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TREINAMENTO DE QUALIDADE

TEC. SEG. Antonio R. Rosa

Assunto: “O Programa 5S”


Introdução

O 5S ou House keeping é um conjunto de técnicas


desenvolvidas no Japão e utilizadas inicialmente pelas
donas-de-casa japonesas para envolver todos os membros
da família na administração e organização do lar.
No final dos anos 60, quando os industriais japoneses
começaram a implantar o sistema de qualidade total (QT)
nas suas empresas, perceberam que o 5S seria um programa
básico para o sucesso da QT.
Introdução

Esse programa pode ser conhecido com outros nomes, porém 5S


é o mais utilizado e vem das iniciais das cinco técnicas que o
compõe:

• Seiri – organização, utilização, liberação da área;


• Seiton – ordem arrumação;
• Seiso – limpeza;
• Seiketsu – padronização, asseio, saúde;
• Shitsuke – disciplina, autodisciplina.
Alguns objetivos desse programa são:

• Melhoria do ambiente de trabalho;


• Prevenção de acidentes;
• Incentivo à criatividade;
• Redução de custos;
• Eliminação de desperdício;
• Desenvolvimento do trabalho em equipe;
• Melhoria das relações humanas;
• Melhoria da qualidade de produtos e
serviços.
SEIRI – Organização, liberação da
área

Essa técnica é utilizada para identificar e


eliminar objetos e informações desnecessárias,
existentes no local de trabalho.
Seu conceito chave é a utilidade, porém, devemos
tomar cuidado com o que vai ser descartado para não
perdermos informações e / ou documentos
importantes.
As principais vantagens do Seiri são:

• conseguir liberação de espaço;


• eliminar ferramentas, armários, prateleiras e
materiais em excesso;
• eliminar dados de controle ultrapassados;
• eliminar itens fora de uso e sucata;
• diminuir risco de acidentes.
SEITON ‑ Ordem, arrumação

É uma atividade para arrumarmos as coisas que


sobraram depois do Seiri. Seu conceito chave é a
simplificação. Os materiais devem ser colocados em
locais de fácil acesso e de maneira que seja simples
verificar quando estão fora de lugar.

Vantagens:
• rapidez e facilidade para encontrar documentos,
materiais, ferramentas e outros objetos;
• economia de tempo;
• diminuição de acidentes.
SEISO ‑ Limpeza

Nesta etapa devemos limpar a área de trabalho e também


investigar as rotinas que geram sujeira, tentando modificá-las.
Todos os agentes que agridem o meio ­ambiente podem ser
englobados como sujeira (iluminação deficiente, mau cheiro,
ruídos, pouca ventilação, poeira, etc).

Cada usuário do ambiente e máquinas é responsável pela


manutenção da limpeza. A prática do Seiso inclui:
• não desperdiçar materiais;
• não forçar equipamentos;
• deixar banheiros e outros recintos em ordem após o uso,
etc.
SEIKETSU ‑ Padronização, asseio, saúde

Após termos cumprido as três primeiras etapas do


programa 5S devemos partir para a padronização e melhoria
continua das atividades. Essa etapa exige perseverança, pois
se não houver mudanças no comportamento das pessoas e nas
rotinas que geram sujeira logo voltaremos à situação inicial,
antes da implantação do 5S.
SEIKETSU ‑ Padronização, asseio, saúde

Como principais vantagens do estabelecimento do


Seiketsu, temos:
• equilíbrio físico e mental;
• melhoria do ambiente de trabalho;
• melhoria de áreas comuns (banheiros, refeitórios,
etc)
• melhoria nas condições de segurança.
SHITSUKE ‑ Disciplina ou
autodisciplina
O compromisso pessoal com o cumprimento dos padrões
éticos, morais e técnicos, definidos pelo programa 5S, define a
última etapa desse programa.
Se o Shitsuke está sendo executado significa que todas as
etapas do 5S estão se consolidando.
Quando as pessoas passam a fazer o que tem que ser
feito e da maneira como deve ser feito, mesmo que ninguém
veja, significa que existe disciplina. Para que esse estágio seja
atingido todas as pessoas envolvidas devem discutir e participar
da elaboração de normas e procedimentos que forem adotados
no programa 5S.
SHITSUKE ‑ Disciplina ou autodisciplina

As vantagens são:

• trabalho diário agradável;


• melhoria nas relações humanas;
• valorização do ser humano;
• cumprimento dos procedimentos operacionais e
administrativos;
• melhor qualidade, produtividade e segurança no trabalho.
IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S

Embora composto por técnicas simples, a implantação do


programa deve seguir alguns passos.

• Sensibilização ‑ é preciso sensibilizar a alta


administração para que esta se comprometa com a
condução do programa 5S.

• Definição do gestor ou comitê central ‑ quando a


direção da empresa adota o programa 5S, deve decidir
quem irá promovê-lo. O gestor deve ter capacidade de
liderança e conhecimento dos conceitos que fazem parte
desse programa.
M.A.S.P.
Método de Análise e Solução de Problemas
PDCA
1 - Identificação do Problema
8 - Conclusão
1 2 2 - Observação
7 - Padronização 8
Pl 3 3 - Análise
ir ane
Ag ja
7 r
A P 4 4 - Plano de Ação
Ve C D ar
ri f ic t
ar c u
e
6 Ex 5
6 - Verificação 5 - Ação
1 Identificação do Problema

Fluxo Tarefas
Escolha do Problema
1
Ferramentas
Objetivos e metas da área de trabalho
(Qualidade,Entrega, Custo,Moral e Segurança)

Observação
Um problema é o resultado indesejável de um
processo. Esteja certo de que o problema
escolhido é o mais importante, baseado em fatos e
dados.
1 Identificação do Problema

Fluxo Tarefas
Histórico do Problema.
2
Ferramentas
Gráficos, Relatórios de Produção, Planilhas
Registros, Fotos... (Utilize sempre dados
Históricos)

Observação
Pergunte sempre :
Qual a freqüência do problema?
Como ocorre ?
1 Identificação do Problema

Fluxo Tarefas
Mostrar perdas atuais e ganhos viáveis.
3
Ferramentas

Gráficos

Observação
O que se está perdendo ? (Custo, Qualidade)
O que é possível ganhar ?
1 Identificação do Problema

Fluxo Tarefas
Nomear Responsáveis.
4

Ferramentas
Nomear

Observação
Nomear a pessoa responsável ou grupo
responsável e líder. Propor uma data limite para a
solução do Problema.
2 Observação

Fluxo Tarefas
Descoberta das características do problema
através de dados.
1 Importante :
Quanto mais tempo você gastar aqui, mais
fácil será para resolver o problema.
Não salte esta parte ! 90

80

70

60

90 50

80 40

70 30

60 20

90 50 10

80 40 0
1° Trim. 2° Trim. 3° Trim. 4° Trim.
70 30

60 20

50 10

40 0
1° Trim. 2° Trim. 3° Trim. 4° Trim.
30

20

10

0
1° Trim. 2° Trim. 3° Trim. 4° Trim.
2 Observação

Ferramentas
Análise de Pareto.
Lista de Verificação (Coleta de Dados - 5W1H).

Gráficos de Pareto

Estratificação

Priorize - Escolha os temas mais importantes e retome.


2 Observação
Observações
Observe o problema sob vários pontos de vista:
1. Tempo - manhã, tarde ou noite; dias da semana ...
2. Local - Os resultados são diferentes em partes

diferentes de uma peça ou em lugares diferentes?


3. Tipo - Os resultados são diferentes dependendo da
matéria-prima, referência, bitola ...?
4. Indivíduo - Que turno? Que operador?
•Faça as perguntas baseadas no 5w1h para coletar
dados:O que, quem, quando, onde, porquê e como.
•Construa vários tipos de gráficos de Pareto.
Conforme os grupos definidos na estratificação.
2 Observação
Tarefas
Fluxo
Descoberta das características do problema
2
através de observação no local.
Ferramentas
Análise no local da ocorrência do problema
pelas pessoas envolvidas na investigação.
Observações
Deve ser feita Não no escritório mas no próprio
local da ocorrência, para coleta de informações
suplementares que podem ser obtidas na forma de
dados numéricos.
2 Observação
Tarefas
Fluxo
Cronograma,orçamento e meta.
3
Ferramentas ETAPA 1 2 3 4 5

TAREFA 1
TAREFA 2
TAREFA 3
TAREFA 4

Observações
Estimar um Cronograma para servir de base para
o andamento das atividades. Estimar um
orçamento. Definir uma meta a ser atingida.
3 Análise

Fluxo Tarefas
Definição das causas influentes.
1

Ferramentas
Brainstorming e
Sugestões
? Diagrama de Causa e
Sim Efeito.
Pergunta : Porque
cswes
ocorre o Problema ?
POR QUE OCORREU A FALHA ???

HOUVERAM
MUDANÇAS NO ALGUMA
MATERIAL ??? MUDANÇA NO
PROCESSO ???

HOUVE TROCA DE
ACONTECERAM PESSOAL ???
VARIAÇÕES NAS
CONDIÇÕES DE
TEMPERATURA???
AS MÁQUINAS
SOFRERAM
MANUTENÇÃO?

É A BUSCA IMEDIATA DA CAUSA DA FALHA, ATRAVÉS DO DIAGRAMA DE


CAUSA E EFEITO OU DO “MÉTODO DOS CINCO POR QUÊS”.
Sessão de Criatividade
“Brainstorming ”
• Objetivo:
GERAR O MAIOR NÚMERO DE IDÉIAS
• Regra principal:
NÃO “CRITICAR” AS IDÉIAS DOS OUTROS
3 Análise

Observações
Formação do Grupo de Trabalho:
Envolva todas as pessoas que possam contribuir
na identificação das causas. As reuniões devem
ser participativas.

Diagrama Causa-Efeito: Anote o maior número


possível de causas. Estabeleça a relação de causa
e efeito entre as causas levantadas.
3 Análise

Fluxo Tarefas
Escolha das causas mais prováveis (hipóteses
2
Ferramentas
Identificação no Diagrama de Causa e Efeito:
Matéria-prima Máquina
Mão-de-obra Medição
Método Meio Ambiente
3 Análise

Observações
•As causas assinaladas na tarefa anterior têm que
ser reduzidas por eliminação das causas menos
prováveis baseadas nos dados levantados no
processo de observação;

•Aproveite também as sugestões baseadas na


experiência do grupo. Priorize as causas mais
prováveis.
3 Análise

Fluxo
Tarefas
3 Análise das causas mais prováveis
(verificação de hipóteses)

Ferramentas
Coletar novos dados usando a Lista de
Verificação; Analisar dados usando
Gráfico de Pareto, Diagrama de Relação,
Histograma, Testar as causas.
3 Análise

Observações
•Visite o local onde atuam as hipóteses;
•Colete informações;
•Estratifique as hipóteses, colete dados;
•Use Gráfico de Pareto para priorizar e Diagrama
de Relação para testar a relação entre hipótese e
efeito;
•Testar hipóteses com experiências.
3 Análise
Retornar 2º passo (Análise)

Tarefa
Houve confirmação de alguma causa
mais provável ?
não
? Observações
sim Com base nos resultados das experiências
será confirmada ou não a existência de
relação entre o problema (efeito) e as
causas mais prováveis (hipóteses).
Continua
3 Análise
Retornar 1º passo (Análise)

Tarefa
Teste de consistência de causa
fundamental.
não
?
Ferramentas
sim
Existe evidência técnica de que é possível
bloquear ?
O bloqueio geraria efeitos indesejáveis

Continua
3 Análise
Retornar 1º passo (Análise)

Observações
não
Se o bloqueio é tecnicamente impossível
ou se pode provocar efeitos indesejáveis
?
pode ser que a causa determinada ainda
sim
não seja a causa fundamental, mas um
efeito dela .Transforme a causa em um
novo problema e volte ao 1º passo

Continua
4 Plano de Ação

Fluxo Tarefas
Elaboração da estratégia de ação

1 Ferramentas
Discussão com o Grupo envolvido
4 Plano de Ação
Observações

•Certifique-se de que as ações tomadas sobre as


causas fundamentais e não sobre seus efeitos;

•Certifique-se de que as ações propostas não


produzam efeitos colaterais. Se ocorrerem, adote
ações contra eles;

•Proponha diferentes soluções, analise a eficácia e


custo de cada uma, escolha a melhor.
4 Plano de Ação
Tarefas
Fluxo
Elabore o Plano de Ação para o bloqueio e
revisão do cronograma e orçamento final
2 Ferramentas
Relatório de Resolução de
Problemas
Problema:.............................................................................
Hipótese Ação Responsável Data Resultado

Coordenador : Data:.../.../.....
4 Plano de Ação
Observações
•Defina O quê será feito;
•Defina Quando será feito;
•Defina Quem fará;
•Defina Onde será feito;
•Esclareça Por quê será feito;
•Detalhe ou delegue o detalhamento de Como
será feito;
•Determine a Meta a ser atingida e quantifique;
•Determine Itens de Controle e Verificação dos
diferentes níveis envolvidos.
5 Ação
Treinamento
Fluxo MASP
Tarefas
Treinamento
1

Ferramentas
Divulgação do Plano a todos;
Reuniões participativas;
Técnicas de treinamento.
5 Ação

Fluxo Tarefas Ferramentas


Execução da Ação. Plano e Cronograma.

2 Observações
•Durante a execução, verifique fisicamente e
no local em que as ações estão sendo
efetuadas;
•Todas as ações e os resultados bons ou
ruins devem ser registrados, para que se
forme um histórico das atividades.
6 Verificação

Fluxo Tarefas
Comparação dos resultados
Ferramentas
1 Pareto,Carta de Controle,Histograma
6 Verificação
Observações
•Deve-se utilizar os dados coletados antes e após a
ação de bloqueio para verificar a efetividade da
ação e o grau de redução dos resultados
indesejáveis;

•Os formatos usados na comparação devem ser os


mesmos antes e depois da ação;

•Converta e compare os efeitos, também em


valores monetários.
6 Verificação

Fluxo
Tarefas
2 Listagem dos efeitos secundários

Observações
Toda alteração do sistema pode provocar
efeitos secundários positivos ou negativos.
6 Verificação

Fluxo
Tarefas
3 Verificação da continuidade ou não
do problema

Ferramentas
Gráficos demonstrativos (comparar o
“antes”com o “depois”)
6 Verificação
Observações
•Quando o resultado da ação não é tão satisfatório
quanto o esperado, certifique-se de que todas as
ações planejadas foram implementadas conforme
o plano ;

•Quando os efeitos indesejáveis continuam a


ocorrer,mesmo depois de executada a ação de
bloqueio, significa que a ação tomada foi falha .
6 Verificação
Retornar 2º Processo
(Observação) Tarefa
O bloqueio foi efetivo ?
Ferramentas
Pergunte : a causa fundamental foi
efetivamente encontrada e bloqueada ?
não
?
Observações
sim Utilize as informações levantadas nas
tarefas anteriores para a decisão.
Continua Se a solução foi falha, retorne ao
PROCESSO 2-OBSERVAÇÃO)
7 Padronização
Tarefas
Fluxo
Elaboração ou alteração do procedimento.
1
Ferramentas
Estabeleça o novo procedimento ou revise o
antigo.
Observações
Defina claramente “o que”, “quem”, “quando”,
“onde”, “como”e “porquê as atividades estão
sendo incorporadas ao procedimento. Se possível
crie mecanismos a prova de falhas.
7 Padronização
Tarefas
Fluxo
Comunicação
2
Ferramentas
Comunicados, circulares, reuniões...
Observações
Evite possíveis confusões: estabeleça a data de
início da nova sistemática, quais as áreas que
serão afetadas para que a aplicação do padrão
ocorra em todos os locais necessários ao mesmo
tempo e por todos os envolvidos.
7 Padronização

Fluxo
Tarefas Treinamento

Educação e
3 Treinamento

Ferramentas
Reuniões e palestras, manuais de treinamento
e treinamento no local de trabalho.
7 Padronização

Observações
Garanta que os novos padrões ou alterações sejam
transmitidas a todos os envolvidos.Não fique
apenas na comunicação através de documento.
Exponha as razões das mudanças. Se possível
dê o treinamento no próprio local onde as
atividades serão executadas.
7 Padronização

Fluxo Tarefas
Acompanhamento da utilização do
procedimento.
4 Ferramentas
Auditorias.

Observações
Evite que um problema resolvido reapareça
devido ao não cumprimento do
procedimento,estabelecendo um sistema de
verificações periódicas (auditorias).
8 Conclusão

Fluxo Tarefas
Relação dos problemas remanescentes

1
Ferramentas
•Análise dos resultados;
•Demonstrações gráficas

Observações
Relacione o que e quando não foi realizado e
também os resultados acima do esperado.
8 Conclusão

Fluxo Tarefas
Planejamento do ataque aos problemas
remanescentes.
2
Ferramentas
Aplicar o MASP nos que forem importantes.

Observações
Reavalie os itens pendentes, organizando-os
para uma futura aplicação do MASP.
8 Conclusão

Fluxo
Tarefas
Reflexão
3

Ferramentas
Reflexão cuidadosa sobre as próprias
atividades da solução dos problemas
7 Padronização
Observações
Analise as etapas executadas do MASP nos seguintes
aspectos:
1. Cronograma - houve atrasos significativos ou
prazos folgados demais ? Quais foram os motivos ?

2. Diagrama de Causa e efeito - sua elaboração foi


superficial ? Isto dará uma medida de maturidade da
equipe envolvida. Quanto mais completo o diagrama,
mais habilidosa a equipe.
7 Padronização
Observações
3. Grupos -
•Todos os membros do grupo participaram?
•O grupo era o melhor para solucionar aquele
problema ?
•As reuniões foram produtivas e ocorrerem sem
problemas ?
•A distribuição das tarefas foi bem realizada ?
•O grupo ganhou em conhecimentos e aprimorou a
sua aplicação do MASP ?

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