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PROCESSO CIVIL

DECISÃO JUDICIAL
PARTE III
DECISÃO JUDICIAL
 Interpretação da decisão  Deve ser interpretada para
judicial extrair a regra para o caso ou
extrair a norma jurídica geral
que funcionará como
 Decisão judicial enunciado precedente.
normativo.
 Definição dos limites da coisa
 A decisão judicial deve ser julgada. Execução de sentença.
interpretada sempre, não Alegação de ofensa à coisa
apenas quando for obscura. julgada.
DECISÃO JUDICIAL
 Mas como interpretar uma  Aplica-se à interpretação
decisão judicial? judicial as normas de
 Dispositivo e fundamentação interpretação dos atos jurídicos.
devem ser interpretados  As normas de interpretação das
conjuntamente. Interpretação declarações de vontade.
sistemática da sentença.  Art. 112 do CC.
 As postulações das partes  “Nas declarações de vontade se
devem ser levadas em atenderá mais à intenção nelas
consideração. Sentença no consubstanciadas do que ao
sentido postulado pelas partes. sentido literal da linguagem”
DECISÃO JUDICIAL
 Art. 113 do CC Decisão e o Fato
 “Os negócios jurídicos devem Superveniente
ser interpretados conforme a  Artigo 493 do CPC
boa-fé e os usos do lugar da  “Possibilidade do juiz, a
sua celebração”. requerimento da parte ou de
 Os embargos de declaração oficio, levar em consideração
podem funcionar como um fatos constitutivos,
instrumento para orientar a modificativos e extintivos do
interpretação. direito, que sejam
supervenientes e influam no
julgamento da causa”
DECISÃO JUDICIAL
 Processo. Tempo. Circunstâncias  Entendimento majoritário de que
de fato e de direito modificadas. não seria possível.
 Ex. ação de cobrança.  Os fatos constitutivos ou fatos
Compensação. Inadmissibilidade simples que não alterem o pedido
do recurso cumprimento do ou a causa de pedir.
objeto da demanda.  Regra do art. 329 estabilização
 Seria possível uma decisão do processo.
baseada em um fato  Flexibilização do rigor da
superveniente, que modifique estabilidade objetiva do processo.
causa de pedir e pedido?  Evitar novas ações.
DECISÃO JUDICIAL
 Pressupostos para aplicação Classificação das decisões de
do art. 493 do CPC procedência quanto ao
 O fato deve ser superveniente conteúdo.
ou de conhecimento  Decisões condenatórias
superveniente.  São aquelas que impõem
 Estabelecimento do prestação.
contraditório.  Reconhecem um direito e
 Fato novo conhecido de ofício, permitem a realização da
precisa estar provado nos autos. atividade executiva.
 Ex. Ação monitoria.
DECISÃO JUDICIAL
 As decisões condenatórias  Decisão executiva
podem ser:  Impõe uma prestação ao réu
 Mandamental e prevê uma medida
 Impõe uma prestação ao réu coercitiva direta.
e um medida coercitiva  Ex. Ação de despejo.
indireta.  Decisão constitutivas
 Ex: Mandado de Segurança  É a decisão que certifica e
efetiva direito potestativo.
DECISÃO JUDICIAL
 Direito potestativo  Decisão meramente
 É o poder jurídico conferido a declaratórias
alguém de submeter outrem à  São as que se restringem a
alteração, criação ou extinção de certificar:
situações jurídicas.
 Ex. rever cláusulas contratuais.  A existência, a inexistência
(alterar). ou modo de ser de uma
 Ex. Adotar (criar) relação jurídica;
 Ex. Divórcio (extinguir).  Autenticidade ou falsidade
 A decisão judicial visa somente de um documento.
a situação jurídica.  Estas decisões busca certeza.
DECISÃO JUDICIAL
 Não declara a existência de  Para designar uma decisão
fatos, mas de direito. que regula uma relação
 Ex. Ação de usucapião. jurídica de trato sucessivo.
 Decisões que interferem no
Decisão Determinativa conteúdo de uma relação
Não tem haver com a jurídica negocial.
classificação anterior.  Decisão que vem integrar a
norma jurídica abstrata nos
Esta denominação é utilizada
casos em que o texto
pela doutrina brasileira em normativo não define.
diversos sentidos.
DECISÃO JUDICIAL
Publicação, retratação e Art. 494. do CPC.
integração da decisão. “A publicação de decisão
Decisão proferida em audiência impede a alteração do seu
ou sessão de órgão colegiado, conteúdo pelo magistrado que a
considera-se publicada na própria proferiu”.
audiência.  Há situações em que se admite a
Se proferida em gabinete, com a alteração da sentença:
juntada aos autos.  Quando o magistrado constata
erros materiais ou de cálculo.
Não se confunde com a
 Acolhe embargos de declaração.
publicação na impressa oficial.
DECISÃO JUDICIAL
Quando se retrata, em virtude
de apelação, em face de
decisão que extingue o
processo sem exame do mérito.
Quanto julga liminarmente
improcedente o pedido.

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