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CAMPUS JOÃO PESSOA

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Professora: Camila Campos Gómez Famá

Professora IFPB – Campus João Pessoa


Mestre em Engenharia Civil – UFRGS
Engenheira Civil- UFCG
INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

PROPRIEDADES FÍSICAS
• As propriedades físicas são propriedades específicas de determinada
matéria. São aquelas que podem ser observadas quando há ação
mecânica ou do calor (energia térmica).
• Ex: Densidade, dureza, ponto de fusão, ponto de ebulição, calor
específico, permeabilidade, condutibilidade.
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INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

PROPRIEDADES QUÍMICAS
• Referem-se àquelas que, quando são coletadas e analisadas, alteram a
composição química da matéria, ou seja, referem-se a uma capacidade
que uma substância tem de transformar-se em outra por meio de
reações químicas.
• Ex: a combustão é uma propriedade que a gasolina possui. Quando
esta queima, sua composição química muda, transformando-se em
novas substâncias. Além da combustão, outros exemplos de
propriedades químicas são: oxidação, redução e reatividade.
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INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

PROPRIEDADES MECÂNICAS
• Definem o comportamento do material (resposta) quando sujeito a
cargas externas, sua capacidade de resistir ou transmitir esses esforços
sem se fraturar ou deformar de forma incontrolada.
• Ex: um elevador que é “sustentado” por um cabo de aço, uma simples
brincadeira de criança o “cabo de guerra” ambas as situações
obviamente submetendo a esforços que tendem a alongar estes cabos.
• Todos os materiais (estrutura) estão sujeito a algum tipo de esforço, são
eles; tração, compressão, cisalhamento, flexão e torção.
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PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE APARENTE E DENSIDADE REAL
A DENSIDADE APARENTE é a relação entre a massa do material e o
volume total (incluindo o volume dos poros)
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DENSIDADE APARENTE E DENSIDADE REAL
A DENSIDADE REAL é a relação entre a massa do material e o volume do
material (não inclui o volume de poros)
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POROSIDADE

Pode ser definida como a relação entre o volume de poros no material


(vazios) e o volume total do material (incluindo o volume de poros).
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POROSIDADE
A porosidade pode ser relacionada com as densidades aparente e
real pela seguinte expressão:
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POROSIDADE

Poros podem ter diversas formas:


Podem ser fissuras, vazios
irregulares, ou esféricos... Mas são
sempre formados pela penetração de
gases durante o estado fresco de
formação do material.

A porosidade pode ser determinada


com intrusão de mercúrio (alta
precisão) ou com balança hidrostática
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(pouca precisão) – pela


determinação do volume de água
absorvido pelo material (volume de
vazios) e do volume real de material
determinado através do empuxo.
PERMEABILIDADE

A permeabilidade está relacionada com a passagem de gases ou líquidos


através dos poros do material e resulta da interconexão entre os poros.

A permeabilidade depende do estado físico (gás ou líquido) do fluido e de


suas propriedades moleculares. Grandes moléculas, por exemplo, têm
acesso mais limitado aos vazios menores.
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A permeabilidade do material tem influência na sua


durabilidade, porém outros fatores estão envolvidos.
PERMEABILIDADE

A permeabilidade do material poroso a líquidos pode ser definida pela


expressão:

O termo gradiente hidráulico define a taxa de redução da pressão com


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a espessura do material. O gradiente de pressão que direciona o fluido.


PERMEABILIDADE x POROSIDADE

• Porosidade:
– Totalidade de vazios em um concreto endurecido.

• Permeabilidade:
– Interconexão dos vazios através de canais;
– Continuidade dos canais entre duas superfícies
opostas;
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– É importante para:
• Concretos em ambientes agressivos:
– Água, ar, solos;
• Concreto armado e aparente;
• Estruturas hidráulicas.
ABSORÇÃO

• Relaciona-se com os vazios que têm


comunicação com
o exterior.
• É o processo físico pelo qual o concreto retém
água nos poros e condutos capilares.
• Indica diferenças de pressão ou de
concentração de substâncias em diferentes
meios.
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PROPRIEDADES FÍSICAS

• Ponto de • Solubilidade
Fusão

• Cond.
• Ponto de Ebulição
Elétrica
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PROPRIEDADES FÍSICAS

• Maleabilidade • Densidade

• Magnetismo • Viscosidade
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PROPRIEDADES MECÂNICAS
PROPRIEDADES MECÂNICAS

 Propriedades de um material associadas com a


capacidade que ele tem de resistir a esforços mecânicos.

São exemplos de propriedades mecânicas:

 RESISTÊNCIA,
 ELASTICIDADE, Para melhor entender
 DUCTILIDADE, estas propriedades, é
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 FLUÊNCIA, necessário conhecer a


 DUREZA, definição de TENSÃO e
 TENACIDADE. DEFORMAÇÃO.
TENSÃO
Tensão é a relação entre a carga aplicada e a área resistente.

 A tensão é expressa em kgf/cm² ou N/m² (Pascal).


 Na indústria do concreto, as tensões geralmente são
expressas em Mpa = N/mm².
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TENSÃO

Muitos materiais, tais como cerâmicas, vidros, concreto e alguns metais têm
comportamento frágil.
 Isto geralmente significa que o ponto de ruptura está próximo do limite de
elasticidade (a ruptura é drástica, e não dúctil!)

As estruturas devem ser dimensionadas de forma que atue sobre os


componentes uma tensão aceitável de trabalho.

A TENSÃO ACEITÁVEL, PARA CADA MATERIAL, É OBTIDA


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PELA TENSÃO DE RUPTURA MINORADA POR UM


COEFICIENTE DE SEGURANÇA.
DEFORMAÇÃO

Deformação é definida como a relação entre a variação de


comprimento (após a aplicação de determinada carga) e o
comprimento inicial de um material, conforme a seguinte equação:
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Onde L0 é o comprimento inicial e


Lf é o comprimento final, após aplicada
determinada solicitação no material.
DEFORMAÇÃO

Alguns materiais, a partir de determinada carga, deformam-se excessivamente


(sem romper) e não retornam para a sua forma e posição originais depois de
retirada a carga. São exemplos disso os metais e alguns polímeros.

OBVIAMENTE, É INACEITÁVEL QUE OCORRAM DEFORMAÇÕES


EXCESSIVAS NAS CONSTRUÇÕES.
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Por isso, a tensão de trabalho para estes tipos de materiais é determinada a


partir da tensão em que a deformação passa a ser excessiva (tensão de
escoamento), e não a partir da tensão de ruptura.
DEFORMAÇÃO

O escoamento plástico antes da ruptura é vantajoso pelo fato de que o


escoamento do aço não causaria uma ruptura total de uma viga de
concreto armado, somente flecha excessiva, alertando os usuários
sobre uma possível carga além do limite.

Geralmente, a resistência dos metais aumenta pelo trabalho em


conjunto com o concreto.
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Materiais que deformam plasticamente são classificados de DÚCTEIS.

A ductilidade é normalmente medida por uma quantidade de


alongamento antes da ruptura.
CAMPUS JOÃO PESSOA Tensão x deformação
RESISTÊNCIA

Resistência pode ser definida como a capacidade de um material ou


componente suportar cargas sem se romper ou apresentar excessiva
deformação plástica.

Materiais são normalmente testados de maneira a simular sua operação


na construção, embora as tensões in-situ sejam freqüentemente
complexas.

As principais formas de teste são:


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 COMPRESSÃO,
 TRAÇÃO,
 FLEXÃO E
 CISALHAMENTO.
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
As forças de compressão em materiais agem da mesma maneira que a
ligação atômica, forçando os átomos a se aproximarem, e esta ação, em
geral, não causa a ruptura.
 Entretanto, a compressão induz a esforços de cisalhamento, e a
deformações que conduzem a esforços de tração por efeito do coeficiente
de Poisson.
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Cisalhamento
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

Dependendo do tipo de material, da forma e tamanho do corpo-de-


prova e da forma de carregamento, a compressão pode causar
ruptura por cisalhamento ou por tração, ou mesmo pela combinação
dos dois.

O teste de compressão é muito realizado por ser de fácil execução


e porque os componentes da construção estão freqüentemente
submetidos a esforços de compressão
(Concreto, blocos cerâmicos, etc.).
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IMPORTANTE:
São necessários procedimentos padrões para realização dos testes.
Vários fatores (forma e dimensões do corpo-de-prova, velocidade de
carregamento, etc.) podem influenciar nos resultados obtidos durante o ensaio
de compressão.
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

A resistência à compressão do material ensaiado é


determinado com a seguinte expressão:
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Onde P é a carga de ruptura e A é a área da


seção transversal resistente.
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO DIRETA

Testes de tração são utilizados em componentes metálicos ou


fibrosos
projetados para trabalhar sob tensões de tração.

São também, ocasionalmente, utilizados em materiais não


trabalham principalmente comprimidos, como o concreto,
quando alguma performance à tração é requerida.
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RESISTÊNCIA À TRAÇÃO POR COMPRESSÃO DIAMETRAL
CAMPUS JOÃO PESSOA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO NA FLEXÃO
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO NA FLEXÃO
- Concretos
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Resultados, em geral,
maiores que os dos
demais ensaios de
resistência à tração.
RIGIDEZ
• A rigidez pode ser definida como a capacidade de um material ou
componente resistir a deformação quando submetido a tensão.

•A rigidez é medida pelo módulo de elasticidade, que é a relação entre a


tensão aplicada no componente e a deformação resultante desta tensão.

O módulo de elasticidade é obtido do gráfico tensão x deformação do


material, sendo E igual a inclinação da curva no trecho elástico.
Geralmente, trata-se de uma tensão baixa comparada a tensão de
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ruptura.

MATERIAIS ELÁSTICOS:
Lei de Hooke – Deformações proporcionais às tensões aplicadas.

Gráficos deMATERIAIS
Tensão x Deformação não lineares.
NÃO ELÁSTICOS:
TENACIDADE
A tenacidade de um material reflete sua capacidade de absorver
energias na forma de impactos. (carregamentos de duração
instantânea).

A tenacidade pode ser facilmente medida por uma máquina tipo pêndulo,
como o pêndulo Charpy.

A amostra é colocada em uma máquina e


submetida ao impacto por um pêndulo
pesado.
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Vale ressaltar que alta tenacidade


não implica necessariamente em
alta resistência!
FLUÊNCIA

A fluência é definida como a deformação com o tempo, resultado de


aplicações prolongadas de tensão. É considerada de produção muito
lenta. A fluência ocorre principalmente em três tipos de material:

· Metais submetidos a tensões sob temperaturas próximas ao ponto


de fusão.

· Materiais susceptíveis a umidade que, por exemplo, expandem com


a presença de água, são passíveis de exibir fluência relacionada com o
escoamento da umidade no material. (Materiais porosos, como o
concreto, estão sujeitos a fluência pela perda de umidade).
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· Materiais fibrosos. A fluência nestes materiais podem resultar do


escorregamento da fibra na matriz. (O maior exemplo disso é a madeira).
FADIGA
Rupturas por fadiga resultam de aplicações
repetidas de tensão. A ruptura em muitos
materiais ocorre com tensões bem abaixo da
tensão de ruptura, se o carregamento for
aplicado repetidamente.

A resistência à fadiga pode ser medida. Em


materiais como madeira e concreto, os
testes são normalmente feitos com
carregamento repetido em vigas.

Rupturas por fadiga são raras em elementos


estruturais, mas em alguns componentes,
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este tipo de ruptura é comum – Por exemplo,


em componentes metálicos como dobradiças.

Desenvolvimento de estruturas sujeitas ao


tráfego veicular, como estradas e pontes
devem levar em conta o efeito da fadiga.
DUREZA
Dureza pode ser definida como a resistência ao entalhe (risco).

Testes para determinar a dureza normalmente envolvem a medida do


diâmetro da depressão permanente causada pela penetração de
uma esfera dura na superfície do material com uma carga padrão,
como por exemplo, o teste de dureza Brinell, usada em testes de
metais.
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O teste de dureza está bem relacionado


com a resistência dos metais. Assim, este
teste é utilizado para avaliar o efeito dos
tratamentos térmicos em metais.
DUREZA
Alguns ensaios de avaliação da dureza são usados para estimar a
resistência à compressão de materiais, como o concreto.

Esclerômetro Martelo de
Schmidt
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Testes de dureza são muito relevantes na avaliação da performance de


materiais para paredes e pisos.
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DUREZA
RESISTÊNCIA À ABRASÃO

É definida como a capacidade de uma superfície resistir ao


desgaste devido ao atrito com objetos ou materiais em
movimento.

Superfícies duras geralmente são resistentes à abrasão, mas a


resistência à abrasão de superfícies moles pode também ser
aumentada com tratamentos superficiais que dependem do tipo de
tráfego.
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RESISTÊNCIA À ABRASÃO
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PROPRIEDADES GERAIS DOS MATERIAIS DE
CAMPUS JOÃO PESSOA CONSTRUÇÃO

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