Você está na página 1de 59

Teoria Cognitivo-Comportamental em Adultos

Mestrado em Psicoterapia e Psicologia Clínica

Trabalho realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira

1
TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana
Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 2
Nome: Janacinto Paixão
Idade: 31 anos
Motivo da Prisão: Homicídio Qualificado

Ausência de remorsos e culpa


Insensibilidade afectiva
Comportamentos anti-sociais
Estilo manipulativo
Versatilidade criminal
Irresponsabilidade
Maltratar animais domésticos
Roubo
Consumo de substâncias ilícitas
Mentiras
Falsificação de cheques

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 3
Índice
Introdução

Conceitos e Definições

Características e Critérios de Diagnóstico

Causas da PASP

Diagnóstico Diferencial

Dados Epidemiológicos

Características Específicas

Modelos Explicativos

Questões Terapêuticas
Modelos de TCC para Perturbações de
Personalidade
Terapia Cognitivo-Comportamental

Tratamento Farmacológico

Conclusão

Bibliografia 4
 As perturbações da personalidade constituem
entidades clínicas de uma notável repercussão na
nossa sociedade.
 Daí que na última década tenha existido um
interesse adicional sobretudo na área de
investigação na tentativa de encontrar uma melhor
compreensão sobre esta temática.
 O aumento da criminalidade e a violência urbana
pode ter contribuído para esse maior interesse.

5
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
 Para além de factores psicossociais, outros
factores como os biológicos têm sido implicados
na fisiopatologia da Perturbação Anti-social da
Personalidade (PASP).
 Estudos de neuroimagem mostram o
envolvimento de estruturas cerebrais frontais,
especialmente o córtex orbitofrontal, e a amígdala.
 Também tem sido sugerido que prejuízos na
função serotonérgica estariam associados à
ocorrência de comportamento anti-social.
TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana
Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 6
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 7
8
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
 Inclui-se no grupo B da DSM-IV-TR em que os
indivíduos apresentam características dramáticas,
manipuladoras, emocionais ou inconstantes (American
Psychiatric Association, 2002; Rodrigues & Gonçalves, 2004).

 Esta perturbação tem início na infância com


comportamentos tais como:
 fugir de casa;
 faltar à escola;
 maltratar animais e crianças;
 mentir patologicamente;
 Roubar.
9
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
 Na adolescência, estes indivíduos exacerbam a sua
impulsividade e instabilidade cometendo vários
delitos, actos violentos, abuso de álcool e substâncias
ilícitas e tentativas de suicídio (Rodrigues & Gonçalves, 2004).

 Além disso, apresentam experiências sexuais


precoces (Gleitman, Fridlund & Reisberg, 2007).

Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 10
 Desrespeitam e violam os direitos dos outros.
 São fraudulentos e manipuladores por prazer.
 São inconformados com as normas sociais,
desrespeitando a lei.
 Não têm em conta os sentimentos e os desejos de
outrem.
 São mentirosos, agressivos, impulsivos, desprezam a
segurança do próprio e dos outros, e negligenciam os
próprios filhos.
(American Psychiatric Association, 2002; Hansenne, 2004)

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno
11
Oliveira
 São irresponsáveis.
 Não sentem remorsos pelos seus comportamentos
disfuncionais e podem racionalizar estes
comportamentos e culpar as vítimas por elas serem
frágeis.
 São pessoas não-empáticas, insensíveis e
menosprezam os sentimentos de outrem.
 Têm uma alta auto-estima, são convencidas,
encantadoras e caprichosas.
(American Psychiatric Association, 2002)

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 12
 São solitários, admiráveis, sabem-se comportar
socialmente, pouco ansiosos e apresentam um índice
de inteligência acima da média e ausência de medo
(Gleitman, Fridlund, & Reisberg, 2007).

 Além disso, nesta perturbação “não há alterações da


consciência e do pensamento verbal” (Fonseca, 1997: 514).

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 13
TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana
Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 14
Abusos suportados na infância
 Instabilidade emocional,
(castigos corporais, falta de
Perturbação de Hiperactividade
alimentação e abuso sexual),
com Défice de Atenção,
Desemprego,
Crescimento do indivíduo sem o
Baixo NSE,
afecto dos pais.
Instabilidade social, económica e (Rodrigues & Gonçalves, 2004)
política.
(Fonseca, 1997)

 Uma lesão no córtex pré-frontal pode estar relacionada com o


aparecimento de comportamentos anti-sociais.

 Um estudo realizado por Dolan e Park confirmou isto mesmo e


demonstrou que estes indivíduos apresentam dificuldades na planificação
e na inibição do seu comportamento o que pode indicar perturbações no
córtex pré-frontal dorsolateral e ventromediano e nas regiões estriais.
(Hansenne, 2004).

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
15
Factores Genéticos no desenvolvimento de
comportamento anti-social.
A hereditariedade parece
contribuir com uma taxa elevada.

(Caballo, 2001)
TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana
Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
16
Investigações efectuadas com
crianças adoptadas

(Caballo, 2001)
TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana
Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
17
Investigação em Sistemas de
Neurotransmissão

Para perceber o papel de um determinado


neurotransmissor em funções fisiológicas e patológicas pode
ser feita por meio do uso de drogas que activam ou bloqueiam
receptores específicos, pré e/ou pós-sinápticos.

O prejuízo da função serotonérgica (5-HT) tem sido


implicado na etiologia de várias perturbações mentais:

Perturbações de ansiedade;
Depressão;
Perturbações relacionados com o controlo do impulso.

(Marques, 1998)
TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana
Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
18
 A personalidade anti-social apresenta comorbilidade
com alguns estados psiquiátricos:
 Perturbação Relacionada com Substâncias
 Perturbação Bipolar
 Esquizofrenia.
(Frances & Ross, 2004)

 Quando um paciente anti-social consume substâncias


ilícitas, deve-se diferenciar a PASP da Perturbação
Relacionada com Substâncias.
(Toy & Klamen, 2005)

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 19
 Além disso, esta perturbação pode ser diagnosticada
em comorbilidade com outras perturbações de
personalidade.
 Os indivíduos com PASP e Perturbação Narcísica
da Personalidade têm em comum características, tais
como:
 insubordinados, instáveis e não-empáticos.
 Porém, os narcísicos não são agressivos, impulsivos e
fraudulentos e não têm historial de Perturbação do
Comportamento na infância.

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 20
 Por sua vez, os indivíduos anti-sociais e os
histriónicos partilham:
 a impulsividade, manipulação, superficialidade, ousadia e
sedução.

 No entanto, os histriónicos exageram as suas emoções


e não têm comportamentos anti-sociais.

 Os indivíduos anti-sociais são mais agressivos e


menos instáveis que os sujeitos Estado-Limite (American
Psychiatric Association, 2002; Rodrigues & Gonçalves, 2004) .

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 21
 Esta perturbação não deve ser diagnosticada quando
existem comportamentos anti-sociais isolados. Caso
isto se suceda devem ser referidos como
“Comportamento Anti-Social do Adulto”.

 Justifica-se o diagnóstico de Perturbação do


Comportamento quando jovens adultos apresentam
comportamentos anti-sociais pouco graves, mas que
não preenchem todos os critérios de diagnóstico (Frances
& Ross, 2004).

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 22
 Por último, a PASP só pode ser diagnosticada quando
os traços anti-sociais são rígidos, constantes e causam
sofrimento clinicamente significativo ao indivíduo
(American Psychiatric Association, 2002; Caballo, 2007) .

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 23
 É comum, com 2% a 3% de risco durante a vida,
causando sofrimento social significativo, como
desagregação familiar, criminalidade e violência.
(Robins et al., 1991)

 Um extenso estudo comunitário revelou que cerca


de 3 % dos homens e 1% das mulheres podem
contrair esta perturbação.
(Rodrigues e Gonçalves, 2004)

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 24
 Esta perturbação pode manifestar-se de uma
forma aparente durante a fase final da
adolescência e o inicio da fase adulta.
(Holmes, 2001).

 Por razões ainda não confirmadas esta


perturbação parece "desgastar-se" ao longo da
vida.
(Craft; Gibbens et al.; Maddocks; Weiss in Holmes, 2001).

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 25
 Como seria de esperar, a prevalência é
significativamente maior em instituições
destinadas a infractores.

 Por exemplo, cerca de metade dos prisioneiros


nos EUA preenche os critérios do DSM-IV para
PASP.
(Singleton et al.in Holmes, 2001)

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 26
Factores Psicossociais no desenvolvimento de
comportamento anti-social.

A ocorrência de eventos stressores nos primeiros


anos de vida, como conflitos entre os pais, abuso
físico ou sexual e institucionalização;

Entre eles, estariam incluídos:

Predisposição genética;
Exposição intra-uterina a álcool e drogas;
Exposição durante a infância à violência;
Negligência e cuidados parentais inconsistentes;
Dificuldades de aprendizagem;
Desempenho escolar insatisfatório

27
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
Modelo Psicodinâmico
Modelo da Aprendizagem
Modelo Fisiológico
Modelo Cognitivo-comportamental

28
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
Modelo Psicodinâmico

Asteorias psicanalíticas tradicionais sustentam duas


explicações para a PASP:

Explicação Estrutural
Explicação Desenvolvimentista

29
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
Modelo Psicodinâmico:

Explicação Estrutural

Utiliza a abordagem estrutural de Freud à personalidade:

Ausência de ansiedade e culpa;

Ausência de um Superego desenvolvido, as restrições sobre o


Id são reduzidas e isto proporciona um comportamento
impulsivo e hedonista.

Resultado de uma identificação inadequada com as figuras


parentais.

30
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
Modelo Psicodinâmico:

Explicação Desenvolvimentista

Abordagem desenvolvimentista de Freud sobre


Personalidade.

Estãofixados num estágio inicial do desenvolvimento


psicossexual.

Este desenvolvimento psicossexual retardado é atribuído


ao fracasso dos processos de vinculação.

31
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
Modelo de Aprendizagem

Os teóricos deste modelo ofereceram duas


explicações para esta Perturbação Anti-Social da
Personalidade:

Deficit no Condicionamento Clássico

Evitação da Ansiedade Operatoriamente


Condicionada

32
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
Modelo de Aprendizagem

Défice no condicionamento clássico

Condicionamento Clássico

•Tendem a condicionar classicamente mais


lentamente do que outros indivíduos sem esta
perturbação.

•Não desenvolvem ansiedade classicamente


condicionada tão bem quanto outras pessoas sem
esta perturbação.

33
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
Modelo de Aprendizagem
Condicionamento de Evitação

Evidenciam condicionamento de evitação mais lento


comparativamente com pessoas sem este distúrbio.

Desenvolvem menos ansiedade classicamente


condicionada e que está por trás do desempenho no
condicionamento de evitação.

Aprendem o que é correcto, contudo não aprendem


a evitar respostas incorrectas em que eram punidos.

34
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
Modelo de Aprendizagem
Condicionamento de Evitação

Isto é, pessoas com PASP sabem perfeitamente o


que deveriam fazer, mas não inibem as respostas
inapropriadas.

Este facto empírico explica o défice em


condicionamento clássico para a falta de ansiedade
e consequente falta de inibições.

35
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
Modelo de Aprendizagem
Evitação da Ansiedade Operatoriamente
Condicionada

As pessoas com PASP não são ansiosas porque têm


um défice na habilidade de desenvolver respostas de
ansiedade classicamente condicionadas.

Durante a infância as crianças com comportamento


Anti-social aprendem respostas operatórias que podem
usar para evitar a punição.

Desta forma evitam a ansiedade e eliminam as


restrições contra o mau comportamento.
36
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
Modelo Fisiológico

São neurologicamente subestimuladas.

A subestimulação neurológica (quantidades elevadas de


actividade de onda lenta)1 é usada para explicar a relativa falta
de ansiedade observada em pessoas com este tipo de
perturbação.

Alta incidência de anomalias EEG entre pessoas com


esta perturbação (47 a 58%).

As anomalias EEG observadas reflectem uma disfunção


do sistema límbico.
(Holmes, 2001)
[1]
As ondas lentas reflectem um estado mais baixo de estimulação cortical
37
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
Modelo Fisiológico

As conclusões para esta explicação basearam-se em


duas descobertas importantes:

1.As anomalias detectadas foram localizadas em áreas


temporais e pós-temporais do encéfalo;

2.A presença verificada no EEG da actividade de onda


lenta afecta a capacidade de inibir ou interromper o
curso dos comportamentos, alterando ainda a
estimulação emocional.
(Holmes, 2001)

38
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
Modelo Cognitivo Comportamental

A concepção sobre o mundo é estritamente pessoal e não


interpessoal.

Não conseguem colocar-se no papel da outra pessoa.

Pensam de forma linear, considerando as reacções dos


outros somente depois de ter satisfeito os seus próprios
desejos.

Não parecem condicionar-se pelo medo, isto é não


aprendem com a experiência.
(Beck e Freeman, 1990)

39
Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira
TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana
Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 40
Falta de empatia;
Incapacidade de estabelecer relações;
Desprezo pelas normas sociais;
Défice de aprendizagem por evitação (conduta de
inibição quando enfrenta a punição);
Incapacidade para prever e planear;
Uma moderada perturbação de pensamento formal.
(Caballo, 2007)

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 41
 O decorrer do tempo parece ser o único
tratamento eficaz, uma vez que os indivíduos
anti-sociais a partir dos 40 anos tendem a
reduzir a sua impulsividade e destrutibilidade.
(Frances & Ross, 2004)

 Deve incidir na redução dos comportamentos


anti-sociais, impulsivos e agressivos do
paciente.
(Toy & Klamen, 2005)

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 42
 A intervenção nesta perturbação é um desafio,
pois o seu tratamento é limitado à gestão do seu
comportamento disruptivo dentro da instituições.
(Beck, Freeman, Davis, & Associates, 2004)

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 43
Terapia Cognitiva de Beck;
Terapia Cognitiva Centrada nos Esquemas de Young;
Terapia Cognitivo-interpessoal de Safran;
Terapia de Valorização Cognitiva de Wessler
(Caballo, 2001)

Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 44
Terapia Cognitiva de Beck

Os esquemas são aprendidos durante a infância e que


depois autoperpetuam, distorcendo as interpretações
das experiências posteriores acrescentando por
conseguinte maior credibilidade ao esquema.

O principal objectivo de Beck para a terapia das


perturbações de personalidade é multidimensional, mas
com a atenção colocada principalmente na cognição.
(Caballo, 2001)

Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 45
Tríade Cognitiva de Beck
VISÃO DE SI VISÃO DO OUTRO VISÃO DO MUNDO CRENÇAS
•SOLITÁRIO •VULNERÁVEIS •“O MUNDO ESTÁ •EU TENHO O
•AUTÓNOMO •EXPLORADORES CHEIO DE DIREITO DE
•FORTE OTÁRIOS.” QUEBRAR AS
REGRAS.

ESTRATÉGIAS PERFIL SUPER- SUB-


COGNITIVO DESENVOLVIDO DESENVOLVIDO
•VIOLENTO •ACREDITA QUE •PERSUASIVO •EMPÁTICO
•ROUBA PODE CUIDAR DE •EXPLORADOR •RECIPROCIDADE
•FALSO SI PRÓPRIO. •COMBATIVO •SENSIBILIDADE
•MANIPULA SOCIAL
•SIMPÁTICO

Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 46
Terapia Centrado nos Esquemas de Young

Estratégia de terapia que ajuda os indivíduos a


compreender e a mudar os seus padrões de
comportamento, cognitivo e emocional a longo prazo;

Através da identificação de esquemas precoces


desadaptativos;

E o seu questionamento sistemático.


(Caballo, 2007)

Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 47
Terapia Centrado nos Esquemas de Young

É uma adaptação do modelo de Beck, mas que no


entanto Young promove 4 conceitos básicos:

Esquemas Desadaptativos
Manutenção dos Esquemas;
Evitação dos Esquemas;
Compensação dos Esquemas.
(Caballo, 2007)

Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 48
Terapia Cognitivo-interpessoal de Safran

A perturbação de personalidade são resultado do


desenvolvimento de modelos internos (esquemas
interpessoais) das interacções com os outros, tendo
como base as relações de interacções com as pessoas e
o seu meio envolvente.

Dois constructos fundamentais:

Esquemas Interpessoais
Ciclos Cognitivos Interpessoais

Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 49
Terapia Cognitivo-interpessoal de Safran

Esquemas interpessoais

Regras que permitem ou facilitam o relacionamento com


os outros, construídas através de experiências de
vinculação;

São esquemas (representação da interacção) do “eu em


relação com os outros”;

São modelos internos de trabalho;

Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 50
Terapia Cognitivo-interpessoal de Safran

Esquemas interpessoais

Existem níveis diferentes de abstracção e generalização;


Funcionam hierarquicamente.

Mantêm-se por:

Erros cognitivos;
Ciclos cognitivos interpessoais

Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 51
Modelo proposto por Turkat
Uma terapia baseada em aspectos específicos da
perturbação Anti-social.

Este autor propõe a modificação de dois


comportamentos básicos:

Ira;
Falta de controlo dos impulsos.

Trabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 52
 Economia de fichas
 Treino de habilidades sociais
 Manipulação da ira
 Treino do controle de impulsos
 Estratégias de distracção internas e externas
 Programa cognitivo-comportamental sistemático:
 Objectivos específicos ao delito
 Melhorar a empatia com a vitima

 Objectivos relacionados com o delito


 Aumentar as habilidades para se relacionar

(Caballo, 2007)
TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana
Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 53
 Lítio,
 Fluoxetina, (Prozac)
 Benzodiazepinas,
 Inibidores selectivos de recaptação de serotonina
(ISRS),
 Carbamazepina,
 Propranolol.

para reduzir comportamentos impulsivos e agressivos

(Toy & Klamen, 2005) Caballo (2007)


TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana
Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 54
 O interesse crescente no estabelecimento das bases
neurais da perturbação Anti-social que se observa
actualmente provavelmente se deve, pelo menos
em parte, ao aumento significativo da
criminalidade e violência urbana em diferentes
partes do mundo.
 Os avanços metodológicos obtidos nas últimas
décadas, como, por exemplo, as técnicas de
investigação em neuroimagem, têm permitido que
diferentes hipóteses sobre as bases neurobiológicas
de diferentes transtornos mentais sejam
sucessivamente testadas.
TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana
Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 55
 A identificação de fatores de risco, tanto
psicossociais como biológicos, para a ocorrência
de comportamento anti-social seria de extrema
utilidade para o desenvolvimento de abordagens
efectivas de prevenção e intervenção.
 Apesar de muitos avanços terem sido alcançados
nessa área, deve-se ter em atenção na
interpretação dos resultados obtidos até o
momento, particularmente na sua extrapolação
para outras esferas não clínicas, como moral, ética
ou jurídica.
TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana
Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 56
Fábula da Rã e do Escorpião

Era uma vez.......

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 57
 American Psychiatric Association. (2002). DSM-IV-TR: Manual de Diagnóstico e Estatística das
Perturbações Mentais. Lisboa: Climepsi Editores.
 Beck, A, Freeman (1993) A Terapia Cognitiva dos Transtornos de Personalidade. Porto Alegre:
Artes Médicas.
 Beck, A. T., Freeman, A., Davis, D. D. & Associates. (2004). Cognite Therapy of personality
disorders (2nd ed.). New York: The Gulford Press.
 Bennasar, MR, Arroyo MB.(1998). Epidemiología. In: Bernardo A, Roca B, editors. Transtornos de
la personalidad, evaluación y tratamiento. Barcelona: Masson.
 Brower, M.C.; Price, B.H. (2001) Neuropsychiatry of frontal lobe dysfunction in violent and
criminal behaviour.
 Caballo, V. E. (2007). Manual para o Tratamento Cognitivo-Comportamental de Transtornos
Psicológicos da Atualidade. São Paulo: Livraria Santos Editora.
 Cloninger, S. C. (1999). Teorias da Personalidade. São Paulo: Martins Fontes.
 Fonseca, A. F. (1997). Psiquiatria e Psicopatologia (Vol. 1) (2ª Ed.). Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian.
 Frances, A. & Ross, R. (2004). DSM-IV-TR - Casos Clínicos. Guia para o diagnóstico diferencial.
Lisboa: Climepsi Editores.
 Gazzaniga, M. S. & Heatherton, T. F. (2004). Ciência Psicológica: Mente, Cérebro e
Comportamento. São Paulo: Artmed.
 Gleitman, H., Fridlund, A. J. & Reisberg, D. (2007). Psicologia (7ª Ed.). Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian.

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 58
 Hansenne, M. (2004). Psicologia da Personalidade. Lisboa: Climepsi Editores.
 Holmes, D. S. (2001). Psicologia dos Trantornos Mentais (2ª Ed.). Porto Alegre: Artmed.
 Marques, Teixeira (1998). Anatomia Funcional do Sistema Nervoso. Contraponto. Porto.
 Robins, L.N.; Tipp, J.; Przybeck, T. - Antisocial Personality. In: Robins, L.N.; Reiger, D.A. (2ª Eds.)
Psychiatric Disorders in America. New York: Free Press, p.p. 258-290.
 Rodrigues, V. A. & Gonçalves, L. (2004). Patologia da Personalidade: Teoria, Clínica e
Terapêutica (2ª Ed.). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
 Toy, E. C. & Klamen, D. (2005). Casos Clínicos em Psiquiatria. Porto Alegre: Artmed.

TRabalho Realizado por: Ana Duarte, Ana Subtil, Diana


Carreira, Liliana Mota, Nuno Oliveira 59

Você também pode gostar