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Universidade Salvador – UNIFACS

Unidade Curricular: PROJETO DA PAISAGEM URBANA


Docentes: Prof. Johniery Almeida e Prof.ª Aretuza Prado
A IMAGEM DA CIDADE

A FISIONOMIA DAS CIDADES

 Qual a sua importância?


 Quais as possibilidades de
mudanças?
A IMAGEM DA CIDADE

A paisagem urbana tem


inúmeras funções, dentre elas:

 Algo a ser memorado


 Conjunto de elementos organizados
para proporcionar o prazer, o lúdico

“Dar forma visual a cidade é um tipo


especial de problema de design”
Lynch
A IMAGEM DA CIDADE

 A cidade é uma construção no espaço


 Uma obra arquitetônica coletiva e em grande
escala
 A percepção desta obra arquitetônica que é a
cidade se dá no decorrer de longos períodos
de tempo
A IMAGEM DA CIDADE
A IMAGEM DA CIDADE
A IMAGEM DA CIDADE

“A cada instante, há mais do que o olho pode ver,


mais do que o ouvido pode perceber, um cenário
ou uma paisagem esperando para serem
explorados. Nada é vivenciado em si mesmo, mas
sempre em relação aos seus arredores, às
sequencias de elementos que a ele conduzem, à
lembrança de experiências passadas.”
Lynch
A IMAGEM DA CIDADE

“Cada cidadão tem vastas


associações com alguma
parte de sua cidade, e a
imagem de cada um está
impregnada de lembranças e
significados.” Lynch
PAISAGEM URBANA

ESTUDO DA FORMA URBANA


 Análise da qualidade visual das cidades através das imagens
mentais dos seus habitantes
 Estruturar e identificar o ambiente é uma capacidade vital em
todos os animais que se locomovem. Muitos tipos de referenciais
são usados para isso, tais como as sensações visuais de:

COR – FORMA – MOVIMENTO – LUZ


OLFATO – AUDIÇÃO – TATO....
PAISAGEM URBANA

ESTUDO DA FORMA URBANA


Processo de orientação – Produção de imagens mentais
 Ser humano desenvolveu um vasto sistema de referenciais
(individuais) para se orientar;
 Imagens claras do entorno constituem base valiosa para o
desenvolvimento individual.

“Potencialmente, a cidade é em si o símbolo poderoso de uma


sociedade complexa. Se bem organizada em termos visuais, ela
também pode ter um forte significado expressivo.” Lynch
A CONSTUÇÃO DA IMAGEM

 As imagens ambientas são um processo bilateral entre


observador e seu ambiente
 Observador confere significado àquilo que vê;
 Logo, observadores diferentes, imagens diferentes, embora a
paisagem observada seja a mesma.

“Cada indivíduo cria e assume a sua própria imagem, mas


parece existir um consenso substancial entre membros do
mesmo grupo.” Lynch
A CONSTUÇÃO DA IMAGEM

 Somente as imagens consensuais a um n[úmero significativo de


observadores que interessa aos planejadores urbanos dedicados
à criação de um ambiente que venha a ser usado por muitas
pessoas;
 Imagens Públicas: são imagens mentais comuns a vastos
contingentes de habitantes de uma cidade.

“O mundo pode ser organizado em torno de um conjunto de


sistemas de orientações que varia de cultura para cultura, de
paisagem para paisagem.”
A CONSTUÇÃO DA IMAGEM

Relembrando....

Tipos de imagens em que podemos dividir a cidade:


 Vias
 Marcos
 Limites
 Pontos nodais
 Bairros
A CONSTUÇÃO DA IMAGEM

VIAS

Canais de circulação ao longo


dos quais o observador se
locomove de modo habitual,
ocasional ou potencial. Ex.:
ruas, alamedas, linhas de
transito, canais, ferrovias.
A CONSTUÇÃO DA IMAGEM

LIMITES

 Elementos lineares não usados ou


entendidos como vias pelo observador
 Fronteiras entre duas fases, quebras de
continuidade lineares
 Referências laterais, podem ser barreiras
mais ou menos penetráveis. Ex.: praias,
margens de rios, cortes de ferrovias,
espaços em construção, muros e
paredes.
A CONSTUÇÃO DA IMAGEM

BAIRROS OU REGIÕES

 Trechos médios ou grandes


de uma cidade, costumam
ser entendidos pelo
observador como uma
extensão bidimensional que
tem identidades diferentes
entre si.
A CONSTUÇÃO DA IMAGEM

PONTOS NODAIS
 Focos, junções, ou lugares
estratégicos da cidade onde o
observador pode entrar
 Locais de interrupção do transporte,
cruzamento, momentos de
passagem de uma para outra
estrutura
 Lugares de concentração
 Conceito de ponto nodal está ligado
ao de vias e também ao de bairros
A CONSTUÇÃO DA IMAGEM

MARCOS
 Referências externas, o observador
não entra neles
 Um objeto físico definido de maneira
muito simples; edifício, sinal, loja ou
montanha
 Alguns marcos são distantes e
vistos de muitos ângulos e são
geralmente usados como
indicadores de identidade.
IMAGEM DA CIDADE

O SENTIDO TODO
A cidade não é construída para uma pessoa, mas para um grande
número delas;

“O design deve, portanto, criar uma cidade que seja pródiga em vias,
limites, marcos, pontos nodais e bairros, uma cidade que use não
apenas uma ou duas qualidades de forma, mas todas elas” Lynch
IMAGEM DA CIDADE

O SENTIDO TODO
“Os cinco elementos – via, limite, bairro, ponto nodal e marco –
devem ser considerados simplesmente como categorias empíricas
apropriadas, dentro e ao redor das quais forem possível agrupar uma
passa de informações. Enquanto forem úteis, funcionarão como
blocos de construção para o designer. Tento dominado suas
características, ele irá ver-se diante da tarefa de organizar um todo
que será percebido sequencialmente, cujas partes só serão sentidas
no contexto.”
IMAGEM DA CIDADE

 A qualidade da imagem (paisagem urbana) inscrita na mente do


usuário da cidade (cidadão) pode ser alcançada através do
treinamento do observador (cidadão);
 Este treinamento consistem em ensinar às pessoas a olhar para
a sua cidade, a observarem a multiplicidade de formas e a
perceber como elas se misturam;
 Nossos projetos de urbanismo e paisagismo devem buscar
reformular a cidade, ou mesmo partes dela, para melhorar sua
imaginabilidade e assim a sua clareza como forma física.
ESTRUTURA E IDENTIDADE

A imagem ambiental pode ser decomposta em três


componentes:

 Identidade: Individualidade, unicidade, reconhecimento do objeto


 Estrutura: Relação espacial entre o objeto e o observador
 Significado: Relação emocional/intelectiva com o objeto,
produção de conteúdo/sentido para o observador

“Para ter valor em termos de orientação no espaço ocupado pelas


pessoas, uma imagem precisa ter várias qualidades.” Lynch
IMAGIBILIDADE

“A característica, num objeto físico, que lhe confere uma alta


probabilidade de evocar uma imagem forte em qualquer observador
dado.” Lynch
ANÁLISE DO ESPAÇO URBANO
ANÁLISE DO ESPAÇO URBANO
ANÁLISE DO ESPAÇO URBANO
ANÁLISE DO ESPAÇO URBANO
BENEVOLO, Leonardo. História das cidades. São Paulo: Perspectiva.

BONAMETTI, João. Bases conceituais e históricas do paisagismo. Curso de especialização em paisagismo – Pontifícia Universidade Católica
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