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5.

DINÂMICA DE UM SISTEMA DE
PARTÍCULAS

5.1 – Introdução;
5.2 – Colisões inelásticas;
5.3 – Colisões elásticas.

MSc. Fernando Tacho


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OBJECTIVOS

Com esta aula pretende-se que os estudantes possam

1. Conhecer os tipos de colisões;


2. resolver problemas de colisões em uma e duas dimensões.

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INTRODUÇÃO

A colisão entre duas partículas pode ser descrita através do princípio de


conservação de quantidade de movimento.

Há colisão quando (conceito)

• Duas partículas entram em contacto


(físico ou a distância) por um tempo
curto produzindo forças impulsivas
(forças internas) muito maiores que
quaisquer forças externas presentes. Fig. 1 – Colisão entre dois objectos
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INTRODUÇÃO

A quantidade de movimento total do sistema durante a colisão conserva-se desse


modo a mudança no momento do sistema devido à colisão é zero.


𝑃 𝑠𝑦𝑠𝑡𝑒𝑚 =⃗
𝑃 1+ ⃗
𝑃 2=𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 (1)

ou

∆⃗
𝑃 1=− ∆ ⃗
𝑃2 (2)

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INTRODUÇÃO

Durante uma colisão actuam somente forças internas (forças impulsivas) que não
alteram o momento total do sistema, somente forças externas podem alterarem.

Assim conclui-se que:

A quantidade de movimento total de um sistema isolado imediatamente antes

de uma colisão é igual à quantidade de movimento total do sistema

imediatamente após a colisão.

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TIPOS DE COLISÕES

As colisões classificam quanto a conservação da energia cinética.

elástica ∆ 𝐸 𝐾 =𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

Colisões
Inelástica ∆ 𝐸𝐾 ≠ 0

A quantidade de movimento antes e depois de colisão mantém-se

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TIPOS DE COLISÕES
Colisões inelásticas podem ser

• Perfeitamente inelásticas – objectos unem se após a colisão, ou


• Simplesmente elásticas – os objectos que colidem não se unem.

Parte energia cinética transforma-se em:

• Energia interna,

• Energia potencial elástica quando os objetos são deformados e

• Energia rotacional.

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COLISÕES EM UMA DIMENSÃO

Colisões perfeitamente inelásticas

Dado e com e numa linha reta,depois da colisão


terão velocidade

𝑚1 𝑣1 𝑖 +𝑚 2 𝑣 2 𝑖 =( 𝑚1 +𝑚2 ) 𝑣 𝑓 (3) Fig. 2 - Esquema de uma colisão frontal


perfeitamente inelástica

𝑚1 𝑣1 𝑖 +𝑚 2 𝑣 2 𝑖
𝑣𝑓= (4)
𝑚 1+𝑚 2
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COLISÕES EM UMA DIMENSÃO
Colisões elásticas

• A energia cinética conserva-se


• O momento linear conserva-se

𝑚1 𝑣1 𝑖 +𝑚 2 𝑣 2 𝑖 =𝑚1 𝑣1 𝑓 +𝑚2 𝑣 2 𝑓 (5)

1 2 1 2 1 2 1 2 Fig. 3 - Esquema de uma colisão


𝑚1 𝑣1 𝑖 + 𝑚2 𝑣 2 𝑖 = 𝑚1 𝑣 1 𝑓 + 𝑚 2 𝑣2 𝑓 (6) elástica
2 2 2 2

Resolvendo o sistema dessas duas equações obtém-se dado por

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COLISÕES EM UMA DIMENSÃO
Colisões elásticas

𝑣1 𝑓 =
(𝑚1 −𝑚2
) (
𝑣 +
2 𝑚2
𝑣
𝑚 1+𝑚 2 1𝑖 𝑚1+𝑚 2 2 𝑖 ) (7)

𝑣2 𝑓 =
( 2𝑚 1
𝑚1 +𝑚2 ) (
𝑣 1𝑖 +
)
𝑚2 − 𝑚1
𝑣
𝑚1 +𝑚2 2 𝑖
(8)

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COLISÕES EM DUAS DIMENSÕES

Dado que de um sistema de duas partículas é constante quando o sistema é isolado,


qualquer colisão de duas partículas implica que o em cada uma das direções x, y e z é
constante.

OX: 𝑚1 𝑣1 𝑖𝑥 +𝑚2 𝑣 2 𝑖𝑥 =𝑚1 𝑣 1 𝑓𝑥 +𝑚2 𝑣 2 𝑓𝑥 (9)

OY: 𝑚1 𝑣1 𝑖𝑦 +𝑚2 𝑣 2 𝑖𝑦 =𝑚1 𝑣 1 𝑓𝑦 +𝑚2 𝑣2 𝑓𝑦 (10)

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COLISÕES EM DUAS DIMENSÕES

Considerando um caso onde:

• colide com em repouso (fig abaixo)

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COLISÕES EM DUAS DIMENSÕES

O que acontece depois da colisão?

• Depois da colisão se move em um ângulo em relação a horizontal e se move em


ângulo em relação a horizontal.

Aplicando a lei de conservação para cada componente sendo a ,

OX: 𝑚1 𝑣1 𝑖 =𝑚1 𝑣 1𝑓 cos 𝜃+𝑚2 𝑣 2 𝑓 cos 𝜙 (11)

OY: 0=𝑚1 𝑣 1 𝑓 sin 𝜃 − 𝑚2 𝑣 2 𝑓 sin 𝜙 (12)

O sinal menos é devido ao facto depois da colisão tem a componente direcionada


para baixo.
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COLISÕES EM DUAS DIMENSÕES

Considerando uma colisão elástica, tem-se

1 2 1 2 1 2
2
𝑚1 𝑣1 𝑖 = 𝑚1 𝑣 1 𝑓 + 𝑚2 𝑣 2 𝑓
2 2 (13)

Conhecendo a velocidade inicial da partícula 1 e ambas as massas, fica-se com quatro


incógnitas: , , e

Como tem-se apenas três equações, uma das quatro quantidades restantes , , e
deve ser fornecida para determinação do movimento após a colisão apenas a partir
de princípios de conservação.

Se a colisão for inelástica, a energia cinética não se conserva e a equação 13 não se


aplica

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EXEMPLO
Uma colisão de dois corpos com uma mola

Um bloco de massa movendo-se inicialmente para a direita com velocidade de 4 m/s em


uma pista horizontal sem atrito colide com uma mola presa a um segundo bloco de
massa movendo-se inicialmente para a esquerda com velocidade de 2,50 m/s. A
constante K da mola é 600 N/m. Qual é a velocidade do bloco 2 e a distância que a mola
é comprimida sabendo que o bloco 1 no instante logo após a colisão está se movendo
para a direita com velocidade de 3 m/s.

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BIBLIOGRAFIA

• Halliday e Resnick. (2009). Física 1, (4a ed.,). Rio de Janeiro, Brazil: LTC;

• Sears & Zemansky.(2009). Física I Mecânica,(12a ed.). São Paulo, Brazil: Addison Wesley;

• Tipler, P., Mosca, G. (2006). Física para Cientistas e Engenheiros, Mecânica, Oscilações e Onda,
termodinâmica, (6a ed., Vol. I). Rio de Janeiro, Brazil: LTC;

• Knight, Randall D.(2009). Física, Uma abordagem estratégica (2ª ed., Vol. 1). Porto Alegre,
Brazil:Bookman

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