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ESPINOGRAFIA

PELO MÉTODO GONSTEAD


ROGÉRIO ROCHA – PPS – QUIROPRAXIA

Aluna: Roberta de Souza D’Avila


Rafael Rique
ESPINOGRAFIA PELO MÉTODO GONSTEAD

CLARENCE SELMER GONSTEAD (1898-1978)

Engenheiro automotivo
 Desenvolveu artrite reumatóide aguda que o impedia de andar. Após uma série
de ajustes quiropráticos e descanso, ele pôde andar de novo;
 Se formou na Palmer School e começou a praticar Quiropraxia em 1923;
Sempre se preocupou em dar aos pacientes um bem-estar;
Mostrou, através de evidências, que quando a subluxação é corrigida, a resposta
fisiológica é imediata;
 Descobriu que quanto mais rápidas forem corrigidas as subluxações;
específicas, e a correção mantida, menor será a via para a boa saúde e processo
homeostático;
Se mudanças favoráveis não seguem imediatamente aos ajustes, então o
profissional não elegeu a rota certa e direta;
 Em 1961 o método Gonstead foi introduzido à Palmer School.
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HISTÓRIA

 Pelos resultados obtidos, passou a atender 6 dias e meio por semana - de


2a a sábado das 8 da manhã a meia noite e domingos das 5 as 10h da manhã
 Pessoas de várias regiões dos Estados Unidos iam ser atendidos por ele
• Para acomodar o número cada vez maior de pacientes, e por causa de sua
“limitação física”, resolveu montar uma clínica maior e uma equipe bem
preparada para atender e dar suporte a crescente demanda
 Dr Gonstead e sua equipe chegaram a atender uma base de 300 a 400
pacientes por dia.
Conceito

O conceito Gonstead de quiropraxia começa com um princípio biomecânico básico da física

• É extremamente importante que uma construção tenha uma base adequada. Isso garantirá a durabilidade
da estrutura. Qualquer ligeira mudança ou modificação na base pode causar uma grande quantidade de
desvio na parte superior da estrutura e, talvez, em última instância, seu colapso
• A base do corpo é formada pela cintura pélvica. Quando a cintura pélvica ou qualquer uma das vértebras
tornam-se inclinadas ou rodadas para fora de sua posição adequada, mudanças drásticas podem ocorrer no
corpo
• Esses desalinhamentos podem causar pressão sobre os discos que separam as vértebras, fazendo com
que este aumente e se projete em forma de protrusão
• O corpo tenta manter o esqueleto ereto. Muitas vezes ele compensa, causando uma subluxação em um
seguimento vertebral acima ou abaixo para se tornar alinhado.
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O conceito

 A ténica de Gonstead é realizada através de uma análise meticulosa do


paciente. Além disso, apresenta efeitos não-traumáticos O que é melhor
para o paciente, também é melhor para o especialista .

Os cinquenta e cinco anos de prática contínua do Dr Gonstead e mais


de quatro milhões de ajustes de quiropraxia resultaram no método
extremamente completo disponível para os quiropraxistas .

 Princípio básico de Gonstead – manipulação no plano sagital – ato de


empurrar as vértebras em deslizamento anterior, muito mais que em
rotação “ENCONTRE A SUBLUXAÇÃO, ACEITE-A ONDE A
ENCONTRAR, CORRIJA-A E DEIXE-A EM PAZ” C. S. GONSTEAD
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 Análise da coluna usando cinco critérios para detectar a


presença do complexo de subluxação vertebral:

- 1Visualização
- 2 Instrumentação
- 3 Palpação estática
- 4 Palpação dinâmica
- 5 Espinografia
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MÉTODO
 O foco do ajuste deve ser tão específico, preciso e exclusivo quanto possível, abordando apenas as
áreas de subluxação

 Subluxação é diferente de compensação.

SUBLUXAÇÃO (lesão primária) Quando a vértebra não inclina com relação a linha sacra;

COMPENSAÇÃO (lesão secundária). Na compensação a vértebra está na mesma linha da base


sacra Os ajustes são realizados nas subluxações e NÃO nas compensações.
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O PROPÓSITO DO FILME – Dicas:


 O terapeuta deve sempre examinar o paciente antes de analisar a radiografia

 Após estar certo de que sabe qual vértebra está envolvida, deve observar o raio-x para
confirmar as direções dos desalinhamentos

 O filme perfil panorâmico/ lateral indica onde está a disfunção

 O filme AP panorâmico determina em qual direção está a disfunção

Através dos filmes, a arquitetura total da coluna pode ser estudada


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ILÍACO

Avaliar as imagens a partir do filme AP porque no perfil


há muita sobreposição de imagens que dificulta a
localização das estruturas.

 Para determinar disfunção em AS ou PI, medir a


distância entre a crista ilíaca e o ísquio de um lado e
comparar com o outro lado:
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ILÍACO
1. Colocar pontos no topo das cabeças dos fêmures, no topo das
cristas ilíacas e na borda mais inferior dos ísquios,

2. Traçar a linha da cabeça do fêmur unindo os pontos que se


localizam nas cabeças dos fêmures.

3. Subir com a régua, sem perder o contato com o exame, até


alcançar os pontos que se localizam no topo das cristas ilíacas,
parando no 1º ponto (o ponto mais baixo) e traçar uma reta.
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4. Subir um pouco mais, alcançando o ponto da crista ilíaca


mais alta e traçar uma linha As duas linhas que foram
traçadas a partir das cristas ilíacas devem ser
OBRIGATORIAMENTE paralelas a linha da cabeça do
fêmur. Elas são traçadas SEPARADAMENTE e NÃO se
encontram

5. Voltar para a linha da cabeça do fêmur e descer a régua


até alcançar os ísquios. Assim como nas cristas, essas
linhas serão desenhadas de forma independente (um lado
primeiro e depois o outro)
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ILÍACO

6. Medir a distância, em milímetros, entre a crista e o


ísquio de cada lado e anotar tais medidas no filme A
menor medida representa o ílio AS;
A maior medida representa o ílio PI;
Além da diferença nas distâncias entre a crista e o
ísquio, o forame obturatório do ílio AS diminui de
comprimento na diagonal enquanto que no ílio PI ele
aumenta.

OBS: A subluxação estará do mesmo lado da rotação


do corpo de L5
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 Na pelve alinhada as bordas mediais de ambos os ílios
são equidistantes da linha central do sacro ;

 Esta linha, quando estendida inferiormente, deve


passar pelo centro da sínfise púbica;

 Em um desajuste EX do ílio, a EIPS deste lado


encontra-se mais distante da linha central do sacro, assim
como em um desajuste IN, essa distância diminui;

 A linha central do sacro transpassará a sínfise púbica


do lado de um ílio EX assim como o púbis do lado do ílio
IN se afastará desta linha.
Para determinar disfunção em IN ou EX:

1. Colocar um ponto no centro do primeiro tubérculo sacral;

2. Colocar um ponto no centro da sínfise púbica;

3. Alinhar a régua paralela com a linha da cabeça do fêmur e subir até o ponto no
tubérculo sacral.
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Ilíaco
 Para determinar disfunção em IN ou EX:
1.Colocar um ponto no centro do primeiro tubérculo sacral;

2. Colocar um ponto no centro da sínfise púbica;

3. Alinhar a régua paralela com a linha da cabeça do fêmur e subir até o ponto
no tubérculo sacral;

4. Utilizar as linhas da régua, perpendiculares a linha da cabeça do fêmur e


traçar uma linha vertical no nível da sínfise púbica;

5.Medir a distância entre o ponto (no centro da sínfise púbica)


e a linha e escrever a medida.
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 Além do desvio da sínfise púbica, a largura do ílio maior na disfunção


em IN e menor na EX :

1. Marcar pontos nas bordas medial e lateral dos ílios direito e esquerdo

2. Alinhar a régua paralela com a linha da cabeça do fêmur;

3. Enquanto a régua é movimentada pela linha da cabeça do fêmur até


alcançar os pontos, traçar 4 linhas na vertical;

4. Medir a largura dos ílios e escrever no filme


No ílio EX o forame obturatório aumenta na largura de sua base. No IN
aparece mais estreito.
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A descrição da disfunção é específica e indica o quanto


de desajuste existe em cada plano.

 Exemplo: A listagem AS6In4 indica que o ilíaco está


mais desalinhado na direção AS com um pequeno
componente de rotação interna;

 O 6 representa a diferença entre as medidas das


distâncias da crista até o ísquio de um lado em
comparação com o outro lado;

 O 4 representa o desvio da sínfise púbica.


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1 – marcar os pontos nas extremidades e tracçar uma reta:
CXF – será a linha base para o deslizamento da régua;

2 – Medir a distância das extremidades (medidas em mm).

A rotação da Lombar define o lado da disfunção Primária dos Ilíacos:

Se D > E = Pi
Se D < E = AS

1 – marcar o 1° Tubérculo sacra


2 – Marcar o ponto da Sínfise do púbis
3 – traçar uma reta do ponto 1, fazendo 90° com a linha CXF
4 – Traçar uma pequena reta em cima do ponto do púbis
5 – medir a diferença entre as linhas pararelas
ESPINOGRAFIA PELO MÉTODO GONSTEAD
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Medição da inferioridade sacral:


1.Alinhar a régua com a linha da cabeça do fêmur. Rolar superiormente até que encontre o ponto mais alto
que foi feito anteriormente na junção do sacro com as cristas (Se a régua atingir os dois pontos
simultaneamente, significa que a linha plana horizontal do sacro e a linha da cabeça do fêmur estão
paralelas e não existe inferioridade sacral) ;

2.Com a régua no ponto mais alto, desenhar uma pequena linha acima do ponto mais baixo;

3. Havendo convergência entre essas linhas, significa que existe inferioridade sacral além da posterioridade.
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ILÍACO x SACRO - QUAL AJUSTAR?


Pela relação entre o sacro e o ílio, nem sempre quando o sacro está posterior, pode ser ajustado anteriormente.
Isso acontece quando o ílio do lado envolvido está desalinhado e predominantemente posterior (PIEx, PI ou Ex).
Nestes casos, ajustar o sacro para frente pode aumentar o grau de posterioridade do ílio. Ajustaremos, então, o
ílio daquele lado.

Ajustar o ílio em relação ao sacro


 Ílio PI, Ex ou PIEx
 Ílio PIIn com PI predominante
 Ílio ASEx com Ex predominante

Ajustar o sacro em relação ao ílio


 Ílio AS, In ou ASIn
 Ílio ASEx com AS predominante
 Ílio PIIn com In predominante
ILÍACO x SACRO - QUAL AJUSTAR? ESPINOGRAFIA PELO MÉTODO GONSTEAD
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Primeiramente observar o alinhamento entre atlas e axis na radiografia


lateral.

Como atlas roda ao redor do processo odontóide, este é usado como


ponto de referência;

Colocar dois pontos – um no centro da base do odontóide e o outro na


bissecção próximo a margem superior do odontóide;

Uma linha então é traçada unindo esses pontos – linha do odontóide.


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Outra linha perpendicular à linha do odontóide é


traçada passando pelo centro do corpo de axis –
linha perpendicular do odontóide;

Colocar dois pontos em atlas. Um ponto no centro


do tubérculo anterior, no arco anterior e o outro no
centro do arco posterior, próximo ao tubérculo
posterior;

Traçar uma linha unindo esses pontos – linha plana


do atlas ;

Quando atlas e axis tem perfeito alinhamento, a


linha plana do atlas e a linha perpendicular do
odontóide serão paralelas.
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Atlas desliza anteriormente em relação a axis

Após desalinhar anteriormente, atlas normalmente desalinha em um de dois modos:

1.Inferiormente – a relação entre a linha plana do atlas e a linha perpendicular do odontóide vai convergir ;

2. Superiormente – a linha plana do atlas e a linha perpendicular do odontóide sofrem uma divergência
anterior;

3. Quando observamos a relação atlas-axis na vista AP, um perfeito alinhamento também será observado
pelas linhas, que serão paralelas ,

A linha plana do atlas, nesta vista, é representada por uma linha chamada linha plana transversa do atlas
Esta linha é desenhada conectando pontos em ambos os lados de atlas, sendo o mais confiável, o ponto
na junção da massa lateral-transversa.
O desalinhamento lateral de atlas é visto no filme AP, indicado por uma angulação formada pela linha plana
de axis e a linha plana transversa de atlas.

Quando atlas desalinha lateralmente para a direita, haverá uma divergência entre as linhas de atlas e do
axis do lado direito

A divergência entre as linhas de atlas e axis do lado esquerdo indica desalinhamento de atlas à esquerda

O desalinhamento rotacional de atlas só poderá ser listado após determinar o desajuste lateral
A massa lateral do lado da lateralidade está produzindo a subluxação – é onde a capsula está saliente,
onde a pressão nervosa está sendo produzida e onde atlas está fixado;

O desalinhamento rotacional indica a direção em que a massa lateral deslocou – anteriormente ou


posteriormente em relação a massa lateral do lado oposto;

É determinada ao comparar as larguras das duas massas laterais no filme AP: Quando a massa lateral do
lado da subluxação é maior do que do outro lado, é um desajuste anterior. Caso seja menor/ mais estreito,
indica um desajuste posterior.
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Quando atlas roda anteriormente, o côndilo occipital deste lado desce e as linhas paralelas
entre essas duas estruturas convergem. Quando atlas roda posteriormente, o oposto acontece
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O occipital e atlas estarão alinhados perfeitamente quando a linha do forame magno e a linha
plana do atlas são paralelas:

Dois pontos são marcados na superfície inferior do occipital, na parte plana, logo após o
côndilo (na vista lateral do filme);
A linha traçada entre esses dois pontos representa a linha do fome magno.
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Quando o occipital desalinha com atlas, teremos duas possibilidades:
Ele pode escorregar anterior e superiormente em relação a atlas ou posterior e superiormente ;
Quando desliza ântero-superiormente, a linha do forame magno e a linha plana do atlas convergem
posteriormente;
Quando desliza póstero-superiormente, a linha do forame magno e a linha plana do atlas divergem
posteriormente .

O occipital também pode desalinhar lateralmente para a direita ou para a esquerda


Para fazer essa análise, utilizamos o filme AP:
1.Marcar pontos em cada lado do occipital, próximos aos processos mastoides;
2.Traçar a linha transversa do côndilo, unindo esses pontos;
Quando a linha transversa do côndilo e a linha plana transversa do atlas são paralelas, occipital e atlas estão
em perfeito alinhamento
No desajuste para a direita, haverá uma divergência entre as linhas do côndilo e de atlas do lado direito. Isso ocorre porque
o ligamento capsular do lado direito da articulação do côndilo com a massa lateral fica infiltrada de fluido.

Consequentemente a capsula se distende e eleva o occipital daquele lado


•Quando o desajuste é apenas do occipital, as linhas de atlas e axis estarão paralelas no filme AP.
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