a
qualidade diretamente relacionada a este produto. O registro dos produtos é uma ação legal que reconhece a adequação à legislação vigente, e sua concessão é dada por alguns
órgãos pertinentes. Este controle é executado anteriormente à comercialização do produto para que possam ser entregues com segurança ao consumidor. Em relação aos custos do
projeto, possuem duas origens: a realização dos investimentos e aqueles gerados a partir das operações da empresa. O custo envolvido na realização dos investimentos abrangem
os estoques de capital. Por outro lado, os operacionais serão aqueles que envolvem os fluxos relacionados aos estoques. Quando tratamos sobre custos, é recomendável que se
avalie os custos envolvidos e o benefício que os produtos trazem, pois tal avaliação permite tomar uma decisão sobre uma justificação ou viabilidade de compra. Já a qualidade inclui
determinar quando (meta) e de que maneira (como) a gerência consegue concretizar o que articulou em sua estratégia, visando não só o atendimento de melhorias contínuas em
produtos e/ou serviços, como também atentando-se às necessidades dos clientes (tanto internos quanto externos), tarefas e rotinas, regulamentos, normas, legislações, utensílios,
equipamentos, e recursos diversos que compõem uma organização. De forma objetiva, a qualidade garante que as exigências estejam sendo cumpridas, geralmente por meio da
aferição de todos os procedimentos e processos os quais um produto é submetido. Entretanto, de um olhar subjetivo, provavelmente existam diversas respostas sobre ela, pois
pode também estar ligada a sentimentos que reflitam sobre as necessidades internas que cada um espera de um produto.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

Leitura
Gestão da Qualidade na produção de refeições

Autoras: Marta Neves Campanelli Marçal Vieira e Camila Cremonezi Japur

Editora: Guanabara Koogan Ltda

Sinopse : tem como objetivo disponibilizar ao aluno de graduação e aos profissionais da área material
didático sobre os princípios básicos de administração de unidades de alimentação e nutrição (UAN),
além de informações atualizadas apresentadas em artigos científicos de Alimentação e Nutrição, o
que comprova a evolução ocorrida nessa área nos últimos anos. Um diferencial desta obra é a
apresentação de informações da literatura científica e da legislação vigente acompanhadas de sua
referência a cada parágrafo do texto, facilitando o acesso do leitor à informação original. Além disso,
buscou-se incorporar temas relevantes para a gestão de unidades produtoras de alimentos.

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REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia de procedimentos para pedidos de inclusão e extensão de uso de aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia de
fabricação na legislação brasileira . Brasília, 2009.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Regularização de Produtos - Alimentos. 2017. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-
autorizacoes/alimentos/produtos/registro >. Acesso em: 24 abr. 2017.

BACK, N.; OGLIARI, A.; DIAS, A.; SILVA, J. Projeto Integrado de Produtos : Planejamento, Concepção e Modelagem. Barueri: Manole, 2008.

BERTOLINO, M.T. Gerenciamento da qualidade na indústria alimentícia : Ênfase na segurança dos alimentos. Porto Alegre: Artmed, 2010.

BRITO, P. Análise e viabilidade de projetos de investimentos . São Paulo: Atlas, 2006.

CARPINETTI, L.R. Gestão da Qualidade : Conceitos e Técnicas, 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

GARCIA, M.E.; VASCONCELLOS, M.A.S. Fundamentos da economia . São Paulo: Saraiva, 2011.

KOBLITZ, M.G.B. Matérias-Primas Alimentícias : Composição e Controle de Qualidade. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

LOBO, R.N. Gestão da Qualidade . São Paulo: Érica, 2010.

ROBLES JUNIOR, A. Custos da Qualidade . 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

TOLEDO, J.C. et al. Qualidade: gestão e métodos . Rio de Janeiro: LTC, 2013.

VIEIRA, M.N.M.; JAPUR, C.C. Série Nutrição e Metabolismo - Gestão de Qualidade na Produção de Refeições. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

REFERÊNCIAS ON-LINE

1 Em: < http://www.abre.org.br/setor/legislacao/rotulagem-de-embalagem/alimentos/ >. Acesso em: 24 abr. 2017.

2 Em: < http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_TN_STP_181_033_22774.pdf >. Acesso em: 15 maio 2017.

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APROFUNDANDO
Vimos anteriormente que existe uma ferramenta gerencial da qualidade chamada de “5S”. Você está lembrado dela? Pois é!

Esta ferramenta nasceu no Japão, e originou-se através de 5 palavras japonesas que se iniciam com a letra “S” que são: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. No Brasil, estas 5
palavras significam, respectivamente: Senso de Utilização, Senso de Arrumação, Senso de Limpeza, Senso de Higiene e Senso de Autodisciplina.

A primeira palavra, “ Seiri ”, nos remete à ideia de “separar o que é inútil do que é útil, guardando para possível utilização somente o que é extremamente necessário”. Este senso nos
faz capaz de refletir sobre quais os materiais, utensílios, informações, papéis, dados etc, que são necessários e quais são desnecessários no nosso dia a dia, tanto empresarial quanto
socialmente. Este senso também possibilita identificar quais os nossos excessos, tendo em vista que muito do que “guardamos” não é necessário para nós, acarretando em um
acúmulo de itens descartáveis. Como exemplo, podemos citar aquela peça que compramos com tanto carinho e que nos custou horas de trabalho para pagar. Mesmo que ela não
sirva mais, esteja apertada e fora de moda, nós acabamos por guardá-la tendo em vista o seu valor sentimental. O correto seria entendermos que este item tornou-se desnecessário
e, em seguida, providenciar uma maneira de doar ou vender esta peça a alguém, pois assim estaríamos compreendendo que talvez para alguém este item pode ser considerado
potencialmente útil!

Já a palavra “ Seiton ” nos remete a ideia de organização, ou seja, se tudo estiver devidamente em seu lugar, qualquer pessoa pode encontrar qualquer item com facilidade. Esta é a
fase em que devemos definir critérios e locais apropriados para “guardar” e estocar os itens necessários para o nosso uso, de forma a dispô-los corretamente em seu lugar. Vamos
imaginar a seguinte situação: você acabou de chegar em casa após um dia cansativo de trabalho e precisa urgentemente de uma xícara de chá para relaxar. Para adoçar o seu chá,
você precisa encontrar o açúcar. Pois bem! Caso ele tenha um local padronizado de estocagem, com rótulos e etiquetas de fácil identificação, provavelmente você irá encontrá-lo
com tranquilidade. Agora, se estiver cada dia em um lugar, sem identificação e sem uma comunicação fácil e rápida, provavelmente você perderá muito tempo para encontrá-lo!

A palavra “ Seiso ”, que significa senso de limpeza, nos remete a ideia de que se os ambientes forem mantidos limpos, eliminando as possíveis causas da sujeira, provavelmente a
cultura da limpeza será instaurada. A ideia de limpeza serve tanto para bens tangíveis (utensílios, máquinas, bancadas, chão, paredes etc) como também intangíveis (ideias e
informações). Um item relevante e que deve ser destacado sobre este senso é que, mais importante que o ato de limpar é o ato de “não sujar”.

Primeiramente, devemos identificar as causas da sujeira para que possamos bloquear suas ocorrências. Imagine se todos os dias em que você sujasse uma louça após o almoço e o
jantar, você criasse o hábito de limpá-la? Esse hábito, se praticado e treinado todos os dias, acabará se tornando um hábito. Certo?

A quarta e penúltima palavra é conhecida como " Seiketsu " e significa senso de higiene. Este senso nos remete à ideia de criar condições que permitam favorecer a saúde mental e
física, possibilitando a criação de um ambiente livre de poluentes, com boas condições sanitárias em relação às áreas comuns, zelando pela higiene pessoal e cuidando para que as
informações sejam sempre claras, objetivas e de fácil compreensão. Vamos imaginar uma indústria de alimentos que contenha 15 funcionários em sua escala de produção. O ideal
seria que tivessem um banheiro limpo e arejado para suas necessidades pessoais, com torneiras de acionamento automático, sabonetes líquidos que não liberam odor, papel toalha
de boa qualidade para enxugar as mãos, placas autoexplicativas sobre "como higienizar corretamente as mãos", recipientes contendo álcool em gel para sanitização das mãos,
materiais disponíveis para higiene bucal, como por exemplo enxágue bucal e creme dental entre outros.

A quinta e última palavra " Shitsuke " significa senso de disciplina, ou seja, transformar todo o aprendizado dos itens anteriores em um modo de vida. Nada mais é do que tornar
rotineiro e constante os hábitos desenvolvidos no senso de utilização, organização, limpeza e higiene. Esta prática não existe sem a aplicação e monitoramento dos outros 4 sensos
anteriores. Este senso admite o papel de alavancador da melhoria contínua, pois contribui para consolidação do que foi aprendido anteriormente, tendo em vista a criação de regras,
hábitos, procedimentos, especificações formais e verificação do que foi visto. Basicamente, poderia ser resumido em "obediência às regras" ao que está de fato, sendo buscado.

Que legal né?

Agora você está pronto para aplicar esta ferramenta em qualquer ambiente que queira trabalhar, pois ele pode ser aplicado tanto em setores comerciais e industriais, como também
de serviços!

Boa sorte em sua jornada!

PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; CARDOSO , Melina Aparecida Plastina.

Desenvolvimento de novos produtos com ênfase em gastronomia funcional. Melina Aparecida Plastina Cardoso.

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.

27 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. desenvolvimento. 2. gastronomia funcional. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 378

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos : Shutterstock

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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PRODUÇÃO E CRONOGRAMA
DE DESENVOLVIMENTO

Professora :

Me. Melina Aparecida Plastina Cardoso

Objetivos de aprendizagem
• Conhecer sobre estratégias de marketing, lançamento e criação de uma marca.

• Compreender os diferentes tipos de planejamentos e elaboração de cronogramas.

• Analisar as etapas do desenvolvimento do projeto bem como conhecer como monitorar o progresso, o encerramento e a finalização do projeto do produto.

Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• Produção e lançamento

• Cronograma de desenvolvimento

• Desenvolvimento de projeto aplicado ao produto, com ênfase no mercado de alimentação funcional

Introdução
Prezado(a) aluno(a)!

Seja bem vindo a este estudo!

Uma das competências importantes de um bom desenvolvedor de produtos é conhecer minuciosamente como o seu produto é produzido, bem como de que forma ele será lançado
ao mercado. Para isso, é necessário que se tenha uma boa administração de todas as atividades que serão desenvolvidas para que nenhuma das etapas apresente surpresas, ou seja,
um cronograma se faz necessário.

Para que possamos finalizar o nosso estudo com êxito, vamos tratar sobre produção e cronograma de desenvolvimento, que envolvem: conhecer sobre estratégias de marketing,
lançamento de produtos, criação de uma marca, compreender os diferentes tipos de marcas e patentes, analisar as etapas do desenvolvimento do projeto bem como conhecer como
monitorar o progresso, o encerramento e a finalização do projeto do produto.

Até aqui, vimos sobre: conceito e concepção de produto, fases para desenvolvimento de um produto, pesquisa de mercado, como criar uma fórmula de produto, quais os tipos de
embalagens e quais as mais adequadas, como selecionar um bom fornecedor, de que forma de registrar um novo produto, quais os custos que são inseridos em um projeto, quais os
conceitos da qualidade e suas aplicabilidades bem como em quais situações todas essas situações são de alguma forma “entrelaçadas”.

Para que consigamos de fato desenvolver um produto com propriedades funcionais, que é uma exigência que vem ganhando força nos últimos tempos, é necessário que a
aprendizagem de todas as unidades sejam trazidas à tona e que sua prática seja aplicada de forma sistêmica, atentando-se sempre as particularidades e especificações que cada
produto exige!

Espero que tenha gostado de conhecer sobre o mundo do desenvolvimento de produtos alimentícios, bem como sobre suas principais características, especialidades e
funcionalidades! A profissão de desenvolvedor requer muita habilidade e sabedoria, além de muita paciência e determinação!

Bons estudos e sucesso nos trabalhos!

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PRODUÇÃO E LANÇAMENTO

Desenvolvimento de estratégia de marketing

Estratégia de marketing pode ser definida como (PETER; OLSON, 2010, p. 27):

um conjunto de estímulos introduzidos no ambiente dos consumidores com o intuito de influenciar seu afeto, cognição e comportamento. Esses
[...]

estímulos abrangem produtos, marcas, embalagem, anúncios, cupons, lojas, cartões de crédito, etiquetas de preço, mensagens transmitidas pelo
pessoal de vendas e, em alguns casos, sons (música), odores (perfume) e outras dicas sensoriais.

Autores como Peter e Olson (2010) em estudos sobre Comportamento do Consumidor e Estratégias de Marketing , chegaram a conclusão que para se desenvolver uma boa estratégia
de marketing é crucial que as empresas conheçam não só o comportamento do consumidor no seu dia a dia mas também conhecer (mesmo que de forma genérica) qual a influência
dos fatores “afeto-cognitivos” que impactam diretamente em suas vidas. Acreditam que de forma geral, uma pesquisa aprofundada sobre estes fatores (também conhecida como
Círculo de Análise do Consumidor - Figura 1) são primordiais para o desenvolvimento e implantação de uma estratégia de marketing de sucesso.

Figura 1 - A função da pesquisa e da análise do consumidor na estratégia de marketing

Fonte: Peter e Olson (2010)

Com certeza este Círculo serve como indicador não só para influenciar os consumidores de alguma forma, como também para indicar para as empresas sobre
acontecimentos/comportamentos que despertam oportunidades de negócios. Vamos imaginar a seguinte cena: você foi convidado pela empresa “ Bolo de um Pedaço ” a fazer uma
pesquisa. Esta pesquisa apontou que os consumidores estão descontentes (afeto e cognição) com as propagandas e anúncios que estão encontrando, pois não estão entregando o
que prometem. Por meio desta percepção, talvez seja melhor a empresa “ Bolo de um Pedaço ” melhorar este requisito para atingir de uma forma mais harmônica os seus
consumidores.

Se a pesquisa apontar que os consumidores gostariam que fosse disponibilizado uma plataforma online (ambiente), mas que a empresa ainda não disponibiliza este recurso, talvez
seja um indicador para que a empresa inclua este item em seu planejamento de criações. Se a pesquisa apontar que em certo ponto comercial o produto não está sendo notado e
não está tendo vendas (comportamento), talvez seja melhor alterar o planejamento de distribuição. Portanto, pode-se concluir por meio desta análise Cíclica que as estratégias de
marketing devem ser desenvolvidas, aplicadas e se necessário alteradas, tendo como base o comportamento do consumidor (PETER; OLSON, 2010; DIAS, 2011).

Algumas perguntas são sugeridas por Peter e Olson (2010) para comporem a pesquisa para análise do comportamento, que são:

1. Existem formas eficazes de segmentar o mercado? Quais são elas?

2. Como os produtos podem ser posicionados de maneira eficaz?

3. Que relações existem entre as estratégias do produto e os consumidores?

4. Que relações existem entre as estratégias promocionais e os consumidores?

5. Que relações existem entre os canais de distribuição e os consumidores?

6. Que relações existem entre as estratégias de precificação e os consumidores?

7. Que variáveis do consumidor influem no sucesso de uma estratégia de marketing?

8. Como uma empresa pode desenvolver a lealdade dos consumidores à sua marca?

9. Qual a função da satisfação do consumidor no desenvolvimento e no lançamento bem-sucedido de produtos e serviços?

10. Em que o comportamento do consumidor em lojas virtuais difere do comportamento em lojas físicas?

Acredita-se que a resposta dessas perguntas tragam informações relevantes para a construção de uma estratégia de marketing assertiva (PETER; OLSON, 2010; DIAS, 2011)

Algumas estratégias de marketing têm se estruturado em canais e mídias digitais. Para aprender mais sobre esse assunto, leia Guia Prático das novas
ferramentas comerciais: da construção da marca ao atendimento ao consumidor .

Fonte: a autora

Para a etapa de lançamento do produto, é crucial se entenda sobre o processo de vendas, de distribuição, de atendimento ao cliente, de assistência técnica e de lançamento
propriamente dito. Tais processos devem estar descritos em procedimentos formais e serem transferidos de forma clara e objetiva aos colaboradores que venham a ocupar os
cargos relacionados à estes processos. Sem estes itens, o gerenciamento do lançamento se torna vulnerável ao fracasso (AMARAL et al., 2006).

Criação da marca

Já com as informações sobre o comportamento e necessidades dos consumidor, o próximo passo é construir uma marca. Considerando um cenário de criação, do ponto de vista do
criador de um produto, uma marca é considerada importante pois é entendida como recurso básico utilizada pelo marketing para alavancar as vendas por meio da atração que ela
causa ao consumidor. Uma boa marca é capaz de agregar valor ao produto, chamar a atenção do consumidor e alavancar as vendas (SERRALVO, 2007).

A American Marketing Association (2017, on-line)¹ define marca como sendo algo que contenha um nome, um símbolo, um desenho e também um termo que seja capaz de
identificar os bens e serviços oferecidos por uma empresa ou por um produto e que sejam diferentes do que a concorrência apresenta. Ela tem como principal função chamar a
atenção do cliente, fixando-se visualmente em seu consciente.

Para se criar uma marca, é necessário conhecer seus elementos, que são: os nomes das marcas, alguns domínios na internet (informações digitais), símbolos, logotipos e logomarcas,
jingles , alguns slogans e tipos de embalagens específicas. São considerados elementos, os itens que podem ser legalmente protegidos e que servem como identificação e
diferenciação da marca e que servem como base para reforçar a lembrança da marca, estimular pensamentos positivos sobre o produto e favorecer a relação entre o produto e a
empresa (GALÃO, 2009).

A propriedade intelectual envolvida na proteção de uma marca

A propriedade intelectual abrange dois grandes grupos relacionados com a proteção de uma obra (seja ela advinda da concepção ou forma, onde o inventor detém o direito
exclusivo de usá-la, autorizar seu uso e “emprestá-la” por meio da obtenção de recursos): a propriedade industrial e os direitos de autor . A propriedade industrial é regida por meio
da Lei n° 9.279 de 14 de Maio de 1996 e é entendida como “um conjunto de direitos e obrigações relacionados com as atividades industriais e/ ou comerciais do indivíduo e da
empresa”. Os direitos do autor referem-se à proteção de trabalhos em geral (sejam eles literários, artísticos, musicais etc.). Tais proteções englobam invenções, modelos de utilidade,
marcas registradas, desenhos industriais, indicações de lugares e suas respectivas procedências entre outros (KAMINSKI, 2015).

No Brasil, o órgão que implementa as normas que regulam a propriedade industrial é o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). Quando falamos em registro ou
proteção, não estamos falando da ideia propriamente dita e sim dos aspectos que resultam da sua aplicação (KAMINSKI, 2015). .

A criatividade, ou seja, o processo mental que é capaz de gerar novas ideias ou ideias inovadoras, também é sempre muito bem vindo durante a
criação e elaboração de uma marca.

Fonte: a autora.

A marca, por sua vez, pode ser protegida por meio do seu registro, sendo válido por até 10 anos a contar da sua data de concessão. Este período pode ser prorrogado, dependendo
da necessidade do registrador. As marcas que podem ser registradas, estão inseridas em três grupos: marcas individuais (registro único de uma empresa ou produto), registro de
certificações (que alegam uma conformidade de um serviço ou produto) e a marca coletiva (que são utilizadas para identificar serviços ou produtos de uma determinada empresa)
(KAMINSKI, 2015).

Para que esse registro possa ser legal e aplicável, algumas considerações legais são relevantes. Galão (2009, p. 136) relata que:

no que se refere a considerações legais, é importante: (1) escolher elementos de marca que possam ser legalmente protegido, (2) registrá-los
[...]

formalmente junto aos organismos apropriados e (3) defender com vigor as marcas registradas contra violações não autorizadas da concorrência.

Resumidamente, a proteção da marca envolve um nome, um elemento, uma embalagem ou um atributo que possa ser copiado pela concorrência e que é blindado pelo seu
inventor/criador.

Vale ressaltar que toda e qualquer informação que seja considerada importante ou relevante pela empresa deve ser de alguma forma, protegida.
Com o avanço das eras digitais, as informações de uma organização podem ser facilmente perdidas, e a segurança para os itens vulneráveis se torna
crucial.

Fonte: Mohr, 2011.

Alguns autores acreditam na existência da propriedade intelectual desperte: o estímulo do desenvolvimento e da inovação de processos, serviços, produtos e ideias, ou seja, a
criatividade; a proteção em relação a ideia do autor/criador como também a disseminação do conhecimento por meio do estímulo criado pela publicação da criação.

CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

Planejamento prévio

O processo que envolve o planejamento é considerado gerencial, ou seja, seu resultado final atinge a concretização de uma ideia e não agrega valor ao cliente. O planejamento
propriamente dito organiza as informações obtidas a nível estratégico, tático e operacional, e inclui informações a respeito de Desenvolvimento de Novos Produtos (DNP). De
maneira simplificada, a elaboração de uma estratégia baseia- -se na resposta de 5 principais perguntas: “Onde estamos? Para onde vamos? Como chegaremos lá? Temos capacidade
para realizar isso? Como saberemos se estamos chegando lá?” (AMARAL et al., 2006).

As respostas dessas perguntas devem estar inseridas em todos dos níveis de planejamento, seja ele estratégico, tático ou operacional (Figura 2). Mas qual a diferença entre eles?

No planejamento estratégico é onde se estabelecem os objetivos empresariais. A verificação destes objetivos é feita de forma a se analisar as alternativas estratégicas. A tomada de
decisão é feita geralmente pelos diretores, de forma sistêmica e global, analisando a empresa como um todo. Em relação à elaboração do planejamento, este se dá por meio das
estratégias e políticas da empresa, e os seus resultados são analisados de forma global. Este nível prioriza ações de longo prazo (CHIAVENATO, 2007).

Já no planejamento tático , os objetivos são estabelecidos de forma departamentalizada, ou seja, setor a setor. Neste caso a verificação e análise das alternativas estratégicas são
táticas, ou seja, departamentais. Em relação às tomadas de decisões, elas são implementadas em grupos e por setores, também a nível tático, sendo acompanhadas geralmente por
gerentes das seções. A elaboração do projeto bem como a avaliação dos resultados também são executados de forma tática, amparando-se nos resultados do planejamento
estratégico ou planejamento institucional. Este nível prioriza ações de médio prazo (CHIAVENATO, 2007).

No planejamento operacional , os objetivos a serem alcançados são operacionais e visam verificar e analisar alternativas cotidianas. A tomada de decisão se dá por meio do
detalhamento que o planejamento tático traz, e geralmente possui alto grau de análise, pois visa alcançar tarefas executadas de forma individual. Nesta etapa, ocorrem avaliações,
planejamentos e operações diárias feitos por supervisores, para que os resultados possam ser avaliados de forma cotidiana. Este nível prioriza ações de curto prazo (CHIAVENATO,
2007).

Figura 2 - Níveis organizacionais de uma empresa

Fonte: Chiavenato (2007).

Elaboração de cronograma e previsão de etapas de desenvolvimento

Um cronograma (Figura 3) tem o intuito de demonstrar o tempo que um projeto demandará para ser executado, isto é, serve como um indicador temporal e é considerado de
extrema relevância para que os executores não se percam durante a realização de cada etapa (BARBOSA, 1990, on-line),².

Segundo Jacques (2017, on-line)³ um cronograma deve: ser bem pensado (ou seja, suas etapas devem ser bem elaboradas após verificação sistêmica de todos os processos
envolvidos), obter compromisso de todos os participantes (para que ele consiga ser ao mesmo tempo que teórico, prático) e também agressivo, porém factível (ou seja, deve ser
exequível e realizável).

Bons cronogramas auxiliam na melhor utilização dos recursos, além de exigirem menos da memória dos envolvidos e auxiliarem de forma estrutural todos os processos envolvidos.
Cabe somente aos gestores estarem não só envolvidos com a etapa de elaboração de um bom cronograma, como também nas etapas de acompanhamento e análise das suas ações
práticas (ECHEVESTE, 2003).

Para Pinheiro et al., (2006) para que um projeto de novos produtos tenha sucesso, faz-se necessário que todas as tarefas e informações envolvidas no seu desenvolvimento sejam
listadas e também colocadas em um cronograma básico de execução, para que todas as etapas sejam não só cabíveis de execução como também acompanhadas. Além disso,
acredita-se ainda que conhecer o ciclo de vida relacionado aos produtos auxilia na visão sistêmica sobre o projeto, facilitando a construção de um bom cronograma.

O acompanhamento de um cronograma deve ser feito por meio de uma checklist para que haja acompanhamento do projeto como um todo. Esta checklist deve incluir: quais as
pessoas responsáveis por cada atividade, quais são as atividades a serem desenvolvidas, quais as dependências de cada atividade (recursos financeiros, apêndices etc), quais as
datas de planejamento e execução de cada tarefa/atividade (JACQUES, 2017, on-line)³.

Figura 3 - Exemplo de um cronograma organizado de forma semanal

Se o desenvolvimento de um novo produto não estiver alinhado com a estratégia da empresa e se suas ações não estiverem claras em todos os níveis
de planejamento (operacional, tático e estratégico), todo o esforço relacionado às estratégias de marketing serão em vão, visto que correm o risco de
dispersarem-se, podendo comprometer o futuro da empresa.

Fonte: Amaral et al., 2006.

Vale ressaltar que alguns imprevistos estão sempre sujeitos a ocorrer. Por isso sugere-se que o gestor responsável pelo cronograma esteja sempre
atento aos detalhes que o envolvem, observando as suas tarefas, executores, preço e prazo, para que não haja surpresas durante a sua execução.

Fonte: a autora

DESENVOLVIMENTO DE PROJETO APLICADO AO


PRODUTO, COM ÊNFASE NO MERCADO DE
ALIMENTAÇÃO FUNCIONAL

Alimentos funcionais

Pode-se considerar que a alimentação tem sido procurada no sentido não só de satisfazer as necessidades básicas e nutricionais como também promover a saúde resultando e
prevenindo o risco de doenças (IGLESIAS, 2010).

Podemos citar como doenças que estão diretamente ou indiretamente relacionadas à alimentação, como por exemplo as crônicas e não transmissíveis (DCNTs) como a hipertensão,
osteoporose, diabetes e até mesmo o tão temido câncer (DURAN et al., 2004). Diante desse cenário, alimentos funcionais apresentam-se como uma nova estratégia para deter a
existência ou o avanço dessas DCNTs (SILVA et al., 2016). Alimentos funcionais são aqueles que além das funções básicas que já operam, também são responsáveis por afetar
positivamente em uma ou diversas funções fisiológicas do organismo, promovendo a saúde, favorecendo a qualidade de vida dos indivíduos que os consomem e auxiliam nos
cuidados para prevenção de doenças e/ou enfermidades (IGLESIAS, 2010).

Tabela 1 - Classes, Ingredientes e Benefícios* trazidos por alimentos funcionais aprovados pela ANVISA

Fonte: Silva et al., 2016.

*Os benefícios estão associados a hábitos saudáveis, tanto de alimentação quanto de exercícios

Trabalhos de diferentes autores estudados por Silva et al. (2016) apontam que muitos trabalhos focados em estudar ingredientes funcionais em alimentos, acabam por utilizar como
principal fonte funcional os probióticos e fibras alimentares, com o propósito de reduzir o valor calórico, melhorar na contribuição de nutrientes e melhorar a qualidade nutricional
do alimento. Relatam ainda que na sua totalidade, os alimentos foram aceitos sensorialmente, ou seja, os degustadores aceitaram o sabor, odor e textura dos alimentos analisando-
os como um todo.

Alguns autores acreditam que os alimentos funcionais (como por exemplo: carotenóides, compostos fenólicos, fitoestanóis, fitoesteróis, carboidratos digeríveis entre outros)
quando ingeridos diariamente e nas dosagens corretas, apresentam diversas vantagens, dentre elas: diminuição aparente do estresse, melhoras no rendimento esportivo, melhor
aproveitamento e descanso durante do sono, ativação da memória e também estabilização do período pré-menstrual. Acreditam ainda que são capazes de diminuir a ocorrência de
doenças cardiovasculares, além de favorecerem no desempenho sexual (RIQUE; SOARES; MEIRELLES, 2002).

É importante salientar que alimentos funcionais, visto sua importância, sua aplicação e seus benefícios, devem ser sempre notados, visto que são capazes de prevenir e até remediar
algumas doenças mais modernas. Podemos dizer ainda que, quando aliados à atividades físicas regulares e bons hábitos alimentares, os alimentos funcionais são encarados como
“terapia preventiva” para várias doenças, pois são vistos com bons olhos quando da busca por qualidade de vida (TEIXEIRA; DA SILVA OSELAME, 2014).

Você deve estar se perguntando: quais as legislações que envolvem o uso e funcionalidade dos alimentos funcionais? Para estas finalidades, existem duas resoluções relacionadas
especificamente aos alimentos funcionais, que podem ser encontradas em um adendo da Resolução 23/00. Seriam elas (ANVISA, 2017):

• A Resolução n.º 18, de 30 de abril de 1999, publicada no D.O.U. em 03/11/99 - Aprova o Regulamento Técnico que Estabelece as Diretrizes Básicas para Análise e Comprovação
de Propriedades Funcionais e ou de Saúde Alegadas em Rotulagem de Alimentos.

• A Resolução n.º 19, de 30 de abril de 1999, publicada no D.O.U. em 10/12/99 - Aprova o Regulamento Técnico de Procedimentos para Registro de Alimento com Alegação de
Propriedades Funcionais e ou de Saúde em sua Rotulagem.

Agora, como já sabemos a respeito dos conceitos, definições e exigências dos produtos funcionais, vamos entender como acontece o desenvolvimento e monitoramento de um
projeto de um produto funcional.

Desenvolvimento e monitoramento de um produto funcional

Acredita-se que para que um novo produto alimentício seja desenvolvido, é necessário que haja a integração dos assuntos e conhecimentos relacionados à ciência e tecnologia de
alimentos, pois estes representam a base para o entendimento dos processos de manufaturamento, desde a entrada de matéria prima necessária para a produção, até as atividades
comerciais e de marketing envolvidos na venda do produto (CAMPBELL-PLATT, 2015). Alguns autores recomendam ainda que os profissionais envolvidos neste processo sejam:
engenheiros ou tecnólogos de alimentos, advogados e profissionais do marketing (PEREIRA et al., 2014).

Especificamente no ramo de alimentos funcionais, o desenvolvedor requer conhecimentos a respeito da ciência (Figura 4) que envolve a matéria-prima (como por exemplo reações
químicas, bioquímicas, físicas, biológicas e microbiológicas) - como também entender como essa matéria prima irá se transformar em algo funcional para o consumidor, que
envolvem ciências sensoriais do produto, legislações aplicáveis, qualidade, embalagens adequadas e aceitação do consumidor (CAMPBELLPLATT, 2015).

Figura 4 - Exemplo representativo de técnicas laboratoriais que possam resultar em conhecimentos sobre a ciência dos alimentos

Visto que desenvolver um novo produto alimentício requer muita habilidade e técnica, para desenvolver um produto alimentício funcional mais informações e técnicas são
necessárias. Este mercado de desenvolvimento demanda profissionais altamente capacitados pois as legislações são complexas, os ingredientes e matérias primas devem ser
cuidadosamente articuladas e o comportamento pré e pós-processamento requer cuidados especiais. Acaso a indústria tenha a possibilidade de contratar um profissional que
tenha a técnica, é recomendável que ele possua (CAMPBELL-PLATT, 2015):

• Muita motivação para que leve o trabalho com comprometimento e fortaleza (de forma coloquial, para que “vista realmente a camisa”).

• Liderança e postura tais que consigam influenciar internamente os colaboradores para que as tarefas sejam executadas de tal forma que o tempo, os recursos e as instalações
sejam aproveitadas da melhor forma.

• Maestria necessária para que as inovações sejam sempre bem vindas e para que os conhecimentos tecnológicos sejam sempre aplicáveis.

• Facilidade na busca por novos conhecimentos, ampliando, disseminando e estendendo os mesmos para toda a empresa.

• Entendimento sistêmico tal que, quando da necessidade de conhecimento externo, saiba o momento de acionamento do mesmo.

• Pró-atividade e perseverança em informações sobre legislações vigentes, novas legislações, comportamento de mercado e inovações sobre o produto.

Encerramento e finalização das etapas do projeto de um produto funcional

Quando um projeto está chegando ao fim, alguns questionamentos são feitos, tanto em relação ao potencial do produto, quanto em relação ao potencial da empresa. Ambos devem
ser avaliados cuidadosamente, visto que neste momento o produto deve apresentar todas as informações anteriormente descritas, o mercado deve absorver da melhor forma
possível este produto e o profissional que detém o conhecimento técnico deve estar sempre de prontidão para responder questionamentos futuros que possam surgir do cliente,
como por exemplo (CAMPBELL-PLATT, 2015):

• Este produto pode gerar alguma reação alérgica? Qual a segurança que ele nos fornece? Quais os aspectos legais que envolvem este produto? Quanto tempo ele permanece com
suas características após aberto? Qual o melhor canal de comunicação deste produto?

Em contrapartida, alguns questionamentos são feitos pela empresa, tais como (CAMPBELL-PLATT, 2015):

• Quais as melhores formas de garantir a minha receita e as minha exclusividade? Será que posso patentear este produto? E sobre os processos, posso patentear? Quais são as
legislações e/ou órgãos que me asseguram disso? Será que os concorrentes têm potencial para imitar e/ou copiar este produto? Este produto é potencial para outros tipos de
mercado (como por exemplo, exterior)? Quais os canais de divulgação que eu posso utilizar para melhorar a visibilidade do meu produto? De que maneira ocorrerá o retorno do meu
investimento? É tranquilo produzi-lo em larga escala, garantindo a qualidade e o padrão a ser entregue ao cliente?

Acredita-se que as respostas para estas diversas perguntas poderão ser alcançadas após a permanência do produto no mercado. É sempre interessante estarmos atentos ao
retorno dos clientes, bem como de novas oportunidades internas de melhoria, para que possamos garantir não só ao projeto, mas também ao produto, um fechamento de sucesso
(CAMPBELL-PLATT, 2015).

Acredita-se também que um outro segredo para o sucesso de um novo produto seja também a revisão constante de todas as etapas que envolvem o projeto em execução. Diante
disso, cabe aos gestores estarem sempre atentos: ao comportamento do produto no mercado, à exposição do produto nos locais de comercialização, a como o vendedor está
explorando este produto, enfim, avaliar de forma contínua todo o andamento do produto, para que possam ser assertivos na tomada de decisão quanto à continuidade da fabricação
ou interrupção (CAMPBELL-PLATT, 2015).

Nesta etapa, é crucial que os administradores/diretores façam uma reanálise econômica do novo cenário empresarial (pós-introdução e lançamento
do produto no mercado) tendo em vista que os custos, gastos, recebimentos, fluxo de caixa, retorno de investimento e tempo sofrem alterações a
partir da introdução de um novo produto na empresa.

Fonte: Campbell-Platt, 2015.

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ATIVIDADES
A marca, por sua vez, pode ser protegida por meio do seu registro, sendo válido por até 10 anos a contar da sua data de concessão. Este período pode ser prorrogado,
dependendo da necessidade do registrador. Do ponto de vista do criador de um produto, qual o conceito de uma marca?

a) Marca é algo que agrega valor ao produto, desprezando informações de rótulo e embalagem.

b) Uma marca é considerada importante pois é entendida como recurso básico utilizada pelo marketing para alavancar as vendas por meio da atração que ela causa ao
consumidor.

c) Uma marca é considerada importante, porém, é muito cara para ser investida no início de um projeto.

d) Uma marca é considerada menos importante na etapa pós-conhecimento do cliente, visto que nesta etapa o mais importante é investir em equipamentos.

e) Nenhuma das alternativas está correta.

2. O processo que envolve o planejamento é considerado gerencial, ou seja, seu resultado final atinge a concretização de uma ideia e não agrega valor ao cliente. Com base no que
foi estudado, quais os 3 tipos ou níveis de planejamento existentes?

a) Abrangente, mediano e tático.

b) Estratégico, dinâmico e operacional.

c) Dinâmico, tático e setorial.

d) Estratégico, tático e operacional.

e) Nenhuma das alternativas está correta.

3. Alimentos funcionais são aqueles que além das funções básicas que já operam, também são responsáveis por afetar positivamente em uma ou diversas funções fisiológicas do
organismo, promovendo a saúde, favorecendo a qualidade de vida dos indivíduos que os consomem e auxiliam nos cuidados para prevenção de doenças e/ou enfermidade. Sobre o
ingrediente funcional “ômega 3”, analise as assertivas e assinale a alternativa correta:

I) Estão inseridos na classe dos ácidos graxos.

II) Auxiliam na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos.

III) Contribuem diretamente para o equilíbrio da flora intestinal.

a) Apenas a assertiva I está correta.

b) Apenas a assertiva II está correta.

c) Apenas a assertiva III está correta.

d) Apenas as assertivas I e II estão corretas.

e) Apenas as assertivas I e III estão corretas.

Resolução das atividades

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RESUMO
Para que consigamos de fato desenvolver um produto com propriedades funcionais, que é uma exigência que vem ganhando força nos últimos tempos, é necessário que a
aprendizagem de todas as unidades sejam trazidas à tona e que sua prática seja aplicada de forma sistêmica, atentando-se sempre as particularidades e especificações que cada
produto exige. Alimentos funcionais são aqueles que além das funções básicas que já operam, também são responsáveis por afetar positivamente em uma ou diversas funções
fisiológicas do organismo, promovendo a saúde, favorecendo a qualidade de vida dos indivíduos que os consomem e auxiliam nos cuidados para prevenção de doenças e/ou
enfermidades. Anteriormente ao lançamento, se faz necessário que o produto tenha uma marca e que seja devidamente registrado, evitando roubos e perdas da propriedade
intelectual envolvida. Uma marca é considerada importante, pois é entendida como recurso básico utilizada pelo marketing para alavancar as vendas por meio da atração que ela
causa ao consumidor. Uma boa marca é capaz de agregar valor ao produto, chamar a atenção do consumidor e alavancar as vendas. A propriedade intelectual abrange dois grandes
grupos relacionados com a proteção de uma obra (seja ela advinda da concepção ou forma, onde o inventor detém o direito exclusivo de usá-la, autorizar seu uso e “emprestá-la” por
meio da obtenção de recursos): A propriedade industrial e os direitos de autor. Desde a concepção do produto, até o seu lançamento, faz-se necessário um planejamento sólido e
estruturado. O processo que envolve o planejamento é considerado gerencial, ou seja, seu resultado final atinge a concretização de uma ideia e não agrega valor ao cliente. O
planejamento propriamente dito organiza as informações obtidas a nível estratégico, tático e operacional e tais informações são geralmente organizadas em um cronograma. A
finalidade de um cronograma é demonstrar o tempo que um projeto demandará para ser executado.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

Filme
Steve Jobs

Ano: 2016

Sinopse : três momentos importantes da vida do inventor, empresário e magnata Steve Jobs: os
bastidores do lançamento do computador Macintosh, em 1984; da empresa NeXT, doze anos depois e
do iPod, no ano de 2001.

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REFERÊNCIAS
AMARAL, D.C., ROZENFELD, et al. Gestão de Desenvolvimento de Produtos : Uma Referência Para Melhoria do Processo. São Paulo: Saraiva, 2006.

BRASIL. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 9.279, de maio de 1996 . Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm >. Acesso em: 21 ago. 2017.

_____. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 23, de 15 de março de 2000 . Dispõe sobre O Manual de Procedimentos Básicos para Registro e Dispensa da
Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à Área de Alimentos. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/396299/Microsoft%2BWord%2B-
%2BRESOLU%25C3%2587%25C3%2583O%2BN%25C2%25BA%2B23%252C%2BDE%2B15%2BDE%2BMAR%25C3%2587O%2BDE%2B2000.pdf/77903bf6-f758-41cc-
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CAMPBELL-PLATT, G. (ed.). Ciência e Tecnologia de Alimentos . Barueri: Manole, 2015.

CHIAVENATO, I. Administração . Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

DIAS, S.R. Gestão de Marketing . 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

DURAN, A.C.; LATORRE, M.R.; FLORINDO, A.A.; JAIME, P.C. Correlação entre consumo alimentar e nível de atividade física habitual de praticantes de exercícios físicos em
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ECHEVESTE, M.E.S. Uma abordagem para estruturação e controle do processo de desenvolvimento de produtos . 2003. 224 f. Tese (Doutorado em Engenharia de produção) -

Universidade Federal do Rio grande do Sul, Porto Alegre, 2003.

GALÃO, F.P. Gestão de produtos . São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

IGLESIAS, M.J. Presente y futuro de los alimentos funcionales. In: Iglesias MJ; Alejandre AP (Coord.). Alimentos saludables y de diseño específico. Alimentos funcionales . Madrid:
Ed. IM&C, 2010. KAMINSKI, P. C. Desenvolvendo produtos com planejamento, criatividade e qualidade. Rio de Janeiro: LTC. 2015.

MOHR, J. et al. Marketing para mercados de alta tecnologia e de inovações . São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

PETER, J. P.; OLSON, C. Comportamento do Consumidor e Estratégia de Marketing . 8. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2010.

PEREIRA, M.C.S.; AMARAL, M.P.H.; PINHATI, R.R.; PINTO, C.L.O.; MENDONÇA, A.E.; FURTADO, M.M.; STRINGHETA. P.C.; PINTO, M.A.O. Proposta de guia simplificado para
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PINHEIRO, A.A; SIANI, A.C.; GUILHERMINO, J.F.; HENRIQUES, M.G.M.O.; QUENTAL, C.M.; PIZARRO, A.P.B. Metodologia para gerenciar projetos de pesquisa e desenvolvimento
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RIQUE, A. B. R.; SOARES, E. A.; MEIRELLES, C. M. Nutrição e exercício na prevenção e controle das doenças cardiovasculares. Revista Brasileira de Medicina do Esporte , v. 8, n. 6, p.
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Conexão Ciência , v. 11, n. 2, p. 133-144, 2016.

TEIXEIRA, A.C.M.; DA SILVA OSELAME, C. O uso de alimentos funcionais no cotidiano e seus benefícios a saúde. Kur’yt’yba , v. 5, n. 1, p. 65-76, 2014.

REFERÊNCIAS ON-LINE

1 Em: < https://www.ama.org/Pages/default.aspx >. Acesso em: 14 meio 2017.

2 Em: < http://www2.anhembi.br/html/ead01/met_pesq_cient_gastr/pdf/aula_06.pdf >. Acesso em: 22 maio 2017.

3 Em: < http://www.dsc.ufcg.edu.br/~jacques/cursos/2000.1/proj1/plancrono.htm >. Acesso em: 22 maio 2017.

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APROFUNDANDO
Nos dias atuais, onde os mercados buscam cada vez mais profissionais qualificados e capacitados, sabemos que desenvolvedores também podem ser contratados para atuarem em
diversas outras áreas, como por exemplo, áreas gerenciais.

Você já se imaginou montando e estruturando um planejamento estratégico? Que tal iniciarmos um agora mesmo?

Vamos relembrar o objetivo principal da sua elaboração? Ele determina e auxilia a empresa na formalização de ideias e tarefas maiores que, de maneira organizada e sintetizada, é
capaz de atingir alguns objetivos que caminham para um futuro melhor.

Alguns passos podem nos auxiliar na galgada por essa construção. Mas qual o passo a passo para construção? Seguem sugestões:

1° Determine os objetivos e metas : devemos determinar os objetivos e as metas, para que possamos entender o trajeto que se deseja caminhar, que serve como ponto de partida
diante do planejamento, desde que estejam claros.

2° Formalize a análise SWOT: é necessário que se conheça a organização, identificando de uma maneira bastante detalhada e aprofundada quais os pontos fortes e fracos
existentes dentro da empresa e também quais as oportunidades e ameaças que se encontram no ambiente externo à empresa. A análise SWOT é uma ferramenta bastante utilizada
para este fim.

3° Construa missão, visão e valores da organização : a definição da missão (essência da empresa), da visão (onde ela quer chegar) e os valores (motivações que determinam como
ela será gerida) permite que o planejamento caminhe com diretrizes.

4° Reconheça quem são seus clientes : mediante a identificação dos clientes, é possível construir oportunidades de negócio com mais consistência. Além disso, a partir da definição
dos mercados atuantes, é possível alcançar os principais objetivos.

5° Mapeie informaçõe s: levante informações a respeito de oferta e demanda de mercado, concorrência, interesses dos clientes, políticas de relacionamento, economia no país e
também quais os principais canais para construção de um networking consolidado.

6° Atente-se à imprensa : um bom relacionamento com a imprensa permite um foco extra com os meios de comunicação, facilitando e ampliando os contatos com clientes entre
outros.

7° Defina as estratégias e metas relacionadas às estratégias : é fundamental definir quais as estratégias da empresa para que se possa estabelecer quais ferramentas serão
necessárias para atingi-las. Datas pré-definidas para cada execução são sempre bem vindas.

8° Esteja atento ao planejamento operacional ligado às estratégias : estruture e monte um plano de ação voltado às estratégias, para que o "planejamento" consiga sair do papel.
Este modelo possibilita que as informações tornem-se detalhadas e claras.

9° Crie um método de monitoramento : cronogramas são ótimas ferramentas para avaliar o bom desempenho das ações, bem como analisar o tempo que é gasto em cada tarefa.

10° Crie um método de avaliação dos resultados : a partir do momento em que você conseguir avaliar se as ações estão sendo executadas conforme o planejado, é necessário que
seja verificado a necessidade de alterações e/ou modificações, ou até mesmo mudança nas estratégias. OBS: Neste momento os bons resultados e as boas ações devem ser
identificadas para que possam ser mantidas e/ou melhoradas.

11° Estabeleça indicadores : crie e analise constantemente os indicadores que possam auxiliar numericamente na tomada de decisões. Estabeleça um “limite mínimo e máximo”
para que as ações sejam consideradas aceitáveis.

Vale ressaltar que o bom funcionamento de um planejamento depende da sua constante alimentação e avaliação!!

Tudo pronto para começar?

Mãos à obra e bons estudos!

PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; CARDOSO , Melina Aparecida Plastina.

Desenvolvimento de novos produtos com ênfase em gastronomia funcional. Melina Aparecida Plastina Cardoso.

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.

30 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. desenvolvimento. 2. gastronomia funcional. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 378

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

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