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ANEMIAS HEMOLITICAS
Sumario
Conceitos
Hematopoiese
Embriologia
Fisiologia da hemolise
Classificação anemias hemolíticas
Aspectos gerais
Fisiopatologia
Manifestacoes clinicas
Diagnostico
Tratamento
CONCEITOS:
ANEMIA
Anemia do grego,
Anemia = an + haima
BFU-E EPO
CFU-E
PRÓ-ERITROBLASTO
ERITROBLASTO BASÓFILO
GRANULÓCITOS
ERITROBLASTO POLICROMÁTICO
MEGACARIÓCITOS
ERITROBLASTO ORTOCROMÁTICO
RETICULÓCITO ERITRÓCITO
ERITROCITO E HEMOGLOBINA
Anemias Hemoliticas
Estrutura do eritrócito
• Forma discóide
• Centro menos espesso
• 8 µm diâmetro
• Membrana flexível, elástica
• Ausência de núcleo
• 4 cadeias de globina ligadas por heme
(ferro+protoporfirina)
• Composta por:
̶ Proteínas 52%
̶ Lípidos 40%
̶ Carboidratos 8%
• Citoesqueleto
̶ Formado por espectrina, anquirina, actina,
banda 3, proteinas 4.1…
̶ Responsáveis pela integridade e
elasticidade da membrana
Estrutura do eritrócito
• Região externa
̶ Presença de proteínas periféricas e glicolipídeos formadores de
antígenos eritrocitários.
• Região intramembrana
̶ Presença de proteínas integrais ancoradas ao citoesqueleto
Proteínas membranares
1. Espectrina: Proteína mais abundante que forma um arcaboço (citoesqueleto) sendo responsável pela
integridade e forma da membrana. ( Fosforilada pela quinase proteica)
3. Banda 4.1: interage com actina e auxilia na ligação da espectrina com a membrana
• Conteúdo eritrócito
Enzimas (gliceraldeido 3 fosfato desidrogenase, aldolase, ATPase,PK )
Íons
Glicose
Água
Hemoglobina
Metabolismo do eritrócito
• Uma vez que o G.V. maduro não tem
mitocôndria nem ciclo de Krebs, a energia é
adquirida através da:
ATP:
Usado para o transporte activo de Na e
K.
Manutenção da permeabilidade
Fosforilação da proteína membranosa
filamentar »espectrina
Estrutura da hemoglobina
Formada por duas partes:
Síntese da hemoglobina
Transferrina
Aminoácidos
Ribossomas
Fe
Cadeias e
Ferritina
Mitocôndrias
22 Globina
Glicina+B6 Fe
+ Heme x4
SuccinilCoA
ALA Protoporfirina Hemoglobina
Porfobiliinogênio Coproporfiirinogênio
Uroporfirinogênio
Função da hemoglobina
Transporte de oxigênio
O2 O2
Heme Heme
Heme Heme
2,3DPG
O2 O2
Deoxihemoglobina
Oxihemoglobina
Combinação de cadeias globínicas
z a 2 a 1
5’ 3’
Cromossomo 16
e G
g g
A
d b
Cromossomo 11 5’ 3’
Hb F Hb A2 Hb A
Normocítica
Normocrômica
(VCM: 80-100fL)
Adquiridas ou hereditarias
Intra ou extravasculares
Causas intra o extra corpusculares
Agudas ou crónicas
Anemias Hemoliticas
CLASSIFICAÇÃO
IMUNOHEMOLÍTICAS:
Autoimunes (ac quentes e frios)
HEREDITÁRIAS: Aloimunes (reacção transf., an. Hem. Recemnascido)
ASSOCIADAS A DROGAS:
Defeito de membrana (esferoc) Metildopa
Hemoglobinopatias (SS) Quinidina
Penicilinas, cefalosporinas
Enzimopatias (6GPD) ASSOCIADAS A INFECÇÕES:
Parasitárias (malária)
Bacterianas
FRAGMENTAÇÃO (microangiopáticas)
CID
ADQUIRIDAS: S. Hem.urémico
Purp Tromb. Trombocitop
Hemoglobinúria Paroxística Nocturna MECÂNICA:
(def membrana) Marcha
Próteses valvulares
Anemias Hemoliticas
Anemias hemolíticas
Destrução
VS.
Producao medular
Anemias Hemolíticas
• Estímulo de EPO
Descompensação=
ANEMIA
HEMOLÍTICA
Aumento das
necesidades de
ferro e ácido
• Compensação fólico
Anemia hemolítica
Manifestações clínicas (Geral)
• Teste de Coombs
• Exclusão de infecções/parasitas
• Ingestão de drogas
Anemias hemolíticas
• Generalidades
• Inspeção general: Ictericia, Palidez
• EF: Esplenomegalia (Hiperesplenismo), Hepatomegalia
• Hemoglobina: Normal ou diminuída
• VCM, HCM: Geralmente aumentada
• Reticulocitos: aumentados
• Bilirrubina: aumentada (nao conjugada)
• LDH: aumentada (ate 10 vezes na intravascular)
• Haptoglobina: Reduzida o ausente (menos de 250)
ANEMIAS HEMOLÍTICAS
AUTOIMUNES
Teorias:
1. alteraçao do antigeno eritrocitario(metildopa)
2. Reaçao cruzada com antigeno eritrocitario(micoplasma)
3. Induçao de celulas linfoides para produçao de anticorpos anti eritrocitos
ANEMIAS HEMOLÍTICAS
AUTOIMUNES
AHAI por Anticorpos Frios AHAI por Anticorpos Quentes
Síndrome de Aglutinina a frio Idiopática
Idiopática Secundária:
Secundária: LLC, Linfomas, Lupus
eritematoso sistêmico, TMO
Dç. não malignas: infecções
por Micoplasma pneumoniae,
mononucleose, e virais AHAI combinada com anticorpos quentes
e frios (mista)
Dç. malignas: doenças Idiopática
linfoproliferativas e outras Secundária
neoplasias
Drogas induzindo anemia
Hemoglobinúria Paroxística Fria (AC hemolítica imune
Donath Landsteiner) Tipo auto-imune
Idiopática Droga adsorvida
Secundária Neoantigeno
Síndromes virais e sífilis
Antígenos
São moléculas estruturalmente complexas capazes
estimular in vivo o sistema imunológico (resposta imune).
Diversidade estrutural ex:
Proteínas: sistemas Rh, M, N
Glicolipídios: sistemas ABH,
Glicoproteínas: sistema HLA
Lipoproteínas: HBsAg
Medicamentos
Anticorpos
São imunoglobulinas encontradas nos líquidos corporais humanos
Diferem com respeito ao tamanho molecular, conteúdos dos carboidratos,
atividade biológica e meia vida plasmática
São formadas por 4 cadeias polipeptídicas sendo 2 cadeias leves idênticas e 2
cadeias pesadas idênticas
A estrutura química da cadeia pesada é a responsável pela diversidade das
classes de imunoglobulinas
Existem 5 classes: IgA, IgD, IgE, IgG e IgM
No soro encontramos :
IgG 80%
IgA 13% (80% monômeros)
IgM 6%
IgD 1%
IgE presente em quantidade desprezível
Molécula de IgG
SÍTIO DE LIGAÇÃO DO ANTÍGENO
Cadeia Pesada
Cadeia Leve
FRAGMENTO Fc
Sistema Complemento
O sistema complemento é composto de pelo menos 20 tipos de proteínas séricas,
química e imunologicamente diferentes
Atividades enzimáticas
Atividades inibidoras
Interagem umas com as outras, com os anticorpos e com a membrana celular
A função biológica mais importante do complemento, na sorologia dos grupos
sanguíneos, é a lise celular em alvos revestidos por anticorpos
A ativação do sistema “cascata” do complemento pode ser realizada através de 3 vias
independentes e 1 via citolítica comum.*
Fisiopatologia
A classe ou subclasse do anticorpo envolvido é um determinante
crucial na fisiopatologia AHAI
As IgA, IgM, IgG1 e IgG3 podem fixar complemento
Se houver a ativação de C5 para C9 ocorre hemólise intravascular
A hemólise intra vascular pode ser prevenida pelos mecanismos
reguladores dos níveis de C4b, C3b que detêm o sistema de cascata
Sistema de Complementos
Fisiopatologia
Clinicamente a HPF é caracterizada por febre alta, tremor, dores nas costas ou nas pernas, cólicas
abdominais e outros sintomas como: cefaléia, náuseas, vômitos e diarréia
Hemoglobinúria típica ocorre produzindo urina de cor vermelha escura a preta.
Retrospectivamente poder ser identificado exposição a temperaturas frias
Droga Induzindo Anemia Hemolítica (DIAH)
DIAH resulta de vários tipos de interação entre a droga, anticorpos e
componentes do eritrócitos
3
AnemiasHemolíticas Auto Imune
Manifestacoes clinicas
Sintomas relacionados com anemia (dispneia, palides, taquicardia)
Resultantes da hemolise (Icterícia, Esplenomegalia)
Sintomas relacionados a doenca de base( Hepatomegalia
Acrocianose
Letargia
Obnubilação
Edema pulmonar
Insuficiência Renal
AnemiasHemolíticas Auto Imune
Diagnóstico
Achados de laboratório clínico :
Avaliação de lâmina de sangue periférico (ex: esferócitos, esquisócitos, policromasia,
eritroblastos)
Reticulócitos
Níveis de LDH
Níveis de BI
Níveis de haptoglobina
Níveis de hemoglobina livre no plasma
Hemoglobinúria
Hemosidenúria
Teste de Coombs
Coombs Direto ou
Teste de Antiglobulina Direta
1. Membranopatias (esferocitose
hereditária, eliptocitose) 1. Hemoglobinúria paroxística nocturna
2. Enzimopatia(deficiencia de G6PD, 2. Anemia Microangiopática
piruvato quinase) 3. Hipersplenismo
3. Hemoglobinopatias(A.Falciforme, 4. Infecção(malaria)
talassemias)
Congénitas
1. Membranopatias (esferocitose
hereditária, eliptocitose)
2. Enzimopatia(deficiencia de G6PD, piruvato quinase)
3. Hemoglobinopatias(A.Falciforme, talassemias)
Esferocitose Hereditaria
Dificuldade na passagem
pelos cordoes de bilroth
Sequestro esplénico
Destruicao
(hemolise extravascular)
Manifestaçoes clínicas
Crises aplásicas
produzidas por infeccao por parvovirus B 19
Crisis megaloblástica
consiste em uma subutilizacao de ácido fólico como consequencia da hiperplasia medular.
Diagnóstico
Os esferocitos nao sao exclusivos desta enfermidade, e se podem observar nas anemias
hemolíticas com intensa destrucao eritrocitaria
anemia hemolítica autoinmune
hemólise microangiopática
hemólise por septicemia (p. ex., por Clostridium).
Antes de da esplenectomia
Vacina anti pneumococo e hemofilos influenza
Esferocitose
Se normaliza o quadro clínico em prácticamente todos os casos de esferocitose
hereditaria
Elimina o órgao principal de destrucao eritrocitaria
Sem cura do defeito intrínseco de membrana, causante da enfermedade.
Se depois da da esplenectomia nao se resolve completamente a sintomatologia
diagnóstico incorrecto
baços supernumerarios
esferocitose hereditaria atípica.
ANEMIAS HEMOLÍTICAS
NÃO IMUNES
Congénitas
Frutose 1,6-diP
Gliceraldeído NAD
NADH
1,3 difosfoglicerato
2,3 DIFOSGLICERATO
3-fosfoglicerato
ADP
2-fosfoglicerato
ATP
Fosfoenol-piruvato
Piruvato cinase
ADP
ATP
Piruvato
Lactato
Fisiopatologia
Com a falta de glutationa, a hemácia é susceptivel a oxidaçao da
hemoglobina por radicais oxidativos como peroxido de
hidrogenio.
O heme é liberado da globina, esta é desnaturada, forma massas
insolúveis que se ligam à membrana (Corpusculos de Heinz)
Estas celulas são destruidas parcial»resultando em celulas
mordidas ‘bite cells’ou completamente no baço.
Deficiência de G6PD
As crises hemolíticas são precipitadas por:
1. Infecções:
2. e pelo uso de drogas:
O diagnostico e feito pelo doseamento de G6PD
Não há tratamento especifico« suporte clinico,
hidratação, Hemo transfusão em casos graves.
Profilaxia: evitar uso de substancias
potencialmente oxidativas e tratamento precoce
das infecções
ANEMIAS HEMOLÍTICAS
NÃO IMUNES
Congénitas
Cromossoma 11
Mutação puntiforme da
cadeia de Hb
(6 Glu-Val)
Falcização
Destruição das
células
Manifestações clínicas
1. Crises dolorosas (micro oclusões vasculares)
Terapia genética!
•“Episódio nocturnos: “
– Hipoventilação fisiológica
– acidose
– aumento de sensibilidade à lise pelo complemento
–Granulócitos e plaquetas compartilham da alteração membranal.
Hemoglobinúria paroxística nocturna
Manifestações clínicas
•Cansaço excessivo
•Icterícia
•Trombose
•Aplasia medular
•Propensão a infecções
Disfunçao eréctil
Hemorragias
HTP
Abortos TVP na gravidez
Cefalea
Falençia renal
Menor qualidade de vida
Hemoglobinúria paroxística nocturna
Quadro laboratorial
Sangue periférico
–Anemia
–Leucopenia, granulocitopenia
–Deficiência de ferro
–Hb: perto de 6 mg/dL
–Dosagem de LDH alta
•Urina :Hemoglobinúria Hemossiderinúria
Citometria de fluxo com ac monoclonais contra ag CD55 e CD59- granulócitos e eritrócitos.
•Teste de hemólise em sacarose:
–avalia a sensibilidade das hemácias ao complemento em meio de baixa força iônica, que favorece a
fixação de complemento na superfície das hemácias.
•Teste de HAM
–Verifica a sensibilidade das hemácias ao complemento em soro acidificado
Hemoglobinúria paroxística nocturna
Tratamento