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Gestão e Planejamento da

Manutenção

Professor: Alex Nestor


Engenheiro Mecânico
Gestão e Planejamento da Manutenção
Introdução :
Com o passar dos anos algumas exigências
mercadológicas passaram de optativas para
imprescindíveis às organizações que tenham interesse
em manter-se atuante e concorrente no mercado.
Estas podem ser direcionadas para a qualidade total, a
busca da melhoria contínua, dentre outras.
Com isso surge a necessidade de planejar a
produtividade, em especial a manutenção dos
equipamentos e maquinários de uma fábrica.
 As evoluções nas indústrias ocorrem desde a primeira
Revolução Industrial, quando se tornou evidente a
exigência mercadológica através de algumas mudanças
econômica, social e tecnológica, fomentando das
empresas equipamentos com eficiência a custos
baixos.
 Essas mudanças foram um marco na conjuntura
econômica da humanidade e trouxe diversos
benefícios para as organizações dentre eles, a
aceleração da produção e conseqüentemente um
considerável aumento dos lucros.
Com o decorrer do tempo o avanço tecnológico tem
proporcionado um ambiente altamente competitivo para
as organizações, portanto, o mercado se mantém em
constante mutação.
As máquinas e equipamentos proporcionaram um novo
cenário para a indústria mundial com a possibilidade de
maior produção, melhor acabamento e como congruência
direta a escassez de mão-de-obra.
A necessidade de produzir mais e melhor desencadeou
um novo olhar para as empresas, onde possibilitou
acreditar que apenas em programar de forma correta a
produção, atrelando a isso uma manutenção atuante nos
equipamentos em funcionamento, proporcionaria uma
fabricação eficiente, com qualidade e menos custos.
A necessidade de produzir mais e melhor desencadeou
um novo olhar para as empresas, onde possibilitou
acreditar que apenas em programar de forma correta a
produção, atrelando a isso uma manutenção atuante
nos equipamentos em funcionamento, proporcionaria
uma fabricação eficiente, com qualidade e menos
custos.
Estas se tornaram utensílios primordiais para todos os
setores de uma organização, em especial no
aprimoramento da manufatura.
O que é planejamento
Planejamento pode ter perfeitamente um bom número
de definições e de conceitos, depende de onde se olhe,
porem vamos ficar com os seguintes:
Planejamento é uma base de gestão de funções que
implica a formulação de um ou vários planos
detalhados para conseguir um perfeito equilíbrio entre
o que se quer e o que se pede, ou seja, equilíbrio entre
as necessidades e as demandas com os recursos de que
se dispõe.
Planejamento é precisamente um processo que
identifica as metas e os objetivos que se quer alcançar.
O Planejamento produz estratégias para conseguir o
que se propõe; organizar os meios pelos quais se quer
conseguir um objetivo; planejamento dirige e controla
todos os passos na seqüência apropriada.
Planejamento também se define o controle da
elaboração de um processo através de regulamentos e
regras devidamente organizados para se conseguir um
fim.
Segundo alguns autores, o planejamento está dividido em:
desenvolvimentos dos processos, técnicas e atitudes
administrativas, com o objetivo de facilitar as decisões futuras.
Portanto, para garantir uma produção eficiente e com qualidade,
planejar é essencial.
E a inspeção deste plano traçado é o que irá garantir as execuções
de forma correta e no tempo certo. Por isso, o controle é pertinente
para a concretização de um planejamento com eficiência e eficácia.
Assim sendo, surgira uma nova preocupação no que se refere ao
planejamento da manufatura mediante todas essas novas
tecnologias, principalmente em relação ao atendimento do cliente,
com a preocupação de produzir a fim de satisfazê-los. Desta
forma, as empresas buscam cada vez mais integrar todos os setores
a fim de proporcionar a tangibilidade das metas organizacionais.
O cruzamento de todas as informações existentes na
organização possibilita a eficiência dentre todas as
atividades, por exemplo, uma relação saudável entre o
setor de compras e produção, garantirá um bom
desempenho da contabilidade da empresa.
Com base nesse contexto percebe-se que em
decorrências dos imensos problemas gerados pelos
equipamentos nas linhas de produção industriais teve
como consequência direta os enormes custos. Procura-
se minimizar estas ocorrências com iniciativas
disponíveis e atingíveis, por meio de um planejamento
de manutenção.
Diante do exposto podemos indagar:
Qual a importância do Planejamento e Controle
de Manutenção para as organizações?
Nosso objetivo
Enfatizar a importância de uma programação eficiente
da produção no tocante a manutenção, como forma de
reduzir os custos e otimizar os processos produtivos,
com confiabilidade e qualidade, tornando possível
melhoria ao produzir com eficiência todos os
equipamentos em perfeito funcionamento sempre que
solicitado pela programação da produção.
Relembrando alguns conceitos
Organizações: Um grupo de pessoas que se constitui
de forma organizada para atingir objetivos comuns é
denominado de Organização.
Desta forma, esta inclusa as associações culturais,
partidos políticos, sindicatos, condomínios
cooperativas, etc.
Enfim, é preferível executar tarefas por meio de
organizações, em virtude da facilidade de obter o
resultado final com padrões mais elevados e maior
qualidade de vida.
As organizações desempenham um papel de grande
importância na sociedade, uma vez que, quase todas as
atividades que exercemos são disponibilizadas por elas.
Assim como, hospitais, escolas, faculdades e empresas de
outras finalidades diversas.
A organização é a forma mais eficiente de satisfazer maior
parte de necessidades humanas. Portanto, a origem das
organizações se dá por três razões, a saber: razões sociais
– a necessidade que as pessoas têm de se relacionar;
razões materiais – necessidade de alcançar coisas que
jamais conseguiriam sozinhas como, eficiência e agilidade
na execução das tarefas; efeito sinergístico – é a
possibilidade de o resultado ser maior que o esperado em
virtude do trabalho em conjunto.
Portanto, fica evidenciado que as organizações existem
como forma de unir as pessoas de modo a possibilitar o
alcance de um objetivo comum. E esta pode estar
direcionada a diversas atividades que vão desde as
famílias até as empresas que visem produzir bens ou
serviços, a fim de proporcionar novas possibilidades às
pessoas.
As Organizações como células produtivas
Com o passar dos anos, a cada acontecimento
histórico, ocorrem mudanças no modo de vida da
humanidade, seja ela social, econômica ou política. É
neste contexto que surgem as empresas cada vez mais
complexas, buscando suprir as necessidades
fomentadas pelas pessoas.
“As empresas produzem bens ou serviços, empregam
pessoas, utilizam tecnologias, requerem recursos e,
sobretudo, necessitam de administração”.
Desta forma, além de satisfazer os anseios das pessoas, as
empresas também contribuem para o bem comum através
da empregabilidade no âmbito em que esta inserida.

Á medida que uma organização é bem sucedida, isto é,


em que consegue atingir seus objetivos, ela tende a
ampliá-los e, portanto, tende a crescer. Esse crescimento
leva a aumentar o número de pessoas (e o volume dos
demais recursos necessários) cuja atividade cooperativa
permite o alcance dos novos objetivos. Com o aumento do
número de pessoas, aumenta também o número de
relações entre elas, a fim de garantir o intercâmbio
necessário. (CHIAVENATO, 1994, p. 44).
Conforme abordado pelo autor acima percebe-se que a
forma como as empresas estão inseridas na sociedade e
o modo como interagem com o ambiente define sua
complexidade no campo de atuação. O fenômeno da
globalização paralelo ao avanço tecnológico contribui
para o dinamismo da sobrevivência de um
empreendimento, no que se restringe aos
procedimentos organizacionais com ênfase nos
processos produtivos .
Portanto, atividades como a lucratividade de uma
empresa é também um fator de grande relevância para
sua existência.
Para alguns autores, “o lucro é absolutamente indispensável
para que qualquer organização possa sobreviver, mas não se
pode afirmar com precisão que todas as organizações
existam tendo em vista só este objetivo.” Os autores
comparam ainda o lucro de uma empresa à saúde de uma
pessoa, “a saúde é absolutamente indispensável à
sobrevivência; no entanto não vivemos para ter saúde” .
Sabe-se que o lucro é importante para uma organização, no
entanto existem outras prioridades em função dos anseios
organizacionais. Assim, pode-se afirmar que atividades
como: excelência nos processos produtivos; qualidade nos
produtos e serviços, bem como, a satisfação do cliente
também compõem os fatores preponderantes para o
sucesso das empresas.
Planejamento
O planejamento dentre outras atividades exercidas na
empresa também contribui para eficiência em todos os
processos organizacionais. Este pode ser de longo, médio ou
em curto prazo.
Planejamento “é o processo de determinar como a
organização pode chegar onde deseja e o que fará para
executar seus objetivos”. E complementa ainda que planejar
“é uma atividade gerencial fundamental independentemente
do tipo de organização que esteja sendo gerenciado”. Desta
forma, o autor afirma que por meio do planejamento a
empresa pode contribuir para suas expectativas futuras.
Outro autor afirma que planejar é entender e
considerar a situação atual para ter visão de futuro
influenciando as decisões tomadas no presente e assim
poder atingir determinados objetivos vindouros.
Este plano pode ser traçado baseado nas informações
passadas ou presentes e projetadas para o futuro seja
ele curto, médio ou longo prazo.
[...] o processo de planejamento permite elevar o grau
de controle sobre o futuro dos sistemas internos e das
relações com o ambiente. A organização que planeja
procura antecipar-se às mudanças em seus sistemas
internos e no ambiente, como forma de garantir sua
sobrevivência e eficácia. (MAXIMIANO, 2000, p. 179).
Assim, fica evidenciado, o alto nível de importância
que o planejamento exerce dentro das organizações,
bem como, a necessidade de sua utilização de forma
correta.
O planejamento pode ser visto como uma direção a ser
escoltada para alcançar um objetivo desejado,
salientando ainda que para planejar é necessário
decisões, com base em objetivos, fatos e estimativa do
que poderia ocorrer em cada alternativa escolhida.
“planejar é, portanto, decidir antecipadamente o que
fazer, de que maneira fazer, quando fazer e quem deve
fazer”. É, então, um plano formal do que se deseja
executar podendo ser mensal, anual, etc.
O modelo de planejamento apresentado acima é apenas
uma demonstração de como fazer um planejamento. É
importante ressaltar que cada organização detém a sua
estratégia para executar esta ferramenta.
No entanto, existem algumas vantagens quando o
planejamento é elaborado de forma correta, a saber:
orienta os gerentes para o futuro; facilita a tomada de
decisão e por fim, realça os objetivos organizacionais.
Os benefícios proporcionados às empresas que se
utilizam desta ferramenta - planejamento - são
inúmeros. Pode-se destacar as possibilidades que
venham a ser fomentadas para atingir as metas
organizacionais.
Tipos de Planejamento
No contexto organizacional o planejamento está dividido
em três âmbitos, são eles: estratégico, tático e
operacional.
Planejamento Estratégico:
O planejamento estratégico “refere-se ao planejamento
sistêmico das metas de longo prazo e dos meios
disponíveis para alcançá-las, ou seja, aos elementos
estruturais mais importantes da empresa e à sua área de
atuação”. Mostra ainda, que deve ser feito pela alta
gerência e deve responder a seguinte pergunta: “qual é o
nosso negócio e como deveria fazê-lo?”
Planejamento Tático
Quanto ao planejamento tático é configurado como
“empreendimentos mais limitados, prazos mais curtos,
áreas menos amplas e níveis mais baixos na hierarquia
da organização”.
Então, pode-se perceber que este segundo tipo de
planejamento se restringe a um nível intermediário da
organização. Assim, é uma sequência daquilo que fora
traçado pela alta-gerência no planejamento
estratégico.
Diante dos conceitos apresentados pelos autores fica evidenciado
que ao planejar estrategicamente o fator tempo é primordial. Este
deve ser elaborado pela cúpula da empresa e com aspirações em
longo prazo. Bem como, seguir as estratégias traçadas levando em
consideração às mudanças ocorridas no ambiente externo.
O planejamento tático é desenvolvido em níveis organizacionais
inferiores, tendo como principal finalidade a utilização eficiente
dos recursos disponíveis para a consecução de objetivos
previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada,
bem como as políticas orientativas para o processo decisório da
empresa.
Conforme apresentado acima existe uma concordância de
opiniões entre os autores, no que se refere aos preceitos básicos
do planejamento tático. Os mesmos apresentam este tipo de
planejamento como necessário para as atividades intermediárias
da empresa.
Planejamento Operacional
Quando se referem a planejamento operacional como uma função
gerencial com ênfase na eficiência, ou seja, fazer bem feito aquilo
que está sendo executado. Da mesma forma que o planejamento
tático que segue as bases fundamentadas no planejamento
estratégico o planejamento operacional baseia-se nos dois
anteriores a ele. Assim, percebe-se que a execução das ações
traçadas previamente será de responsabilidade do planejamento
operacional.
Para as organizações contemporâneas o planejamento seja ele
estratégico, tático ou operacional configura-se fator preponderante
para manter-se no mercado. Portanto, torna-se claro os benefícios
na correta utilização destas atividades administrativas.
PLANEJAMENTO –
Quanto a Natureza:
Planejamento Estratégico
 Planejamento Tático
Planejamento Operacional

 Quanto ao tempo:
 Planejamento de longo prazo
 Planejamento de médio prazo
Planejamento de curto prazo
PLANEJAMENTO
Quanto ao nível de implantação
- Macro
- Micro
- Misto

Planejamento Estratégico: Fixa a natureza da organização: missão,


estratégias, objetivos. Responsabilidade: direção geral (alta
administração).
Planejamento Tático: Serve para gerenciar recursos visando atingir
os planos estratégicos (projetos, ações etc.)... Responsabilidade:
executivos da diretoria e subordinados (nível médio).
Planejamento Operacional: Objetiva otimizar as operações,
elaboração de procedimentos, visando a realização dos planos
estratégicos e táticos. Responsabilidade: chefes de departamento
(nível baixo).
Controle
O controle envolve a avaliação de resultados operacionais, continuada
da ação remediadora quando os resultados desviam do plano. A
atividade de controle é necessária para manter o negócio na direção
certa e assegurar que os planos sejam contínuos.
Controle é uma função administrativa que consiste em medir e corrigir
o desempenho de subordinados para assegurar que os objetivos e
metas da empresa sejam atingidos e os planos formulados para
alcançá-los sejam realizados. Assim, controlar abrange (a) acompanhar
ou medir alguma coisa, comparar resultados obtidos como previstos e
tomar as medidas corretivas cabíveis; ou, de outra forma, (b)
compreende a medida do desempenho em comparação com os
objetivos e metas predeterminados; inclui coleta e a análise de fatos e
dados relevantes, a análise das causas de eventuais desvios, as medidas
corretivas e se necessário, o ajuste dos planos. (LACOMBE;
HEILBORN, 2006, p. 173).
Fazer com que algo aconteça na forma como foi
programada compõe conceito básico de controle.
Porém, é importante os administradores entenderem a
ação planejada, pois só assim, as alterações necessárias
durante o percurso serão exatamente executadas.
Sabe-se que em qualquer área de atuação o controle
desempenha um papel extremamente essencial no
condicionamento dos objetivos e na identificação de
uma possível mudança nos objetivos predeterminados.
Entretanto, para realizar os objetivos é preciso que as
informações referentes aos mesmos estejam claras e
sejam passadas da maneira correta. Até porque, como
já fora abordado, o controle contribui, e muito, para a
tomada de decisão. Informar ao sistema o que deve ser
feito para garantir a concretização dos objetivos.
Quanto ao processo de controle, mediante a
comparação das bases previamente estabelecidas é
possível facilitar a verificação dos resultados das ações
e conseqüentemente à tomada de decisão, uma vez
que, conforme se acompanha o percurso das atividades
torna-se exeqüível seu aprimoramento conforme seja
necessário.
O controle é um tipo de avaliação permanente e possibilita
que a execução antes programada por meio de planejamento
seja concretizada com ênfase. É, também, através do
controle que algumas alterações podem ser feitas no plano,
uma vez que, o ambiente organizacional é dinâmico e
complexo e, portanto, imprevistos costumam surgir.
O propósito do planejamento e controle “é garantir que os
processos da produção ocorram eficaz e eficientemente e
que produzam produtos e serviços conforme requeridos
pelos consumidores”.
Diante do exposto pode-se afirmar que estas duas
ferramentas administrativas estão para garantir que os
objetivos organizacionais sejam alcançados e, além disso,
que se cumpra da forma correta.
Planejar e controlar devem ser “colocadas juntas porque
são conhecidas como as funções gêmeas da
administração: não adianta planejar se não houver
controle e não se pode controlar se não tiver havido
planejamento”. Por isso, diz-se que um complementa o
outro, como também um depende do outro para
garantir a perfeita execução dos objetivos propostos.
Quanto à diferença entre eles é que o plano é uma
formalização onde pretende-se que ocorra em
determinado momento no futuro, assim o mesmo não
garante que o programado aconteça pois no percurso
poderá ocorrer diversas variações e é nesse ponto que
surge o controle que viera a controlar as variáveis que
possam surgir no andamento de um planejamento.
Um dos fatores predominantes para o êxito de uma
organização compete a duas ferramentas essenciais, a
saber: planejar e controlar. Diante da complexidade do
ambiente interno e externo onde estão inseridas as
organizações, traçar um plano é fundamental e
acompanhar o mesmo é indispensável.
Planejamento e Controle da Produção
No contexto organizacional houve a necessidade de algumas
modalidades que venham a contribuir para o alcance dos
objetivos de uma empresa na fabricação de
produtos/serviços. Portanto, o Planejamento e Controle da
Produção (PCP), procura contribuir para criação de um
padrão de qualidade dentro da instituição. “As atividades de
PCP são desenvolvidas por um departamento de apoio a
produção, dentro da gerência industrial, que leva seu nome”.
“O PCP é responsável pela coordenação e aplicação dos
recursos produtivos de forma a atender da melhor maneira
possível aos planos estabelecidos em níveis estratégico, tático
e operacional”.
Assim, entende-se que para se planejar a produção é
necessário que haja uma interação dentre todos os
setores, e que suas respectivas informações se cruzem
com propósito de produzir bens/serviços propostos
pela organização.
Assim, entende-se que para se planejar a produção é
necessário que haja uma interação dentre todos os
setores, e que suas respectivas informações se cruzem
com propósito de produzir bens/serviços propostos
pela organização.
O PCP é um grande aliado para organização no que se
refere a integração do mercado com as limitações
externas bem como, o auxílio a tomada de decisões, em
virtude das características de gerenciamento de
informações. Assim, atua cooperativamente com as
demais finalidades e objetivos da empresa contribuindo
para resultados positivos, pois considera como medidas
de desempenho a flexibilidade, qualidade, velocidade,
confiabilidade custo e velocidade.
Fica explícito as necessidade de um excelente
funcionamento no setor de PCP para o sucesso das
organizações. Além de um diferencial competitivo este
setor também atua como agente na redução de custos e
controle de estoque.
CONFIABILIDADE: é a probabilidade que um item
possa desempenhar sua função requerida, por um
intervalo de tempo estabelecido, sob condições
definidas de uso KARDEC; NASCIF (op. cit.). •
DISPONIBILIDADE: é o tempo em que o
equipamento, sistema ou instalação está disponível
para operar ou em condições de produzir KARDEC;
NASCIF (op. cit.).
Manutenção
A palavra Manutenção para o dicionário Aurélio está
definida como “as medidas necessárias para a
conservação ou a permanência de alguma coisa ou de
uma situação ou ainda como os cuidados técnicos
indispensáveis ao funcionamento regular e
permanente de motores e maquinas”.
 Assim, as atividades de manutenção existem para
evitar a desagregação natural das máquinas e
equipamentos.
O conceito moderno da manutenção perpassa pela
palavra: disponibilidade. Segundo alguns autores a
atividade principal de “um setor de manutenção é zelar
para que seu cliente, externo e interno, tenha um
recurso a sua disposição, dentro das condições normais
de uso, no momento em que for necessário”.
Quanto à definição da manutenção é bastante
abrangente e vai desde instalações prediais até manter
os equipamentos e maquinas nas organizações. No
entanto, houve um contexto histórico que remete-se
aos atuais conceitos.
A manutenção sofre uma evolução desde os anos 30 e
esta pode ser dividida em três fases, a saber:
Primeira Geração que abrange o período que esta
compreendida antes da Segunda Guerra Mundial,
quando a indústria era pouco mecanizada;
Segunda Geração que vai desde a Segunda Guerra
Mundial até os anos 60. Com as guerras surgiu o
aumento das indústrias e sua modernização;
Terceira Geração que esta compreendida a partir da
década de 70 quando houve uma aceleração no
processo de mudança na indústria.
Em relação ao contexto histórico da manutenção, percebe-
se que foi marcado principalmente pela revolução
industrial e pelas guerras, ambas fomentaram a aderência
de novas atividades, bem como, a ampliação do mercado
como um todo. Com isso, surgiu a criação de novos nichos
de mercado, novas especialidades e a necessidade de mão-
de-obra qualificada, para diversas atividades em especial
no controle dos processos industriais.
Quanto ao conceito de manutenção, é uma missão
moderna que quer dizer “Garantir a disponibilidade da
função dos equipamentos e instalações de modo a atender
a um processo de produção e a preservação do meio
ambiente, com confiabilidade, segurança e custo
adequados”.
Para Xenos (1998) as atividades de manutenção são
decorrentes de ações tomadas no dia-a-dia, como
forma de prevenir ou corrigir falhas detectadas nos
equipamentos. Além disso, visam manter as condições
originais das maquinas e equipamentos utilizados nos
processos produtivos das indústrias.
Assim, entende-se que a função da manutenção
perpassa pelos objetivos organizacionais, uma vez que,
o resultado final de um produto ou serviços necessita
em grande parte, da utilização de algum tipo de
maquinário. Então, ai está a verdadeira finalidade das
manutenções: garantir que uma determinada linha de
produção atinja a produção desejada.
Com o propósito de compreender ainda melhor sobre os objetivos
da manutenção é extremamente valioso entender porque a
produção se preocupa tanto em cuidar das suas instalações.
Benefícios atingidos quando a manutenção é atuante, vejamos
abaixo:
Segurança melhorada – diminui o risco às pessoas que atuam no
ambiente;
 Confiabilidade aumentada – menos tempo perdido com
conserto;
 Qualidade maior – equipamentos em melhor desempenho;
 Custos de operação mais baixos – alguns elementos de tecnologia
funcionam melhor quando recebem manutenção regularmente;
 Tempo de vida mais longo – prolongar a vida efetiva das
instalações;
Tipos de Manutenção
A cada tipo de manutenção existe uma utilização
adequada para diferentes circunstâncias. Porém, os
autores as classificam com diversas abordagens
especificas a cada um.
Segundo XENOS (1998) a manutenção é classificada
como corretiva, preventiva, preditiva e produtiva. Porém,
Slack et al (2002) considera apenas as três primeiras
citadas acima. Enquanto para Pinto (1998), o processo de
manutenção está dividido quanto a seus tipos em:
Corretiva não planejada, corretiva planejada, preventiva,
preditiva, detectiva, engenharia de manutenção
 Preventiva: Efetua a troca antes que ocorra uma
quebra. Determinado de quanto em quanto tempo, na
elaboração de um plano de manutenção que venha a
garantir a integridade dos equipamentos.
Preditiva – através de equipamentos adequados é
possível analisar o funcionamento da máquina.
Corretiva – é a mais comum, depois que quebrou atua
e coloca o equipamento para funcionar, não procura
saber o que fez com que a máquina quebrasse.
Melhorias – todo padrão pode ser melhorado.
Custos da Manutenção
Antigamente acreditava-se que era impossível mensurar os gastos
gerados com a manutenção. Portanto, os gestores não percebiam a
importância da manutenção para o bom funcionamento da fábrica
e muito menos como agente na redução dos custos organizacionais.
“É importante distinguir claramente os custos de manutenção dos
investimentos com a compra de equipamentos novos ou com a
expansão de instalações existentes. Os custos de manutenção dos
equipamentos representam uma parcela dos custos de produção da
organização. Para manter os equipamentos é preciso utilizar peças
de reposição, materiais de consumo, energia, mão-de-obra de
gerenciamento e execução, serviços subcontratos, dentre outros
recursos.” (XENOS, 1998, p. 220)
Classificação dos custos da manutenção em três
grandes famílias, a saber:
Custos diretos – são aqueles essenciais para manter os
equipamentos em operação. Onde estão inclusos a
manutenção preventiva e a manutenção corretiva.
Custos de perda de produção – são aqueles causados
por perdas na produção. Como falha de um
equipamento principal que ocasionou um desperdício.
Custos indiretos – são os custos relacionados com a
estrutura gerencial e apoio administrativo. Como
aquisição de ferramenta e instrumentos da
manutenção.
Composição dos Custos de Manutenção -
2011

Fonte: Adaptado da Abramam – Associação Brasileira de Manutenção


O gráfico acima apresenta dados sobre os custos da
manutenção no Brasil para o ano corrente. Pode-se
perceber que o principal causador do aumento nos
custos é o material aplicado na manutenção, seguida
pelos custos de colaboradores e serviços terceirizados.
Por fim, os dados mostram uma pequena porcentagem
para outros custos não especificados.
A importância do Planejamento e Controle
da Manutenção
Sabe-se que o procedimento para produzir bens e
serviços necessita de uma série de variáveis. Assim, a
matéria-prima e os equipamentos necessários para o
processo desejado são fundamentais para alcançar êxito
organizacional.
Quando uma máquina para por problemas de
manutenção, os estágios posteriores do processo que são
estimulados por esta máquina teriam de parar, caso não
houvesse estoque suficiente para que o fluxo de
produção continuasse, até que a máquina fosse reparada
e entrasse em produção normal novamente.
É importante dizer ainda em relação a problemas com
relação a preparação de máquina, quando esta
processa mais de um componente ou item, faz-se
necessário preparar a máquina a cada mudança. Essa
preparação representa custos referentes ao período
inoperante do equipamento, à mão-de-obra requerida
na operação de preparação, à perda de material no
inicio da operação, entre outros.
Sendo assim, a atividade básica da manutenção é zelar
para que o cliente interno e externo tenha o recurso à
sua disposição como também, uma importante fonte
de otimização na redução dos custos
A sociedade tem dependido cada vez mais de produtos
e serviços mecanizados e automatizados, em que o
trabalho humano vem sendo substituído pelo trabalho
das máquinas, por este, garantir maior produtividade e
conseqüentemente mais competitividade,
possibilitando produzir melhores produtos, em
grandes volumes e a custos reduzidos.
Assim, um bom desempenho da manutenção depende
em grande parte da contribuição do Planejamento e
Controle da Produção. Isto permite que a manutenção
se programe de modo suprir suas necessidades com
qualidade, confiabilidade e segurança.

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