Você está na página 1de 90

Introdução: Conceitos

de Prevenção de
Acidentes e de Riscos
Diogo Barradas Braz
diogo@essenciadaterra.eng.br
O Homem através da sua capacidade de
raciocínio percebeu, gradativamente, a
necessidade de constituir grupos de pessoas e
de viver em sociedade.
Assim, conseguiu desenvolver ao longo
de sua existência um modo de vida e uma
tecnologia de produção capaz de garantir a
sua sobrevivência no planeta. Desta forma,
percebe-se através da história que as
atividades do processo de produção evoluíram
com o homem de acordo com as suas
demandas e necessidades.
1ª Fase –Produção de Subsistência:

•O trabalho é feito para prover as


necessidades de subsistência do Homem.
•O trabalho se resume as atividades de
caça e pesca garantindo o sustento e as
necessidades de sobrevivência
2ª Fase –Produção Artesanal
(Agrícola/Pastoreio)

•Trabalho manual, de produção agrícola.


•Produção de natureza artesanal.
•O Homem aprende a plantar, a cultivar e
principalmente, a armazenar.
•O pequeno excesso da produção era
trocado ou era vendido.
3ª Fase –Produção Industrial:
•Descoberta da energia hidráulica, maquina a
vapor e da eletricidade.
•Transformação da sociedade agrária em sociedade
Industrial.
•Grande incremento da Produção.
•Invenção da máquina de fiar/1738.
•“Revolução Industrial” –Inglaterra(1760 –1830)
•A atividade artesanal foi substituída pelo trabalho
nas fabricas.
•Grandes concentrações de trabalhadores em
fábricas, improvisadas com grande numero de
acidentes.
4ª Fase –Produção em série:

• Produção automobilística (Henry Ford -


1905).
•Cada operário passa a fazer,
repetidamente, apenas um tipo de tarefa.
•Aceleração da linha de Produção.
•Incorporação de novos conceitos
sistematizados que passam a garantir uma
produção seqüencial, padronizada e em
grande escala.
5ª Fase –Automação tecnológica
(Reengenharia/Robótica):

•Produção automatizada.
•Diminuição da força braçal.
•Fechamento de postos de trabalho.
•A globalização exige novas regras para os
meios de produção.
6ª Fase –Serviços de Terceirização;
Serviços Autônomos; Cooperativas de
mão de obra.
•Diminui as responsabilidades diretas e os
custos dos encargos sociais.
•Não se contrata mais um trabalhador e
sim, a prestação de serviços.
•Precarização da mão de obra e perda de
direitos conquistados.
•Sindicatos fragilizados.
CONCLUSÃO
•A evolução dos processos de trabalho e dos meios
de produção modificaram, gradativamente, a forma
de adoecer dos trabalhadores.
•Muitas doenças “clássicas” inerentes ao ambiente
de trabalho (bissinose, asbestose, silicose, etc.)
foram e estão sendo controladas.
•Entretanto, muitas doenças agora evidenciadas
estão relacionadas com a forma de organização do
trabalho, sobrecarga, pressões de chefia por
produção, demissões causadas por modificações
sucessivas do processo de trabalho e da sua forma
de execução, .....etc.
A evolução das leis trabalhistas
•1760 a 1830 –Na Inglaterra ocorreu ummovimento
marcou a história da humanidade chamado de
“REVOLUÇÃO INDUSTRIAL” e que teve sua origem
com a criação da máquina de fiar, da máquina a
vapor e da descoberta da eletricidade.
•1802–Parlamento Britânico aprova a 1ª lei de
proteção aos trabalhadores, a “ Lei da Saúde e
Moral dos Aprendizes”, que estabelecia o limite de
12 horas de trabalho por dia, proibia o trabalho
noturno, obrigava os empregadores a lavar as
paredes das fábricas duas vezes por ano e tornava
obrigatória a ventilação das mesmas.
A evolução das leis trabalhistas no Brasil

No Brasil, a 1ª lei de proteção ao trabalhador


surgiu em 1919 estabelecendo que o trabalhador
acidentado não precisava obter qualquer prova
de culpa do patrão para ter direito a
indenização.Década de 1930 –Início do
desenvolvimento do processo industrial
brasileiro. Criação do Ministério do Trabalho e da
jornada de trabalho.
A evolução das leis trabalhistas no Brasil

•Consolidaçãodas Leis do Trabalho –CLT (Decreto


Lei 5452 de 01/05/1943):Enumera obrigações
trabalhistas a serem cumpridas pelo empregador
e pelo empregado.
•Cria dispositivos a serem cumpridos no campo
da Segurança e Medicina do Trabalho.
•Decreto lei 7036 de 10/11/1944:Institui a
obrigatoriedade da CIPA nas empresas.
SEGURANÇA DO TRABALHO?

O QUE É?

Conjunto de medidas e ações aplicadas


para prevenir acidentes nas atividades
das empresas, preservando a integridade
física do trabalhador e os bens materiais
da Empresa.
FINALIDADE
SEGURANÇA DO TRABALHO :

• VALORIZAR O SER HUMANO E A VIDA.

• VALORIZAR O TRABALHO.
Acidente do Trabalho

Conceito Prevencionista

Conceito legal
Conceito Prevencionista
São todas as ocorrências indesejáveis,
que interrompem o trabalho e causam,
ou tem potencial para causar ferimentos
em alguém ou algum tipo de perda à
empresa ou ambos ao mesmo tempo
Conceito legal
É o que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço
da empresa provocando lesão corporal ou
perturbação funcional, resultando a morte, a perda
ou a redução, permanente ou temporária da capacidade
para o trabalho. Equiparam-se legalmente ao acidente
do trabalho, o acidente de trajeto, a doença profissional
e a doença do trabalho.
Doença Profissional
Entende-se por doença profissional, aquela
inerente ou peculiar a determinado ramo de
atividade, dispensando a comprovação de nexo
causal.
Exemplo: Um trabalhador que trabalha numa
cerâmica onde é utilizada a sílica, vindo a
adquirir silicose, bastará comprovar que
trabalhou na cerâmica, para ficar comprovada
a doença profissional, dispensando qualquer
tipo de outra prova.
Doença do Trabalho
A doença do trabalho diferencia-se da doença
profissional em vários pontos. Ela resulta de condições
especiais em que o trabalho é exercido e com ele
relaciona-se diretamente.
Sendo uma doença genérica (que acomete qualquer
pessoa), exige a comprovação do nexo causal, ou seja, o
trabalhador deverá comprovar haver adquirido a
doença no exercício do trabalho.
Exemplo: A tuberculose poderá ser “doença do
trabalho” com relação àquele segurado que comprovar
tê-la adquirido no exercício do trabalho em uma câmara
frigorífica.
Comunicação de
Acidente do Trabalho - CAT

De acordo com a legislação, todo acidente do


trabalho deve ser imediatamente comunicado à
empresa pelo acidentado ou por qualquer pessoa
que dele tiver conhecimento.
Em caso de morte, é obrigatório a comunicação à
autoridade policial.
A empresa por sua vez, deve comunicar o
acidente do trabalho à Previdência Social até o
primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.
Beneficios decorrentes do
acidente do trabalho

•Auxílio-doença–É pago pela Previdência Social ao


trabalhador celetista que fica impossibilitado de
trabalhar por mais de 15 dias.
•Auxílio-acidente-É pago pela Previdência Social
quando ocorre redução permanente da capacidade
para atividade normal de trabalho, podendo o
trabalhador exercer outra atividade.
Beneficios decorrentes do
acidente do trabalho

•Aposentadoria por invalidez–É paga quando


acontece a incapacidade total e permanente do
trabalhador.
•Pensão por morte–Paga ao pensionista em caso
de morte do trabalhador.
•Estabilidade no emprego–No regime da CLT, em
caso de acidente por mais de 15 dias, o trabalhador
tem direito a um ano de estabilidade após o seu
regresso às atividades laborativas.
•Aposentadoria especial –(Na CLT e RJU)
Medidas Preventivas
Etapas da Investigação
Coletar os fatos, descrevendo o ocorrido;

Analisar o acidente, identificando suas causas;

Definir as medidas preventivas, acompanhando sua execução.


Inspeção de Segurança
É a parte do controle de riscos que consiste
em efetuar vistorias nas áreas e meios de
trabalho, com o objetivo de descobrir e
corrigir situações que comprometam a
segurança dos trabalhadores.
Uma inspeção para ser bem aproveitada
precisa ser planejada, e o primeiro passo é
definir o que se pretende com a inspeção e
como fazê-la.
Tipos de Inspeção
Inspeção geral: Realizada quando se quer ter uma visão
panorâmica de todos os setores da empresa. Pode ser
realizada no início do mandato da CIPA.

Inspeção parcial:Realizada onde já se sabe da existência de


problemas, seja por queixas dos trabalhadores ou
ocorrência de doenças e acidentes do trabalho. Deve ser
uma inspeção mais detalhada e criteriosa.

Inspeção específica: É uma inspeção em que se procura


identificar problemas ou riscos determinados. Como
exemplo podemos citar o manuseio de produtos químicos,
postura de trabalho, esforço físico, etc.
Etapas da Inspeção
1ª Fase - Observar os atos das pessoas, as
condições de máquinas, equipamentos,
ferramentas e o ambiente de trabalho.
2ª Fase - Registrar o que foi observado e o
que deve ser feito, contendo, entre outros,
os dados do local da realização, dos riscos
encontrados, de pontos positivos, dos
problemas ou das propostas feitas pelos
inspecionados, colocando-se data e
assinatura.
Etapas da Inspeção
3ª Fase - Analisar e Recomendar medidas que
visem a eliminar, isolar ou, no mínimo sinalizar
riscos em potencial advindos de condições
ambientais ou atos e procedimentos inseguros.
4ª Fase - Encaminhar para os responsáveis para
providenciar as medidas corretivas, necessárias.
5ª Fase - Acompanhar as providências até que
ocorra a solução final.
Ambiente de Trabalho
É o espaço físico onde o empregado
desenvolve suas atividades a favor
de seu empregador. O mesmo que
local de trabalho, podendo ser
considerado como tal, a área interna
ou externa à empresa.
Batida contra...
Prensagem entre...
Queda de pessoa...
Esforço excessivo ou “mau jeito”...
Contato com ELETRICIDADE...
Contatos com produtos químicos...
Riscos Ambientais
São agentes presentes nos ambientes de
trabalho, capazes de afetar o
trabalhador a curto, médio e longo
prazo, provocando acidentes com lesões
imediatas e/ou doenças chamadas
profissionais ou do trabalho, que se
equiparam a acidentes do trabalho.
Classificação dos Riscos Ambientais
Os riscos que podem ser encontrados nos ambientes de trabalho são agrupados em cinco tipos:
Cada um desses tipos de risco ambiental pode provocar danos à saúde ocupacional
dos funcionários da empresa.

55
Dificuldade ?

A maior dificuldade das empresas no


mapeamento dos riscos ambientais,
está na falta de capacidade,
informação e subsídios técnicos para
identificar, avaliar e controlar os riscos
existentes dentro de seus processo
produtivos.
Representação gráfica do MAPA
DE RISCOS
O mapa de riscos é
representado graficamente,
através de círculos de cores
(conforme tabela anexa) e
tamanhos
proporcionalmente
diferentes (riscos pequeno
médio e grande), sobre o
Lay-Out da empresa e deve
ficar afixado em local visível
a todos os trabalhadores.
RISCOS FÍSICOS (verde) Conseqüências

Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição


• Ruído
da audição, problemas do aparelho digestivo,
taquicardia, perigo de infarto.

• Vibrações Cansaço, irritação, dores nos membros, dores na


coluna, doença do movimento, artrite, problemas
digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos
moles.
Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço,
• Calor irritação, choque térmico, fadiga térmica, perturbação
das funções digestivas, hipertensão etc.

• Radiação não-ionizante Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e em outros


órgãos
• Radiação ionizante Alterações celulares, câncer, fadiga, problemas
visuais, acidente do trabalho.

• Umidade Doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças da


pele, doenças circulatórias.
• Pressões anormais Mal-estar, dor de ouvido, dor de cabeça, doença
descompressiva ou embolia traumática
Riscos Químicos (vermelho) CONSEQÜÊNCIAS
Poeira minerais (sílica, Silicose (quartzo),
amianto, carvão mineral pneumoconiose (minérios do carvão)

Poeiras vegetais (algodão, Bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-açúcar),


bagaço de cana-de-açúcar) incêndios.
Poeiras alcalinas (calcário) Doença pulmonar obstrutiva crônica, enfizema
pulmonar
Poeiras incômodas Podem interagir com outros agentes nocivos
presentes no ambiente de trabalho, potencia-
lizando sua nocividade
Fumos Doença pulmonar obstrutiva crônica, febre dos fumos
intoxicação específica de acordo com o metal

Neblinas, névoas , gases Irritantes - irritação das vias aéreas (ácido clorídrico,
e vapores ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica, etc).
Asfixiantes - dor de cabeça, náuseas, sonolência, coma,
morte (hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, etc)
Anestésicos - ação depressiva sobre o sistema formador do
sangue (benzeno, butano, propano, cetonas, aldeídos, etc.)
RISCOS BIOLÓGICOS (marrom) CONSEQÜÊNCIAS

Vírus Hepatite, poliomielite, herpes, varíola, febre


amarela, raiva (hidrofobia), rubéola, aids,
dengue, meningite.

Bactérias/Bacilos Hanseníase, tuberculose, tétano, febre tifóide,


pneumonia, difteria, cólera, leptospirose, disenterias.

Protozoários Malária, mal de chagas, toxoplasmose, disenterias,


teníase.

Fungos Alergias, micoses, pé de atleta.

Parasitas Infecções parasitárias diversas, vermes intes-


tinais
RISCOS
ERGONÔMICOS (amarelo) CONSEQÜÊNCIAS
Esforço físico intenso

Levantamento e transporte
manual de peso
De um modo geral, devendo haver uma análise
Exigência de postura mais detalhada,
inadequada
caso a caso, tais riscos podem causar:
Controle rígido de
produtividade cansaço, dores musculares, fraquezas, doenças
como hipertensão arterial, úlceras, doenças
Imposição de ritmos
excessivos
nervosas, agravamento do diabetes,
alterações do sono,da libido, da vida social com
Trabalho em turno ou reflexos na saúde e no comportamento,
noturno
acidentes, problemas na coluna vertebral,
Jornada prolongada de taquicardia, cardiopatia (angina, infarto),
trabalho agravamento da asma, tensão, ansiedade,
medo, comportamentos estereotipados.
Monotonia e
repetitividade

Outras situações
causadoras de “stress”
físico e/ou psíquico
RISCOS DE ACIDENTES (azul) CONSEQÜÊNCIAS

Arranjo físico acidente, desgate físico excessivo


inadequado

Máquinas e
equipamentos acidentes graves
sem proteção

Ferramentas inadequadas
acidentes principalmente com repercussão nos membros
ou defeituosas
superiores

Iluminação inadequada Desconforto, fadiga e acidentes

Eletricidade Curto-circuito, choque elétrico, incêndio, queimaduras,


acidentes fatais
Probabilidade de incêndio
ou explosão Danos materiais, pessoais, ao meio ambiente, interrupção do
processo produtivo
Armazenamento
inadequado Acidentes, doenças profissionais, queda da qualidade de
produção

Animais peçonhentos Acidentes, intoxicação e doenças


Prioridades no Controle de Risco

Eliminar o risco;

Neutralizar / isolar o risco, através


do uso de Equipamento de
Proteção Coletiva;

Proteger o trabalhador através do


uso de Equipamentos de Proteção
Individual.
Mapa de Riscos
O Mapa de Riscos é a representação
gráfica do reconhecimento dos riscos
existentes nos setores de trabalho,
por meio de círculos de diferentes
cores e tamanhos.

O Mapa de Riscos deve ser refeito a


cada gestão da CIPA.
Mapeamento de Riscos
Objetivos

Reunir as informações necessárias para


estabelecer o diagnóstico da situação;

Possibilitar, durante a sua elaboração, a


troca e divulgação de informações entre
os funcionários.
Mapeamento de Riscos
Etapas de Elaboração
Conhecer o processo de trabalho no local analisado;
Identificar os riscos existentes no local analisado;
Identificar as medidas preventivas existentes e sua
eficácia;
Conhecer os levantamentos ambientais já realizados
no local;
Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o lay-out da
empresa, indicando através de círculos, colocando em
seu interior o risco levantado (cor), agente
especificado e número de trabalhadores expostos.
MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS
O que é ?

Apresentação gráfica do reconhecimento dos


riscos existentes no local de trabalho

Área • 01 e 02 - Risco Químico


externa Estoque
banheiro • 03 - Risco de Acidentes
de produtos
03
de limpeza Sal • 04 - Risco Biológico
04 01/02 a • 05 - Risco Físico
03 • 06 - Risco Ergonômico

Escritório
06

Lavanderia

05
MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS
O significado

PEQUENO MÉDIO GRANDE

CÍRCULO = GRAU DE INTENSIDADE

• VERDE Físicos
• VERMELHO Químicos
• MARROM Biológicos
COR = TIPO DO RISCO • AMARELO Ergonômicos
• AZUL De Acidentes
Programa de Prevenção de Riscos
Ocupacionais - PPRA
Objeto e campo de aplicação
 considera riscos ambientais os agentes físicos,
químicos e biológicos existentes nos ambientes
de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de
exposição, são capazes de causar danos à saúde
do trabalhador.
 Risco= probabilidade x gravidade
Objeto e campo de aplicação
• Mesmo estando fora da NR 9 os riscos ergonômicos e de
acidentes também devem ser considerados, sempre na
mesma linha de análise:
• Risco= probalidade x gravidade
Objeto e campo de aplicação
• agentes físicos : ruído, vibrações, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não
ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.
• agentes químicos : poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou
vapores.
• agentes biológicos : bactérias, fungos, bacilos, parasitas,
protozoários, vírus, entre outros.
Objeto e campo de aplicação
• agentes ergonômicos : mobiliário, lay out, esforço físico intenso,
levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura
inadequada, trabalho em turno ou noturno, jornada prolongada de
trabalho, monotonia e repetitividade;

• agentes mecânicos (acidentes) : arranjo físico inadequado, máquinas e


equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas,
iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou
explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos.
Estrutura do PPRA.
 a)planejamento anual com estabelecimento de metas,
prioridades e cronograma;
 b)estratégia e metodologia de ação;
 c)forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
 d)periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do
PPRA.
 Análise global anual do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento
Estrutura do PPRA
• Deve estar descrito num documento Base contendo todos os
aspectos estruturais
• Deve ser apresentado e discutido formalmente com a CIPA
• Deve estar disponível para a fiscalização
• Deve possuir um cronograma com prazos para implantação
Desenvolvimento do PPRA
• O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as
seguintes etapas:
• a)antecipação e reconhecimentos dos riscos;
• b)estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
• c)avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
• d)implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
• e)monitoramento da exposição aos riscos;
• f)registro e divulgação dos dados.
Desenvolvimento do PPRA
 A elaboração, implementação,
acompanhamento e avaliação do PPRA poderão
ser feitas pelo Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho - SESMT ou por pessoa ou equipe de
pessoas que, a critério do empregador, sejam
capazes de desenvolver o disposto nesta NR.
Desenvolvimento do PPRA
 A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas
instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de
modificação dos já existentes, visando a identificar os riscos
potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução
ou eliminação.
Desenvolvimento do PPRA
O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis:

• a)a sua identificação;

• b)a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;

• c)a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no
ambiente de trabalho;

• d)a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;

• e)a caracterização das atividades e do tipo da exposição;

• f)a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível


comprometimento da saúde decorrente do trabalho;

• g)os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na


literatura técnica;

• h)a descrição das medidas de controle já existentes.


Desenvolvimento do PPRA
 A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária
para:
 a)comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos dos
identificados na etapa de reconhecimento;
 b)dimensionar a exposição dos trabalhadores;
 c)subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
Medidas de controle.
• Deverão ser adotadas as medidas para a eliminação, a minimização ou o
controle dos riscos, quando:
• a) for identificado, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;
• b)houver constatação, na fase de reconhecimento, de risco evidente à saúde;
• c) as avaliações quantitativas excederem os valores dos limites previstos na NR-15
ou, na ausência destes os valores limites de exposição ocupacional adotados pela
ACGIH – ou em negociação coletiva de trabalho,
• d)quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal
entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que
eles ficam expostos.
Medidas de controle
O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de
proteção coletiva deverá obedecer à seguinte hierarquia:
• a)medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de
agentes prejudiciais à saúde;
• b)medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes
no ambiente de trabalho;
• a)medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes
no ambiente de trabalho
Medidas de controle
 Quando comprovado a inviabilidade técnica da adoção de
medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem
suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo,
planejamento ou implantação, ou ainda em caráter
complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras
medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia:
 a)medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
 b)utilização de equipamento de proteção individual - EPI.
Medidas de controle
• Controle com a utilização de EPI :
• a) EPI adequado ao risco, considerando-se a eficiência necessária e o conforto
oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;
• b) treinamento dos trabalhadores para correta utilização e orientação sobre as
limitações de proteção que o EPI oferece;
• c)estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento,
o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do
EPI.
• d)caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva
identificação dos EPI’s utilizados para os riscos ambientais.
Medidas de controle
• O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliação
da eficácia das medidas de proteção implantadas
considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no
controle médico da saúde previsto na NR-7.
Nível de ação.
 Considera-se nível de ação o valor acima do qual
devem ser iniciadas ações preventivas de forma
a minimizar a probabilidade de que as
exposições a agentes ambientais ultrapassem os
limites de exposição.
 As ações devem incluir o monitoramento
periódico da exposição, a informação aos
trabalhadores e o controle médico.
Nível de ação
• Considera-se nível de ação
• a)para agentes químicos, a metade dos limites de tolerância
• b)para o ruído, a dose de 80 dB
Monitoramento.

• Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores


e das medidas de controle, deve ser realizada uma
avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um
dado risco, visando à introdução ou modificação das
medidas de controle, sempre que necessário
Registro de dados
 Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de
dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e
administrativo do desenvolvimento do PPRA.
 Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20
(vinte) anos.
 O registro de dados deverá estar sempre disponível aos
trabalhadores interessados ou seus representantes e para as
autoridades competentes.
Responsabilidades.
 Do empregador:
 estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como
atividade permanente da empresa ou instituição.

 Dos trabalhadores:
 I.colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;
 II.seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do
PPRA;
 III.informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu
julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.

Você também pode gostar