momento linear.
Colisões
Lei da conservação do momento linear. Colisões
Embora as partes do sistema (as pessoas e a canoa) possam mudar de posição, o centro
de massa do sistema vai permanecer em repouso pois o seu momento linear não varia.
De facto, a expressão mostra que, se , então e , ou seja, o momento linear do sistema é
constante.
Se a resultante das forças exteriores que atuam num sistema for nula, não haverá
variação do seu momento linear (manter-se-á constante).
Se é constante
Como , a velocidade do centro de massa também se manterá constante.
Lei da conservação do momento linear. Colisões
Se duas bolas (redutíveis a partículas) deslizarem num plano sem atrito até colidirem, a
resultante das forças exteriores sobre o sistema formado pelas bolas será nula, pois o
peso e a força normal anulam-se e a força de atrito é desprezável.
Por isso, os momentos lineares do sistema, antes e depois da colisão, são iguais:
A conservação do momento linear do sistema das duas bolas é uma consequência das
Leis de Newton.
Colisão que ocorre no intervalo de tempo Δt:
Então:
• variação do momento linear da bola 1: ∆ ⃗𝑝1 ∆ ⃗𝑝 2
=− ⟺ ∆ ⃗𝑝1 =−∆ ⃗𝑝 2
∆𝑡 ∆𝑡
O recuo de uma espingarda, quando é disparada uma bala, é explicada com base na
conservação do momento linear do sistema espingarda + bala.
O disparo resulta de uma explosão que origina forças interiores no sistema. Como a
explosão ocorre num intervalo de tempo muito curto, a variação do momento linear do
sistema devido às forças exteriores (peso) é praticamente nula, podendo aplicar-se a
conservação do momento linear e determinar a velocidade de recuo da espingarda.
Como
⃗ 𝑚1
𝑝 ′ sist ⟹ 𝑚 1 ⃗
𝑝sist = ⃗ 𝑣 1+ 𝑚2 𝑣⃗ 2 =0 ⟺ ⃗
⃗ 𝑣 2 =− 𝑣
⃗
𝑚2 1
Lei da conservação do momento linear. Colisões
Em física, designa-se por colisão uma interação entre partículas num intervalo de tempo
muito curto, sendo a intensidade das forças exercidas pelas partículas umas sobre as
outras muito superior à das forças exteriores.
Uma colisão pode ocorrer à escala macroscópica, por contacto direto entre objetos –
como nas bolas de snooker –, mas também à escala microscópica, por interações à
distância entre partículas.
Vamos estudar as colisões em que os centros de massa dos corpos que vão colidir se
movem sobre uma mesma linha reta. São chamadas colisões frontais.
Em todas as colisões verifica-se a conservação do momento
linear do sistema.
Como o movimento ocorre a uma dimensão, a equação vetorial
da conservação do momento linear do sistema, , pode ser escrita
na sua forma escalar.
Lei da conservação do momento linear. Colisões
𝑚1 𝑣 1 𝑥 +𝑚 2 𝑣 2 𝑥 =𝑚 1 𝑣 ′ 1 𝑥 + 𝑚2 𝑣 ′ 2 𝑥
{ ⃗𝑝sist = ⃗ 𝑝 ′ sist
𝐸c( sist )= 𝐸 ′ c( sist ) {
⟺ 1
2
2 1
2
2 1
2
2 1
𝑚 1 𝑣 1+ 𝑚 2 𝑣 2 = 𝑚 1 𝑣 ′ 1+ 𝑚 2 𝑣 ′ 2
2
2
Berço de Newton
Lei da conservação do momento linear. Colisões
Nas colisões inelásticas, a energia cinética do sistema diminui, mas a energia interna
aumenta, verificando-se aquecimento e deformações permanentes do sistema.
Quando dois corpos colidem e a energia cinética final é a mínima possível (compatível
com a conservação do momento linear), estamos em presença de uma colisão
perfeitamente inelástica.
Neste caso, os corpos seguem juntos após a colisão, ou seja, com a mesma velocidade: .
Lei da conservação do momento linear. Colisões
Se o momento linear inicial do sistema não for nulo, os objetos seguirão juntos com
momento linear igual ao inicial.
𝒑 =⃗
⃗ 𝐬𝐢𝐬𝐭 𝒑 ′ 𝐬𝐢𝐬𝐭 ⟹ 𝒎𝟏 ⃗𝒗 𝟏+ 𝒎𝟐 𝒗⃗𝟐 =(𝒎 ¿ ¿ 𝟏+𝒎 𝟐)⃗𝒗 ′ ¿
Questões (Resolução)
Um canhão de 500 kg dispara uma bala de 1 kg com uma velocidade de 200 m .
Colisão inelástica.
Como a resultante das forças exteriores que atuam no sistema é nula há conservação
do momento linear. Além disso, a colisão é frontal, pelo que se pode utilizar a
expressão escalar do momento linear do sistema.
m