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PALAVRAS AO VENTO – (Cássia

Eller)
Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Que o nosso amor pra sempre viva
Minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será
Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras
Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Que o nosso amor pra sempre viva
Minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será
Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras ao vento
Palavras, palavras
Tendências abstratas, base da arquitetura
moderna e o novo nacionalismo musical.

Abstracionismo lírico.

O abstracionismo lírico, abstracionismo expressivo ou ainda abstracionismo


informal inspirava-se no instinto, no inconsciente e na intuição para construir uma arte
imaginária ligada a uma "necessidade interior". Foi influenciado pelo expressionismo, mais
propriamente pelo movimento O Cavaleiro Azul.
As formas orgânicas e as cores vibrantes são patentes nessa vertente.
O artista russo radicado na Alemanha Wassily Kandinsky inaugura o abstracionismo
no Ocidente com sua Primeira Aquarela Abstrata, de 1910. Kandinsky advoga o uso de
formas abstratas como meio de atingir uma transcendência não através das formas
reconhecíveis da realidade observável, como faz a arte tradicional acadêmica, mas através
dos elementos puros da arte visual, como as linhas, as cores, as formas geométricas - o
círculo, o quadrado, o triângulo - os pontos, etc. O artista faz analogias com a composição
musical, que é uma arte abstrata por definição, para atingir a abstração na arte visual. Por
isso, seus quadros são os primeiros a possuírem títulos que remetem à música
- composição, ritmo, etc.
Der Blaue Reiter ("O cavaleiro azul") foi um grupo de artistas da Neue
Künstlervereinigung München, em Munique, Alemanha. De inspiração expressionista, o
grupo formou-se em 1911, a partir de emigrantes russos e alemães. Dele, os principais
integrantes foram Wassily Kandinsky, Alexej von Jawlensky, Franz Marc, August
Macke, Paul Klee e Marianne von Werefkin. O movimento expressionista Der Blaue Reiter
ocorre desde 1911 até 1914, juntamente com Die Brücke, fundado no ano de 1905,
em Dresden.
O Neoplasticismo defendia uma total limpeza espacial para a pintura, reduzindo-a a seus
elementos mais puros e buscando suas características mais próprias. Muitos de seus ideais
foram expostos na revista De Stijl (O Estilo).
A necessidade de ressaltar o aspecto artificial da arte (criação humana) fez com que os
artistas deste movimento (notadamente Mondrian e Theo van Doesburg) usassem apenas
as cores primárias (vermelho, amarelo, azul) em seu estado máximo de saturação (artificial),
assim como o branco e o preto (inexistentes na Natureza, o primeiro sendo presença total e
o segundo ausência total de luz).
Claramente um movimento de arte de pesquisa, os experimentos realizados pelos artistas
neoplásticos foram essenciais para a arquitetura moderna, assim como para a formulação
do que hoje se conhece por design. Apesar de afastados da Bauhaus devido a questões
pontuais, ambos os movimentos fazem parte de um mesmo universo cultural.
Embora muitos vejam o Neoplasticismo como produto da revolta moral contra a violência
irracional que assolava a Europa, alguns outros fatores foram essenciais para o nascimento
do movimento, como o cubismo, que desfigurou os modos tradicionais de representação; o
idealismo e a austeridade do protestantismo holandês; o viés místico da teosofia, movimento
do qual Piet Mondrian era membro.

O movimento teosófico, fundado por Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), alegava ter resolvido o


conflito entre espiritualidade e ciência (conflito evidenciado, principalmente, pela teoria da evolução de
Darwin) ao aplicar o conceito de evolução a uma escala cósmica — todo o universo estaria evoluindo, não
só as espécies, e nós estaríamos vivendo sucessivas encarnações rumo à perfeição.
Obra Abstrata Informal de Albertini
Abstrato Formal Geométrico ou
Neoplasticismo
de Piet Mondrian
O Abstrato Americano de Jackson Pollock
A arte de Pollock combina a simplicidade com a pintura pura e suas obras de maiores
dimensões possuem características monumentais. Com Pollock, há o auge da pintura de
ação (action painting). A tensão ético-religiosa por ele vivida o impele aos pintores
da Revolução mexicana. Sua esfera da arte é o inconsciente: seus signos são um
prolongamento do seu interior. Apesar de ter seu trabalho reconhecido e com exposições por
vários países do mundo, Pollock nunca saiu dos Estados Unidos. Morreu em um acidente de
carro em 11 de agosto de 1956
Designers Neoplástico
O Construtivismo Russo foi um
movimento estético-político iniciado
na Rússia a partir de 1919, como parte do
contexto dos movimentos de vanguarda
no país, de forte influência na arquitetura e
na arte ocidental. Ele negava uma "arte
pura" e procurava abolir a ideia de que a
arte é um elemento especial da criação
humana, separada do mundo cotidiano. A
arte, inspirada pelas novas conquistas do
novo Estado Operário, deveria se inspirar
nas novas perspectivas abertas pelas
técnicas e materiais modernos servindo a
objetivos sociais e a construção de um
mundo socialista. O termo arte
construtivista foi introduzido pela primeira
vez por Malevich para descrever o
trabalho de Rodchenko em 1917.
O suprematismo (em russo, Супрематизм)
foi um movimento artístico russo, centrado
em formas geométricas básicas -
particularmente o quadrado e o círculo - e
tido como a primeira escola sistemática
de pintura abstrata do movimento moderno.
Seu desenvolvimento foi iniciado por volta
de 1915 pelo pintor Kazimir Malevich. Em
1918, na mostra O Alvo, em Moscou,
Malevitch expôs o Quadrado preto sobre um
fundo branco. Em O mundo sem objeto, livro
publicado em 1927 pela Bauhaus, Malevich
descreve a inspiração que deu origem à
poderosa imagem do quadrado negro sobre
um fundo branco:
"Eu sentia apenas noite dentro de mim, e foi
então que concebi a nova arte, que chamei
suprematismo."
Abstrato Digital – 3D
A ARQUITETURA MODERNA DO SÉCULO
XX
Não há um ideário moderno único. Suas características podem ser encontradas em origens diversas
como a Bauhaus, na Alemanha; em Le Corbusier, na França, nos Estados Unidos ou nos construtivistas
russos alguns ligados à escola Vuthemas, entre muitos outros. Estas fontes tão diversas encontraram
nos CIAM (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna) um instrumento de convergência,
produzindo um ideário de aparência homogênea resultando no estabelecimento de alguns pontos
comuns. Alguns historiadores da arquitetura (como Leonardo Benevolo e Nikolaus Pevsner), por sua
vez, traçam a gênese histórica do moderno em uma série de movimentos ocorridos em meados do
século XIX, como o movimento Arts & Crafts.
O International Style, conceito inventado pelo crítico Henry Russel Hitchcock e utilizado pela primeira
vez em 1932, traduz esta posição de convergência criada pelos CIAM. Com a criação da noção de que
os preceitos da arquitetura moderna seguiam uma linha única e coesa, tornou-se mais fácil a sua
divulgação e reprodução pelo mundo. Dois países onde alguns arquitetos adotaram os preceitos
homogêneos do International Style foram Brasil e Estados Unidos. O International Style traduz um
conjunto de vertentes essencialmente europeias, ainda que figuras do mundo todo tenham participado
dos CIAM. Uma outra vertente, de origem norte-americana, é relacionada como arquitetura orgânica,
funcional. Um dos princípios básicos do modernismo foi o de renovar a arquitetura e rejeitar toda a
arquitetura anterior ao movimento; principalmente a arquitetura do século XIX expressada
no Ecletismo. O rompimento com a história fez parte do discurso de alguns arquitetos modernos. Este
aspecto - na sua forma simplificada - foi criticado pelo pós-modernismo, que utiliza a revalorização
histórica como um de seus motes.
A ARQUITETURA MODERNA DO SÉCULO
XX

Neoplasticismo
Ecletismo
Construtivismo

CIAM Funcionalismo

Estilo Organicismo

Internacional

Características do Estilo Internacional de Arquitetura:

1- Simplicidade. 2- Volume, complemento, altura e largura sobre o terreno. 3- as


paredes não consiste na estrutura. 4- ordenação por medidas proporcionais as
três dimensões do espaço (altura, largura e comprimento). 5- Abdicação de
ornamentação não pertinente a edificação. 6- arquitetura como uma tarefa
extremamente técnica. 7- Cada planta deverá obedecer a função que se destina a
edificação. 8- o volume de uma edificação depende de sua estrutura e
desenvolvimento interno.
Torre do Edf. Chysler
(Nova York)
A Música do Novo Nacionalismo do Século
XX

No final do século XIX tivemos uma grande tendência de diversos países para
a música de caráter nacionalista, que buscava uma valorização do elemento
folclórico nas composições surgidas na época. Segundo BENETT (1986), a corrente
nacionalista iniciada no século XIX penetrou no século XX. Nos Estados Unidos,
Charles Ives, em suas composições, fez uso de canções folclóricas. Certos
compositores como Vaughan Williams na Inglaterra, Bartók e Kodaly na Hungria
fizeram uma abordagem científica: recolheram cantos folclóricos e estudaram
minuciosamente seus padrões rítmicos e melódicos, que frequentemente percebiam
basear-se em modos e escalas incomuns. Outros compositores como Sibelius na
Finlândia baseavam suas obras em lendas locais. No Brasil, a música nacionalista
encontra em Villa-Lobos seu maior expoente.
        Pode-se definir a música nacionalista independente de qualquer linguagem
musical: "a música se diz nacionalista, quando realmente contém elementos
musicais característicos a um determinado povo ou nação. Desses elementos, os
principais são: o ritmo, as características melódicas, o idioma, o folclore e outras
manifestações populares ou patrióticas."
No Brasil, o movimento nacionalista na música, além de Villa-Lobos teve grandes expoentes
como: Alexandre Levi e Alberto Nepomuceno. Além da vasta contribuição no âmbito musical,
Villa-Lobos manteve uma grande participação no que diz respeito ao ensino musical
brasileiro. Desde a primeira concentração orfeônica (Exortação Cívica), realizada em Maio de
1931 da qual participaram cerca de 12.000 pessoas de diferentes e variados grupos sociais
(escolares, acadêmicos, forças armadas, operários), que Villa-Lobos deu início a uma linha
de trabalho que seria desenvolvida por ele, até o final da sua vida. Essas movimentações
públicas de massas escolares, através do canto orfeônico, ao longo dos anos de governo de
Getúlio Vargas, admitem uma relação semelhante aos países fascistas da Europa.
          Em 12 de fevereiro de 1932, Villa-Lobos entregou ao Presidente Vargas um memorial,
de onde foi retirado o seguinte trecho:
 No intuito de prestar serviços ativos ao seu país, como um entusiasta patriota que tem a
devida obrigação de pôr à disposição das autoridades administrativas todas as suas funções
especializadas, préstimos, profissão, fé e atividade, comprovadas pelas suas demonstrações
públicas  de capacidade, quer em todo o Brasil, quer no estrangeiro, vem o signatário, por
este intermédio, mostrar a Vossa Excelência o quadro horrível em que se encontra o meio
artístico brasileiro, sob o ponto de vista da finalidade educativa que deveria ser e ter para os
nossos patrícios, ao obstante sermos um povo possuidor, incontestavelmente, dos melhores
dons da suprema arte
Villa-Lobos manteve uma preocupação com o ensino do Canto Orfeônico, assumindo cargos
importantes dentro do Governo de Getúlio Vargas, como a chefia da Superintendência de
Educação Musical e Artística (SEMA). Realizou apresentações de canto orfeônico
principalmente em datas nacionais, assumindo uma forte preocupação com o caráter
nacionalista da música.

Canto Orfeônico:
Relativo ao Deus Grego Orpheu. Sistema de canto, coral surgido na Europa na metade do
Século XIX. Participação de Grupos discentes de instituições de ensino regular e que faziam
apresentações públicas.

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