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- UFCD 0626 –

Organização e Gestão do Posto de Trabalho

25 Horas

Formadora: Isabel Policarpo


1 - Organização do posto de Trabalho

O que é o posto de Trabalho?

O posto de trabalho é a unidade elementar de um processo


produtivo, da sequência de trabalho ou da própria organização,
pois, regra geral, corresponde a cada indivíduo e à respetiva tarefa.

É constituído pelo Homem e pelos instrumentos e meios auxiliares


indispensáveis à realização da tarefa.
A organização do espaço do posto de trabalho é de grande
importância para se obter produtividade, ou seja, para se
produzir mais, com menos esforço, tempo e custo, sem
perda da qualidade.
ERGONOMIA

A Ergonomia é a ciência que estuda a relação entre o Homem e o


trabalho que executa, procurando desenvolver uma integração
perfeita entre as condições de trabalho, as capacidades e limitações
físicas e psicológicas do trabalhador e a eficiência do sistema
produtivo.

A Ergonomia tem como objetivos:

 Aumentar a eficiência organizacional (produtividade e lucros)

 Aumentar a segurança, a saúde e o conforto do trabalhador


O que é ERGONOMIA?

É adaptação do trabalho ao trabalhador

Ergon = grego para "trabalhar"

Nomos = grego de "legislação"

O Estudo do Trabalho aplica-se tanto dentro quanto fora do


trabalho
Fatores de Riscos Ergonómicos

• Repetição
• Postura
• Esforço
• Postura estática
• Contato mecânico
• Stress
• Temperatura
• Ruido
• Iluminação
A aplicação de alguns princípios da Ergonomia permite uma
organização do posto de trabalho mais racional e mais de acordo
com as necessidades dos trabalhadores no sentido de se
conseguirem melhores níveis de desempenho por parte destes e
consequentemente uma melhor rentabilização dos investimentos
em máquinas e equipamentos.

Vamos ter especial atenção aos seguintes aspetos:


1. O Ruído

A presença de ruídos é um dos fatores que mais perturbam o


bom andamento dos trabalhos, afetando a concentração e, por
conseguinte, a produtividade.

Os ruídos podem ter várias origens na Área Administrativa:


Externa ou interna,

podem ser provenientes de máquinas em funcionamento,


de campainhas e sirenes, ou de movimentação de pessoas.

Um ruído intenso prolongado constitui uma agressão tanto


mais prejudicial quanto a médio prazo provoca uma
habituação naqueles que são vítimas, tornando-os
progressivamente surdos, sem que se apercebam e reajam a
tempo.
Quanto ao som ambiente, sabe-se que provoca muitas variações na
concentração e bem-estar.

As empresas especializadas apresentam as mais diversas teorias


sobre o benefício do som ambiente, mas a interferência da música
sobre o trabalhador oscila de acordo com o seu próprio gosto
musical e reflete-se em irritação ou relaxamento, mostrando que o
som ambiente pode ser totalmente desaconselhável para os
ambientes de trabalho que exijam um grau mínimo de
concentração.
- O nível de ruído mede-se em decibéis, tal como,
por exemplo as temperaturas se medem em graus.
- A escala de decibéis vai de 0 a 130.
- Até 40 decibéis o ambiente sonoro é tranquilo.
- O limite máximo aceitável são os 80 decibéis.
- Ruído superior a 80 decibéis provocam
traumatismos auditivos permanentes que evoluem
para surdez com a idade. Para além disso, com o
tempo, resultam o esgotamento, a fadiga e mesmo o
emagrecimento.
2. A Iluminação

Muitas vezes não damos a devida importância à iluminação, quer no


trabalho, quer nas nossas casas esquecendo-nos que cerca de 80%
dos estímulos sensoriais são de natureza óptica.

Experiências já comprovaram que a produtividade aumenta à


medida que melhoram as condições de iluminação do local de
trabalho.

A qualidade dos produtos está, de igual forma, relacionada com a


adequabilidade da luz.
NOTA:

sempre que possível deve tirar-se o maior partido da


iluminação natural, que para além de ser gratuita não
causa problemas ambientais.
As fontes de iluminação devem ser dispostas de modo, a evitar
os contrastes violentos entre o campo de observação e a periferia
e a evitar o ofuscamento direto e o ofuscamento indireto.

Deve-se também evitar desperdícios de luz, nomeadamente


mantendo uma iluminação constante e limpando as fontes
luminosas de uma a quatro vezes por ano (em função da sua
exposição às poeiras).
Quando for necessário recorrer à iluminação artificial convém
ter o cuidado de adaptar a iluminação ao género de trabalho.
Assim, quanto à natureza do trabalho, consideramos:
a) Trabalho de extrema minúcia e contraste muito pequeno
com esforço muito prolongado:
Tipo de iluminação: iluminação particular para cada posto
Nível de iluminação: mais de 1200 lux

1 lux = 1 lumen / m2 = medida de iluminação duma superfície. A medida dos níveis de iluminação
faz-se por meio de luxímetros.
b) Trabalho de grande minúcia e pequeno contraste;
esforço prolongado:
Tipo de iluminação: iluminação particular para cada posto
Nível de iluminação: 1200 a 600 lux
c) Trabalho de pormenores finos com algum contraste;
esforço prolongado (Trabalho de escritório, leitura, sala de
desenho)

Tipo de iluminação: iluminação localizada; lâmpada no teto


diretamente por cima da cabeça
Nível de iluminação: 600 a 240 lux
d) Trabalho de pormenores finos ou médios com bastante
contraste; esforço não prolongado (corredores, lavabos,
refeitórios)
Tipo de iluminação: iluminação geral
Nível de iluminação: 240 a 60 lux
Efeitos de Má Iluminação

 Incomodidade;

 Fadiga visual;

 Erros e/ ou enganos, os quais podem originar frustração pessoal,


perdas de tempo, menor produtividade e danos materiais;

 Acidentes de diversos tipos, como traumatismos, ferimentos ou


mesmo a morte;

 Doenças visuais como por exemplo a cegueira.


As fontes de iluminação devem ser dispostas de modo, a evitar os
contrastes violentos entre o campo de observação e a periferia e a
evitar o ofuscamento direto e o ofuscamento indireto.
Deve-se também evitar desperdícios de luz, nomeadamente
mantendo uma iluminação constante e limpando as fontes
luminosas de uma a quatro vezes por ano (em função da sua
exposição às poeiras).
 
3 – AS CORES:
É inquestionável o efeito psicológico que as cores dos
equipamentos e do ambiente envolvente causam às pessoas. Além
disso, elas são meios auxiliares na criação de efeitos de ilusão de
ótica que, às vezes, são necessários, em decorrência de alguma
disfunção estrutural do local. Há livros e estudos específicos que
podem ser encontrados nesta área. Todos são unânimes em
aconselhar, como mais ideais para os ambientes de escritório, as
cores frias, como branco, creme, tonalidades claras do azul, do
verde e do cinza.
 
Sabemos da importância que a cor exerce na produção do bem-
estar das pessoas. O peso aparente dos objetos aumenta ou
diminui de acordo com sua cor.

As cores claras proporcionam a sensação de menor peso. Vamos


deter-nos apenas nas cores padronizadas por algumas Normas
Técnicas, para uso nos postos de trabalho:
VERMELHO – Alarme – Usada para distinguir e indicar
perigo (caixa de alarme, extintores etc.).
LARANJA – perigo térmico – Identifica partes móveis e
perigos de máquinas e equipamentos.

AMARELO – perigo mecânico – É a cor usada no sentido de


perigo para indicar cuidado (parte baixa de escadas portáteis,
corrimão, peças cortantes, etc.)
VERDE – Caracteriza segurança, identificando caixas de
equipamentos de socorro de urgência, boletins, avisos de
segurança etc.
AZUL – aviso, indicação - Indica cuidado, exemplificando:
elevadores, entradas de caixas subterrâneas, tanques, tomos,
caldeiras etc.
BRANCO – Usado para assinalar passadiços e corredores de
circulação por meio de faixas etc.
PRETO – Identifica coletores de resíduos. Usado também para
substituir o branco, quando as condições locais exigirem.
As máquinas devem ser pintadas com cores claras, de fator
de reflexão de cerca de 50%: amarelo, verde-claro, cinzento
claro, azul claro, beges diversos, etc.
4 – VENTILAÇÃO E TEMPERATURA:

A ventilação é, sem dúvida, outro importante fator ligado à


produtividade humana.

A ventilação adequada pode ser obtida de duas formas, a


ventilação natural e a artificial. A ventilação natural é obtida pela
instalação de janelas e aberturas que possibilitem a circulação de
ar.

Às vezes não há possibilidade de ventilação natural e a


circulação de ar é insuficiente para proporcionar uma sensação
agradável.
Poderão existir alguns inconvenientes, como poeira, ruídos
externos e frequentes períodos de chuva, que venham a
desaconselhar a ventilação natural. Já a ventilação artificial é obtida
por meios mecânicos, os mais comuns são os ventiladores, os
circuladores de ar, os compressores e os condicionadores de ar. A
ventilação artificial torna-se necessária quando se utilizam, na
empresa, máquinas ou computadores que exijam uma certa
preparação do ar em nível de humidade, pureza e temperatura.
Em relação à temperatura, sabemos que tantos os homens como as
máquinas são sensíveis aos seus efeitos. Há estudos que associam a
temperatura à produtividade humana. Aconselha-se que, para atingir-
se o máximo de rendimento humano.

As temperaturas devem ser entre 18° e 20°C para trabalhos muito


ativos e entre 20° e 22°C para trabalhos de escritório.
TAREFA Nº 1

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