Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho Letícia Botão
Trabalho Letícia Botão
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
1º Ano/ 1º Semestre
Discentes:
Andrade João Manico
Castro Paulino Macamo
Elias Manuel João
Felizarda Somalha José
Ivannea da Felicidade
Ketleen Ancha Pinto
Malissane Vitorino Tomo
Maria Luísa
Pascoa Ártico
Shelsia Manso
Vasco Chico Vasco
1. Introdução............................................................................................................................ 1
3. Direito positivo.................................................................................................................... 2
3.1. Teorias das relações entre o direito e o Estado no direito positivo ................................. 4
6. Conclusão ............................................................................................................................ 8
O presente trabalho, aborda acerca dos Factores do Direito, sendo aqueles que contribuem para
um resultado, e empregando ao direito, tomando uma versão importante, que influencia
fortemente a legislação, definindo as suas diversas estruturas, que designa o conjunto de
princípios e normas jurídicas aplicáveis a um determinado povo em determinada época. Quanto
mais a sociedade evolui, mais aumenta a complexidade dos fatores, visto que não se apresentam
sempre de modo idêntico, não se repetem quantitativamente. Estes factores não são uma
concepção metafísica de normas jurídicas, compõe-se de modelos que se referem a fatos, aos
acontecimentos sociais.
1.1. Objectivos
1.2. Metodologia
1
2. Factores do direito
Factores do direito são as relações da vida que indicam ao legislador as questões sociais que
devam ser regulamentadas. Ou seja é o que contribui para um resultado, empregando ao direito,
a tomar uma versão muito importante, pois influencia fortemente a própria ao legislador
definindo as suas diversas estruturas.
Há fatores que atuam diretamente sobre o fenômeno social e há os que revelam sua eficácia por
intermédio de outros, como ocorre na maioria dos fatores naturais, que só indiretamente
exercem influência sobre os fatores sociais. (FERREIRA, 2004)
3. Direito positivo
Direito positivo é um conjunto concreto de normas jurídicas, construído de forma cultural, tem
validade por determinado tempo e base territorial. Diretamente ligado ao conceito de vigência,
o conceito de direito positivo compreende as leis, regulamentos e demais espécies normativas
que no momento presente integram o direito de um território. Por definir-se em função de um
lugar e de um tempo, seu conteúdo é variável. O direito positivo equivale ao direito objetivo,
ou seja, quando se faz referência ao conjunto de normas jurídicas que regem o comportamento
humano num determinado tempo e espaço está se falando em direito positivo e objetivo. Ele é
defendido e aplicado pelo Estado. (BOBBIO, 2001).
2
O positivismo jurídico surgiu em meados do século XIX na Europa, como uma corrente que
defendia o direito como a lei de único valor e emanada a partir do Estado. Este pensamento se
contrapunha ao modelo do Direito Natural, que acreditava na ideia de justiça universal baseada
nas leis da natureza, nas leis de Deus (sob a perspectiva da Igreja) ou pela razão humana
(Iluminismo). Para o positivista, a lei é um produto do Direito que age como um mecanismo de
organização social, firmada a partir de um "Contrato Social". De acordo com as doutrinas
juspositivas, as normas são justas porque são válidas. Este conceito se contrapõe ao pensamento
das doutrinas jusnaturalistas, que acreditam serem as normas válidas por serem justas, caso
contrário não deve haver validade. (BOBBIO, 2001).
Protágoras (481 a.C - 411 a.C.) pode ser considerado o pensador que antecipou as opiniões dos
positivistas modernos. Sustentava que as leis feitas pelos homens eram obrigatórias e válidas,
sem considerar o seu conteúdo moral. O Positivismo Jurídico deve muito da construção de seus
principais postulados a Hobbes, que teve influências indeléveis nas obras de Bentham, Austin,
Kelsen e Schmitt.
Nas palavras de Auguste Comte, o Positivismo era a forma superior e final de uma concepção
histórica do devir humano. Direito positivo consiste no conjunto de todas as regras e leis que
regem a vida social e as instituições de determinado local e durante certo período de tempo.
Para os positivistas, a lei é um produto do Direito que age como um mecanismo de organização
social, firmada a partir de um "Contrato Social". O direito positivo é aquele estabelecedor de
ações que, antes de serem reguladas, podem ser cumpridas indiferentemente de um modo ou
outro, mas, uma vez reguladas pela lei, importa que sejam desempenhadas do modo prescrito
por ela.
3
3.1. Teorias das relações entre o direito e o Estado no direito positivo
As duas principais teorias acerca das relações entre o direito e o Estado divergem quanto à
natureza do direito positivo. Para a teoria dualística do direito, Estado e direito positivo seriam
duas realidades distintas. Já a teoria monística entende que só existe um direito, o positivo, com
o qual o Estado se confunde. Esta última corrente, portanto, iguala o direito positivo ao Estado
que o produz. Há também uma teoria pluralista, minoritária, que afirma ser o direito positivo
apenas uma dentre outras manifestações jurídicas, ao lado do direito canônico e outros. (
DUARTE, 2000).
4. Direito natural
Direito natural (da expressão latina ius naturale) ou jusnaturalismo é uma teoria que procura
fundamentar o Direito no bom senso, na racionalidade, na equidade, na igualdade, na justiça e
no pragmatismo. Ela não se propõe a uma descrição de assuntos humanos por meio de uma
teoria; tampouco procura alcançar o patamar de ciência social descritiva.
O direito natural é visto como uma derivação da essência humana, da sua natureza. Essa
natureza pode ser de origem religiosa (as leis de Deus) ou da racionalidade dos seres humanos.
O seu estudo teve origem com os filósofos gregos, que viam esse direito como uma ordem
natural das coisas. Essa concepção de direito natural foi influenciada pela igreja durante a Idade
Média. E os valores do clero passaram a ser vistos como as leis de Deus. Posteriormente, o
pensamento iluminista classificou o direito natural como a descoberta da razão humana que há
por trás da natureza.
4
A filosofia grega enfatizava a distinção entre "natureza" de um lado, e "direito", "costume" ou
"convenção" de outro. O conteúdo da lei variava de acordo com o lugar, mas o que era "natural"
deveria ser o mesmo em qualquer lugar. Um "direito da natureza", portanto, poderia parecer um
paradoxo para os gregos. Contra esse paradoxo, Sócrates e seus herdeiros filosóficos, Platão e
Aristóteles, postularam a existência de uma justiça natural ou um direito natural. Destes,
Aristóteles costuma ser apontado como o pai do direito natural. (DALARI, 2001).
A melhor indicação de que Aristóteles pensava existir um direito natural vem da Retórica, na
qual ele afirma que, ademais das leis "particulares" que cada povo tem que estabelecer para si
próprio, há uma lei "comum" conforme à natureza. O contexto dessa passagem, entretanto,
sugere apenas que Aristóteles aconselhava que poderia ser retoricamente vantajoso recorrer a
este tipo de lei, em especial quando a lei particular da cidade fosse contrária ao argumento a ser
defendido, e não que tal lei de fato existisse. A paternidade teórica do direito natural, atribuída
a Aristóteles, é controversa. A seguinte frase de Aristóteles representa o ponto principal do
jusnaturalismo: assim como fogo que queima em todas as partes, o homem é natural como a
natureza e, por isso, todos têm direito à defesa".
4.1.1. Os Estoicos
5
4.1.2. Nova Escola de Direito Natural
Para designar o novo jusnaturalismo desenvolvido por John Finnis, Robert P. George, Joseph
Boyle e outros, a partir do artigo O Primeiro Princípio da Razão Prática (1965), fundando-se
nas inclinações racionais do homem, identificar bens humanos básicos não morais.
Posteriormente, busca investigar exigências da razão prática, as quais irão imprimir conteúdo
moral nas ações e compromissos humanos em razão daqueles valores básicos. Com esta
redescoberta da razoabilidade prática, às teorias de direito natural contemporâneas,
apresentando argumentos razoáveis para rebater e desmistificar as falsas imagens propaladas
pelo juspositivismo novecentista. É a teoria jusnaturalista mais conceituada e consolidada nos
dias atuais, visto preencher os requisitos de objetividade, universalidade e inteligibilidade das
premissas adotadas. (COUTO 2001).
A teoria do direito natural tem, como projeto, avaliar as opções humanas com o propósito de
agir de modo razoável e bom. Isso é alcançado através da fundamentação de determinados
princípios do direito natural que são considerados bens humanos evidentes em si mesmos.
A teoria do direito natural abrange uma grande parte da filosofia de Tomás de Aquino,
Francisco Suárez, Richard Hooker, Thomas Hobbes, Hugo Grócio, Samuel von Pufendorf, John
Locke, Jean-Jacques Burlamaqui e Jean-Jacques Rousseau, e exerceu uma influência profunda
no movimento do racionalismo jurídico do século XVIII, quando surge a noção dos direitos
fundamentais, no conservadorismo, e no desenvolvimento da common law inglesa.
6
5. Relação entre direito positivo e direito natural
O argumento clássico para esta relação está presente em Tomás de Aquino e dirá que as duas
leis se ligam por uma conexão racional. Se usássemos a lei que caracteriza o homicídio como
crime, a conexão seria de fácil visualização: a vida humana é um bem; portanto, a lei positiva
corrobora e afirma este bem.
Uma segunda consideração importante é a que diz respeito à pergunta controversa "por que o
Direito Positivo se subordina ao Direito Natural?" Não se trata de uma derivação lógica entre
um e outro, tampouco de uma razão divina ou natural que confira autoridade ao direito natural.
O direito positivo se subordina ao direito natural por duas razões principais: pela necessidade
de compelir e forçar as pessoas egoístas a agir de modo razoável e bom, e por buscar um padrão
futuro de ordem social. Atentando para o fato de que ambos os argumentos derivam da razão
prática. (CANOTILHO, 2003).
Segundo Paulo Nader, os direitos naturais são princípios fundamentais de proteção ao homem,
que, forçosamente, deverão ser consagrados pela legislação, a fim de que se tenha um
ordenamento jurídico substancialmente justo. Não é escrito, não é criado pela sociedade, nem
é formulado pelo Estado; é um direito espontâneo, que se origina da própria natureza social do
homem e que é revelado pela conjugação da experiência e razão. É constituído por um conjunto
de princípios, e não de regras, de caráter universal, eterno e imutável.
O direito positivo determina o direito como um fator, e não somente como um valor. Por isso,
é defendido por uma legislação e a infração será considerada crime, gerando uma sanção
jurídica de acordo com o ato cometido.
Por outro lado, a transgressão de uma regra vista como direito natural não sofrerá sanção
jurídica, pois não é previsto por lei. Porém, a sociedade que dá valor a esse direito irá repudiar
o ato da pessoa. (CANOTILHO, 2003).
7
6. Conclusão
Com a realização deste trabalho, concluímos que o Direito natural consiste numa ideia abstrata
do Direito, como um conjunto de normas e regras universais, naturais e que pertencem a uma
justiça superior. Ou seja, os princípios do Direito natural devem se sobressair em comparação
ao Direito positivo, onde o Direito natural é universal e estende-se a todos os seres humanos,
independente da nacionalidade ou da época em que tenha vivido. O direito à vida e à liberdade
são exemplos de direitos naturais, pois devem ser concedidos a todos os indivíduos. Ao
contrário do Direito positivo que emana das decisões do Estado, o Direito natural deriva da
essência de uma natureza, seja ela de origem religiosa (a vontade de Deus) ou da racionalidade
dos seres humanos.
8
7. Referências bibliográficas