O cultismo significa “jogo de palavras”. Também é chamado
de Gongorismo, pois foi inspirado nos textos do poeta espanhol Luís de Góngora (1561-1627).
Esse estilo, além de valorizar a forma, utiliza a descrição, termos cultos
(preciosismo vocabular), linguagem rebuscada e ornamental para expressar as ideias.
Além do uso desses termos, o cultismo valoriza os detalhes e a forma
textual. É comum o uso de diversas figuras de linguagem (hipérbole, sinestesia, antítese, paradoxo, metáfora etc.). É uma corrente que prima pela descrição e exagero. Conceptismo O conceptismo significa “jogo de ideias”. Também é chamado de Quevedismo, pois foi inspirado na poesia do poeta espanhol Francisco de Quevedo (1580-1645).
Nessa vertente literária, a retórica aprimorada bem como a imposição de
conceitos é notória, a qual se produz através da apresentação de diversas ideias.
Sendo assim, o conceptismo é definido pelo uso de argumentos racionais,
ou seja, do pensamento lógico, valorizando sempre o conteúdo textual. Seu objetivo principal era o de convencer o leitor além de instruí-lo por meio de diversos argumentos. É uma corrente que prima pela concisão. Características gerais O conflito entre os prazeres corpóreos e as exigências da alma, a oposição vida eterna versus vida terrena, espírito versus carne. Ou se vive sensualmente a vida, ou se foge dos gozos humanos e se alcança a eternidade. Esta tensão de elementos contrários causa uma profunda angústia, demonstrável por uma permanente dialética: o artista lança-se aos prazeres mais radicais; em seguida sente-se culpado e busca o perdão divino; mas o mundo é uma presença palpitante, levando o homem novamente aos pecados da carne. Influência do "carpe diem" renascentista, isto é, o "aproveitar o dia", o viver intensamente cada minuto. Mas não alcançam a tranquilidade para agir assim, pois a filosofia da Contrarreforma, antiterrena, teocêntrica, medieval, fustiga os seus cérebros, oprime os seus corações. Se a harmonia formal dos clássicos correspondia ao equilíbrio interior e à sensação de segurança histórico-social, a forma conflituosa e exagerada dos barrocos traduz um estado de mal-estar causado pela oposição entre os princípios renascentistas e a ética cristã, entre a lascívia dos novos tempos e a tradição medieval. Traduz também o gosto pela agudeza do pensamento, pela artificialidade da linguagem e pelo desejo de causar assombro no leitor. A audácia verbal não tem limites: comparações inesperadas, antíteses, paradoxos, hipérboles, inversões nas frases, palavras raras, estabelecendo um estilo retorcido, contraditório, por vezes brilhante, por vezes incompreensível e de mau gosto. Autores: I – Na literatura GREGÓRIO DE MATOS GUERRA - Gregório de Matos deixou uma obra poética vasta, desigual e, muitas vezes, de duvidosa autoria. Afrânio Peixoto fez uma edição crítica de seus poemas, mas não conseguiu recolher uma série deles, dispersos em bibliotecas ou conservados pela tradição popular. Muitos dos versos atribuídos ao poeta baiano certamente foram escritos por autores anônimos, assim como um sem número de textos criados pelo "Boca do Inferno" - alcunha pela qual era conhecido - perderam-se para sempre. Podem-se apontar três matizes básicas em sua produção: - Poesia religiosa - Poesia amorosa - Poesia satírica – mais recorrente
Autores: PADRE ANTÔNIO VIEIRA - O padre está sempre atento às condições objetivas do auditório, isto é, à capacidade de compreensão das pessoas. Usa todos os truques da oratória para seduzir os ouvintes: é ao mesmo tempo dramático, indignado, lírico, irônico. Suas poderosas construções verbais mesclam imagens retóricas com graciosos engenhos de linguagem. O ornamento barroco às vezes vira encantadora simplicidade, levando Fernando Pessoa a designá-lo como o "Imperador da língua portuguesa".
Obra principal: Os sermões (1679-1748); História do Futuro (1854).
Na literatura, a era barroca se manifestou com o principal nome do período, Gregório de Matos, poeta baiano que escreve obras religiosas, satíricas e eróticas. Um poema bastante destacado na época foi “A cada canto um grande conselheiro” que criticava os governantes da Bahia na época.