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Humanismo

■ O Humanismo foi um
movimento literário de transição
entre a Idade Média e a Idade
Moderna. Esse período e suas
produções carregavam traços do
movimento medieval em
decadência (o Trovadorismo) e do
movimento moderno em ascensão
(o Renascimento). 
Características do Humanismo
■ Teocentrismo x Antropocentrismo;
■ Separação entre a música e a poesia;
■ Cientificismo;
■ Descrição da figura humana (inclusive a mulher), suas expressões,
detalhes e proporções;
■ Descoberta da natureza, dos campos, das florestas, das montanhas,
considerados refúgios para as mágoas do amor;
■ Descentralização do conhecimento, até então controlado pela Igreja
Católica;
■ Apoio aos valores cristãos e medievais.
Principais produções literárias
■ Poesia humanista: possuía as mesmas características das cantigas
trovadorescas, mas houve uma separação entre a música e a poesia, que passou a
ser feita para ser declamada nos palácios e ficou conhecida como poesia
palaciana.
■ Crônicas históricas: tinham como objetivo relatar a vida dos reis por meio de
documentos históricos, por isso houve uma busca de rigor e objetividade, embora
ainda se atribuísse aos reis toda a iniciativa pelos feitos históricos.
■ Novelas de cavalaria: eram histórias ficcionais, de aventuras, em que os
personagens demonstravam heroísmo, lealdade e religiosidade.
■ Textos teatrais: eram divididos em autos ou farsas. Os autos eram peças curtas
que representavam cenas bíblicas. As farsas tratavam do cotidiano da sociedade
da época e possuíam comicidade exagerada ao retratar tipos e costumes sociais.
Exemplo I Exemplo II
“Meu amor, tanto vos amo, “Meu amor tanto vos quero,
que meu desejo não ousa que deseja o coração
desejar nenhuma cousa. mil cousas contra a razão.
Porque, se a desejasse, Porque, se vos não quisesse,
logo a esperaria; como poderia ter
e, se eu a esperasse, desejo que me viesse
sei que vos anojaria. do que nunca pode ser?
Mil vezes a morte chamo, Mas conquanto desespero,
e meu desejo não ousa e em mim tanta afeição,
desejar-me outra cousa.” que deseja o coração.”
(Conde Vimioso) (Aires Teles)
Renascimento
■ O Renascimento foi um movimento
cultural, econômico e político que
surgiu na Itália do século XIV, se
consolidou no século XV e se estendeu
até o século XVII por toda a Europa.
■ Inspirado nos valores da Antiguidade
Clássica e gerado pelas modificações
estruturais da sociedade, resultou na
reformulação total da vida medieval,
dando início à Idade Moderna.
Cultura Renascentista
■ Racionalismo - os renascentistas estavam convictos de que a razão era o único caminho
para se chegar ao conhecimento, e que tudo podia ser explicado pela razão e pela
ciência.
■ Experimentalismo - para eles, todo conhecimento deveria ser demonstrado através da
experiência científica.
■ Individualismo - nasceu da necessidade do homem conhecer a si próprio, buscando
afirmar a sua própria personalidade, mostrar seus talentos, atingir a fama e satisfazer
suas ambições, através da concepção de que o direito individual estava acima do direito
coletivo.
■ Antropocentrismo - colocando o homem como a suprema criação de Deus e como
centro do universo.
■ Inspiração na antiguidade clássica: os artistas renascentistas procuraram imitar a
estética dos antigos gregos e romanos. O próprio termo Renascimento foi cunhado pelos
contemporâneos do movimento, que pretendiam estar fazendo re­nascer aquela cultura,
desaparecida durante a Idade das Trevas (Idade Médias).
Renascimento Literário
■ Dante Alighieri: escritor italiano autor do grande poema "Divina Comédia". Na
poesia, a expressão mais típica  renascentista foi o soneto, poema de forma fixa,
composto por quatro estrofes, sendo que as duas primeiras se constituem de
quatro versos, cada uma, os quartetos, e as duas últimas de três versos cada uma,
os tercetos.
■ Maquiavel: autor de "O Príncipe", obra precursora da ciência política onde o
autor dá conselhos aos governadores da época.
■ William Shakespeare: considerado um dos maiores dramaturgos de todos os
tempos. Abordou em sua obra os conflitos humanos nas mais diversas
dimensões: pessoais, sociais, políticas. Escreveu comédias e tragédias, como
"Romeu e Julieta", "Macbeth", "A Megera Domada", "Otelo" e várias outras.
■ Miguel de Cervantes: autor espanhol da obra "Dom Quixote", uma crítica
contundente da cavalaria medieval.
■ Luís de Camões: teve destaque na literatura renascentista em Portugal, sendo
autor do grande poema épico "Os Lusíadas".
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;


é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;


é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor


nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor

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