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Língua Portuguesa no Enem –

Gramática
Profª Débora F.S. Amalcabúrio
A gramática, na prova de língua portuguesa no Enem, é abordada
sempre conectada ao texto, portanto, é importante analisá-la de forma
contextualizada.

A gramática na prova de Língua Portuguesa no Enem


não está desvinculada do texto,
é como o tronco, a folha e a raiz da árvore, um está ligado ao outro
 A gramática não é abordada no Enem desvinculada do
texto, mas deve ser analisada unida à interpretação.
Portanto, não basta saber o que é um pronome ou uma
conjunção, é preciso entender sua função para a oração,
bem como os efeitos de sentido que estabelecem. Por
exemplo, qual o efeito que gera dentro do texto o uso da
conjunção coordenativa adversativa?  De oposição, não é?
Logo, não basta simplesmente saber a classificação da
conjunção, o mais importante é entender o efeito de
sentido que ela estabelece no texto.
 Uma dica é não perder o foco do texto, pois, mesmo quando a
questão analisa aspectos gramaticais, a leitura crítica, a
associação entre os textos, o diálogo entre as linguagens e a
interpretação de imagens devem continuar como atitudes
constantes do candidato no Enem, pois, como já mencionado,
a gramática apresenta-se de forma contextualizada.
  O fato de a gramática não ser cobrada como antigamente não
significa que não seja necessário conhecer as regras, logo, é
importante revisar os conteúdos. A lista a seguir representa os
conteúdos com maior probabilidade de entrar na prova do Enem.
 É bom que todos sejam revisados, pois mesmo os que não são
cobrados diretamente na prova de Português, como regência,
concordância, regras ortográficas, pontuação, entre outros, serão
avaliados na redação.
Principais conteúdos gramaticais
Figuras de Linguagem
Intertextualidade
Aposto e Vocativo
Gêneros textuais (conhecer as características e
Pronomes.
identificar as diferenças)
Verbos
Norma padrão x Linguagem Coloquial
Artigos
Denotação e conotação
Conjunções
Elementos da comunicação
Variantes linguísticas
Acentuação gráfica
Funções da linguagem
Morfologia
Processos de formação de palavras
Figuras de linguagem
 As figuras de linguagem são usadas para exprimir de formas e objetivos diferentes os pensamentos da pessoa que
escreve, a fim de comover, surpreender, fazer o leitor rir ou refletir sobre algo.

Veremos, separadamente, cada uma das figuras de linguagem mais usadas em textos literários, jornalísticos e
publicitários.

a) Antítese: uso aproximado de termos opostos.


Exemplo: Mesmo que você não acredite, o céu é um lugar melhor do que o inferno!

b) Elipse: omissão de uma palavra que, apesar de não exposta, pode ser identificada por quem lê.
Exemplo: Ele estava de casaco de frio; ela, de casaco de pele! (omissão do verbo “estava” em “Ela estava de casaco de
pele”.

c) Eufemismo: usada para atenuar algo grave de ser dito.


Exemplo: Ele passou dessa para uma melhor! (para não dizer morreu ou faleceu)

d) Hipérbole: expressão de exagero usada para dar ênfase em alguma informação.


Exemplo: Fui à sua casa milhões de vezes, mas você nunca está lá!
 e) Ironia: expressão usada para dar ideia contrária ao que se pensa.
Exemplo: Sim, você é realmente muito valente, enfrentou vários soldados com sua espada
de bambu e seu escudo de madeira usada em fabricação de borracha.

f) Metáfora: relação entre duas palavras, na qual uma substitui a outra e forma
significações semelhantes.
Exemplo: Você é como um sol radiante em minha vida!

g) Personificação ou prosopopeia: acontece quando animais ou seres inanimados


recebem atribuições humanas.
Exemplo: A xícara falou para o bule: o que aconteceu, por que este bico deste tamanho?

h) Pleonasmo: são palavras desnecessárias (redundantes) usadas para reforçar uma ideia.
Exemplo: Ele desceu lá embaixo para ver se você estava!
Aposto e vocativo
 Aposto e vocativo são termos de uma oração. O aposto é uma palavra ou
expressão que exerce algum tipo de relação com o substantivo ou 
pronome de uma oração. Já o vocativo é um termo independente. Assim,
o aposto está subordinado a outro termo da oração, enquanto o vocativo,
não.
 O aposto pode ser classificado em: explicativo, enumerativo, recapitulativo
ou resumidor, comparativo, distributivo, circunstancial, de especificação, e
da oração.
O que é aposto?
 O aposto é uma palavra ou expressão que exerce uma função junto ao substantivo, pronome ou oração. Essa função
pode ser explicar, especificar, resumir, comentar ou indicar algo, mas, atenção, o aposto não pode ser formado
por adjetivo, apenas por substantivo ou pronome substantivo (um pronome que exerce função de substantivo).
Para exemplificar, vamos analisar a seguinte oração:
 1. Santos Dumont, o pai da aviação, foi um inventor genial.
A expressão “o pai da aviação” é um aposto que exerce a função de explicar quem foi Santos Dumont.
Vamos analisar agora uma segunda oração:
 2. Santos Dumont, persistente e corajoso, foi um inventor genial.
Nessa oração, os adjetivos “persistente” e “corajoso” exercem a função de predicativo do sujeito, isto é, atribuir uma
condição ou qualidade ao sujeito; no caso, Santos Dumont.
 Assim, a oração 1 explica que o Santos Dumont a que ela se refere não é qualquer Santos Dumont, é o “pai da
aviação”. Já a oração 2 aponta as características (qualidades) de Santos Dumont, um indivíduo persistente e
corajoso.
O que é vocativo?
 O vocativo é uma invocação, um chamamento, um apelo. Ele é um termo independente, pois não faz parte da estrutura
da oração.
Vejamos alguns exemplos:
 Ó vida! Por que não tenho sorte?
 Não pense, cara, que me esqueci daquele dia.
 Lidiane, preciso que você me diga toda a verdade.
 Diferença entre aposto e vocativo
 O aposto mantém relação com um ou mais termos da oração, ou com toda a oração (no caso do aposto da oração).
Portanto, ele é dependente desses termos ou oração:
 Chiquinha Gonzaga, a primeira maestrina brasileira, morreu em 28 de fevereiro de 1935.
Note que o aposto “a primeira maestrina brasileira” não tem autonomia, ele depende do termo “Chiquinha Gonzaga” para
fazer sentido.
Já o vocativo é um termo independente na oração:
 Carolina, estudar é a coisa mais importante da vida.
Observe que o vocativo “Carolina” não se relaciona a nenhum termo da oração; é, portanto, independente. Além disso, se for
excluído, a oração continua a fazer sentido: “Estudar é a coisa mais importante da vida”.
Pronomes
 Os pronomes podem ser pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, relativos, indefinidos e
também substantivos e adjetivos.
 Na língua portuguesa existem dez classes gramaticais, também chamadas de classes morfológicas ou, ainda,
classes de palavras. São elas: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição,
conjunção e interjeição. Destas, seis são variáveis, ou seja, sofrem flexão quanto ao gênero, número e grau. É o
caso do pronome, o foco deste texto.
 O pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome), definindo-lhe os limites de
significação. Existem vários tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, relativos
e indefinidos. Além dessa classificação principal, os pronomes também podem ser classificados em adjetivos e
substantivos.
 É importante ressaltar a importância dos pronomes para o processo de construção da coesão em um texto. Por
meio da coesão é estabelecida a relação semântica (relações de sentido entre as palavras) entre os elementos do
discurso, desde que os conectivos, entre eles os pronomes, sejam empregados de maneira correta, o que
possibilitará o encadeamento lógico das ideias do texto.
Verbo
 O verbo é a palavra que indica ação, movimento, estado ou fenômeno meteorológico.
Pode sofrer variações de acordo com suas flexões. O verbo possui as flexões de: modo (indicativo, subjuntivo e
imperativo), tempo (presente, pretérito e futuro), número e pessoa (singular e plural) e voz (ativa, passiva e reflexiva).
Artigo
 O artigo é a classe gramatical que geralmente antecede um substantivo, sendo variável em gênero e em
número. Pode ser contraído com algumas preposições e, às vezes, ter outras funções nos enunciados.
 O artigo costuma anteceder o substantivo para fazer referência a ele, podendo indicar que se trata de
um ser já conhecido do interlocutor (no caso dos artigos definidos) ou que se trata de um representante não
específico da espécie (no caso dos artigos indefinidos). Assim, os artigos não funcionam sozinhos no
enunciado, estando sempre acompanhados de outro substantivo
Outras funções dos artigos
 Substantivação
 O artigo pode substantivar palavras que pertenceriam originalmente a outras classes gramaticais,
como adjetivos ou verbos. Por exemplo:
 O participar é mais importante do que o ganhar.
 No enunciado, “participar” e “ganhar” teriam, normalmente, valor de verbo, porém os artigos antes
deles os substantivam (fazendo com que “participar” seja sinônimo de “participação”, e “ganhar”, de
“vitória”).
 Recurso expressivo
 O artigo indefinido também é utilizado como recurso expressivo de algumas frases feitas. Por
exemplo:
 Estou com uma fome!
 Embora não seja estritamente necessário nesse enunciado, o acréscimo do artigo indefinido gera um
recurso para expressar com mais intensidade a fome sentida.
 Indicar posse
 Artigo definido antes de partes do corpo ou de palavras que determinam parentesco pode indicar posse. Por
exemplo:
 Enquanto ela chorava, o avô tentava consolá-la.
 Eu não sei onde estou com a cabeça.
 Nos dois enunciados, o artigo definido deixa nítido que se trata do avô do sujeito “ela” e da cabeça do sujeito
“eu”, sendo omitidos os respectivos pronomes possessivos (“o avô dela” e “a minha cabeça”).
 Indicar valor aproximado
 Artigo indefinido antes de numeral pode indicar valor aproximado devido à sua natureza de generalização. Por
exemplo:
 Faltavam umas duas horas antes de começar o baile.
 Há uns 20 quilômetros pela frente até chegarmos lá.
 Mais comum na linguagem informal, esse recurso substitui expressões como “aproximadamente”, “em
média” e “por volta de” pelos artigos indefinidos.
Variações linguísticas

 Quando falamos em variação linguística, analisamos os diferentes


modos em que é possível expressar-se em uma língua, levando-se em
conta a escolha de palavras, a construção do enunciado e até o tom da
fala. A língua é a nossa expressão básica, e, por isso, ela muda de acordo
com a cultura, a região, a época, o contexto, as experiências e as
necessidades do indivíduo e do grupo que se expressa.
Tipos de variações linguísticas
 Há quatro tipos de distinção dentro das variações linguísticas.
 Variações históricas (diacrônicas)
 As variações históricas tratam das mudanças ocorridas na língua com o decorrer do tempo. Algumas
expressões deixaram de existir, outras novas surgiram e outras se transformaram com a ação do tempo.
 Um clássico exemplo da língua portuguesa é o termo “você”: no português arcaico, a forma usual desse
pronome de tratamento era “vossa mercê”, que, devido a variações inicialmente sociais, passou a ser mais usado
frequentemente como “vosmecê”. Com o passar dos séculos, essa expressão reduziu-se ao que hoje falamos
como “você”, que é a forma incorporada pela norma-padrão (visto que a língua adapta-se ao uso de seus
falantes) e aceita pelas regras gramaticais. Em contextos informais, é comum ainda o uso da abreviação “cê” ou,
na escrita informal, “vc” (lembrando que estas últimas formas não foram incorporadas pela norma-padrão,
então não são utilizadas na linguagem formal).
 Vossa mercê → Vosmecê → Você → Cê
 Outras mudanças comuns são as de grafia, as quais as reformas ortográficas costumam regular. Assim, a partir
de 2016, a palavra “consequência” passou a ser escrita sem trema, sendo que antes era escrita desta forma:
“conseqüência”. Do mesmo modo, a palavra “fase” é hoje escrita com a letra f devido à reforma ortográfica de
1911, sendo que antes era escrita com ph: “phase”.
 Conseqüência → Consequência
 Phase → Fase
 Variações geográficas (diatópicas)
 As variações geográficas naturalmente falam da diferença de linguagem devido à região.
Essas diferenças tornam-se óbvias quando ouvimos um falante brasileiro, um angolano e
um português conversando: nos três países, fala-se português, mas há diferenças imensas
entre cada fala.
 Não é preciso que a distância seja tão grande: dentro do próprio Brasil, vemos diferenças
de léxico (palavras) ou de fonemas (sons, sotaques). Há diferenças entre a capital e as
cidades do interior do mesmo estado. Observemos alguns exemplos de diferenças
regionais:
 “Mandioca”, “aipim” ou “macaxeira”? Os três nomes estão corretos, mas, dependendo da
região do Brasil, você ouvirá com mais frequência um ou outro. O mesmo vale para a
polêmica disputa entre “biscoito” e “bolacha”, que se estende para todo o território
nacional.
 As gírias também variam bastante regionalmente: cerveja pode ser conhecida como “bera”
em regiões do Paraná, “breja” em São Paulo e “cerva” no Rio de Janeiro.
 Variações sociais (diastráticas)
 As variações sociais são as diferenças de acordo com o grupo social do falante. Embora
tenhamos visto como as gírias variam histórica e geograficamente, no caso da variação social, a
gíria está mais ligada à faixa etária do falante, sendo tida como linguagem informal dos mais
jovens (ou seja, as gírias atuais tendem a ser faladas pelos mais novos).
 Há, ainda, expressões informais ligadas a grupos sociais específicos. Um grupo de
futebolistas, por exemplo, pode usar a expressão “carrinho” com significado específico, que
pode não ser entendido por um falante que não goste de futebol ou que será entendido de modo
distinto por crianças, por exemplo.
 Um grupo de capoeiristas pode facilmente falar de uma “meia-lua”, enquanto pessoas de fora
desse grupo talvez não entendam imediatamente o conceito específico na capoeira. Do mesmo
modo, capoeiristas e instrumentistas provavelmente terão mais familiaridade com o conceito de
“atabaque” do que outras pessoas.
 Como vimos, as profissões também influenciam bastante nas variações sociais por meio dos
termos técnicos (jargões): contadores falam dos termos “ativo” e “passivo” para remeter a
conceitos diferentes daqueles usados por linguistas. No entanto, em ambos os casos, ativo e
passivo são conceitos muito mais específicos do que seu uso geral em outros grupos.
 Variações estilísticas (diafásicas)
 As variações estilísticas remetem ao contexto que exige a adaptação da fala ou
ao estilo dela. Aqui entram as questões de linguagem formal e informal,
adequação à norma-padrão ou despreocupação com seu uso. O uso de expressões
rebuscadas e o respeito às normas-padrão do idioma remetem à 
linguagem tida como culta, que se opõe àquela linguagem mais coloquial e
familiar. Na fala, o tom de voz acaba tendo papel importante também.
 Assim, o vocabulário e a maneira de falar com amigos provavelmente não serão
os mesmos que em uma entrevista de emprego, e também serão diferentes
daqueles usados para falar com pais e avós. As variações estilísticas respeitam a
situação da interação social, levando-se em conta ambiente e expectativas dos
interlocutores.
Linguagem formal e informal
 Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se manifesta nas diversas situações
vividas.

O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta, da gramática normativa. É


frequente em ambientes que exigem tal posicionamento do falante: em discursos, em
sermões, apresentação de trabalhos científicos, em reuniões, etc. Logicamente, a escrita
também seguirá padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor científico.

O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea da língua. Independe de


regras, apresenta gírias, restrição de vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está
presente nas conversas com amigos, familiares, pessoas com quem temos intimidade. É
muito comum se ver o coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da internet.
Preconceito linguístico
 Tendo tantas variações e nuances, pudemos ver que cada contexto social traz naturalmente um modo mais ou
menos adequado de expressão, sendo importante entender que as variações linguísticas existem para
estabelecer uma comunicação adequada ao contexto pedido.
 Apesar disso, as diversas maneiras de expressar-se ganham status de maior ou menor prestígio social baseado
em uma série de preconceitos sociais: as variações linguísticas ligadas a grupos de maior poder aquisitivo, com
algum tipo de status social, ou a regiões tidas como “desenvolvidas” tendem a ganhar maior destaque e
preferência em relação às variedades linguísticas ligadas a grupos de menor poder aquisitivo, marginalizados,
que sofrem preconceitos ou que são estigmatizados.
 Desenvolve-se, assim, o preconceito linguístico, que se baseia em um sistema de valores que afirma que
determinadas variedades linguísticas são “mais corretas” do que outras, gerando um juízo de valor negativo ao
modo de falar diferente daqueles que se configuram como os “melhores”. O preconceito linguístico nada
mais é do que a reprodução, no campo linguístico, de um sistema de valores sociais, econômicos e
culturais.
 No entanto, ao estudarmos as variações linguísticas, percebemos que não há uma única maneira de
expressar-se e que, portanto, não há apenas um modo certo. A língua e sua expressão variam de acordo com
uma série de fatores. Antes de tudo, ela deve cumprir seu papel de expressão, sendo compreendida pelos
falantes e estando adequada aos contextos e às expectativas no ato da fala. Dessa forma, o ideal do preconceito
linguístico, que gera juízo de valor às diferentes variações linguísticas, não deve ser alimentado.
Intertextualidade explícita e implícita
 Podemos dizer, basicamente, que a intertextualidade nada mais é do que a influência de um texto
sobre outro. Todo texto, em maior ou menor grau, é um intertexto, pois é normal que durante o
processo da escrita aconteçam relações dialógicas entre os textos.
 A intertextualidade pode ser construída de maneira explícita ou implícita. Na intertextualidade
explícita, ficam claras as fontes nas quais o texto baseou-se e acontece, obrigatoriamente, de
maneira intencional. Pode ser encontrada em textos do tipo resumo, resenhas, citações e traduções.
 A intertextualidade implícita demanda um pouco mais de atenção e análise. Como o próprio nome
diz, esse tipo de intertexto não se encontra na superfície textual, visto que não fornece para o leitor
elementos que possam ser imediatamente relacionados com algum outro tipo de texto-fonte. Sendo
assim, pedem uma maior capacidade de realizar analogias e inferências, fazendo com que o leitor
reative conhecimentos preservados em sua memória para então compreender integralmente o texto
lido.
Tipos de intertextualidade
Gêneros textuais
 Gêneros textuais são estruturas relativamente estáveis de composição, com as quais
realizamos intervenções sociais, tanto por escrito quanto por meio da fala, ou seja, os gêneros
são as ferramentas, os instrumentos que utilizamos para podermos exercer os atos
comunicativos em geral: uma curta mensagem via Whatsapp, e-mails corporativos, produção
de reportagens, entrevistas, contos, páginas de diário, receitas de bolo, artigos científicos,
seminários, teses etc.
 Os gêneros adaptam-se às nossas necessidades de comunicação e remodelam-se, a depender
do tempo em que são produzidos. Antigamente, era comum que as pessoas enviassem
telegramas, caso quisessem velocidade na interação; hoje esse recurso tornou-se obsoleto, pois
temos tecnologias suficientes para comunicarmo-nos em um piscar de olhos.
Enquanto os gêneros são formas flexíveis de textos, os tipos, por sua vez,  caracterizam-se pela
rigidez, pela estruturação pautada em sequências linguísticas, pelo uso de vocabulário específico, por
relações lógico-semânticas com propriedades mais fixas, sendo os grandes conjuntos nos quais estão
contidos os gêneros textuais.
Exemplos
Tipo narrativo  Currículo
 Conto  Cardápios de restaurantes
 Crônica narrativa  Classificados
 Fábula Tipo expositivo
 Diário  Seminários
 Romance  Palestras
 Relato pessoal  Enciclopédia
Tipo argumentativo  Verbetes de dicionários
 Artigo de opinião Tipo injuntivo
 Carta de leitor  Propaganda
 Editorial  Receita culinária
 Crônica argumentativa  Bula de remédio
 Resenha crítica  Manual de instruções
Tipo descritivo  Regulamento
 Relatos de viagem
 Folhetos turísticos
Elementos da Comunicação
 Para que haja comunicação, alguns elementos são essenciais. Muitas vezes não os notamos, mas cada vez
que estabelecemos contato com alguém de alguma forma, eles estão presentes.
Emissor – é aquele que emite, ou seja, que pronuncia ou envia uma mensagem. Também é chamado de
remetente.

Receptor – é aquele que recebe a mensagem enviada pelo emissor. Como a mensagem é destinada a ele,
também é chamado de destinatário, denominação comum em envelopes de correios.

Mensagem – é o conteúdo que é expedido, enviado.

Código – o modo como a mensagem é transmitida (escrita, fala, gestos, etc.)

Canal – é a fonte de transmissão da mensagem (revista, livro, jornal, rádio, TV, ar, etc.)

Contexto – situação que envolve emissor e receptor


Níveis de fala
 Língua: é um código linguístico usado por uma sociedade e, portanto, trata-se de
uma convenção entre um grupo. Então, dizemos que a língua é social.

Fala: é o modo como a língua é utilizada, logo, parte de cada pessoa, é individual.
Daí dizemos que a língua é individual, pois cada um tem um modo de se expressar
oralmente.

Muitos fatores influenciam na maneira como determinado indivíduo fala: idade, sexo,
grau de escolaridade, local onde trabalha, cargo que ocupa, local onde estuda, local
onde mora, profissão, o caráter, a criação, as amizades, a família de modo geral.
 Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se manifesta nas diversas situações vividas.

O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta, da gramática normativa. É frequente em


ambientes que exigem tal posicionamento do falante: em discursos, em sermões, apresentação de
trabalhos científicos, em reuniões, etc. Logicamente, a escrita também seguirá padrões quando se trata
de textos acadêmicos ou de teor científico.

O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea da língua. Independe de regras, apresenta


gírias, restrição de vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está presente nas conversas com
amigos, familiares, pessoas com quem temos intimidade. É muito comum se ver o coloquialismo
sendo utilizado em textos, principalmente da internet, como no whatsapp, no Facebook, etc.
Denotação e Conotação
 A comunicação é feita através das várias significações dos signos linguísticos. Quando transmitimos ou
recebemos uma mensagem, seja por linguagem oral, escrita ou não-verbal, estabelecemos comunicação.

Em uma língua, signo é todo elemento portador de significado. Assim, todo artefato que usamos para nos
expressar é um signo: sons, palavras, gestos, símbolos, figuras, cores, notas musicais, desenhos. Por
exemplo: quando colocamos o dedo indicador frente à boca queremos dizer: Silêncio!, ou quando
esperamos para que o sinaleiro de pedestre fique verde para atravessarmos, então, a cor verde significa
“permissão”.

O signo linguístico apresenta duas variações de significado: denotativo ou conotativo. Observe:

1. Este ambiente está tão limpo ultimamente!


2. Seu nome está limpo na praça.

Observe que na primeira oração o termo “limpo” está empregado no seu sentido original e independente
de seu contexto, significando asseado, higiênico, lavado, e, portanto, tem sentido denotativo.
 Nomeamos de denotação a utilização de uma palavra no seu sentido original, real.
Costuma-se dizer que o sentido denotativo é o mesmo do dicionário, já que a primeira
definição no dicionário é denotativa.

A conotação ocorre quando a palavra é utilizada em sentido alterado, ou seja, em


outro sentido, com outro significado, aproximando-se da subjetividade.
A poética é um exemplo que utiliza muito a linguagem conotativa, já que transmite os
sentimentos, as emoções do “eu-lírico” e, portanto, está passível de criações e
alterações de significados.
Morfologia
Processos de formação de palavras
Mais algumas informações úteis!
Para finalizar, uma vídeo aula top!! E um
material complementar com exercícios!

 https://www.youtube.com/watch?v=3GRoKAC2s2Q

 file:///C:/Users/Usuario/Downloads/2019%20-%
20ALCANCE-ENEM_M%C3%93DULO%20II.pdf
 file:///C:/Users/Usuario/Desktop/reforma_ortografica.pdf

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