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CURRÍCULO NA

EJA:
DA PRESCRIÇÃO À
COMPREENSÃO
OBJETIVO FORMATIVO

Reconhecer a diversidade no público


da Educação de Jovens e Adultos e
suas especificidades bem como,
conhecer os aspectos pedagógicos
específicos dessa modalidade de
ensino no âmbito do currículo
EMENTA
Contextualização da Proposta da EJA
e suas concepções; O público da EJA
e suas diversidades e adversidades;
pressupostos andragógicos e
perspectivas da educação inclusiva.
Aspectos a serem refletidos e discutidos neste
diálogo
• Conhecer os sujeitos: quais trajetórias levaram à EJA?
• O compromisso social e político de trabalhar com essa
modalidade.
• Como deve ser a escola para EJA? Qual tipo de inclusão?
• Formação de professores da EJA: necessidade inicial e
continuada.
• Currículos da EJA.
• EJA: educação compensatória ou direito à educação
emancipatória?
Para além da VITIMIZAÇÃO dos SUJEITOS da
EJA, devemos vê-los como SUJEITOS de
SUPERAÇÃO!
O analfabetismo no Brasil entre as
décadas de 1940 e os anos 2000
Livro
Passageiros da
Noite – Miguel
Arroyo
Quem são os sujeitos da EJA?
Refletindo sobre a escrita de Arroyo

Deslocamentos noturnos(p. 21)


Percursos/identidades sociais diferentes (p.22)
Escolarização truncada (p.24)
EJA é resistência (p.24)
Quem são os
sujeitos da EJA?
Andragogia
• Etimologicamente Andragogia surge de Andros, da
raiz grega ἀνδρ, que significa homem adulto, que
juntamente do termo gogia, (agogus/agogos –
ἀγωγός), da raiz agein (ἄγειν) significa ‘orientar,
conduzir‘, resulta em condução, orientação do
homem adulto.
• Em 1883 Alexander Kapp utiliza o termo que sinaliza
a educação de adultos dentro de suas
especificidades.
TRANSVERSALIDADE DO
SABER
CURRÍCULO
CURRÍCULO
“ O currículo nunca é apenas um conjunto neutro de
conhecimentos, que de algum modo aparece nos textos e
nas salas de aula de uma nação. Ele é sempre parte de
uma tradição seletiva, resultado da seleção de alguém,
da visão de algum grupo acerca do que seja
conhecimento legítimo. É produto das tensões, conflitos e
concessões culturais, políticas, econômicas que
organizam e desorganizam um povo”. (APPLE, 2011, p.
71).
O QUE EMBASA A PROPOSTA DA SEMED?
• RCA
• LDBEN
• Parecer Nº 11/2000, dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e
Adultos.
• Resoluções CNE/CEB n. 01/00, Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação e Jovens e
Adultos.
• Resolução CNE/CEB n. 03 /2010, institui Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos nos
aspectos relativos à duração dos cursos e idade mínima para ingresso nos cursos de EJA; idade mínima e
certificação nos exames de EJA; e Educação de Jovens e Adultos desenvolvida por meio da Educação a
Distância.
• Resolução CNE/CEB n. 04/2010, Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.
• Resolução n. 007/2011 do Conselho Municipal de Educação de Manaus , que dá nova redação à
Resolução n. 04/CME/2001, estabelecendo normas para operacionalização da Educação de Jovens e
Adultos na Rede Municipal de Ensino de Manaus.
• Lei Federal n. 10.741/2003 (Estatuto do Idoso).
• BNCC
ASPECTO DOCUMENTO DA SEMED

1. Etapa atendida Ensino Fundamental


2. Concepção Filosófica Dialética
3. Concepção Pedagógica Abordagem sociocultural.
Adotando como princípios pedagógicos os 4 pilares da educação.
Aprender a: conhecer; fazer; conviver; ser

4. Concepção de Avaliação Concepção progressista, sendo essa constituída como parte


integrante e
possibilitadora dos processos de ensino e aprendizagem.
- Recuperação paralela.

5. Concepção dos sujeitos da EJA Sujeitos históricos com trajetórias diferenciadas e com histórico de
exclusão
escolar e com grande experiência de vida a ser socializada e
utilizada como
promotora dos processos de ensino e de aprendizagem.

6. Aspectos da estrutura curricular Desenho curricular pautado em habilidades e competências a


serem
desenvolvidos por meio da contextualização do conhecimento e da
interdisciplinaridade, na perspectiva de se alcançar plenamente os
direitos e
objetivos da aprendizagem (BNCC).
1º Segmento – 3 anos/800h/ 200 dias letivos
2º Segmento – 2 anos/ 2000h/200 dias letivos
O currículo da EJA: o que trabalhar?
Como construir?
Diálogo entre o conhecimento escolar e o
conhecimento produzido socialmente.

Mas qual conhecimento escolar será selecionado? Com


qual intenção? Para formar quais tipos de sujeitos?
O currículo da EJA: o que trabalhar? Como
construir?
Na atualidade, desvelaram-se pelo menos três práticas distintas
sobre “tipos de EJA” e, portanto, sobre “tipos de currículo” ou
concepções de currículo voltado a diferentes contextos: na
educação popular, a EJA é voltada para a formação e a
transformação dos sujeitos; na escola básica propedêutica de
ensino regular fundamental e médio, há a condição de prepará-los
para a progressão de níveis escolares até que acessem o ensino
superior; e no PROEJA, encontramos a educação de adultos voltada
para o ensino técnico e profissional em função das necessidades do
mercado de trabalho.
E quais seriam os saberes necessários
aos docentes da EJA?
Formação que atenda:
a. a diversidade cultural, a experiência de vida e profissional destes sujeitos;
b. reconhecer as especificidades da modalidade EJA, que demandam conhecimento para atuar;
c. a inclusão relacionada aos Direitos Humanos e não, somente, remeter à pessoas com deficiência (PCDs),
mas à rejeição da segregação e das desigualdades sociais;
d. Aos tempos de aprendizagem desses sujeitos.

[...] o pertencimento das pessoas aos direitos sociais, econômicos, culturais,


civis, políticos (de participação e intervenção na sociedade), além do direito
à sustentabilidade socioambiental, considerando a universalidade, a
indivisibilidade e a interdependência dos direitos humanos, uma vez que
todos os direitos têm a mesma importância, se complementam e se
intercruzam, e o acesso a um direito não elimina o outro. (SILVA; COSTA,
2015, p.102)
Quando o homem compreende a
sua realidade, pode levantar
hipóteses sobre o desafio dessa
realidade, e procurar soluções.
Assim pode transformá-la e com
seu trabalho pode criar um
mundo próprio [...]. A educação
não é um processo de adaptação
do indivíduo à sociedade. O
homem deve transformar a
realidade para ser mais.
(FREIRE, 1979, p. 30-31)

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