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INTELIGÊNCIA E

APRENDIZAGEM
ESCOLAR
INTELIGÊNCIA: ALGUMAS DEFINIÇÕES

 capacidade de resolver problemas

 capacidade de adaptação ao ambiente e às


situações novas

 capacidade de aprender com a experiência


(adquirir novos comportamentos e
conhecimentos)

 capacidade de pensamento lógico e abstrato


Principais controvérsias
1. Estrutura/Composição da inteligência
capacidade geral x conjunto de capacidades
específicas (Thurstone, 1938)
(Spearman, 1904)
1 Compreensão verbal

s Velocidade 7 2 Fluência verbal


perceptual
g
s s Memória 6 3 Raciocínio indutivo

Habilidade Visualização
5 4
numérica espacial

Inteligência fluida (Gf) x inteligência cristalizada (Gc)


(R. B. Cattel, 1963) ( Não verbal; ( Verbal; afetada pela
não influenciada pela educação, cultura e
cultura/ experiência) experiência)
2. Origem/natureza da inteligência
 teses inatistas
resultante de disposições hereditárias
(característica fixa, imutável)

 teses ambientalistas
produto das experiências propiciadas pelo meio
(característica adquirida e modificável)

 teses interacionistas
resultado da interação entre fatores hereditários e ambientais (potencial
que pode ser desenvolvido)
Ex: Pesquisas com gêmeos idênticos criados separadamente ( Correlação de
0,7 entre os QIs. O que indicaria 49% da variação da inteligência explicada pela
hereditariedade)

 Pesquisas recentes feitas com professores indicam que os mesmos


situam no aluno a origem de seu desempenho escolar, privilegiando
as teses inatistas (“dom”) em detrimento dos fatores ambientais
Teoria motivacional das
“concepções pessoais de Inteligência”
(Dweck e Bempechat, 1983)

possibilidade de desenvolver e ampliar


a inteligência pelo esforço e prática
Inteligência vista como traço estável
inteligência relacionada a tarefas
e fixo do indivíduo
específicas
concepção inatista e unitária da Maior motivação para a aprendizagem
inteligência (inteligência atribuída a causa interna,
instável e controlável)
Abordagem Psicométrica
 Psicometria => estudo e mensuração das diferenças individuais (testes
de inteligência, de personalidade, de aptidões específicas)

 Inteligência concebida como capacidade cognitiva inata

o Galton (Inglaterra, 1884) => medidas de velocidade de reação;


Objetivo: “aprimoramento” da espécie humana (eugenia)

o J. Cattell (EUA, 1889) => fundador do “movimento dos testes” norte-


americano.

o Binet (França, 1905) => 1a. escala métrica (teste) para avaliação da
inteligência

 Objetivo educacional: identificar crianças menos dotadas, que não se


beneficiariam do ensino tradicional
o Escala de Binet => questões organizadas em ordem
crescente de dificuldade, associadas ao desempenho médio
das crianças nas diferentes faixas etárias (4 a 15 anos)

 noção de idade mental => correspondente ao desempenho


da criança no teste de inteligência

 Classificação das crianças:

 normais => idade mental compatível com a idade cronológica

 deficientes => idade mental inferior à idade cronológica

 superdotadas => idade mental superior à idade cronológica

 Stern (1912) => conceito de QI (quociente intelectual)


QI = Idade mental x 100
Idade cronológica
Tabela de QI de Terman (1916) Deficiência Mental: critérios para
diagnóstico (1992)
acima de 150 – Gênio ou quase gênio 1.Início dos problemas antes dos 18 anos
120 a 150 – Inteligência muito superior 2. QI inferior a 70

110 a 120 – inteligência superior


Deficiência mental leve: QI 55 a 70
90 a 110 – inteligência média ou normal Deficiência mental moderada: QI 40 a 55
Deficiência mental séria: QI 25 a 40
80 a 90 – inteligência inferior Deficiência mental profunda: QI abaixo 25
70 a 80 – inteligência rude ou limítrofe 3. Deficiência nas habilidades adaptativas em pelo
menos duas das seguintes áreas:
50 a 70 – cretino
•Comunicação
25 a 50 – imbecil
•Cuidado pessoal
Abaixo de 25 - idiota •Habilidades sociais / interpessoais

•Rendimento escolar
 Debilidade Mental
•Trabalho

• Idiota : não aprenderá a ler nem a falar •Lazer

• Imbecil : aprenderá a falar, mas não a ler •Saúde

• Cretino: poderá aprender a ler, porém em •Segurança

processo muito demorado


Críticas aos testes de inteligência
 Os testes não são isentos de influências educacionais
e culturais, favorecendo, portanto, indivíduos
pertencentes a determinados grupos sócio-culturais.

 A classificação das crianças como normais, deficientes


ou superdotadas costumam gerar expectativas
escolares e sociais, passando a determinar o próprio
comportamento das crianças (profecias auto-
realizadoras)

 Os testes não medem capacidade (potencial), mas sim


desempenho, que por sua vez, é influenciado por
muitas outras variáveis (emocionais, motivacionais,
sócio-culturais)
Abordagem Piagetiana

 Preocupação com os aspectos comuns (universais) da


estrutura e funcionamento da inteligência (processos de
assimilação, acomodação e equilibração)

 ênfase nas mudanças qualitativas que ocorrem no


pensamento, nas diferentes fases ou estágios do
desenvolvimento intelectual

 utilização do método clínico (provas operatórias) para


avaliar o nível de desenvolvimento cognitivo
Abordagem sócio-cultural
(Vygotsky)
 A inteligência (funcionamento mental superior) se
desenvolve a partir da interação social

 ênfase no papel do “outro” e da “linguagem” no


desenvolvimento intelectual
 Valorização do contexto cultural => o comportamento
considerado inteligente varia em função do meio social

 importância de avaliar o que a criança é capaz de


realizar com a ajuda do outro (ZDP) => melhor índice
das potencialidades
Abordagem do Processamento de
Informação

 busca identificar como o indivíduo seleciona, organiza,


armazena, recupera e utiliza a informação

 estuda os processos mentais subjacentes ao


comportamento inteligente (pensamento, resolução de
problemas, etc)
Abordagem do Processamento de
Informação
Teoria triárquica da Inteligência (Sternberg, 1985)

Pensamento subteoria componencial


analítico (metacomponentes, componentes de desempenho
e componentes de aquisição de conhecimento)

Inteligência
Pensamento criativo “Pensamento” prático

subteoria experiencial subteoria contextual


(situações novas x automatizações) (adaptação ao ambiente e à cultura)
TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS (GARDNER, 1983)
Inteligência => capacidade de resolver problemas e/ou criar objetos úteis num dado
contexto sócio-cultural

                                                                                     

                                                                                     

                                                                                     
Evidências: 1) pessoas comuns que se destacam em áreas específicas; 2) relação entre
diferentes atividades e áreas cerebrais específicas; 3) baixas correlações entre as inteligências.
Inteligência Emocional
(Salovey e Mayer, 1989; 1993; Goleman, 1995)
 Emoção => respostas adaptativas do indivíduo a eventos
internos ou externos, positivos ou negativos
 O sucesso pessoal e profissional depende mais da
inteligência emocional que da inteligência racional (QI)

Habilidades envolvidas (Goleman):


 Auto-conhecimento emocional - habilidade para reconhecer os próprios
sentimentos
 Controle emocional - habilidade para lidar com os próprios sentimentos,
expressando-os adequadamente em cada situação
 Auto-motivação - habilidade para dirigir as emoções a serviço de um
objetivo futuro
 Empatia - habilidade para reconhecer as emoções, desejos e
necessidades dos outros
 Sociabilidade - habilidade em relacionamentos interpessoais
Implicações Educacionais

 A inteligência não deve ser vista como um atributo único, estático e


imutável, mas como um conjunto de capacidades passiveis de
serem desenvolvidas e aprimoradas com a experiência escolar.

 O ensino e a utilização adequada de estratégias de aprendizagem


podem ajudar o aluno a “aprender a aprender”, isto é, a desenvolver
a(s) sua(s) inteligência(s).

 A adoção de uma concepção incremental de inteligência favorece a


motivação e o desempenho de alunos e professores

INTELIGÊNCIA APRENDIZAGEM
CRITÉRIOS PARA ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO NA DISCIPLINA PSICOLOGIA E
EDUCAÇÃO (Atribuir nota de 0 a dez com breve justificativa)

Auto-Avaliação na atividade “Mesa-


Auto-Avaliação na disciplina Temática”
 Realização de Leituras indicadas  pesquisa de notícia
 Frequência e participação nas aulas  Leitura de material bibliográfico
síncronas indicado e/ou pesquisa e leitura de
material adicional
 leitura de slides e/ou
acompanhamento das aulas gravadas  participação de discussão em grupo
com as monitoras
 realização das atividades propostas
 elaboração de material para
apresentação
 Apresentação individual
 resultado final do grupo

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