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DIREITO DO TRABALHO I

Professor: Reginaldo Silva


E-mail: silva.reginaldo@aasp.org.br
Contato | 11-9.7999-4267
9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

EMPREGADO

A definição legal de empregado encontra-se no caput do artigo 3º


da CLT.

Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar


serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

EMPREGADO

Pessoa Física (pessoalidade): o caráter da relação de emprego será


sempre intuitu personae, ou seja, em relação à pessoa, mas não quer
dizer que seja personalíssimo, ficando isto demonstrado pelo fato de
que o empregador poderá, a seu livre critério e escolha, substituir
determinado empregado. Saliente-se, contudo que o empregado jamais
pode se fazer substituir.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

EMPREGADO

Por fim, cumpre-se relembrar que todo empregado será sempre


pessoa física e nunca uma pessoa jurídica, pois uma relação de
pessoa jurídica para pessoa jurídica pode se estabelecer na esfera
cível ou até mesmo comercial, mas nunca trabalhista.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

EMPREGADO

Não Eventual (habitualidade)


O presente item não se caracteriza somente pela “diariedade” do
serviço prestado, mas, sobretudo pela expectativa que o
empregador tem pertinente ao retorno do empregado ao local de
trabalho. Assim, havendo essa expectativa de que seu empregado
voltará em determinado dia à empresa, estará caracterizada a
habitualidade.

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DIREITO DO TRABALHO

EMPREGADO

O conceito de empregado abrange a continuidade e a inserção da


ação produtiva na função da empresa; isto equivale a dizer que o
empregado não pode ser um trabalhador eventual. O que
caracteriza a eventualidade é, sem dúvida, a inexistência desses
dois fatores: continuidade e inserção de atividade.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Dependência (subordinação)

Apesar da CLT trazer no artigo 3º o termo “dependência”, o


correto seria falarmos em subordinação. O termo subordinação
vem do latim sub ordine, ou seja, estar sob ordens. Temos assim,
três espécies de subordinação para a caracterização do item em
tela:

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Dependência (subordinação)

Subordinação Hierárquica

É a mais comum e consiste na relação de subordinação do empregado


ao comando de seu empregador. Certos autores denominam esse tipo
de subordinação como sendo dependência jurídica.

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DIREITO DO TRABALHO

Dependência (subordinação)

Subordinação Técnica

Diz respeito à supervisão técnica do trabalho, podendo ser


equiparada a um determinado controle de qualidade. Ao nosso
ver, essa subordinação decorre da hierárquica, pois num primeiro
momento, existe uma ordem do empregador para que o
empregado lhe envie o trabalho concluído para supervisão.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Dependência (subordinação)

Subordinação Econômica

Diferente mente do que em princípio se pode imaginar, a dependência econômica


do empregado não está relacionada ao salário que este recebe de seu empregador,
mas sim da estrutura econômica gerada por ele.

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Dependência (subordinação)

Nos requisitos pertinentes à subordinação, não existe necessidade


de cumulatividade. Assim, a presença de pelo menos um deles
caracterizará a subordinação pretendida.

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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO


INDETERMINADO

Contrato por tempo indeterminado -  é aquele que se alicerça na


sua duração.

A caracterização do contrato individual por tempo indeterminado


é que este pode ser feito de dois elementos, um subjetivo e outro
objetivo.

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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO


INDETERMINADO

O primeiro consiste na ausência de uma declaração de vontade das


partes no sentido de limitar, de qualquer maneira, a duração do
contrato. Quando o celebram, não pensam no seu fim.

O segundo traduz-se na necessidade de uma declaração de vontade


de qualquer dos contraentes para que o contrato termine. Sem essa
manifestação de vontade, o vínculo contratual não se dissolve.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO


DETERMINADO

Em regra, os contratos de trabalho são mantidos por prazo


indeterminado. No entanto, o art. 443 da CLT admite a pactuação
do contrato de trabalho por prazo determinado.

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CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO


DETERMINADO

Por representar algumas vantagens ao empregador, como, por


exemplo, a impossibilidade de aviso prévio, salvo nos contratos
de experiência (Súmula nº. 163 do TST), estabilidades de
qualquer natureza e multa do FGTS, resolveu por bem o
legislador estabelecer alguns requisitos com a nítida intenção
de que esses contratos continuem sendo exceção à regra, que são
os contratos por prazo indeterminado.

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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO

Assim, o art. 443, § 2º, da CLT, traz os seguintes requisitos:

§ 2º O contrato por prazo determinado só será válido em se tra­tando:

a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do


prazo;

b) de atividades empresariais de caráter transitório;

c) de contrato de experiência.
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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO


DETERMINADO

Serviço transitório: aquele que é breve, passageiro. Seria o caso da empresa


que contrata empregado para suprir o aumento de produção.

Atividades empresariais de caráter transitório: ocorrem quando o


empregador desenvolve atividade somente em determinadas épocas do ano.
Normalmente acontece em empresas que vendem produtos sazonais, como
lojas natalinas, que só abrem nas proximidades do Natal; lojas que vendem
fogos de artifícios, que comercializam seus produtos principalmente por
ocasião das festas juninas, dentre outros.

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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO


DETERMINADO

Prazo: Esses contratos por prazo determinado que acabamos de analisar


podem ser pactuados por, no máximo dois anos (art. 445 da CLT), admitindo
somente uma prorrogação (art. 451 da CLT).

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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

Com relação ao contrato de experiência, temos que é aquele que o


empregado pactua com o intuito de demonstrar sua aptidão para
determinado serviço, não sendo nada mais do que um teste,
podendo ser celebrado por, no máximo, noventa dias (art. 445,
parágrafo único, da CLT).

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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

A Súmula nº 188 do TST admite uma prorrogação no contrato de


experiência, desde que observado o prazo máximo de noventa
dias.

Não poderá o empregado ser demitido e contratado na mesma


função com novo contrato de experiência, pois haveria a
descaracterização do contrato.

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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

A Lei nº 11.644, de 10 de março de 2008, acrescenta o art. 442-A


na CLT para destacar a impossibilidade de se exigir do candidato
ao emprego experiência na função que está sendo contratado por
período superior a seis meses.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE APRENDIZAGEM

A Constituição Federal de 1988, permite o trabalho a partir de 14


anos, somente na condição de aprendiz. Assim, dos 14 aos 16
anos, o empregado só poderá prestar serviços na condição
descrita, sendo que dos 16 aos 18 anos é permitido qualquer tipo
de trabalho, inclusive o pertinente à aprendizagem, ressalvando o
trabalho noturno, insalubre ou perigoso (art. 7º, XXXIII, da CF e
art. 428 da CLT).

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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE APRENDIZAGEM

Todo aprendiz terá direito a, pelo menos, um salário mínimo,


devendo, obrigatoriamente, referido contrato ser anotado na
carteira profissional do empregado e este deve comprovar a
frequência no curso de aprendizagem, sob pena, inclusive, de
justa causa, como veremos no capítulo pertinente.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE APRENDIZAGEM

Sua jornada não poderá exceder a seis horas diárias, não sendo
possível pactuar-se acordo de prorrogação ou compensação de
horário, conforme o art. 432 da CLT:

Porém, a Lei nº. 11.180, de 23-9-2005, dentre outras


providências, alterou os arts. 428 e 433 da CLT, que,
consequentemente, modificou a idade máxima do aprendiz
passando para 24 anos.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE APRENDIZAGEM

Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho


especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o
empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze e
menor de vinte e quatro anos, inscrito em programa de
aprendizagem, formação técnico-profissional metódica,
compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e
psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência, as
tarefas necessárias a essa formação.

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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE APRENDIZAGEM

Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo


ou quando o aprendiz completar vinte e quatro anos, ressalvada a
hipótese prevista no § 5º do art. 428 desta Consolidação, ou ainda
antecipadamente nas seguintes hipóteses: (...).

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CONTRATO DE APRENDIZAGEM

Prazo: Artigo 428 da CLT, destacando a nova redação do §3º.


Diz este parágrafo que o contrato de aprendizagem não poderá
ultrapassar o prazo de dois anos.

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CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO

O trabalho temporário, regido pela Lei nº 6.019/1974, deverá ser


prestado nas seguintes situações:

NECESSIDADE TRANSITÓRIA DE SUBSTITUIÇÃO DE


PESSOAL

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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO

A necessidade de substituição de pessoal ocorre quando a


empresa tomadora requer a substituição do empregado que saiu
de férias ou licença médica, por exemplo Acúmulo
extraordinário de serviço

Tal fato se configura quando a empresa tomadora de serviços é


surpreendida com um aumento de produção, havendo a
necessidade de contratação de mais empregados por um curto
período de tempo.
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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO

A necessidade de substituição de pessoal ocorre quando a


empresa tomadora requer a substituição do empregado que saiu
de férias ou licença médica, por exemplo Acúmulo
extraordinário de serviço

Tal fato se configura quando a empresa tomadora de serviços é


surpreendida com um aumento de produção, havendo a
necessidade de contratação de mais empregados por um curto
período de tempo.
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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO

Referido empregado deverá ser contratado por uma empresa


locadora de mão de obra, empresa essa que, obrigatoriamente,
tem de ser registrada na Superintendência Regional do Trabalho,
que é o órgão do Ministério do Trabalho destinado a fiscalizar as
relações de emprego, e essa empresa o remete para a empresa
tomadora de serviços.

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DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO

A relação é trilateral, assemelhando-se, nesse ponto, à


terceirização, o que diferencia a contratação do temporário do
contrato por prazo determinado, que implica uma relação
bilateral, como veremos adiante.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO

O contrato pode ser feito por, no máximo, três meses, admitindo


uma prorrogação pelo Ministério do Trabalho. É recomendado
aos Superintendentes das Regionais do Trabalho que aceitem a
prorrogação por, no máximo, seis meses, contados os meses já
trabalhados.

9/26/21
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TERCEIRIZAÇÃO

Nesse caso, temos igualmente uma relação tripartite, em que o


tomador de serviços pactua contrato de natureza cível com a
empresa de terceirização, que por sua vez remete seu empregado
a o respectivo trabalho.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

TERCEIRIZAÇÃO

Até aqui há muita semelhança com o temporário, porém, o que


caracteriza a atividade terceirizada é o fato de ser esta uma
relação de meio e não de fim. Assim, a Súmula nº 331 do TST,
que cuida desse tema bastante atual no Direito do Trabalho,
dispõe que as atividades terceirizadas compreendem-se
basicamente em serviços de higiene e vigilância, normalmente
porque esses serviços não se tratam da atividadefim da empresa.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

COOPERATIVA

Cooperativa é uma forma de união de esforços coordenados entre


pessoas para a consecução de determinado fim.

As sociedades cooperativas têm por finalidade a prestação de


serviços aos associados para o exercício de uma atividade
comum, econômica, sem que tenham objetivo de lucro. É uma
estrutura de prestação de serviços voltada ao atendimento de seus
associados sem finalidade lucrativa (art. 3º da Lei nº 5.764/71).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

COOPERATIVA

A cooperativa de trabalho deverá enquadrar-se no regime jurídico


estabelecido pela Lei nº 5.764/71, sob pena de ser autuada na
forma do art. 1º, § 1º, da Portaria do Ministro de Estado do
Trabalho nº 925/95. Assim, a cooperativa de trabalho deverá
apresentar as seguintes características:

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COOPERATIVA

a)número mínimo de vinte associados;

b)capital variável, representado por quotas-partes, para cada associado,


inacessíveis a terceiros, estranhos à sociedade;

c)limitação do número de quota- partes para cada associado;

d)singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações e


confederações de cooperativas, exceção feita às de crédito, optar pelo critério de
proporcionalidade;

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

COOPERATIVA

e)quorum para as assembleias, baseado no número de associados


e não no capital;

f)retorno das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às


realizadas pelo associado;

g)prestação de assistência ao associado;

h)fornecimento de serviços a terceiros atendendo a seus objetivos


sociais.
9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

COOPERATIVA - Princípio da cooperativa

a)criação espontânea;

b)independência e autonomia dos cooperados, que se sujeitam apenas aos


estatutos;

c)objetivo comum e solidariedade;

d)autogestão;

e)liberdade de filiação e desfiliação; e

f)transparência nas atividades.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

COOPERATIVA - Como se tornar cooperado

Para associar-se, o interessado preenche voluntariamente uma


proposta fornecida pela cooperativa que é submetida ao Conselho
de Administração.

Aprovado a proposta, o candidato deverá subscrever quotas-


partes de capital, ingressando na sociedade após a assinatura no
livro de matrícula.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

COOPERATIVA - Como se tornar cooperado

Essas quotas-partes são intransferíveis, não podem ser negociadas


fora da sociedade nem dadas em garantia. A responsabilidade do
associado vai até o limite das quotas-partes por ele subscritas.

Normalmente, as cooperativas de trabalho cobram diretamente de


seus associados uma taxa administrativa suficiente para cobrir
despesas de funcionamento.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

COOPERATIVA - Como se tornar cooperado

Todas as decisões de interesse dos cooperados, inclusive as


relativas a taxas administrativas, são discutidas, votadas e
aprovadas nas assembleias gerais dos associados.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

COOPERATIVA - Cooperativas de trabalho urbano

São várias as denominações encontradas para esta modalidade de


cooperativa, destacamos, dentre elas, as mais comuns:

a) cooperativa de serviços;
b) cooperativa de prestação de serviços;
c) cooperativa de profissionais autônomos;
d) cooperativa de mão de obra.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SALÁRIO E REMUNERAÇÃO

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

REMUNERAÇÃO - CONCEITO

Para Sérgio Pinto Martins, "remuneração é o conjunto de


retribuições recebidas habitualmente pelo empregado pela
prestação de serviços, seja em dinheiro ou em utilidade,
provenientes do empregador ou de terceiros, mas decorrentes do
contrato de trabalho, de modo a satisfazer suas necessidades
básicas e de sua família.”.
Observe que a remuneração inclui retribuições de terceiros
(gorjetas, conforme textualmente explicitado no art. 457 da CLT).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

REMUNERAÇÃO - CONCEITO

1.º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada,


como também as comissões, percentagens, gratificações
ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.

§ 2.º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim


como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinquenta
por cento) do salário percebido pelo empregado.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

REMUNERAÇÃO - CONCEITO

§ 3.º - Considera-se gorjeta não só a importância


espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também
aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional
nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos
empregados.

9/26/21
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SALÁRIO MÍNIMO - CONCEITO

Art. 76, da CLT - Salário mínimo é a contraprestação mínima


devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador,
inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia
normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e
região do País, as suas necessidades normais de alimentação,
habitação, vestuário, higiene e transporte.“

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SALÁRIO MÍNIMO - CONCEITO

Art. 76, da CLT - Salário mínimo é a contraprestação mínima


devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador,
inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia
normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e
região do País, as suas necessidades normais de alimentação,
habitação, vestuário, higiene e transporte.“

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SALÁRIO CONCEITO

Salário: é a contraprestação devida e paga diretamente pelo


empregador ao empregado em função da relação empregatícia.

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PISO SALARIAL

O piso salarial é o valor mínimo que pode ser pago a uma


categoria profissional, ou a determinadas profissões dentro da
mesma.

9/26/21
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SALÁRIO IN NATURA

Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no


salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação,
vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por
força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao
empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com
bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SALÁRIO IN NATURA

§ 1.º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos


e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais
das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82).

§ 2.º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas


como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:

9/26/21
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SALÁRIO IN NATURA

I - vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos


empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do
serviço;

II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros,


compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade,
anuidade, livros e material didático;

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SALÁRIO IN NATURA

III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em


percurso servido ou não por transporte público;

IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou


mediante seguro-saúde;

V – seguros de vida e de acidentes pessoais;

9/26/21
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SALÁRIO IN NATURA

VI – previdência privada;

VII – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)

§ 3.º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão


atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a
25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual.

9/26/21
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SALÁRIO IN NATURA

§ 4.º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-


utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do
justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada,
em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial
por mais de uma família.

9/26/21
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ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

São consideradas insalubres as atividades ou operações que, por


sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de
tolerância fixados pelo Ministério do Trabalho, em razão da
natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos
seus efeitos.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Pode ocorrer de o empregado desempenhar função simultaneamente


insalubre e perigosa; em tal caso, o empregado deverá optar pelo adicional
que entenda ser-lhe mais favorável, não lhe sendo reconhecido, pelos
tribunais, o direito de receber os dois adicionais.
Deve-se considerar que o percentual referente ao adicional de
insalubridade será aplicado sobre o valor do salário mínimo, havendo
correntes doutrinárias e sindicatos que entendem que tal percentual deva
ser aplicado sobre o valor do piso salarial da categoria.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

O adicional será devido ao empregado que trabalha em ambiente


considerado insalubre, podendo ser de 10% (mínimo), 20%
(médio) e 40% (máximo), tendo como base de cálculo o salário
mínimo (De acordo com recente jurisprudência, a base do cálculo
é o salário base da categoria e não o mínimo). É regrado pelo art.
192 da CLT.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

O adicional de insalubridade integra o salário do trabalhador para


todos os efeitos legais, devendo ser computado no cálculo das férias,
13º salário e FGTS.

A integração do adicional à remuneração das férias é devida posto


que o valor recebido pelo empregado, quando sai de férias
corresponde ao salário que o empregador antecipa ao empregado,
por força do artigo 145 da CLT,

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Da mesma forma no que se refere ao 13º salário, o qual tem por


base o valor dos proventos do mês de dezembro.

Percebendo o Empregado o adicional de insalubridade, deverá ser


computado também no cálculo da gratificação natalina.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Devido ao empregado que presta serviços em contato permanente


com explosivos ou inflamáveis em condições de risco acentuado
(art. 193 - CLT), na proporção de 30% sobre o salário contratual,
ou seja, não contam os adicionais, participações nos lucros, etc.
Os serviços considerados perigosos são enumerados na NR-16 do
Ministério do Trabalho.

9/26/21
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ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Devido ao empregado que presta serviços em contato permanente


com explosivos ou inflamáveis em condições de risco acentuado
(art. 193 - CLT), na proporção de 30% sobre o salário contratual,
ou seja, não contam os adicionais, participações nos lucros, etc.
Os serviços considerados perigosos são enumerados na NR-16 do
Ministério do Trabalho.

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DIREITO DO TRABALHO

SALÁRIO COMPLESSIVO

Salário complessivo é o pagamento ao empregado de um valor


remuneratório englobando vários direitos.

Ou seja, é o pagamento de uma determinada importância para


remunerar o salário ordinário, hora extra e adicional noturno sem
discriminar o valor que está sendo pago a cada título. Isto não
permite que o empregado possa identificar e conferir a exatidão
do pagamento que está sendo efetuado.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SALÁRIO COMPLESSIVO

O artigo 464 da CLT atribui ao empregador o ônus da


comprovação do correto pagamento o que pressupõe a
identificação de cada parcela paga.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

EQUIPARAÇÃO SALARIAL

A legislação garante ao trabalhador igualdade de salário de outro


trabalhador que exerce para o mesmo empregador, na mesma
localidade, a mesma função com diferença não superior a dois
anos, desde que com a mesma produtividade e com a mesma
perfeição técnica. (CF, art. 7o, XXX, CLT art. 461).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

EQUIPARAÇÃO SALARIAL

Quando o empregador adota o programa de quadro de carreira


(cargos e salários), devidamente homologado pelo ministério do
trabalho, não sofrerá com o disposto no parágrafo anterior,
devendo cumprir o estabelecido no programa.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS

O direito de todos os empregados à participação nos lucros e


resultados desvinculada da remuneração está prevista na
Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, XI.

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DIREITO DO TRABALHO

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS

O direito de todos os empregados à participação nos lucros e


resultados desvinculada da remuneração está prevista na
Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, XI.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SITUAÇÕES RESPOSTAS FUNDAMENTO


LEGAL
Quais as formas de PLR? O programa pode ser implementado Art. 1º da Lei n.
baseado no lucro (PPL) ou nos resultados 10.101/2000
. (PPR)
Qual a sua natureza jurídica? Natureza não salarial, sem encargos Art. 7º, XI, da CF e art. 3º,
legais para o empregador caput, da Lei n. 10.101/2000
Há algum tratamento Sim, pode ser abatido como despesa art. 3º, parágrafo 1º da Lei
tributário especial? operacional para empresas que adotem n. 10.101/2000
tributação pelo lucro real.
Qual é a forma exigida em lei Duas formas de negociação: a) comissão art. 2º, caput, da Lei n.
para implementação de um escolhida pelas partes, integrada, 10.101/2000
programa de PLR? também, por um representante indicado
pelo Sindicato da respectiva categoria;
ou b) convenção coletiva ou acordo
coletivo.

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DIREITO DO TRABALHO
SITUAÇÕES RESPOSTAS FUNDAMENTO
LEGAL
Quais são os critérios para Regras claras e objetivas, inclusive art. 2º, parágrafo 1º, da Lei
implementação de um mecanismos de aferição das informações n. 10.101/2000
programa de PLR? pertinentes ao cumprimento do acordado,
. periodicidade da distribuição, período de
vigência e prazos para revisão do acordo.
Qual é a periodicidade O pagamento não pode ser inferior a um art. 3º, parágrafo 2º da Lei
mínima? semestre civil, ou seja, duas vezes no n. 10.101/2000
mesmo ano civil.
A periodicidade mínima Sim, temos o caso precedente da Volks, OJ – Orientação
legal pode ser negociada que permitiu pagamento de PLR mensal Jurisprudencial 71 da SDI-I
mediante negociação prestigiando a negociação coletiva. do TST
coletiva?
O empregado tem direito ao Sim, por respeito ao princípio OJ – Orientação
pagamento de PLR constitucional da isonomina, uma vez que Jurisprudencial 390 da SDI-
proporcional aos meses o empregado concorreu para os resultados I do TST
trabalhados caso seu positivos da empresa.
contrato seja extinto antes
do término do programa

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PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS

O direito de todos os empregados à participação nos lucros e


resultados desvinculada da remuneração está prevista na
Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, XI.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

NOVAS REGRAS PARA O PAGAMENTO DA PLR

A Lei Federal n. 12.832, publicada em 21 de junho de 2013,


alterou as disposições sobre a participação dos trabalhadores nos
lucros ou resultados da empresa, e passa a valer desde 1º de
janeiro deste ano.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

NOVAS REGRAS PARA O PAGAMENTO DA PLR

Com a nova lei, se não for por meio de convenção ou acordo


coletivo, a negociação a respeito da participação nos lucros ou
resultados deverá ser feita por comissão paritária escolhida pelas
partes, integrada, também, por um representante indicado pelo
sindicato da respectiva categoria. A legislação, portanto, passa a
exigir que a comissão seja formada em pé de igualdade pela
empresa e os empregados, condição que não existia antes.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

NOVAS REGRAS PARA O PAGAMENTO DA PLR

A nova lei também prevê que o programa de participação dos


trabalhadores nos lucros ou resultados não pode estipular metas
referentes à saúde e segurança no trabalho como critério e
condição, o que vai demandar a revisão dos acordos por parte das
empresas que se valem de tais situações como metas.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

NOVAS REGRAS PARA O PAGAMENTO DA PLR

Outra mudança provocada pela nova lei diz com a periodicidade


do pagamento da PLR. Passa a ser vedado o pagamento de
qualquer antecipação ou distribuição de valores a título de
participação nos lucros ou resultados da empresa em mais de duas
vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a um
trimestre civil.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

NOVAS REGRAS PARA O PAGAMENTO DA PLR

Vale lembrar que o descumprimento dessas regras descaracteriza


a PLR, o que pode resultar na autuação por parte da Receita
Federal do Brasil, que pode exigir do empregador o pagamento
das contribuições previdenciárias sobre os valores pagos a título
de PLR. Daí a importância das empresas reverem seus programas
de PLR, para adequá-los à nova lei.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

NOVAS REGRAS PARA O PAGAMENTO DA PLR

Quanto a questão da tributação dos trabalhadores, a nova lei


basicamente ratificou as alterações introduzidas pela Medida Provisória
nº 597/2012, vale dizer, os valores recebidos a título de PLR serão
tributados pelo imposto sobre a renda exclusivamente na fonte, em
separado dos demais rendimentos recebidos, no ano do recebimento ou
crédito, com base na tabela progressiva anual, sendo que pela tabela
vigente a alíquota é zero para o recebimento de até R$ 6.000,00.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

GRATIFICAÇÃO NATALINA – 13º SALÁRIO

Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será


paga, pelo empregador, uma gratificação salarial,
independentemente da remuneração a que fizer jus.
§ 1º - A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração
devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente.
§ 2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será
havida como mês integral para os efeitos do parágrafo anterior.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

GRATIFICAÇÃO NATALINA – 13º SALÁRIO

§ 3º - A gratificação será proporcional: (Incluído pela Lei nº 9.011, de 1995)


      I - na extinção dos contratos a prazo, entre estes incluídos os de safra,
ainda que a relação de emprego haja findado antes de dezembro; e (Incluído
pela Lei nº 9.011, de 1995)
II - na cessação da relação de emprego resultante da aposentadoria do
trabalhador, ainda que verificada antes de dezembro. (Incluído pela Lei nº
9.011, de 1995)

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

GRATIFICAÇÃO NATALINA – 13º SALÁRIO

Art. 2º - As faltas legais e justificadas ao serviço não serão deduzidas


para os fins previstos no § 1º do art. 1º desta Lei.

Art. 3º - Ocorrendo rescisão, sem justa causa, do contrato de trabalho, o


empregado receberá a gratificação devida nos termos dos parágrafos 1º
e 2º do art. 1º desta Lei, calculada sobre a remuneração do mês da
rescisão.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

MEIOS E FORMAS DE PAGAMENTOS DE SALÁRIOS

O pagamento do salário mensal deve ser efetuado até o 5° dia útil


do mês subsequente ao vencido, salvo critério mais favorável
previsto e documento coletivo de trabalho da respectiva categoria
profissional.

A contagem dos dias, para efeito de determinar o prazo de


pagamento dos salários, deve ser considerado o sábado, excluindo
o domingo e feriados, inclusive o municipal.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

MEIOS E FORMAS DE PAGAMENTOS DE SALÁRIOS

Existem três formas de pagamentos de salários:

Pagamento em Dinheiro.

O salário deve ser pago em dinheiro. O pagamento deve ser feito


em moeda corrente do País. O pagamento feito em moeda
estrangeira é considerado pagamento não efetuado. Artigo 463 e
parágrafo da CLT.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

MEIOS E FORMAS DE PAGAMENTOS DE SALÁRIOS

Pagamento em Cheque:

As empresas situadas em perímetro urbano, com o consentimento


do empregado, poderão efetuar o pagamento através de cheque.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

MEIOS E FORMAS DE PAGAMENTOS DE SALÁRIOS

Nesse caso o empregador é obrigado a assegurar ao empregado horário que


permita o desconto imediato do cheque, transporte, caso o estabelecimento
de crédito seja distante para, assim, evitar qualquer atraso no recebimento.

O cheque tem que ser nominal e não cruzado, para que o empregado possa
sacar o salário imediatamente.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

MEIOS E FORMAS DE PAGAMENTOS DE SALÁRIOS

Depósito bancário – Transferência de Valores

Também com o consentimento do empregado, a empresa, situada em perímetro


urbano, poderá efetuar o pagamento de salário através de deposito bancário.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

MEIOS E FORMAS DE PAGAMENTOS DE SALÁRIOS

A conta bancaria tem que ser aberta em nome do empregado e para o devido fim,
em estabelecimento próximo ao local de trabalho. É assegurado ao empregado
horário para que este possa efetuar o saque do salário junto a sua conta, como
também transporte, caso haja necessidade.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

IRREDUTIBILIDADE SALARIAL

O princípio da irredutibilidade salarial visa garantir que o


empregado não tenha o seu salário reduzido pelo empregador,
durante todo o período que perdurar o contrato de trabalho. Tal
medida visa assegurar estabilidade econômica para o trabalhador

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

IRREDUTIBILIDADE SALARIAL

Porém de acordo com o artigo 7º, Inciso VI, da Constituição


Federal, prevê uma exceção que permite a flexibilização das
condições de trabalho, que podem acarretar em redução salarial.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E


DESVISO DE FUNÇÃO

Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado


ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual
salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade, entre
pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2
anos (art. 461 da CLT).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E


DESVISO DE FUNÇÃO

Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a


importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário
igual ao daquele que, na mesma empresa, fizer serviço
equivalente, ou do que for habitualmente pago para serviço
semelhante (art. 460 da CLT).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E


DESVISO DE FUNÇÃO

A equiparação salarial demanda uma série de requisitos:

Identidade de função: não se deve confundir função com cargo,


já que há empregados com o mesmo cargo e funções diferentes.
Exemplo: os professores universitários e primários têm o mesmo
cargo, mas a função (atribuição) é diferente.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E DESVISO


DE FUNÇÃO

A equiparação salarial demanda uma série de requisitos:

Que o serviço seja de igual valor: é aquele prestado com igual


produtividade e a mesma perfeição técnica.

Que o serviço seja prestado ao mesmo empregador, conceituado pelo art.


2º, da CLT.

. 9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E


DESVISO DE FUNÇÃO

A equiparação salarial demanda uma série de requisitos:

Que o serviço seja prestado na mesma localidade: compreende


o mesmo município, já que as condições locais podem influir no
desnivelamento da remuneração
.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E


DESVISO DE FUNÇÃO

A equiparação salarial demanda uma série de requisitos:

Que não haja diferença do tempo de serviço entre os empregados


da mesma função superior a dois anos - se o tempo de serviço na
função for superior a dois anos, impossibilita a equiparação.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

EQUIPARAÇÃO SALARIAL, REENQUADRAMENTO E


DESVISO DE FUNÇÃO

Sendo assim, em caso de reclamação trabalhista, ainda que haja


idêntica função, igual valor no serviço prestado ao mesmo
empregador e mesma localidade, se não houve prestação de
serviços simultaneamente entre o reclamante e o equiparado, não
há equiparação salarial.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO UNILATERAL E BILATERAL

O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou


expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo
determinado ou indeterminado entre o empregador e empregado.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO


CONTRATO DE TRABALHO

Conforme dispõe o art. 444 da CLT as relações contratuais de


trabalho podem ser objeto de livre negociação das partes
interessadas em tudo quanto não seja contrária às disposições de
proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam
aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO


CONTRATO DE TRABALHO

No entanto, o art. 468 da CLT determina que nos contratos


individuais de trabalho só seja licita a alteração das respectivas
condições, por mútuo consentimento, e ainda assim, desde que
não resultem direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado,
sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO


CONTRATO DE TRABALHO

Esta nulidade está prevista no art. 9º da CLT o qual estabelece


que os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou
fraudar a aplicação dos preceitos contidos na Consolidação das
Leis do Trabalho, ou seja, as garantias ao empregado nela
previstas, serão nulos de pleno direito.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO


CONTRATO DE TRABALHO

Os dispositivos citados asseguram a liberdade de contratação das


partes, resguardando as alterações contratuais de forma arbitrária
por parte do empregador. Assim, as alterações devem decorrer da
manifestação da vontade das partes e, ainda assim, não poderá,
em hipótese alguma, ocasionar qualquer prejuízo direto ou
indireto ao empregado.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Jus variandi e o Jus resistentiae

o "jus variandi" é o direito que possui o empregador de alterar


unilateralmente, somente em casos excepcionais, as condições de
trabalho de seus empregados. Tal variação decorre do poder de
direção do empregador.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Jus variandi e o Jus resistentiae

Exemplos: a alteração do horário noturno para o diurno, sem que


haja necessidade do pagamento do adicional noturno, uma vez
que se trata de hipótese de "jus variandi" extraordinário do
empregador.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Jus variandi e o Jus resistentiae

Ressalte-se por oportuno, que há limites para o exercício válido


do "jus variandi". Havendo abuso no seu exercício, o empregado
pode se opor, valendo-se do chamado direito de resistência ("jus
resistentiae").

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO


CONTRATO DE TRABALHO

Qualquer alteração contratual, conforme art. 468 da CLT, deve


observar os seguintes requisitos:

I. Mútuo consentimento (concordância) das partes;


II. Que da alteração o empregado não sofra nenhum prejuízo, direta
ou indiretamente, não só pecuniários, mas de qualquer natureza
(como benefícios, jornada de trabalho, vantagens, saúde e
segurança e etc.) anteriormente garantidos.
9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

Portanto, qualquer alteração em desconformidade com os


requisitos acima não produzirão qualquer efeito no contrato de
trabalho.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

Embora pareça que o empregador esteja restrito a qualquer


alteração do contrato, caso este mantenha a essência do contrato
de trabalho, há alterações contratuais que são possíveis, ainda que
a vontade seja exclusiva do empregador.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

A CLT estabelece algumas condições lícitas em que o empregador


poderá alterar o contrato de trabalho, a saber:

 mudança do local de trabalho desde que não se caracterize a


transferência, ou seja, desde que não haja a mudança de domicílio
do empregado;
 mudança de horário (de manhã para tarde ou de noturno para
diurno);
9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

 alteração de função, desde que não represente rebaixamento para


o empregado;
 transferência para localidade diversa da qual resultar do contrato
no caso do empregado que exerça cargo de confiança;
 transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que
trabalhar o empregado;

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

 transferência do empregado para localidade diversa da qual


resultar do contrato quando desta decorra necessidade do serviço,
sob pagamento suplementar, nunca inferior a 25% do salário;

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

O empregador deve se atentar para as alterações que decorrem da


sua liberalidade ou simples falta de atenção em relação ao que foi
contratado e o que de fato acontece, já que o princípio da
"Primazia da Realidade" (um dos princípios do Direito do
Trabalho), dispõe que havendo divergência entre a realidade
fática e a realidade de documentos e acordos, prevalece o mundo
dos fatos.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

Assim, se um empregado contratado para trabalhar 44 horas


semanais (mundo das formas) acaba trabalhando somente 36
horas (mundo dos fatos) por liberalidade ou por prática do
empregador, entende-se que houve uma alteração tácita de
contrato de trabalho por vontade exclusiva do empregador.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

Neste caso, o empregador não poderá mais alterar o contrato de


trabalho deste empregado ou exigir que este trabalhe 44
semanais, sem que haja o aumento proporcional do salário em
razão das horas trabalhadas, uma vez que poderá caracterizar
prejuízos ao empregado, situação em que a alteração será
considera nula perante a Justiça do Trabalho.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

Suspensão - cessação provisória e total dos efeitos do Contrato


de Trabalho.

Efeitos - Na suspensão o contrato continua em pleno vigor mas


não conta o tempo de serviço e não há remuneração.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

Interrupção - cessação parcial e provisória do Contrato de


Trabalho.

Efeitos: Como a cessação é parcial, continua a contar o tempo de


serviço e percebendo a remuneração.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

Exemplos de hipóteses de suspensão - Auxílio doença após 15


dias; Aposentadoria provisória por Invalidez; Aborto Criminoso;
Greve legal/legítima; Licença não remunerada; Mandato
Sindical.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

Exemplos de hipóteses de interrupção: Férias; Aviso prévio não


trabalhado; Licença-Maternidade.; Auxílio doença - Primeiros 15
dias. Casamento. Licença-paternidade. Falecimento do Cônjuge;
Doação de sangue; Alistamento Militar; Jurado; Acidente do
trabalho (Não percebe salário, mas o período é computado no
tempo de serviço, logo é interrupção).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

Limitação do tempo de trabalho: No Brasil, a partir da


Constituição Federal de 1988, a jornada de trabalho sofreu
novas alterações. Art. 7º inciso XIII – “duração do trabalho
normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. 

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

A CF 1988 art. 7º inciso XIII e CLT art. 58, passaram a


determinar que a jornada de trabalho não ultrapassasse as  8
horas diárias e  44 horas semanais.

Importante: para se compor as horas trabalhadas por dia, não se


deve computar o período de intervalo concedido ao empregado.
(art. 71, § 2º, da CLT).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE


TRABALHO

Deve-se considerar que algumas atividades - ou por força de lei


ou acordo coletivo -, possuem jornadas especiais, por exemplo:
Bancários 6 horas; Telefonista 6 horas; Operadores
cinematográficos 6 horas; Jornalista 5 horas ; Médico 4 horas;
Radiologista 4 horas; Radialistas 6 horas.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

DURAÇÃO DO TRABALHO E PERÍODOS DE


DESCANSO

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Trabalho de duração normal - Conceito

Esta expressão, constante do artigo 7º, XIII, da Constituição, sinaliza a


existência de um trabalho que não goza de qualquer privilégio legal ou
contratual capaz de reduzir a dimensão de sua duração.
Trata-se de uma dimensão ordinária, ou seja, comum, padrão.
Inclui-se nesse conceito também a ideia de que “trabalho normal” é o
trabalho ainda não realizado de modo extraordinário, ou seja, a atividade
desenvolvida dentro dos limites legais ou contratuais exigíveis.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Trabalho de duração normal - Conceito

Nesses termos, em oposição à duração do “trabalho normal”, existe a duração de trabalho


especial, assim qualificado aquele que, por sua natureza ou por seu método de aplicação,
mereceu tratamento diferenciado

Exemplo: o trabalho realizado em turno ininterrupto de revezamento, conforme o art. 7º, XIV,
da Constituição.

De igual modo, entende-se como trabalho especial aquele que, pelo reconhecimento (legal ou
contratual) de desgaste na execução das tarefas, foi contemplado com a redução da jornada.
.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Duração - Conceito

Segundo o art. 7º, XIII, da Constituição, é direito do trabalhador


urbano ou rural, além de outros (criados por lei ou por contrato) que
visem à melhoria de sua condição social, “duração do trabalho normal
não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais”.

A dimensão padrão para o chamado “trabalho normal” é a de oito


horas diárias e quarenta e quatro semanais.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Duração - Conceito

Admite-se, evidentemente, alteração contratual tendente a oferecer jornada


inferior a oito horas, bastando que o tomador de serviços insira essa
“melhoria” (caput do art. 7º da Constituição) na vida do trabalhador. Se,
entretanto, a redução da jornada vier acompanhada de redução do salário,
será indispensável a celebração de uma negociação coletiva.

Parece ser essa, a propósito, a intenção do registro de, “redução da jornada”,


constante do inciso XIII do art. 7º da Constituição. Perceba-se:

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Duração - Conceito

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros


que visem à melhoria de sua condição social: [...]

XIII — duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e


quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de
trabalho;

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Duração - Conceito

Veja, se a redução da jornada sem qualquer diminuição salarial,


promovida por iniciativa contratual do patrão, é melhoria outorgada
por via autônoma (conforme sugere o caput do art. 7º da Carta
Magna), revela-se óbvia a conclusão no sentido de que a redução da
jornada prevista no acima transcrito inciso XIII visa,
cumulativamente, à redução do salário-base.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Definição do salário por hora normal trabalhada

Se o trabalhador teve seu salário estipulado com base em unidade de


tempo mensal (por exemplo, foi contratado para receber R$ 880,00
mensais), deve-se dividir o valor do salário. Exemplo

Salário R$ 880,00 por 220 horas, que constitui a quantidade de horas


trabalhadas por um operário submetido à dimensão horária normal
(oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais).

No caso específico, R$ 880,00 divididos por 220 horas geram como


resultado o salário-hora de R$ 4,00.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Definição do salário por hora normal trabalhada

Como é que se chegou ao divisor 220? Como esse número foi


obtido?

É obtido a partir da divisão do número de horas efetivamente


trabalhadas durante a semana (no caso específico, são quarenta e
quatro horas) pelo número de dias de trabalho (no caso seis dias,
haja vista o trabalho desenvolvido de segunda a sábado).

9/26/21
e 44 horas de trabalho por 6 dias da semana, tem-se como resultado 7,33 horas. Multiplicando-se essas horas por 30, que é o número médio de dias que um mês tem, obtém

DIREITO DO TRABALHO

Definição do salário por hora normal trabalhada

Assim, dividindo-se 44 horas de trabalho por 6 dias da semana, tem-


se como resultado 7,33 horas.

Multiplicando-se essas horas por 30, que é o número médio de dias


que um mês tem, obtém-se o divisor 220.

E, assim por diante...

9/26/21
e 44 horas de trabalho por 6 dias da semana, tem-se como resultado 7,33 horas. Multiplicando-se essas horas por 30, que é o número médio de dias que um mês tem, obtém

DIREITO DO TRABALHO

Trabalho de duração especial - Conceito

A expressão “trabalho de duração especial” sinaliza a existência de


um labor privilegiado com dimensão menor (e,
consequentemente, melhor) do que aquela outorgada aos
trabalhadores em geral.

Trata-se de uma dimensão extraordinária, ou seja, incomum,


particular, peculiar, motivada por um conjunto de circunstâncias
diferenciadas.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Duração

Por um fracionamento do tempo: a proporcionalidade é


influente na caracterização de um trabalho de duração
especial quando o ajuste contratual por tempo integral é
tornado parcial.

Isso acontece na contratação sob o regime de tempo


parcial.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Duração

Por uma ponderação em torno da variação dos turnos de


trabalho: o desequilíbrio do relógio biológico é também
significativo para determinar a adoção de uma duração do
trabalho mais favorável do que a normalmente adotada.

Essa duração especial é garantida, nos termos do art. 7º,


XIV, da Constituição da República, sob o rótulo do turno
ininterrupto de revezamento.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Duração

Por uma conquista pessoal do trabalhador ou de sua


categoria: a duração do trabalho em dimensão especial
pode, também, ser fruto de uma conquista pessoal do
trabalhador em negociação direta empreendida com seu
patrão.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Regime de tempo parcial

Considera-se trabalho em regime de tempo parcial (part


time) aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco
horas semanais.

Ver regra das férias (Direito Trabalho II)

Artigos 130 - A e 143 parágrafo 3º.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Regime de tempo parcial

Destaque-se que o salário a ser pago aos empregados sob o regime


de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos
empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral
(full time).

Por isso não se pode admitir que os empregados sob o regime de


tempo parcial trabalhem em horas suplementares.

Se isso acontecesse, eles acabariam recebendo remuneração


superior à dos empregados em tempo integral (note-se que cada
hora excedente seria acrescida de 50%), ferindo o princípio da
isonomia.
9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Regime de tempo parcial

Se um empregador contrata empregado sob o regime


de tempo parcial (ou altera o contrato de emprego deste
de full time para part time) e lhe outorga horas
extraordinárias, incorrerá na nulidade do ajuste
proporcional, por força do disposto no art. 9º, da CLT.

Enfim, são nulos de pleno direito os atos praticados com


o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação
dos preceitos contidos da CLT.
9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Regime de tempo parcial

Como consequência da nulidade, o salário-hora do empregado


supostamente sob o regime de tempo parcial seria maior do que o
atribuído aos demais empregados sob o regime de tempo integral: as
horas extraordinárias que foram indevidamente atribuídas ao suposto
integrante do regime de tempo parcial haveriam de ser agregadas ao
salário-base, e este aumentaria consequentemente de dimensão.

Aberta estaria, portanto, a possibilidade de os trabalhadores sob o


regime de tempo integral da empresa que incorresse na infração
acima expendida pedirem o pagamento da diferença salarial sob o
fundamento da violação ao princípio da isonomia salarial.

.
9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

E como é que se pode ingressar num regime de tempo parcial?

Para os já contratados sob o regime de tempo integral (aqueles que já estão na


empresa, vale dizer, “atuais empregados”), a adoção do regime de tempo parcial
será feita mediante opção manifestada perante o empregador na forma prevista
em acordo coletivo ou em convenção coletiva, parágrafo 2º do Artigo 58-A da
CLT.

Perceba-se, assim, que somente é possível trocar de regime — de tempo integral


para tempo parcial — mediante negociação coletiva.

Isso acontece porque o texto constitucional somente admite a redução dos mais
preciosos núcleos do contrato de emprego — do salário (art. 7º, VI) e da jornada
(art. 7º, XIII) — mediante a interveniência obrigatória da entidade sindical da
categoria profissional.

.
9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

E como é que se pode ingressar num regime de tempo


parcial?

Para os novos empregados não é imposta esta exigência


(de prévia negociação coletiva para fins de contratação
em regime de tempo parcial), vale dizer, estes podem
ser contratados por tempo parcial independentemente
de previsão em norma coletiva, estando incluídos no
âmbito dessa autorização os “novos empregados”
domésticos.

.
9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

E como é que se pode ingressar num regime de tempo


parcial?

Outro detalhe importante diz respeito à possibilidade de


ser estabelecida uma proporcionalidade em relação ao
salário mínimo.

Nesse sentido, Orientação Jurisprudencial 358 da SDI-1


do TST

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Comportamento vedados no regime parcial

 Não podem prestar horas extras (Artigo 59 parágrafo


4º da CLT).

 Não poderão converter 1/3 férias – Abono pecuniário (


artigo 143, parágrafo 3º, da CLT.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

LIMITAÇÃO DO TEMPO DE TRABALHO: FUNDAMENTOS E


OBJETIVOS

Duração do Trabalho, Jornada de Trabalho e horário de trabalho

Estas expressões geram muitas confusões conceituais, motivo por


que precisam estar bem identificadas.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Duração do Trabalho Definição:

É o tempo de labor legalmente outorgado ou contratualmente oferecido a um


empregado, exemplos:

 Bancários..............6 diárias 36 semanais e 180 mensais


 “Normais”..............8 diárias 44 semanais e 220 mensais

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Jornada de Trabalho definição:

É o tempo que o empregado permanece à disposição do empregador durante um dia .

Observações importantes:

 Toda jornada é obviamente diária;


 Jamais poderemos falar em jornada semanal ou mensal, porque a jornada somente diz respeito a ao
dia, nunca a semana ou mês.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Horário de Trabalho definição:

É a duração do trabalho com seus limites bem especificados,


inclusive com a fixação dos intervalos. Exemplo:

Empregado qualquer trabalha das 08h00 às 17h00 com 01h00 hora


de intervalo para refeição e descanso, sendo das 12h00 às 13h00.

9/26/21
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HORAS DE SERVIÇO EFETIVO REAL E HORAS DE SERVIÇO


EFETIVO FICTO: HORAS IN ITINERE

Denomina-se serviço efetivo real todo período em que o empregado


se encontra à disposição do empregador, dentro do horário de
trabalho, aguardando ou executando ordens, salvo disposição
especial expressamente consignada.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

HORAS DE SERVIÇO EFETIVO REAL E HORAS DE SERVIÇO


EFETIVO FICTO: HORAS IN ITINERE

Artigo 4º Considera-se como de serviço efetivo o período em que o


empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou
executando ordens, salvo disposição especial expressamente
consignada.

9/26/21
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HORAS DE SERVIÇO EFETIVO REAL E HORAS DE SERVIÇO


EFETIVO FICTO: HORAS IN ITINERE

Assim, independentemente de realizar a tarefa para a qual


contratado, o empregado estará efetivamente em serviço sempre que
permanecer aguardando ordens de execução.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

HORAS DE ITINERÁRIO NÃO COMPUTÁVEIS NA JORNADA

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Professor Reginaldo Silva

Contatos:

Celular: (11) | 9.7999-4267

Twitter: @SReginaldoadv

E-mail: silva.Reginaldo@aasp.org.br

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

HORAS DE ITINERÁRIO NÃO COMPUTÁVEIS NA JORNADA

Em regra o tempo despendido pelo empregado no trajeto


residência/trabalho/residência, por qualquer meio de transporte, não
é computado como jornada de trabalho. A lei, aliás, é bem clara.
Veja-se o teor da primeira parte do § 2º do art. 58 da CLT:

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

HORAS DE ITINERÁRIO COMPUTÁVEIS NA JORNADA

Passa a ter direito a horas de itinerário se o seu horário de trabalho


(de início e/ou término da jornada) fosse incompatível com o horário
do transporte público.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

HORAS DE ITINERÁRIO COMPUTÁVEIS NA JORNADA

Isto aconteceria se as atividades da terminassem em horário em que


não existisse o tal transporte público.

Observação: a mera insuficiência dos transportes não bastaria para


este fim.

Neste sentido, a Súmula 90, II e III, do TST:

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

PRONTIDÃO OU RESERVA

caracteriza-se pela circunstância de o empregado permanecer, fora


de seu horário habitual de trabalho, nas dependências do
empregador ou em local por ele determinado, aguardando ordens de
serviço.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

PRONTIDÃO OU RESERVA

O empregador que estabelece escala de prontidão para seus empregados


fica obrigado apenas a pagar-lhes um percentual sobre as horas de mera
expectativa, vale dizer, a retribuir­-lhes o tempo que permaneceram na
espera pelo chamado de um labor efetivo.

Aquele que está em prontidão é remunerado, independentemente de ser


chamado para o serviço efetivo, pelas horas de expectativa na sede do
empregador ou em local por ele determinado, à razão de 2/3 do salário-
hora.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

PRONTIDÃO OU RESERVA

Artigo 244 da CLT

Parágrafo 3º - Considera-se de “prontidão” o empregado que ficar nas


dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no
máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos,
contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

PRONTIDÃO OU RESERVA

Artigo 244 da CLT

Parágrafo 4º - Quando, no estabelecimento ou dependência em que se achar o empregado,


houver facilidade de alimentação, as doze horas de prontidão, a que se refere o parágrafo
anterior, poderão ser contínuas. Quando não existir essa facilidade, depois de seis horas de
prontidão, haverá sempre um intervalo de uma hora para cada refeição, que não será, nesse
caso, computada como de serviço.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SOBREAVISO

O sobreaviso estará caracterizado pelo fato de o empregado permanecer,


fora de seu horário habitual de trabalho, em sua própria casa ou onde
entenda por bem estar, aguardando, a qualquer momento, um chamado
para o serviço. Esse chamado (previamente ajustado gerando uma
expectativa real de ser interrompido das atividades familiares ou de
lazer) pode ser realizado por qualquer meio de comunicação.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SOBREAVISO

O empregador que submete seus empregados a uma escala de sobreaviso fica


obrigado, tal qual no regime de prontidão, a pagar-lhes apenas um percentual
sobre elas incidente, retribuinte da mera expectativa de serem chamados a
trabalhar.

Aquele que está em sobreaviso é remunerado, independentemente de ser chamado


para o serviço efetivo, pelas horas de expectativa em sua residência ou onde ele
bem entenda estar, à razão de 1/3 do salário normal.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SOBREAVISO

Note-se, ainda, que as horas de sobreaviso e as de prontidão, se


noturnas, não hão de ser contadas com a observância da redução
ficta do horário noturno, tampouco remuneradas com qualquer
adicional. Afirma-se isso porque tais horas (de sobreaviso e de
prontidão) são de expectativa, e não de efetiva prestação de serviços.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SOBREAVISO

Decorrendo de simples expectativa, as horas de sobreaviso e de prontidão se sobrepõem


aos intervalos interjornada ou intersemanais. A violação a esses intervalos somente
acontecerá se o trabalhador for efetivamente chamado a atender alguma emergência em
decorrência do sobreaviso ou da prontidão.

Nessa circunstância as horas trabalhadas são entendidas como horas normais de serviço,
inclusive para fins de aplicação da redução ficta do horário noturno e dos adicionais de
horas noturnas ou extraordinárias.
.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SOBREAVISO

A despeito da possível sobreposição de horas de sobreaviso ou de prontidão aos intervalos


interjornadas ou intersemanais, terá o empregado que se mantiver em tais situações nos
dias destinados a descanso o direito de receber as horas de expectativa em valor dobrado.
Esse posicionamento decorre da aplicação análoga do art. 9º da Lei n. 605/49 e do
entendimento contido na Súmula 146 do TST.

O TST tem decidido nesse sentido.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SOBREAVISO

É de vinte e quatro, consoante a CLT, o número máximo de horas seguidas de


sobreaviso, por escala.

Nesse sentido, parágrafo 2º do artigo 244, da CLT e súmulas 132, II (periculosidade


sobreaviso) e 428, II (controle patronal por instrumentos telemáticos ou
informatizados) do TST.

Importante ! Verificar o conteúdo da sumula 428, I, do TST.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SOBREAVISO

Considera-se de “sobreaviso” o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa,


aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de “sobreaviso”
será, no máximo, de 24 (vinte e quatro) horas. As horas de “sobreaviso”, para todos os
efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.

Observe-se que somente as horas efetivamente prestadas sujeitam o empregador ao


pagamento do salário-hora, acrescido, se for o caso, de adicional por horas
extraordinárias.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SOBREAVISO

Eletricista da Companhia “X’, tomou conhecimento de que permaneceria em


sobreaviso no sábado, dia 17-3-2007. Seu salário-hora é de R$ 9,00.

Pelo simples fato de permanecer em sobreaviso, terá direito ao recebimento


de 1/3 do seu salário-hora por hora de sobreaviso. Nesses termos, receberá, a
título de sobreaviso, R$ 3,00 por hora de expectativa, independentemente de
ser chamado para o serviço efetivo. Pelas vinte e quatro horas de sobreaviso,
então, o mencionado eletricista receberá R$ 72,00 (24h x R$ 3,00).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

SOBREAVISO

Se, porém, João for efetivamente chamado a trabalhar, essas


horas de trabalho lhe serão remuneradas, independentemente da
percepção do sobreaviso. A depender da dimensão do serviço
efetivo, as horas trabalhadas por conta do chamado ocorrido
durante o sobreaviso podem ser entendidas como
extraordinárias (desde que excedentes do limite normal diário e
semanal).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS “BANCO DE HORAS”

O banco de horas não é propriamente sistema de compensação nem de


prorrogação.

Ele, na verdade, é um instituto singular que cumula o que de pior existe nos
mencionados sistemas.

Por meio dele se cumula a exigibilidade de prestação de horas suplementares sem


prévio aviso e sem qualquer pagamento com a imprevisibilidade dos instantes de
concessão das folgas compensatórias.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - “BANCO DE
HORAS”

Essa troca deve ser paulatinamente promovida por


iniciativa do empregador, sob pena de serem
pagas como extraordinárias quando for obtido o
limite de quarenta e quatro horas acumuladas ou
for alcançado o limite temporal de um ano de
permanência no “banco” (o que ocorrer primeiro).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - “BANCO DE
HORAS”

Art. 59, parágrafo 2º, da CLT

Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de


acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em
um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro
dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à
soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja
ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias (destaques não
constantes do original. Redação dada ao parágrafo pela Medida
Provisória n. 2.164-41, de 24-8-2001, DOU, 27-8-2001, em vigor
conforme o art. 2º da EC 32/2001).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - “BANCO DE
HORAS”

Art. 59, parágrafo 3º, da CLT

Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem


que tenha havido a compensação integral da jornada
extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o
trabalhador jus ao pagamento das horas extras não
compensadas, calculadas sobre o valor da
remuneração na data da rescisão (parágrafo
acrescentado pela Lei n. 9.601, de 21-1-1998).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - “BANCO DE
HORAS”

Perceba-se que o “banco de horas” tem, diante do


quanto aqui expendido, três caracteres
importantíssimos:

Somente pode ser ajustado por força de acordo ou


convenção coletiva de trabalho, sendo imune à
aplicabilidade do entendimento constante da
Súmula 85, I e II, do TST.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - “BANCO DE
HORAS”

A acumulação de horas sujeita-se ao limite máximo de um ano de


permanência ou, observado o que ocorrer primeiro, ao limite
consistente da “soma das jornadas semanais de trabalho previstas”.
Como é ininteligível o conceito indicativo da “soma das jornadas
semanais de trabalho previstas”, admite-se que o limite de
quantidade de horas acumuladas coincide com a carga horária
semanal máxima legal (geral ou especial) ou contratual, multiplicada
pelo número de semanas existentes dentro de um ano.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - “BANCO DE
HORAS”

E, por fim, não se pode considerar como hora suscetível de ingressar


no “banco” qualquer uma excedente do limite máximo de dez horas
diárias.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO
NOTURNO

Trabalho noturno Urbano

O trabalho noturno será aquele executado entre as 22h de um dia e


as 5h do dia seguinte, segundo o parágrafo 2º do art. 73 da CLT.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO
NOTURNO

Trabalho noturno Urbano - Redução do horário noturno

Conforme o parágrafo 1º do art. 73 da CLT, cada hora noturna


trabalhada no meio urbano tem 52 minutos e 30 segundos de
duração.

Há, portanto, uma redução da hora noturna. Isso faz com que, apesar
de exercer suas atividades em sete horas reais (horas “de relógio”), o
trabalhador ganhe por oito horas trabalhadas.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO
NOTURNO

Trabalho noturno Urbano - Redução do horário noturno

Interessante notar, por fim, que, nos termos da Orientação


Jurisprudencial 60, I, da SDI-1 do TST, “a hora noturna no regime
de trabalho no porto, compreendida entre dezenove horas e sete
horas do dia seguinte, é de sessenta minutos”, e não de 52 minutos e
30 segundos.

Faltou um ponto para eu passar na OAB!!

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO
NOTURNO

Trabalho noturno Urbano - Adicional

Confere-se ao trabalhador urbano que execute labor noturno um


acréscimo de vinte por cento, pelo menos, sobre o valor da hora
diurna (vide o art. 73, caput, da CLT).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO
NOTURNO

Trabalho noturno prestado no meio rural

Também leva em conta o ritmo de vida dos rurícolas, considerando,


evidentemente, as variáveis determinadas por suas principais
atividades, a lavoura e a pecuária, segundo o padrão médio dos
instantes de início e de término de suas atividades laborais.

(*)Que vive no campo. 2. Que cultiva o campo; agricultor.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO
NOTURNO

Trabalho noturno prestado no meio rural lavoura e pecuária

No meio rural, o trabalho noturno é aquele executado entre às 21h


de um dia e às 5h do dia seguinte.

Na lavoura, e entre às 20h de um dia e às 4h do dia seguinte.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO
NOTURNO

Trabalho noturno prestado no meio rural lavoura e pecuária

Na atividade pecuária e entre às 20h de um dia e às 4h do dia


seguinte, (art. 7º da Lei n. 5.889/73).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO
NOTURNO
Trabalho noturno prestado no meio rural lavoura e pecuária

Nessa situação, e ao contrário do que acontece com os trabalhadores


urbanos, cada hora trabalhada terá a dimensão cronológica real de
sessenta minutos de duração, isto é, não haverá qualquer redução.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO
NOTURNO
Trabalho noturno prestado no meio rural lavoura e pecuária

Pelo trabalho noturno executado, o rurícola, por cada hora prestada


nessa condição, também receberá um adicional. Este, entretanto, ao
contrário do que ocorre com os urbanos, tem dimensão
correspondente a vinte e cinco por cento, pelo menos, sobre a hora
diurna (vide o parágrafo único do art. 7º da Lei n. 5.889/73).

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO
NOTURNO
Hora extra noturna

Entendem-se por “extraordinárias noturnas” as horas que extrapolam


o limite legal ou convencional e que, ao mesmo tempo, são
prestadas em horário noturno.
Elas se distinguem das horas extraordinárias diurnas pelo simples
fato de nelas estar acrescido, além do adicional de sobrejornada, o
adicional noturno.

É bem simples. Basta aplicar o adicional de horas extraordinárias


sobre o salário-hora acrescido do adicional noturno.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO - TRABALHO
NOTURNO
Hora extra noturna

Trabalhador ganha salário-hora de R$ 4,00, ele receberá por cada


hora noturna trabalhada R$ 4,80 (R$ 4,00 + 20% = R$ 4,80).

Se essa hora noturna for realizada em sobrejornada, caberá o


pagamento de R$ 7,20 (R$ 4,00 + 20% = R$ 4,80 + 50% = R$ 7,20),
haja vista a aplicação sucessiva dos adicionais noturno e
extraordinário.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

PERÍODOS DE DESCANSO DO TRABALHO

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

com apoio no art. 24 da Declaração Universal dos Direitos Humanos


(Resolução n. 217-A, da ONU, de 10-12-1948), pode-se afirmar que
“toda pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente, a
uma limitação razoável da duração do trabalho e às férias periódicas
pagas”.

Trata-se, portanto, de uma proteção oferecida ao trabalho visando,


fundamentalmente, a sua saúde laboral e a sua integridade física,
uma vez que as pausas evitam a sobrecarga muscular e a fadiga
mental.

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

O ordenamento jurídico oferece ao empregado os intervalos


intrajornadas, interjornadas, intersemanais, episódicos e anuais

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Intervalos intrajornada

São entendidos como intrajornada os intervalos concedidos dentro


de cada jornada laboral para repouso e/ou alimentação ou por conta
das exigências impostas por normas de segurança e de medicina do
trabalho. Vejam-se:

9/26/21
DIREITO DO TRABALHO

Intervalos para repouso e/ou alimentação

Os intervalos para repouso e/ou alimentação são outorgados em


função do número de horas de cada jornada.

O sistema jurídico trabalhista impõe uma divisão de tratamento


diferenciado para urbanos e rurais, a saber:

9/26/21

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