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RESPOSTAS HORMONAIS AO

EXERCÍCIO
Mestranda: Isabella O. Garcia
Docente: Carrie C. Galvan
CONTEÚDOS
1. Introdução
2. Sistema endócrino
3. Hormônios: regulação e ação
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INTRODUÇÃO
● Controle e regulação de várias funções:

Sistema Sistema
nervoso endócrino

● Recebem informações, organizam uma resposta adequada e


enviam a mensagem ao órgão ou tecido apropriado;

● As glândulas endócrinas liberam hormônios no sangue, que


circulam por todos os tecidos, mas só afetam os que possuem
receptor específico.
2
SISTEMA ENDÓCRINO
Ativam os Alteram a Contração e
sistemas permeabilidade relaxamento dos
enzimáticos das membranas músculos

Síntese de Resposta aos


Iniciam a secreção
proteínas e estresses físicos e
celular
gorduras fisiológicos
Visão geral
AÇÃO HORMONAL

LIGAÇÃO HORMÔNIO-RECEPTOR:
1. Concentração hormonal no sangue;
2. Número de receptores na célula-alvo para o hormônio;
3. Sensibilidade (força) da união entre hormônio e o receptor.
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HORMÔNIOS:
REGULAÇÃO E AÇÃO
HIPÓFISE

● Lobo anterior – adeno-hipófise;


● Lobo posterior – neuro-hipófise;
● Controle direto do hipotálamo;
● Secreta pelo menos 6 hormônios
polipeptídicos diferentes.
HIPÓFISE ANTERIOR - GH
● O hormônio do crescimento (GH) estimula a hipófise anterior;
● Exerce uma atividade fisiológica generalizada – divisão celular e proliferação
celular;
● Nos adultos, facilita a síntese proteica.
HIPÓFISE ANTERIOR - GH

EXERCÍCIO E GH
● Resposta benéfica para o crescimento muscular, ósseo e do tecido conjuntivo;
● Durante o exercício: reduz a captação tecidual de glicose, aumenta a
mobilização dos ácidos graxos livres e acelera a gliconeogênese hepática;
● Desempenho no exercício prolongado;
● Indivíduos treinados ou sedentários têm aumentos semelhantes na secreção de
GH ao se exercitarem até a exaustão;
● Sedentários mantêm os níveis mais elevados.
HIPÓFISE ANTERIOR - GH

● Gigantismo e nanismo – infância;


● Acromegalia – adultos;
● Abuso de GH por atletas:
- Ganhos de força x ganhos de massa muscular;
- Diabetes, compressão do túnel do carpo, miopatias e
encurtamentos.
HIPÓFISE ANTERIOR – TSH e ACTH
Hormônio tireoide-estimulante (TSH) – Tireotropina:
● Manter o crescimento e desenvolvimento da tireoide;
● Regulação do metabolismo corporal total.

Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) – Corticotropina


● Aumenta a mobilização dos ácidos graxos;
● Aumenta a gliconeogênese;
● Estimula o catabolismo proteico;
● Aumentam proporcionalmente com a intensidade e duração do exercício se a
intensidade ultrapassar 25% da capacidade aeróbica.
HIPÓFISE ANTERIOR - PROLACTINA

● Inicia e facilita a secreção de leite;


● Aumentam com altas intensidades do exercício e retornam ao nível basal dentro de 45
minutos durante a recuperação;
● A produção repetida induzida pelo exercício pode inibir a função ovariana e contribuir
para alterações no ciclo menstrual em mulheres atletas.
HIPÓFISE ANTERIOR – HORMÔNIOS
GONADOTRÓPICOS
Concentração antes do
exercício começar e atinge
● Hormônio folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH) o pico durante a
recuperação.

• Crescimento dos folículos


nos ovários;
• Complementa a ação do
• Estimula a secreção de
FSH - secreção de
estrogênio;
estrogênio e ruptura do
• Estimula o crescimento do
folículo – fertilização;
epitélio germinativo nos
• Secreção de testosterona.
testículos – formação dos
espermatozoides.
HIPÓFISE POSTERIOR – HORMÔNIO
ANTIDIURÉTICO

HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO (ADH)


● Influencia a excreção de água pelos rins;
● Limita a produção de grandes volumes de urina;
● Exercício estimula a secreção e contribui para modulação eficiente da resposta
cardiovascular.
HIPÓFISE POSTERIOR – HORMÔNIO
ANTIDIURÉTICO
TIREOIDE

● A secreção de T4 eleva o metabolismo de todas as células


(com exceção do cérebro, baço, testículos, útero e a
própria tireoide);
● A secreção anormal de T4 eleva em até 4x a taxa
metabólica basal;
● Durante o exercício, os níveis sanguíneos de T4 livre
aumentam em aproximadamente 35%;
● Treinamento de resistência tem pouco efeito na tireoide.
PARATIREOIDES
● Principal hormônio envolvido na regulação de Ca++;
● A homeostasia de cálcio no plasma proporciona uma importante modulação para
numerosas funções corporais:
- Condução dos impulsos neurais;
- Contração muscular;
- Coagulação sanguínea;

• O exercício aumenta a concentração


do paratormônio no plasma.
SUPRA-RENAIS
SUPRA-RENAIS - MEDULA
• Atua nos efeitos simpáticos – catecolaminas

Adrenalina Noradrenalina
• Precursor da adrenalina;
• 80% das secreções da • Principal neurotransmissor
medula; liberado pelo SN simpático;
• Estimula a glicogenólise e • Estimulação lipolítica.
lipólise.
SUPRA-RENAIS - MEDULA
SUPRA-RENAIS - MEDULA

• O aumento é diretamente relacionado com


a intensidade e duração do esforço;
• Atletas envolvidos em um treinamento de
velocidade-potência evidenciam maior
ativação simpatoadrenérgica;
• Distribuição do fluxo sanguíneo,
contratilidade cardíaca e mobilização dos
substratos.
SUPRA-RENAIS - CÓRTEX

MINERALOCORTICÓIDES Manutenção das concentrações


(Aldosterona) plasmáticas de Na+ e K+

GLICOCORTICÓIDES
Regulação da glicose plasmática
(Cortisol)
SUPRA-RENAIS - CÓRTEX

• Reabsorção de Na+ e da secreção de K+ nos rins;


MINERALOCORTICÓIDES • Envolvida no equilíbrio do volume plasmático e da
(Aldosterona) pressão arterial;
SUPRA-RENAIS - CÓRTEX
• Durante o exercício leve existe uma pequena ou nenhuma alteração da atividade da
renina ou da aldosterona, a não ser que haja um estresse térmico;
• Quando a intensidade do exercício se aproxima de 50% do VO 2 máx, a renina, a
angiotensina e a aldosterona aumentam em paralelo.
SUPRA-RENAIS - CÓRTEX
GLICOCORTICÓIDES • Afeta profundamente o metabolismo da glicose,
(Cortisol)
proteínas e dos ácidos graxos livres:

• Promove o fracionamento da proteína para aminoácidos em todas as células do


organismo, com exceção do fígado;
• Facilita a ação de outros hormônios na gliconeogênese – glucagon e GH;
• Funciona como antagonista da insulina;
• Promove o fracionamento dos triglicerídeos no tecido adiposo.
SUPRA-RENAIS - CÓRTEX

• Concentrações de cortisol por períodos prolongados – fracionamento excessivo das


proteínas, desgaste tecidual e equilíbrio nitrogenado negativo;

• Mobiliza gorduras no exercício intenso e prolongado;


• Dietas pobres em carboidratos – cetose;
• Variabilidade da renovação do cortisol com o exercício – intensidade e duração do
exercício, nível de aptidão, estado nutricional e ritmo circadiano;
• Níveis de cortisol permanecem elevados por até 2 horas após o exercício.
PÂNCREAS
INSULINA
• Regula o metabolismo de glicose em todos os tecidos;
• Exerce um efeito hipoglicêmico por reduzir a concentração sanguínea de glicose;
• Estimula tecidos a captar moléculas como glicose e aminoácidos e estocá-los sob
forma de glicogênio, proteínas e gorduras.
PÂNCREAS
INSULINA
PÂNCREAS

GLUCAGON
• Efeito oposto da insulina;
• Aumenta em resposta a uma baixa concentração de glicose;
• Estimula a mobilização dos estoques hepáticos de glicose e dos ácidos graxos;
• Ação na manutenção da glicemia com progressão do exercício e depleção do
glicogênio muscular.
PÂNCREAS
HORMÔNIOS GONÁDICOS

• Testosterona (características sexuais masculinas e espermatogênese);

• Estrogênio (características femininas, ovulação, oogênese e alt. durante a gravidez);

• Progesterona (lactação, e preparação do útero para gravidez).


HORMÔNIOS GONÁDICOS

• Testosterona é um esteroide anabolizante e androgênico;


• A concentração de testosterona aumenta de 10-37% durante o trabalho submáximo
prolongado, em exercícios máximos e sessões de treinamento de resistência e força.
HORMÔNIOS GONÁDICOS
ortizgarciaisabella@gmail.com

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