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Enem 1º Ano Revisão de Conteúdos
Enem 1º Ano Revisão de Conteúdos
Gramática
Profª Débora F.S. Amalcabúrio
A gramática, na prova de língua portuguesa no Enem, é abordada
sempre conectada ao texto, portanto, é importante analisá-la de forma
contextualizada.
Veremos, separadamente, cada uma das figuras de linguagem mais usadas em textos literários, jornalísticos e
publicitários.
b) Elipse: omissão de uma palavra que, apesar de não exposta, pode ser identificada por quem lê.
Exemplo: Ele estava de casaco de frio; ela, de casaco de pele! (omissão do verbo “estava” em “Ela estava de casaco de
pele”.
f) Metáfora: relação entre duas palavras, na qual uma substitui a outra e forma
significações semelhantes.
Exemplo: Você é como um sol radiante em minha vida!
h) Pleonasmo: são palavras desnecessárias (redundantes) usadas para reforçar uma ideia.
Exemplo: Ele desceu lá embaixo para ver se você estava!
Aposto e vocativo
Aposto e vocativo são termos de uma oração. O aposto é uma palavra ou
expressão que exerce algum tipo de relação com o substantivo ou
pronome de uma oração. Já o vocativo é um termo independente. Assim,
o aposto está subordinado a outro termo da oração, enquanto o vocativo,
não.
O aposto pode ser classificado em: explicativo, enumerativo, recapitulativo
ou resumidor, comparativo, distributivo, circunstancial, de especificação, e
da oração.
O que é aposto?
O aposto é uma palavra ou expressão que exerce uma função junto ao substantivo, pronome ou oração. Essa função
pode ser explicar, especificar, resumir, comentar ou indicar algo, mas, atenção, o aposto não pode ser formado
por adjetivo, apenas por substantivo ou pronome substantivo (um pronome que exerce função de substantivo).
Para exemplificar, vamos analisar a seguinte oração:
1. Santos Dumont, o pai da aviação, foi um inventor genial.
A expressão “o pai da aviação” é um aposto que exerce a função de explicar quem foi Santos Dumont.
Vamos analisar agora uma segunda oração:
2. Santos Dumont, persistente e corajoso, foi um inventor genial.
Nessa oração, os adjetivos “persistente” e “corajoso” exercem a função de predicativo do sujeito, isto é, atribuir uma
condição ou qualidade ao sujeito; no caso, Santos Dumont.
Assim, a oração 1 explica que o Santos Dumont a que ela se refere não é qualquer Santos Dumont, é o “pai da
aviação”. Já a oração 2 aponta as características (qualidades) de Santos Dumont, um indivíduo persistente e
corajoso.
O que é vocativo?
O vocativo é uma invocação, um chamamento, um apelo. Ele é um termo independente, pois não faz parte da estrutura
da oração.
Vejamos alguns exemplos:
Ó vida! Por que não tenho sorte?
Não pense, cara, que me esqueci daquele dia.
Lidiane, preciso que você me diga toda a verdade.
Diferença entre aposto e vocativo
O aposto mantém relação com um ou mais termos da oração, ou com toda a oração (no caso do aposto da oração).
Portanto, ele é dependente desses termos ou oração:
Chiquinha Gonzaga, a primeira maestrina brasileira, morreu em 28 de fevereiro de 1935.
Note que o aposto “a primeira maestrina brasileira” não tem autonomia, ele depende do termo “Chiquinha Gonzaga” para
fazer sentido.
Já o vocativo é um termo independente na oração:
Carolina, estudar é a coisa mais importante da vida.
Observe que o vocativo “Carolina” não se relaciona a nenhum termo da oração; é, portanto, independente. Além disso, se for
excluído, a oração continua a fazer sentido: “Estudar é a coisa mais importante da vida”.
Pronomes
Os pronomes podem ser pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, relativos, indefinidos e
também substantivos e adjetivos.
Na língua portuguesa existem dez classes gramaticais, também chamadas de classes morfológicas ou, ainda,
classes de palavras. São elas: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição,
conjunção e interjeição. Destas, seis são variáveis, ou seja, sofrem flexão quanto ao gênero, número e grau. É o
caso do pronome, o foco deste texto.
O pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome), definindo-lhe os limites de
significação. Existem vários tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, relativos
e indefinidos. Além dessa classificação principal, os pronomes também podem ser classificados em adjetivos e
substantivos.
É importante ressaltar a importância dos pronomes para o processo de construção da coesão em um texto. Por
meio da coesão é estabelecida a relação semântica (relações de sentido entre as palavras) entre os elementos do
discurso, desde que os conectivos, entre eles os pronomes, sejam empregados de maneira correta, o que
possibilitará o encadeamento lógico das ideias do texto.
Verbo
O verbo é a palavra que indica ação, movimento, estado ou fenômeno meteorológico.
Pode sofrer variações de acordo com suas flexões. O verbo possui as flexões de: modo (indicativo, subjuntivo e
imperativo), tempo (presente, pretérito e futuro), número e pessoa (singular e plural) e voz (ativa, passiva e reflexiva).
Artigo
O artigo é a classe gramatical que geralmente antecede um substantivo, sendo variável em gênero e em
número. Pode ser contraído com algumas preposições e, às vezes, ter outras funções nos enunciados.
O artigo costuma anteceder o substantivo para fazer referência a ele, podendo indicar que se trata de
um ser já conhecido do interlocutor (no caso dos artigos definidos) ou que se trata de um representante não
específico da espécie (no caso dos artigos indefinidos). Assim, os artigos não funcionam sozinhos no
enunciado, estando sempre acompanhados de outro substantivo
Outras funções dos artigos
Substantivação
O artigo pode substantivar palavras que pertenceriam originalmente a outras classes gramaticais,
como adjetivos ou verbos. Por exemplo:
O participar é mais importante do que o ganhar.
No enunciado, “participar” e “ganhar” teriam, normalmente, valor de verbo, porém os artigos antes
deles os substantivam (fazendo com que “participar” seja sinônimo de “participação”, e “ganhar”, de
“vitória”).
Recurso expressivo
O artigo indefinido também é utilizado como recurso expressivo de algumas frases feitas. Por
exemplo:
Estou com uma fome!
Embora não seja estritamente necessário nesse enunciado, o acréscimo do artigo indefinido gera um
recurso para expressar com mais intensidade a fome sentida.
Indicar posse
Artigo definido antes de partes do corpo ou de palavras que determinam parentesco pode indicar posse. Por
exemplo:
Enquanto ela chorava, o avô tentava consolá-la.
Eu não sei onde estou com a cabeça.
Nos dois enunciados, o artigo definido deixa nítido que se trata do avô do sujeito “ela” e da cabeça do sujeito
“eu”, sendo omitidos os respectivos pronomes possessivos (“o avô dela” e “a minha cabeça”).
Indicar valor aproximado
Artigo indefinido antes de numeral pode indicar valor aproximado devido à sua natureza de generalização. Por
exemplo:
Faltavam umas duas horas antes de começar o baile.
Há uns 20 quilômetros pela frente até chegarmos lá.
Mais comum na linguagem informal, esse recurso substitui expressões como “aproximadamente”, “em
média” e “por volta de” pelos artigos indefinidos.
Variações linguísticas
Receptor – é aquele que recebe a mensagem enviada pelo emissor. Como a mensagem é destinada a ele,
também é chamado de destinatário, denominação comum em envelopes de correios.
Código – o modo como a mensagem é transmitida (escrita, fala, gestos, etc.)
Canal – é a fonte de transmissão da mensagem (revista, livro, jornal, rádio, TV, ar, etc.)
Fala: é o modo como a língua é utilizada, logo, parte de cada pessoa, é individual.
Daí dizemos que a língua é individual, pois cada um tem um modo de se expressar
oralmente.
Muitos fatores influenciam na maneira como determinado indivíduo fala: idade, sexo,
grau de escolaridade, local onde trabalha, cargo que ocupa, local onde estuda, local
onde mora, profissão, o caráter, a criação, as amizades, a família de modo geral.
Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se manifesta nas diversas situações vividas.
Em uma língua, signo é todo elemento portador de significado. Assim, todo artefato que usamos para nos
expressar é um signo: sons, palavras, gestos, símbolos, figuras, cores, notas musicais, desenhos. Por
exemplo: quando colocamos o dedo indicador frente à boca queremos dizer: Silêncio!, ou quando
esperamos para que o sinaleiro de pedestre fique verde para atravessarmos, então, a cor verde significa
“permissão”.
Observe que na primeira oração o termo “limpo” está empregado no seu sentido original e independente
de seu contexto, significando asseado, higiênico, lavado, e, portanto, tem sentido denotativo.
Nomeamos de denotação a utilização de uma palavra no seu sentido original, real.
Costuma-se dizer que o sentido denotativo é o mesmo do dicionário, já que a primeira
definição no dicionário é denotativa.
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20ALCANCE-ENEM_M%C3%93DULO%20II.pdf
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