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Raul Pompéia
ANA CECILIA
IGOR ROCHA
MARIA DAS DORES
Raul d’Ávila Pompéia nasceu em 12 de
abril de 1863, em Jacuacanga, Angra
dos Reis,
Rio de Janeiro.
Quanto ao conteúdo:
Determinismo;
Objetivismo científico;
Temas de patologia social (destaque às situações e
personagens anormais, doentios e desequilibrados,
mórbidos);
Observação e análise da realidade;
Zoomorfismo;
“Despreocupação com a moral“;
Literatura engajada.
PERSONAGENS CENTRAIS
Sérgio:
narrador-protagonista da história;
no momento da narrativa, Sérgio é um adulto e
escreve suas recordações desde o momento em
que fora para o colégio interno aos 11 anos
deidade;
enquanto conta a história, o garoto vai perdendo
sua ingenuidade e torna-se um adulto
cético,pessimista, irônico e amargo (pode-se dizer
que é Raul Pompéia que fala de sua própria vida).
PERSONAGENS CENTRAIS
Aristarco:
é o grande pesadelo da vida de Sérgio;
mesquinho, autoritário, corrupto e dinheirista.
é o diretor do Ateneu;
etimologicamente, seu nome significa (aristos =
ótimo; arqué = governo) o governo dos bons ou
ótimo governante. Ele acreditava nisso, afinal era
de origem nobre,parente de um Visconde do
Norte.
Aristarco descrito por Sérgio:
“Os gestos, calmos, soberanos, eram de um rei - o autocrata
excelso dos silabários; a pausa hierática do andar deixava
sentir o esforço, a cada passo, que ele fazia para levar adiante,
de empurrão, o progresso do ensino público; o olhar
fulgurante, sob a crispação áspera dos supercílios de monstro
japonês, penetrando de luz as almas circunstantes - era a
educação da inteligência; o queixo, severamente escanhoado,
de orelha a orelha, lembrava a lisura das consciências limpas -
era a educação moral. Retorça-se sobre tudo isto um par de
bigodes, volutas maciças de fios alvos, torneadas a capricho.
Em suma, um personagem que, ao primeiro exame, produzia-
nos a impressão de um enfermo, desta enfermidade atroz e
estranha." (cap.l)
PERSONAGENS CENTRAIS
Ema:
mulher de Aristarco;
tem dois filhos: Jorge, um garoto rebelde de 15 anos
que se recusa a beijar a mão da princesa ("Era
republicano o pirralho”, e uma moça chamada Amália,
noiva de um dos estudantes do colégio,Rômulo;
etimologicamente, Ema é o anagrama de mãe, e ela
exerce esse papel entre os meninos do internato;mas
também habita os sonhos dos garotos, já que é uma
das únicas mulheres que povoam seu universo.
Ema descrita por Sérgio:
Os rapazes do internato:
Rebelo:
- garoto honrado e estudioso;
- único que não se deixava levar pela questão da
homossexualidade;
- é ele quem alerta Sérgio sobre os perigos do Ateneu.
Sanches:
- rapaz de mau caráter;
- ajuda Sérgio nos estudos, mas tem intenções de
trocar carícias com o garoto.
PERSONAGENS SECUNDÁRIAS
Os rapazes do internato:
Bento Alves:
garoto que trabalha na biblioteca e apaixona-se por
Sérgio;
possui desvio de conduta;
ao se ver abandonado pelo amigo, chama-lhe para uma
luta corpo-a-corpo;
abandona o internato após a briga.
Egbert:
amigo verdadeiro de Sérgio;
- Sérgio o admirava tanto que, pela descrição, não se sabe
se é amor de irmão ou de amante.
PERSONAGENS SECUNDÁRIAS
Os rapazes do internato:
Franco:
é o "bode expiatório" do colégio;
largado pelo pai que, como tantos outros, acreditava que o
colégio daria um corretivo no filho;
é constantemente humilhado pelos professores e vive de
castigo;
morre doente, praticamente abandonado, no internato.
Rômulo:
candidato a genro de Aristarco;
rico e gordo;
garoto desprezível e corrompido pelo sistema.
PERSONAGENS SECUNDÁRIAS
Os rapazes do internato:
Nearco da Fonseca:
garoto rico, de excelente estirpe;
grande ginasta;
inteligente, foi membro representante do "Grêmio
Literário Amor ao Saber".
Silvino:
inspetor corrupto do Ateneu.
ENREDO
A escola:
É vista como um meio hostil em que os alunos vivem
situações embaraçosas, como as humilhações, a
exposição à deslealdade, à corrupção, ao
homossexualismo e às amizades perigosas.
Crítica feita pelo autor à sociedade: “Não é o internato
que faz a sociedade; o internato a reflete.”(cap. XI)
A escola é vista pelos pais como um reformatório, um
local onde os meninos são depositados e preparados
para enfrentar a sociedade como homens.
A TEMÁTICA
O homossexualismo:
Era comum os meninos mais frágeis sentirem atração pelos
mais fortes, os mais inteligentes, os mais poderosos.
Sérgio tem aproximação direta com Sanches (porém, ao sentir
a intenções deste, ele rompe a relação). Com Bento Alves ( o
garoto que cuidava da biblioteca), ele mantém uma relação de
namorados, chegando até a receber um buquê de flores. Em
Egbert, ele encontra a verdadeira “amizade”.
Habitantes de um mundo quase que exclusivamente masculino,
os meninos também tinham seus sonhos com Ângela e Ema.
Esta última, a mulher do diretor, era vista por Sérgio com
confusões de sentido: ora amor platônico, ora amor de mãe.
A TEMÁTICA
Os habitantes do Ateneu:
Os garotos do internato eram de famílias de posse;chegavam
crianças (Sergio tinha 1 anos) e saíam “preparados” para a vida.
Longe dos pais e da família, eles buscavam em Aristarco a
figura paterna (porém, este não possuía esta preocupação, já
que era egocêntrico e só pensava nos lucros) e em Ema, a
imagem perdida de mãe.
No Ateneu, o normal era se tornar frustrado,complexado, e
homossexual.
Em suas lembranças,Sérgio descreve a figura dos amigos, às
vezes, chegando a enxergar na caricatura grotesca que faz de
cada um deles (características do Expressionismo).
A TEMÁTICA
A corrupção:
O caráter de Aristarco era o mais duvidoso possível.
Ao contrário do que pregava em seus discursos,
apresenta-se como um ser imoral e corrupto. Dizia-se
um grande pedagogo, mas revela-se um preocupado
comerciante. À sua imagem e semelhança, mesmo
que indiretamente, os alunos se apresentam: eles
entram com um caráter e saem com outro.
A Linguagem:Linguagem culta, com obediência total
às normas gramaticais.Figuras de linguagem:
comparação; personificação;hipérbole; metáforas.
A TEMÁTICA
O Estilo Literário:
Romance Naturalista, por suas características:
especialmente o modo com que aborda temas
como homossexualidade, traição, adultério.
Zoomorficação (atribuição de características
animais ao homem.
Tom descritivo.
Teoria do determinismo, de Taine, de que o
homem é determinado pela raça, pelo meio e pelo
momento em que vive.
A TEMÁTICA