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Psicodiagnóstico:

Interventivo Tradicional
Pressupõe uso de intervenções para além da Intenção de uma classificação
avaliação durante o processo
Entender a problemática do indivíduo, Identificar forças e fraquezas no funcionamento
fazendo uso integrado dos processos psicológico; existência ou não de psicopatologia.
avaliativo e terapêutico.
Entender paciente em sua totalidade, síntese Parâmetros: limites da variabilidade normal
dinâmica e estrutural de sua vida psíquica.
Procedimento com base na prática da Intervenções apenas na entrevista de devolução.
psicologia clínica.
Investigação e intervenção ao mesmo tempo; Objetivo central gira em torna do diagnóstico.
intervenções durante entrevistas e testes.
Uso de associação livre.

Inteligência: capacidade humana de enfrentar situações novas, a fim de resolver problemas e de utilizar conceitos
concretos e abstratos.
 Não é um fator dissociado da personalidade do sujeito - relação com hereditariedade, temperamento,
caráter, assimilado do meio social.
 Evolução equilibrada da inteligência relacionada com progressos do pensamento, que acompanha
desenvolvimento anato-fisiológico, motor e psicológico.

Início do estudo da Inteligência:


 Francis Galton: conhecimento é adquirido através dos órgãos sensoriais. Acreditava que poderia mediar a
inteligência humana através da capacidade do sujeito discriminar estímulos.
 Binet: primeiro teste de inteligência de habilidades cognitivas. Crianças de diferentes idade; padronizado de
acordo com a idade (conceito de idade mental).
 Fator G: percebeu que existia grande correlação com as várias medidas de inteligência. Inferência de uma
inteligência geral. Início da teoria dos dois fatores da inteligência.

Análise fatorial: identificar um grande fator geral para explicar a inteligência (FATOR G)
 Fator G: todas as habilidades humanas têm um fator comum. Espécie de energia, com base neurológica,
capaz de ativar a capacidade de realizar trabalhos intelectuais.
 Fator S: todas as habilidades têm um fator específico. Fatores específicos: seriam relativos a uma tarefa
específica, representando peculiaridades de cada um (teatro, música).

Thorndike: propôs que existem 3 tipos diferentes de inteligência


 Abstrata: inteligência tradicional
 Mecânica: visualizar relações entre objetos e entender como o mundo físico funciona.
 Social: capacidade de se relacionar bem socialmente.

Thurstone: propôs que a inteligência pode ser melhor descrita e avaliada através de habilidades mentais ao invés de
um único fator. Esse fator único não fornece informações específicas acerca do tipo de inteligência.
 Defende a existência de um pequeno número de fatores independentes (utilizados de acordo com a
natureza do problema a ser resolvido) ou capacidades mentais primárias: espacial, rapidez de percepção,
numérica, compreensão verbal, fluência verbal, memória e raciocínio indutivo.
 Explica porque uma pessoa tem facilidade para um fator e dificuldade para outro.

Tipo de inteligência Descrição
Compreensão verbal Entender o que leu; analogias; testes de vocabulário
Fluência verbal Nomear objetos; rimas
Fluência numérica Realização de cálculos
Viso-espacial Relações espaciais e geométricas
Memória associativa Memória pra/associada a outras memórias
Velocidade perceptual Percepção rápida e precisa de detalhes
Raciocínio indutivo Completar série; descobrir regra.

Guilford: Critica a teoria do fator único; propõe existência de 150 habilidades mentais. Produto de 3 dimensões:
conteúdos, operações e produtos.

Fatores hierárquicos: uma nova perspectiva para resolver o problema dos fatores - a organização hierárquica.
Cattel e Horn: teoria da inteligência cristalizada e fluida.
 Constatou a existência de dois fatores gerais - inteligência fluida e cristalizada.

Inteligência fluida: Gf
 Capacidade básica de resolução de problemas novos.
 Pouco dependentes de conhecimentos previamente adquiridos/influência de aspectos culturais.
 Mais determinada pelos aspectos biológicos.
 Alterações orgânicas alteram mais a inteligência fluida do que a cristalizada.
 Diminui ao longo do desenvolvimento (21 anos), devido à gradual degeneração das estruturas fisiológicas.
Inteligência cristalizada: Gc
 Tipos de capacidades exigidas na solução da maioria dos complexos problemas cotidianos.
 Desenvolvida a partir de experiências culturais e educacionais (atividades escolares).
 Tende a evoluir com o aumento da idade.
Outros fatores:
 G visualização: ligados à percepção e manipulação viso-espacial.
 De lembrança: velocidade de acesso a uma memória.
 De velocidade: velocidade cognitiva.
 Fator G englobaria Gf e Gc, que estriam seguidas por fatores mais específicos.

Teoria de Inteligência de Carroll (3 Camadas)


 Camada mais alta (III), está fator G (geral). Complexo de processos cognitivos superiores que são comuns a
todas as atividades intelectuais.
 2ª camada influencia grande variedade de comportamentos, sendo composta por 8 fatores gerais:
inteligência fluida, cristalizada, memória e aprendizagem, percepção visual e auditiva, capacidade de
recuperação, rapidez cognitiva e velocidade de processamento. Capacidades amplas ou gerais.
 Na Cama I, vários fatores de primeira ordem que representam especializações das capacidades, refletindo os
efeitos da experiência e da aprendizagem. Capacidades específicas.

Teoria CHC

 Decompõe conceitos clássicos nos seus elementos mais básicos (capacidade verbal – desenvolvimento de
linguagem, conhecimento léxico, capacidade de comunicação), facilitando o delineamento daquilo que
deverá ser avaliado e, consequentemente, proporcionando a elaboração de instrumentos de medida que
permitam uma compreensão mais precisa dos resultados.
 Inteligência entendida não como uma capacidade única, inata e estática, mas composta por capacidades
múltiplas e passíveis de estimulação.
 Inteligência fluída, cristalizada, conhecimento quantitativo, habilidade de leitura e escrita, memória de curto
prazo, processamento visual.

Teoria das Inteligências Múltiplas

Gardner: propõe que a inteligência não é constituída de um fator. Sistema educacional não está preparado para lidar
com todas estas formas de inteligência.

Corporal cinestésica, interpessoal, intrapessoal, naturalista, linguística, musical, lógico matemática, espacial.
Sternberg: teoria triárquica da inteligência

3 aspectos: o mundo interior da pessoa, a experiência, o mundo exterior.

3 tipos de componentes

Metacomponentes: processos executivos de ordem superior, usados para planejar, monitorar e avaliar a solução de
problemas.

Componentes de desempenho usados para implementar os comandos de metacomponentes por meio dos processos
de ordem inferior.

Componentes de aquisição de conhecimento em que os processos são usados para aprender como resolver
problemas. Na prática, esses componentes não funcionam isolados, são interdependentes.

Capacidades analíticas (resolver problemas conhecidos usando estratégias), criativas (resolver problemas que exigem
pensar sobre problema de maneira nova) e práticas (tenta resolver problemas aplicando o que se sabe aos contextos
cotidianos.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Inteligência social

 Thorndike: capacidade de perceber os estados emocional próprios e alheios, motivos e comportamentos


além da capacidade de agir com base nestas informações de forma ótima. Habilidade de decodificar
informações oriundas do contexto social e de desenvolver estratégias comportamentais eficazes com vistas a
objetivos sociais.

Inteligência emocional:

 Forma de ampliar o conceito aceito como inteligência, acrescentando emoções e sentimentos.


 Verificação das relações entre cognição e emoção poderia resultar no reconhecimento da capacidade do
homem lidar com seu mundo emocional de forma inteligente, compatível com seus objetivos mais amplos de
vida.
 Definida inicialmente por Salovey e Mayer, como subforma de inteligência social que abrangeria a habilidade
de monitorar as emoções e sentimentos próprios e dos outros, discriminá-los e utilizar essas informações
para orientar pensamentos e ações.
 Primeiros estudos demonstraram a habilidade das pessoas em identificar emoções em cores, rostos e
formas.
 1997 popularização do conceito, ampliação e mudança na definição, a partir de então, passa a incluir
aspectos da personalidade.
 Goleman: envolveria autoconsciência, empatia, autocontrole, sociabilidade, zelo, persistência e motivação.
Refere-se a IE como caráter, sugeriu que determinaria grande parte do sucesso ou fracasso das
relações/experiências cotidianas.
 Redefinição: envolve a capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções;
capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; capacidade de
compreender a emoção e o conhecimento emocional; capacidade de controlar emoções para promover o
crescimento emocional e intelectual.

Emoção

 Corresponde a uma reação psicobiológica complexa, que envolveria inteligência e motivação, impulso para
ação, além dos aspectos sociais e da personalidade, acompanhados de mudanças fisiológicas, expressariam
acontecimento significante para o bem estar subjetivo do sujeito no seu encontro com o ambiente.
 Parcialmente determinada biologicamente, e parcialmente produto da experiência e do desenvolvimento
humano no contexto sociocultural.
Quatro níveis da IE

 Percepção emocional: reconhecer distintas emoções em si e nos outros, de expressá-las em situações sociais.
 Emoção como facilitadora de pensamentos: capacidade de o pensamento gerar emoções, bem como a
possibilidades de elas influenciarem o processo cognitivo.
 Compreensão emocional: quão bem é capaz de entender significados e situações emocionais, através da
utilização de processos de memória e codificação emocional.
 Gerenciamento emocional: regular emoções em si e nos outros, gerar emoções positivas e d=reduzir
negativas.

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