Você está na página 1de 24

Projeto de Interiores:

Comercial
Material Teórico
Conhecendo a Cultura da Empresa

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Me. Edvânia Helenice Dantas Comitre

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Conhecendo a Cultura da Empresa

• A Empresa;
• Maiores Erros na Condução de um Projeto de Loja;
• O que é um Painel Semântico ou Moodboard?
• Pesquisa Criativa.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Demonstrar as características da Empresa por meio de um Painel Semântico.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Conhecendo a Cultura da Empresa

A Empresa
Chamamos usuário a pessoa ou o conjunto de pessoas que faz parte da Empresa
ocupante de um imóvel comercial. Diferentes Empresas fazem do ambiente comer-
cial; experiências diferenciadas, requerendo ambientes personalizados.

Entendemos e tratamos aqui de Empresas comerciais, como as que vendem


produtos, e nosso projeto de Interiores Comercial se refere a pontos de venda, ou
Pontos Comerciais.

São eles :
• Lojas em Shoppings Centers;
• Lojas em rua ou Galerias Comerciais;
• Hipermercados;
• Aeroportos.

As diferentes necessidades das Empresas fazem com que as soluções de Projeto


sejam infinitas. Assim, algumas ferramentas de estudo nos ajudam a compor itens
do Projeto e a ir fechando o ciclo de possibilidades.

Um dos aspectos mais importantes, senão o mais diretivo e o que mais nos
orienta, para o pleno exercício do Projeto de Interiores é o conhecimento da mis-
são, da visão e dos valores da Empresa. O conjunto formado por eles – missão,
visão e valores – representa a identidade organizacional. Todos devem saber clara-
mente o propósito, a razão da existência da Organização.

 É uma forma de o empresário motivar sua equipe, praticando os princípios que


levaram a Empresa ao sucesso inicial. Uma declaração de missão bem elaborada é
imprescindível para que o Mercado escolha a Organização como sua fornecedora e
é, ainda, um importante meio de direcionamento dos colaboradores.

Além disso, deve responder o que a Empresa ou a Organização se propõe a


fazer, e para quem.

Missão
“Eis um teste para saber se você terminou sua missão na Terra: se você está
vivo, não terminou” (Richard Bach).

A missão é uma declaração concisa do propósito e das responsabilidades da sua


Empresa perante seus clientes: Por que a empresa existe? O que a empresa faz?
Para quem?

A organização deverá seguir uma linha da qual não abre mão, como, por exem-
plo, honestidade, respeito, qualidade, integridade etc.

8
Você é um empresário de visão ou trabalha em uma Empresa visionária? Como
você imagina que será sua Empresa nos próximos dez ou vinte anos?

Essas perguntas podem ser respondidas se analisarmos o termo visão.

 A missão é tida como o detalhamento da razão de ser da Empresa, ou seja, é


o porquê da Empresa. Na missão, tem-se acentuado o que a Empresa produz, sua
previsão de conquistas futuras e como espera ser reconhecida pelos clientes e pelos
demais stakeholders.

De acordo com o consultor Sergio Luiz de Jesus, a missão de uma Empresa está
tão ligada ao lucro quanto ao seu objetivo social. Ainda segundo o consultor, toda
missão dever orientar os objetivos financeiros, humanos e sociais da Organização.

Exemplos de Missão
• Fiat: Desenvolver, produzir e comercializar carros e serviços que as pessoas
prefiram comprar e tenham orgulho de possuir, garantindo a criação de valor
e a sustentabilidade do negócio.
• HSBC: Garantir a excelência na entrega de produtos e serviços financeiros,
maximizando valor para clientes e acionistas.
• Gerdau: Gerar valor para nossos clientes, acionistas, equipes e a sociedade,
atuando na indústria do aço de forma sustentável.

Visão
“Através dos séculos, existiram homens que deram o primeiro passo ao longo
de novos caminhos, sem outros recursos além de sua própria visão” (Ayn Rand).

A visão é a descrição do futuro desejado para a Empresa. Esse enunciado re-


flete o alvo a ser procurado pelos esforços individuais, da equipe e pela alocação
de recursos.

A visão deve conter tanto a aspiração, como a inspiração. A aspiração de se


tornar “algo”, e a inspiração de porque esse “algo” deve merecer e valer a pena
ser concretizado.

Deve ser uma frase prática, realista e visível, pois não passará de mera aluci-
nação, se ela sugerir ou propuser resultados inatingíveis. Uma simples frase pode
sintetizar essa ideia sendo, ao mesmo tempo, ambiciosa e inspiradora.

  A visão é algo responsável por nortear a Organização. É um acumulado de


convicções que direcionam sua trajetória. O professor de empreendedorismo Lou-
is Jacques Filion define visão como “a imagem projetada no futuro do espaço de
Mercado futuro a ser ocupado pelos produtos e o tipo de Organização necessária
para se alcançar isso”.

9
9
UNIDADE Conhecendo a Cultura da Empresa

Em suma, a visão pode ser percebida como a direção desejada, o caminho que
se pretende percorrer, uma proposta do que a Empresa deseja ser a médio e longo
prazos e, ainda, de como ela espera ser vista por todos.

Deve facilitar as respostas para as seguintes perguntas:


• O que a Empresa quer se tornar?;
• Onde nós estaremos?;
• O que a Empresa será?;
• Para qual direção devem apontar os esforços dos dirigentes e dos colaboradores?

Exemplos de Visão
• Fiat: Estar entre os principais players do Mercado e ser referência de excelên-
cia em produtos e serviços automobilísticos.
• HSBC: Ser o melhor grupo financeiro do Brasil em geração de valor para
clientes, acionistas e colaboradores.
• Gerdau: Ser global e referência nos negócios em que atua.

Valores
“Dou valor às coisas não por aquilo que valem, mas por aquilo que significam”
(Gabriel Garcia Marques).

Quando falamos em valores, estamos falando sobre princípios ou crenças que


servem de guia ou critério para comportamentos atitudes e decisões de todas e
quaisquer pessoas que, no exercício das suas responsabilidades e na busca dos seus
objetivos estejam executando a missão, na direção da visão.   

Os valores também podem ser vistos como um conjunto de crenças ou prin-


cípios que definem e facilitam a participação das pessoas no desenvolvimento da
missão, da visão e dos próprios valores. Os valores ainda facilitam o comprometi-
mento entre os colaboradores e entre os colaboradores e os clientes, a comunidade
e a sociedade.

Resumidamente, os valores definem as regras básicas que norteiam os com-


portamentos e as atitudes dos colaboradores. São regras para que, executando a
missão, se alcance a visão. Os valores dão o suporte, é o foco da moral e da ética
da Empresa.

Exemplos de Valores
• Fiat
»» Satisfação do cliente.
»» Ele é a razão da existência de qualquer negócio.
»» Valorização e respeito às pessoas.

10
» São as pessoas o grande diferencial que torna tudo possível.
» Atuar como parte integrante do Grupo Fiat.
» Juntos nossa marca fica muito mais forte.
» Responsabilidade social.
» É a única forma de crescer em uma sociedade mais justa.
» Respeito ao Meio Ambiente.
» É isso que nos dá a perspectiva do amanhã.
• HSBC
» Nossa conduta deve refletir os mais altos padrões de ética.
» Nossa comunicação deve ser clara e precisa.
» Nosso gerenciamento deve ser em equipe, consistente e focado.
» Nosso relacionamento com clientes e colaboradores deve ser transparente e
baseado na responsabilidade e confiança entre as partes.
• Gerdau
» Ter a preferência do CLIENTE.
» SEGURANÇA das pessoas acima de tudo
» PESSOAS respeitadas, comprometidas e realizadas.
» EXCELÊNCIA com SIMPLICIDADE
» Foco em RESULTADOS.
» INTEGRIDADE com todos os públicos.
» SUSTENTABILIDADE econômica, social e ambiental.

O Ponto Comercial – Franquias


A escolha do ponto comercial pode significar o sucesso ou o insucesso de um
negócio e, para avaliar corretamente, o empreendedor precisa se cercar de alguns
cuidados, que envolvem questões legais, financeiras e estratégicas.

É preciso verificar, primeiramente, se não há impedimento legal para a abertura


do negócio pretendido no local desejado e providenciar as licenças necessárias para
a sua instalação.

Mesmo tendo a assessoria da franqueadora para a escolha do ponto, a respon-


sabilidade para o cumprimento de todas as exigências e a obtenção da autorização
de funcionamento caberá ao franqueado.

Financeiramente, será fundamental analisar se o preço do aluguel é compatível


com o Plano de Negócio da franquia e analisar o tempo de vigência e as condições

11
11
UNIDADE Conhecendo a Cultura da Empresa

para a renovação do contrato, vez que o franqueado investirá tempo e dinheiro


na reforma do ponto para adequá-lo ao projeto arquitetônico definido para a rede.

Não menos importante será a verificação da adequação do ponto ao público-


-alvo da franquia, levando em consideração seus hábitos de consumo, os horários
de funcionamento da Empresa, o fluxo de pessoas, as lojas próximas e a facilidade
de acesso ao local.

Devido à sua experiência, as franqueadoras costumam incluir no suporte ofere-


cido à rede a assessoraria para a escolha do ponto, utilizando, cada vez mais, ferra-
mentas de geomarketing, que as auxiliam na sugestão dos pontos mais indicados.

Na elaboração do Plano de Expansão da franquia, as Empresas franqueadoras


estimam o número de unidades que serão abertas por município, definindo o terri-
tório exclusivo de atuação de cada uma delas.

Para o comércio, a escolha do ponto representa um fator crítico para o sucesso


do negócio, e a experiência da franqueadora torna-se fundamental para auxiliar os
franqueados a abrirem suas unidades nos locais em que o esforço de marketing seja
menor e nos quais as características do ponto sejam mais adequadas ao perfil de
seus clientes potenciais.

Atualmente, para facilitar a visualização dos melhores pontos para seus mode-
los de negócio, as franquias, após definirem o público-alvo para seus produtos e
serviços, têm à sua disposição ferramentas de geomarketing que disponibilizam
informações segmentadas sobre o Mercado em forma de mapas digitais.

Esse levantamento, que pode ser feito pela própria franqueadora ou terceirizado
para empresas especializadas no uso dessas ferramentas, servirá para indicar os
melhores locais para a abertura das unidades.

O auxílio do franqueador, para ser efetivo, precisará aliar a visibilidade e a ade-


quação do ponto ao público-alvo da franquia a outros fatores também fundamentais
para o franqueado, como o tamanho, os valores e as questões contratuais. Para
isso, ele terá de conhecer muito bem o negócio que está franqueando, a Legislação
vigente e ter capacidade para negociar, especialmente, nos Shopping Centers.

A escolha do ponto é uma das etapas mais importantes do processo de im-


plantação de uma nova unidade franqueada e definir os aspectos principais a serem
avaliados é tarefa do franqueador. O melhor ponto não é o mais barato ou o mais
caro, o maior ou o menor. É aquele que tem as características físicas, a adequação
ao público da franquia e as condições comerciais e legais que propiciem a melhor
relação custo-benefício e deem mais segurança aos franqueados na condução de
seus negócios.

Por vezes, as lojas de rua podem ser mais lucrativas, por não exigirem pagamen-
to das altas taxas cobradas nos Shoppings, mas podem oferecer mais riscos aos
empresários ou não atrair o público desejado.

12
Já os Shoppings podem dar mais segurança, mas inviabilizar financeiramente a
Empresa ou atrair frequentadores que não tenham afinidade com a marca ou não
tenham condições de adquirir seus produtos e serviços.

A operação de uma franquia deve ser pensada em longo prazo, o que implica
conhecer as características atuais e as potencialidades das regiões em que ela será
instalada, permitindo que as unidades sejam abertas em locais que favoreçam o
seu crescimento.

O melhor ponto será aquele que tiver sido selecionado depois de terem sido
relacionadas e avaliadas as principais vantagens e desvantagens para o modelo de
negócio que será comercializado. A estabilidade econômica, que tem possibilitado
a abertura de um grande número de Empresas nos últimos anos, associada a pouca
oferta de unidades comerciais nas grandes cidades, têm gerado grandes preocupa-
ções aos empresários, tanto pelos altos preços cobrados pelos aluguéis, quanto pela
dificuldade para encontrar o ponto ideal para os seus empreendimentos.

As redes de franquias têm buscado alternativas para driblar a situação. Várias


unidades têm sido abertas em cidades de médio porte ou em regiões fora do
eixo Rio-São Paulo. Nesses locais, apesar da necessidade de maior investimento
dos franqueadores para dar suporte aos franqueados em unidades distantes de
suas cidades de origem, as franquias têm encontrado situações mais favoráveis
ao seu crescimento.

Algumas alternativas também têm sido adotadas pelas franquias, como a forma-
ção de parcerias entre diferentes marcas para oferecerem seus produtos num mes-
mo lugar, a abertura de unidades em pontos menos tradicionais que as lojas de rua
ou Shoppings e a criação de outros modelos de negócio, como as unidades móveis,
que têm a vantagem de poder expandir as vendas sem que haja a necessidade de
abertura de lojas fixas na mesma proporção, mesmo que elas dependam das lojas
para serem abastecidas com os produtos da franquia.

Como não se pode garantir a redução dos preços dos aluguéis num curto espaço
de tempo, as franquias precisarão continuar investindo em novos modelos e novas
formas de fazer chegar seus produtos e serviços aos clientes.

A diferença entre o número de pontos comerciais disponíveis e o desejo de


crescimento das redes faz surgir novos formatos de franquia, incrementa alguns
segmentos que dependem menos da existência de uma loja física, estimula acordos
e parcerias e intensifica a busca por novos mercados.

Pequenas franquias cujos serviços são prestados no endereço dos clientes ou que
podem ser administradas em unidades home based (aquelas cujas operações são
simplificadas e podem ser geridas a partir da residência dos franqueados) devem
continuar crescendo nos próximos anos.

Seus maiores atrativos são os baixos custos operacionais, inclusive por não exi-
girem o aluguel de imóveis caros e em pontos disputados. Já há alguns anos, as
franquias também têm sido chamadas a abrir suas unidades em postos de gasolina,

13
13
UNIDADE Conhecendo a Cultura da Empresa

aeroportos, Universidades e Supermercados. Por terem marcas conhecidas e atra-


írem mais público, levando as pessoas a permanecerem por mais tempo nesses
locais ou por deixarem os consumidores mais satisfeitos ao conseguirem atender às
suas necessidades, aliando qualidade e comodidade, elas se apresentam como boa
opção de parceria para os gestores desses locais.

A conversão de negócios próprios em franquias também tem permitido que elas


estejam presentes num maior número de pontos, aproveitando as lojas já existentes.

Buscar alternativas mais baratas para os empreendedores, em novas praças,


com novos formatos, é uma tendência e um desafio para as marcas. O Mercado
de Shopping Centers registrou uma média de 398 milhões de visitas mensais às
suas unidades e foi responsável por 19% das vendas do varejo em 2012, segundo
a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

Com mais de 11 milhões de m² de área bruta locável e mais de 70 mil lojas-


-satélites, muitas delas franquias, distribuídas em mais de 400 Shopping Centers,
sem dúvida esse é um segmento que não pode ser ignorado.

Para os administradores de Shopping, as franquias são consideradas opções


mais viáveis, apesar de eles terem de negociar com as redes. Segundo levanta-
mento feito pela consultoria Rizzo Franchise, com base nos dados da Abrasce, as
unidades franqueadas representam 37% da área locada dos Shoppings no Brasil.

Mas os franqueados precisam ter cautela antes de fechar a negociação com os


Shoppings. Os altos custos, que incluem a compra do ponto, aluguel, condomínio
e Fundo de Promoção, precisam ser somados às despesas projetadas pela franque-
adora, para que seja possível avaliar sua viabilidade. Embora desejável, nem todas
as redes acompanham seus franqueados na fase de escolha do ponto, o que torna
o risco para o franqueado ainda maior.

Os empresários também precisarão avaliar o fluxo de pessoas e o perfil dos


clientes que frequentam o Shopping para verificar se estão de acordo com o mo-
delo de negócio da franquia. Não basta ter pessoas circulando, é preciso que o
Shopping atraia o público-alvo da franquia e que a negociação do ponto dentro do
Shopping permita que ela fique visível para esse público.

No momento da escolha do ponto, as lojas de rua costumam ser comparadas


às Lojas de Shopping e apresentam pontos positivos e negativos, que devem ser
pesados na hora de o empresário decidir onde sua empresa será instalada.
Alguns pontos positivos podem ser ressaltados, como viabilizar a instalação das
franquias em metragens maiores, ter aluguéis mais baratos, sem a exigência do
pagamento das taxas cobradas pelos Shoppings, permitir um layout diferenciado,
maior liberdade para divulgação do seu espaço ou representar maior conveniência
para alguns clientes.
Mas, sem o atrativo dos Shoppings, o lojista precisará programar ações de
marketing e contar com sua capacidade de prospectar e fidelizar seus clientes para
ter visibilidade maior e levar os clientes até ele, além de correr o risco de o cliente
desistir da compra por falta de estacionamento.

14
Para manter as portas abertas fora do horário comercial, o empresário também
enfrentará algumas dificuldades, quer seja por motivos de segurança, quer seja
por ter que obter autorizações dos órgãos competentes para isso, além de outras
questões que também demandarão atenção dos empresários, como garantias con-
tratuais e atendimento às exigências legais.

Na hora de decidir, todos os pontos deverão ser avaliados de acordo com seu
grau de importância para que o franqueado, de preferência com o apoio do seu
franqueador, possa optar por aquele que lhe trouxer mais vantagens.

As concessões de exploração por empresas privadas, associadas às reformas, às


ampliações e ao aumento do fluxo de passageiros, têm estimulado a abertura de
novos espaços para a instalação de pontos comerciais nos principais aeroportos
brasileiros. E tanto a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero)
quanto às empresas concessionárias desejam aumentar suas receitas com a amplia-
ção da área bruta locada.

A Infraero aponta vantagens para os empresários que queiram se instalar nos


aeroportos administrados por ela, como pesquisas e estudos feitos regularmente
pela Empresa e que permitem conhecer o perfil, o fluxo e as intenções de consumo
desse público. Nos últimos anos, no entanto, os valores cobrados pelos aluguéis nos
principais Aeroportos têm aumentado significativamente, ficando mais próximos
dos valores cobrados nos Shoppings.

Quanto aos preços praticados pelas Lojas instaladas nos Aeroportos, é comum
haver reclamação dos consumidores sobre os preços cobrados pelos produtos e
serviços oferecidos.

Para reduzir o número de queixas sobre os preços dos produtos oferecidos pelas
lanchonetes e pelos restaurantes, a Infraero está licitando áreas para a instalação
de lanchonetes populares; dos itens vendidos, 15 terão os preços tabelados por ela.

Para se instalar em qualquer Aeroporto, é preciso participar de um processo de


licitação, e a franquia deverá avaliar se os prazos de instalação, as taxas, o público
e a projeção de vendas são compatíveis com seu modelo.

Manual de Conduta para Obras em Shopping Center –


Exemplo do Shopping Recife
O Shopping Recife é um empreendimento imobiliário tipo shopping center,
sendo primordial que nossos colaboradores atuem com base em valores e objetivos
comuns. A postura ética é uma exigência a ser diariamente observada por todos,
ou seja, além de todos agirem coerentemente com nosso discurso, devem evitar que
atos antiéticos sejam cometidos ao seu redor.

Este Manual de Conduta tem como base nossos valores e os mais elevados pata-
mares de conduta ética, sendo um guia de orientação e consulta para ser adotado
na condução do nosso negócio e nas suas diversas relações. O comprometimento

15
15
UNIDADE Conhecendo a Cultura da Empresa

com este manual é esperado de todos nós, colaboradores do Shopping Recife: su-
perintendente, gerentes, funcionários, estagiários e prestadores de serviço.

Nos últimos anos, fazer com que os clientes tenham uma boa experiência com
a marca, virou palavra de ordem. Isso se tornou importante, pois as experiências
permitem criar uma profunda conexão com os consumidores, fazendo com que
eles se tornem verdadeiros defensores da marca.

A arquitetura emocional em um projeto empresarial permite criar um contexto


e relevância, que vão ser de extrema importância para a conquista de clientes.
Através dela, é possível criar uma história que pode ser vivenciada e sentida pelas
pessoas. Isso é muito importante, pois os consumidores estão muito mais cons-
cientes e buscam marcas que possuem princípios e valores parecidos com os de-
les. Para utilizar esse estilo de arquitetura em pontos comerciais, feiras e ações, é
importante que a proposta dos espaços esteja alinhada ao discurso da marca, pois
de nada adianta uma experiência inesquecível e um ambiente bonito se isso não
estiver alinhado ao que a marca acredita, a linguagem que utiliza e sua essência.
Como o próprio nome diz, arquitetura emocional trabalha com as emoções. E em
um mundo cada vez mais globalizado, ela tem tudo para se tornar popular, pois é
utilizada como forma de aplacar a solidão das pessoas e reforçar uma identidade
cultural própria – uma linguagem local.

Maiores Erros na Condução


de um Projeto de Loja
Escolher uma Iluminação Errada
A escolha da iluminação adequada é extremamente importante para o quão ape-
lativo seu produto vai parecer. Todos os produtos, de vestidos de gala a cortadores
de grama, têm um tipo de iluminação mais adequado. Isso envolve conceitos como
temperatura e eficiência energética.

A iluminação é muitas vezes mal projetada porque os varejistas estão tentando


cortar custos.

Outra situação comum é confiar muito em conselhos de terceiros – especializa-


dos ou não – sobre o assunto, sem levar em conta o conhecimento próprio sobre o
funcionamento do negócio.

Harvey Rovinsky, dono de sete joalherias em Nova Jersey, comprovou a impor-


tância de uma iluminação adequada quando reformou a loja matriz. O arquiteto
contratado por ele selecionou um tipo de luz fria, que deixava as joias sem brilho.
“No ramo de joalherias, é necessário ter um trabalho de luzes incrível”, explica Ro-
vinsky, que atribui seu erro à sua confiança excessiva no arquiteto.

16
Negligenciar o Design da Área do Caixa
Muitos varejistas não ligam muito para a área do caixa, apesar da sua importân-
cia. Mas é relevante se certificar de que haverá espaço suficiente para que a área
não fique muito lotada com devoluções, clientes e produtos.

Renunciar à Flexibilidade
As tendências de compra do consumidor estão sempre mudando, o que significa
que os varejistas precisam agregar flexibilidade a seus projetos. Ao mesmo tempo
em que displays flexíveis podem requerer mais investimento inicial, eles podem
tornar a vida muito mais fácil quando for a hora de modificar as ofertas da loja.

Figura 1
Fonte: Getty Images

Vitrines
Antes de qualquer coisa, a vitrine necessita de Planejamento. Ela é a marca da
loja; merece muito cuidado. É necessário fazer um levantamento correto, de medi-
das e fotográfico, para obter a percepção de espaço disponível.

Observe as orientações a seguir:


• Nunca ser ambicioso e cometer o erro de mostrar tudo o que quer ven-
der; mostrar apenas categorias ou estilos de produto. Organize os objetos em
grupos, quando os produtos forem pequenos, e exiba os itens grandes. Dessa
forma , sua vitrine será vista de longe. Só evite deixar muito espaço vazio;
• Promova o que vende: uma vitrine deve servir como uma espécie de
catálogo do que o público poderá encontrar no interior da Loja. Dessa forma,
tudo que selecionar para apresentar e vender ao público deve estar disponível
no interior da Loja. Nenhum de nós gosta de entrar numa Loja e descobrir
que o produto que viu na vitrine não está à venda. Essa é uma forma de
propaganda enganosa;

17
17
UNIDADE Conhecendo a Cultura da Empresa

• Atualize sua vitrine: assim que um produto esgotar, retire-o da vitrine. Atu-
alize constantemente sua vitrine e a imagem dela. As pessoas que passarem
diariamente perceberão as mudanças;
• Escolha um tema para a vitrine: ela se torna mais especial e reflete uma
mensagem mais forte, associada a um tema. Sem se afastar muito de sua gê-
nese e plano de negócio, adote a decoração do tema. Sem ideias para temas?
Revistas e tendências, estações do ano, eventos ou produto;
• Conte uma história: o Cliente não está só a procura de um produto: tudo
aquilo que o produto pode trazer para ele e para os seus sonhos também faz
parte da venda. As melhores vitrines captam a atenção e os sonhos do cliente
com suas histórias. Numa época em que o consumidor se torna cada vez mais
impermeável, essa estratégia pode oferecer conteúdos e entretenimento ao
consumidor; é uma ótima estratégia;
• Iluminação: para contar uma história é preciso iluminar bem. Bem significa
qualidade, não quantidade. Distribuir a luz, destacar alguns produtos e não
ofuscar são algumas metas a serem alcançadas. Lâmpadas tipo LED e com
capacidade de reprodução de cores são as ideais;
• Truques de luz e movimento: são muito eficazes para contar uma história.
Tudo que pisca e movimenta chama muito a atenção do público e dá vida
à vitrine;
• Pequenas mudanças são sempre interessantes: pequenos detalhes que im-
pactem e possam ser facilmente visualizados, principalmente, para os que pas-
sam todos os dias;
• Preço: um dos elementos que faz parte das vitrines e que deve ser considerado
com todo o cuidado. O ideal é que se organizem todos os preços num único
espaço, mantendo-os ao lado das mercadorias, mas tentando neutralizar sua
interferência. Uma vez que as pessoas estão constantemente atrás de pechin-
chas, convém oferecer sempre alguns produtos mais baratos, no mix da vitrine.

O que é um Painel Semântico


ou Moodboard?
• Traduzindo a expressão MoodBoard ao pé da letra, do inglês para o nos-
so bom português, podemos dizer que se trata de um “quadro de humor”.
Isso nada mais é do que a reunião de diversas imagens, fotos, cores, objetos e
até mesmo palavras/frases que tem como missão principal traduzir a essência
de um serviço/produto ou marca;
• O Moodboard, que também é conhecido como painel de estilo ou painel
semântico, nada mais é do que a organização de referências para um objetivo
específico. Ele é usado por designers nas mais diferentes áreas: moda, produto,

18
interiores. Muitas pessoas fazem um moodboard instintivamente, sem saber
muito sobre a técnica. É comum, por exemplo, quando a gente tem uma festa
importante começar a separar várias imagens de como pode ser o vestido,
qual a cor, penteados e maquiagens que gostamos etc. E também é a ideia por
trás do Pinterest; quem usa já deve ter linkado uma coisa a outra.

Nesta fase do projeto, nossa missão é nos familiarizarmos com os códigos grá-
ficos dos nossos alvos e do nosso Setor de atividade, ou seja, dominar o contexto
cultural da nossa Empresa e dos nossos clientes, estudar os nossos concorrentes, o
que funciona, o que evitar.

Para isso, o designer deve “alimentar” conceitos e referências gráficas retiradas


de várias fontes de inspiração: Pinterest, claro, é uma dessas fontes.

O MoodBoard (Painel Semântico) veio antes dessas criações e foi a partir dele
que eles conseguiram mostrar a essência da marca em todas as artes, mesmo que
tenham sido criadas por diferentes designers.

Figura 2 – Painel Semântico Banco Itaú


Fonte: Divulgação

Pesquisa Criativa
A pesquisa criativa envolve Mercado, cenário, tendência, entrevistas, prototipa-
gem e todas as ferramentas criativas que irão nos ajudar a resolver um problema
ou criar algo “NOVO”.

Tudo isso é organizado num grande painel e NECESSARIAMENTE precisa


ter essa ressonância e integridade com todos esses métodos citados. O objetivo é
divergir o pensamento e analisar esses boards seguindo as leis de composição e
métodos visuais.

19
19
UNIDADE Conhecendo a Cultura da Empresa

O segundo passo é o Convergent Board, uma prancha que chamamos de sele-


ção, na qual são colocadas referências que estão nos Boards Divergentes, mas já
pensando o que vamos selecionar, levando em consideração as leis e os métodos
visuais e suas aplicações dentro do Projeto que estamos desenvolvendo.

Sabe mais sobre a visão, missão e valores da Coca-Cola: http://bit.ly/2vIKYVN


Explor

Relatório de Sustentabilidade - Cacau Show: http://bit.ly/2vNpQxu


Explor

Oficina de Moodboard para Designers de Interiores e Arquitetos: https://youtu.be/QtYkVlHJGqo

20
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Guia Decor: Como criar e Decorar os Ambientes utilizando Moodboard
http://bit.ly/2vKj3Vv
Painéis Semânticos, Mood Board, Pesquisa Criativa, Prancha Criativa ou Painel de Inspiração?
http://bit.ly/2vOHqRC

Leitura
Franquias Portal SEBRAE
http://bit.ly/2vM8bpX
Manual de Conduta - Shopping Recife
http://bit.ly/2vSzLlj

21
21
UNIDADE Conhecendo a Cultura da Empresa

Referências
CHING, F. D. K.; BINGGELI, C. Arquitetura de interiores ilustrada. 3.ed. Porto
Alegre: Bookman, 2013.

COSTA JUNIOR, E. L. Gestão de processos produtivos. Curitiba: Ibpex, 2008.

GURGEL, Miriam. Organizando espaços: guia de decoração e reforma de resi-


dências. 2.ed. São Paulo: SENAC SP, 2012.

LEE, V. 10 princípios do bom design de interiores. São Paulo: Germakoff, 2012.

22

Você também pode gostar