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INTELIGÊNCIA

Professora: Ana Paula Ferreira


Histórico da Inteligência

• Visão da inteligência na história da psicologia: várias


mudanças;
• Testes: Em 1904, Alfred Binet (1857-1911) criou os
primeiros testes de inteligência;
• Objetivo dos testes: verificar progressos intelectuais das
crianças deficientes (termo da época) e a pedido de
professores das escolas francesas diferenciar os alunos por
ritmos de aprendizagem;
• Binet: partiu daquilo que as crianças podiam realizar em cada
idade (idade cronológica);
• Quociente Intelectual (Q.I): Tem o objetivo de verificar se a
criança está no nível de desenvolvimento intelectual
considerado na média de sua idade.
Histórico da Inteligência

 Críticas aos testes:

a) Conceito de inteligência: diferentes maneiras de abordá-la


pelos construtores dos testes. Será que eles avaliam mesmo o
que se propõem?

b) Rótulos e classificações: deficientes, normais e superdotados;


Visões Anteriores

 Os egípcios: localizavam o pensamento no coração e o julgamento


na cabeça e nos rins;
 Pitágoras e Platão: acreditavam que a mente encontra-se no
cérebro;
 Frenologia: J. Gall (final Séc. XVIII): os crânios humanos diferem
uns dos outros, assim refletiam pontos fortes, as fraquezas e as
idiossincrasias de seu perfil mental;
 Francis Galton: Buscou também perfis individuais; perfis
distintos de habilidades e incapacidades. Interesse particular em
“gênios” e outras formas notáveis de sucesso. Classificava as
pessoas em seus poderes físicos e intelectuais e correlacionava estas
medidas.
Visões Anteriores

 Charles Spearman (1863-1945): Psicólogo educacional britânico.


Acreditava na inteligência de um fator “g” – fator geral dominante,
medido por cada tarefa em um teste;

 L. Thurstone (1887-1955) - psicometrista americano: existência de


um pequeno conjunto de faculdades mentais primárias,
relativamente independentes entre si e medidas por tarefas
diferentes. Nomeou 7 destas faculdades: verbal; fluência verbal;
fluência númerica; visualização espacial; memória associativa,
velocidade de percepção e raciocínio.
Inteligência

 “ A inteligência é a solução de um problema novo para o


indivíduo, é a coordenação dos meios para atingir um certo
fim, que não é acessível de maneira imediata; enquanto o
pensamento é a inteligência interiorizada e se apoiando não
mais sobre a ação direta, mas sobre um simbolismo, sobre a
evocação simbólica pela linguagem, pelas imagens mentais”;
 “Capacidade de se adaptar ao ambiente, a situações novas,
capacidade de aquisição de novos conhecimentos;”
 Desenvolvimento das inteligências: determinado em linhas
gerais por fatores genéticos, neurobiológicos e condições
ambientais;
Inteligência

 Concepções de inteligência: 2 abordagens

1) Abordagem da psi diferencial: tradição positivista; a


inteligência para ser estudada deve se tornar observável,
mensurável : testes psicológicos de inteligência; Q.I;

2) Abordagem dinâmica: dados obtidos nos testes de


inteligência deixam de ser considerados como medidas de
inteligência → medidas da eficiência intelectual do sujeito;
Inteligência

 Binet partiu daquilo que as crianças poderiam realizar em


cada idade → testes de Q.I – avaliava se o desenvolvimento
intelectual da criança acompanhava ou não o das crianças de
sua idade;
 Problemas dos testes de inteligência:
a) Mediam fatores parecidos ou completamente diferentes, pois
o termo inteligência era compreendido de diferentes maneiras
pelos construtores dos testes e os mesmos refletiam essas
diferenças;
b) A rotulação ou classificação das crianças: deficientes,
normais ou superdotadas: pais e professores passavam a
agir em função das expectativas destas classificações; criança
induzida a corresponder às expectativas;
Inteligência

c) Tendenciosidade: testes são construídos em função dos fatores


valorizados pela sociedade, meio cultural. Mede as habilidades que
refletem as experiências e o ambiente de uma pessoa num
determinado momento.
2) Abordagem dinâmica:
• Na abordagem dinâmica a inteligência passa a ser um adjetivo –
inteligente que qualifica a produção cognitiva e intelectual do
homem;
• O indivíduo é visto na sua globalidade;
• Testes: instrumentos auxiliares na identificação das dificuldades,
sintomas de conflitos, tornam-se muitas vezes dispensáveis;
Inteligência

 “A inteligência não é uma “coisa” que o indivíduo tem,


como se fosse um traço fixo e concreto. A inteligência é um
conceito construído socialmente, a capacidade de uma pessoa
para o comportamento adaptável orientado para um objetivo”;

 O comportamento inteligente reflete a capacidade para se


adaptar; aprender com a experiência e raciocinar com clareza
e resolver problemas;
Inteligência

 A inteligência, compreendida como capacidade cognitiva ou


intelectual, não pode ser estudada, analisada, nem
compreendida isolada da totalidade de aspectos, aptidões,
capacidades do ser humano: integração da dimensão
cognitiva/afetiva. Ex. preocupação, problema ou conflito →
maior dificuldade para aprender um conteúdo novo ou
resolver problemas ou expressar pensamentos;
Criatividade e inteligência:
 Criatividade é a habilidade de produzir idéias que são novas e
valiosas;
 Resultados de testes de inteligência e criatividade:
demonstram que não há muita correlação. Aumentos na
Inteligência

inteligência não estão vinculados a aumentos na criatividade.


Pessoas criativas em geral não tem escores superiores a colegas
menos criativos nos testes de inteligência.
 Estudos de pessoas criativas sugerem 5 outros componentes da
criatividade (além de um certo nível de aptidão intelectual):
a) A especialidade está em primeiro lugar – uma boa base de
conhecimento; (sorte só favorece a mente preparada);
b) Habilidades de pensamento imaginativo proporcionam a
habilidade de ver as coisas de novas maneiras, reconhecer padrões,
estabelecer ligações. Para ser criativo você deve primeiro dominar
os elementos básicos de um problema,
Inteligência

depois redefini-lo ou explorá-lo de uma nova maneira →


criatividade e resolução de problemas;
c) Persevera para superar obstáculos, procura novas
experiências, tolera a ambigüidade e o risco: grandes
inventores persistem depois do fracasso, não desistem;
d) Princípio da motivação intrínseca: pessoas criativas
focalizam não tanto os motivadores extrínsecos (ganhos,
recompensas, status), mas sim o desafio e o prazer intrínseco
do trabalho;
e) Um ambiente criativo promove, apóia e refina as idéias
criativas: os gênios não são solitários; costumam possuir
inteligência emocional necessária para o trabalho com
colegas.

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