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FILOSOFIA

3ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO

MICHEL FOUCAULT E O ESTRUTURALISMO II


AULA 13
OBJETIVOS DA AULA:
Michel Foucault e o Estruturalismo II

⮚ Compreender as linhas gerais do pensamento


de Michel Foucault e a sua influência na
formação da Filosofia contemporânea.
REFLEXÃO
Michel Foucault fez uma
filosofia prática,
denunciando as várias
formas de dominação
presentes na sociedade.

Nesta foto ele aparece ao lado do filósofo


existencialista Jean-Paul Sartre.

Fonte: https://www.gettyimages.pt/fotos/michel-foucault?family=editorial&phrase=michel%20foucault&sort=mostpopular
REFLEXÃO
Para você, o que
representa o processo de
DOMINAÇÃO denunciado
por Foucault?
Fonte:
https://images
.app.goo.gl/iN
kztxWbDxKCZ4
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https://images
.app.goo.gl/aT
yx42LFzyGq2U
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https://images
.app.goo.gl/CR
dXv13HbkLwA
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REFLEXÃO

Em sua obra, Foucault analisa


as relações entre sujeição e
exercício do poder, que
caracterizam os processos de
dominação. Percebe que o
processo de dominação
Fonte:
https://images.ap
p.goo.gl/qbiafbiwi
TsLbjjk7

produz discursos de verdade


(relação saber-poder).
de
Conheça algumas obras
Michel Foucault:
•Doença Mental e Psicologia (1954)
•História da Loucura na Era Clássica (1961)
•O Nascimento da Clínica (1963)
•As Palavras e as Coisas (1966)
•Vigiar e Punir (1975)
•História da Sexualidade (1984)
ATIVIDADE
1) As ideias de Foucault apresentam aspectos
estruturalistas, como por exemplo a ideia de que cada
época apresenta uma estrutura de pensamento e que
conhecer esta estrutura é fundamental para a
compreensão da realidade. Em relação ao estruturalismo,
é correto afirmar:
a) é um método de análise das ciências
humanas;
b) é uma etapa necessária à investigação
em ciências da natureza.
ATIVIDADE - CORREÇÃO
1) As ideias de Foucault apresentam aspectos
estruturalistas, como por exemplo a ideia de que cada
época apresenta uma estrutura de pensamento e que
conhecer esta estrutura é fundamental para a
compreensão da realidade. Em relação ao estruturalismo,
é correto afirmar:
a) é um método de análise das ciências
humanas;
b) é uma etapa necessária à investigação
em ciências da natureza.
FOUCAULT E OS EPISTÉMÊS
• Estruturas epistêmicas, epistemas ou epistémês são
sistemas de pensamento a partir dos quais se funda a
própria história (descontínua)

• Sistema: conjunto de relações que independem dos


elementos que coligam.

• Os discursos e práticas se apoiam nessas


estruturas fundamentais do saber.
FOUCAULT E OS EPISTÉMÊS
A ciência que estuda os epistemas é a Arqueologia do
saber.

Fonte: https://images.app.goo.gl/Xkt2wjKG745hjnRm8
FOUCAULT E OS EPISTÉMÊS
“Quando falo epistemas, entendo
todas as relações que existiram
em certa época entre os vários
campos da ciência”; dito de outro
modo, são as “[...]
relações entre as ciências ou entre
os vários discursos científicos que
constituem o que
eu chamo epistema de uma época”
OS SUCESSIVOS EPISTEMAS

Na obra As palavras e as coisas, Foucault exemplifica o que


compreende por episteme analisando 3 períodos distintos:
• Até o século XVI;
• Do século XVII ao séc. XVIII;
• Após final séc. XVIII até os dias atuais.
OS SUCESSIVOS EPISTEMAS

Até o século XVI:


• Até a Renascença – existia uma
relação mais imediata entre a palavra
e a coisa que essa palavra significava.
• Neste contexto, a observação, a
autoridade tradicional e consagrada e
as adivinhações mágicas se
encontravam no mesmo nível de
conhecimento.
OS SUCESSIVOS EPISTEMAS

u lo X VII a o s éc . X VIII :
Do séc
• O discurso se distancia mais das
coisas. O pensamento se torna
mais abstrato. As coisas agora
devem ser colocadas em
categorias que nos permitam
distinguir as identidades das
diferenças;
• Empirismo e racionalismo.
OS SUCESSIVOS EPISTEMAS

c . X V III até os d ias atuais:


Após final sé
• A partir do séc. XIX – o saber está
centrado não mais naquilo que é visível,
mas sim nas estruturas ocultas;
• Queremos entender aquilo que regula
os acontecimentos;
• É nesse último momento que o homem
se torna objeto da investigação
científica.
ATIVIDADE
2) Pesquise sobre as características da renascença e da
modernidade, o período que a sucedeu. Analise, com isso,
quais eram os discursos vigentes nesses períodos e aponte
no que ele se difere do discurso corrente na realidade na
qual você está inserido.
ATIVIDADE - CORREÇÃO
2) A Renascença ou Renascimento antecedeu
a Modernidade propondo a valorização da
racionalidade e do conhecimento científico e
o progressivo abrandamento do dogmatismo
religioso e do misticismo sobre a cultura e a
sociedade. Embora essa transformação tenha
se consolidado na modernidade, nos dias
atuais há novos desafios que devemos levar
em consideração, como o fundamentalismo
religioso e a “pós-verdade”.
OS SUCESSIVOS EPISTEMAS
“Antes do fim do século XVIII o homem não
existia, assim como não existiam a potência
da vida, a fecundidade do trabalho, ou a
espessura histórica da linguagem. É uma
criatura recentíssima a que a demiurgia do
saber Fabricou com suas mãos, há menos de
duzentos anos ou mais". E "talvez seu fim
esteja próximo”.
Trecho de As palavras e as coisas extraído de: REALE, Giovanni; ANTISERI,Dario.
História da filosofia, v. 7: de Freud à atualidade. São Paulo: Paulus,2006.
A TAREFA DA FILOSOFIA
Uma das tarefas da filosofia, no
pensamento de Foucault, seria
trazer os sistemas à luz, à
consciência.

Fonte: https://colunastortas.com.br/ha-30-anos-morria-michel-foucault/
Revisão
• Conforme o pensamento de Foucault, o nosso
modo de ser e de nos relacionar com o
mundo é reflexo de um sistema que
antecede a nossa subjetividade. E que, de
certa forma, gera essa subjetividade.
• Para Foucault, epistema é a estrutura na qual
estão inseridos os discursos de um tempo.
Referências Bibliográficas
COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos da filosofia. 2 ed.
São Paulo: Saraiva, 2013.
GONÇALVES, D. A impossibilidade de pensar certas coisas: analisando o
conceito de episteme em Michel Foucault. In: Argumentos, ano 10, n.
20 - Fortaleza, jul./dez. 2018.
GRISSAULT, Katy. 50 autores-chave de filosofia... e seus textos
incontornáveis. Petrópolis: Vozes, 2012.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia, v. 7: De Freud à
atualidade. São Paulo: Paulus, 2006.
Foucault tratou de temas como loucura, sexualidade, disciplina,
poder e punição, hoje vistos em várias áreas do conhecimento. Em
História da Loucura, ele procura mostrar como o conceito de
loucura mudou através dos tempos. Uma de suas ideias
fundamentais é que a loucura não é algo da “natureza” ou uma
“doença”, como acreditavam os psiquiatras, mas um “fato de
cultura”. Podemos enxergar quatro momentos na história da
loucura:
– Na Idade Média, os loucos vagavam livres pela sociedade e eram, em muitos casos,
considerados sagrados.
– No Renascimento, a loucura é vista como “uma das formas da razão”, ou seja, um saber fechado,
esotérico, que produz e manifesta a realidade de outro mundo e nos entrega o homem essencial,
que em sua natureza íntima é furor e paixão.
Para explicar essa nova forma de disciplina e vigilância, Foucault cita o

clássico exemplo do Panóptico (literalmente, “vê-se tudo”) para prisões.

O efeito do Panóptico é criar a aparente onipresença do inspetor na mente

dos ocupantes, “induzir no detento um estado consciente e permanente de

visibilidade, que assegura o funcionamento automático do poder.

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