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Prof.ª Dr.

ª Áurea Peniche Martins (UFRA)


QUALIDADE:

EQUIDADE:

INCLUSÃO:

IGUALDADE
• Característica particular de um objeto ou de um indivíduo (bom ou mau)
QUALI • Atributo que designa uma característica boa de algo ou de alguém; virtude ou
dom.
DADE

• Característica de algo ou alguém que revela senso de justiça, que julga de


maneira imparcial, isenta e neutra, sem tomar partidos; imparcialidade;
EQUI • Correção no modo de agir ou de opinar; em que há lisura, honestidade;
DADE igualdade;

• Integração absoluta de pessoas que possuem necessidades especiais ou


específicas numa sociedade: políticas de inclusão
INCLU • Introdução de algo em; ação de acrescentar, de adicionar algo no interior de;
SÃO inserção.
• Condição do que foi incluído:

• Falta de diferenças; de mesmo valor ou de acordo com mesmo ponto de vista,


IGUAL quando comparados com outra coisa ou pessoa
DADE
QUALIDADE:
EQUIDADE:
INCLUSÃO:

IGUALDADE
▪ A questão não é enfrentada somente no Brasil ou no âmbito dos países em desenvolvimento –
uma das evidências é que ‘qualidade da educação’ foi o tema central do Fórum das Américas
promovido pela OEA e realizado no Brasil.

Condições Os diferentes
Perspectiva atores
intra e extra- individuais e
polissêmica
escolares institucionais
A Organização dos Estados
Americanos é o mais antigo
organismo regional do mundo.
A sua origem remonta à
Para atingir seus
Primeira Conferência
objetivos mais
Internacional Americana,
importantes, a
realizada em Washington, D.C.,
OEA baseia-se em
de outubro de 1889 a abril de
seus principais
1890. Esta reunião resultou na
pilares que são a
criação da União Internacional
democracia, os
das Repúblicas Americanas, e
direitos humanos,
começou a se tecer uma rede
a segurança e o
de disposições e instituições,
desenvolvimento.
dando início ao que ficará
conhecido como “Sistema
Interamericano”, o mais antigo
sistema institucional
internacional.
A educação é essencialmente uma prática social presente em
diferentes espaços e momentos da produção da vida social. Nesse
contexto, a educação escolar, objeto de políticas públicas, cumpre
destacado papel nos processos formativos por meio dos diferentes
níveis, ciclos e modalidades educativas.
• a influência do acúmulo de capital econômico, social e
cultural no processo ensino-aprendizagem
• a necessidade de adoção de políticas públicas e
condições extra projetos escolares para o enfrentamento da fome,
drogas, violência, sexualidade, famílias, raça e etnia,
acesso à cultura, saúde (INCLUSÃO SOCIAL)
-escolares • o papel do Estado em relação aos direitos, às
obrigações e às garantias aos cidadãos, incluindo a
igualdade de condições para o acesso e permanência
na escola.

condições intra- • condições de oferta do ensino;


• gestão e organização do trabalho escolar;
escolares formação,
• profissionalização e ação pedagógica;
(quatro níveis) • acesso, permanência e desempenho escolar
ótica dos países • Unesco e Banco Mundial
membros da Cúpula das • formulação das políticas
Américas, de educacionais da região.
organismos multilaterais

produção de uma matriz • garantia da qualidade da


teórico conceitual
educação na região
que venha a subsidiar a
discussão de • compromissos, marcos políticos e
as experiências implementadas
políticas voltadas à
Marcos do Plano de Ação em Educação, adotados As metas avançam mediante o tipo de
pelos chefes de Estado e Governo, com as educação a ser oferecida: Educação de
seguinte metas gerais: Qualidade.

▪ assegurar que, até o ano de 2010, ▪ o desafio para os países da região é:


todas as crianças concluam a
educação primária de qualidade ▪ assegurar educação inicial a todas as
crianças, garantir a educação
▪ e que, pelo menos, 75% dos jovens obrigatória
tenham acesso à educação ▪ ampliar a oferta de educação
secundária de qualidade, com secundária a 75% dos jovens,
percentagens cada vez maiores de ▪ oferecer oportunidades de educação
jovens que terminem seus estudos continuada de qualidade a toda a
secundários, população.
▪ e oferecer oportunidades de ▪ Isso implica qualificar a educação a
educação ao longo da vida à ser oferecida e ressaltá-la como
população em geral. direito humano fundamental de todo
cidadão.
▪ Qualidade da Educação é um fenômeno ▪ OCDE e a Unesco utilizam como
complexo, abrangente, e que envolve paradigma, para aproximação da
múltiplas dimensões, não podendo ser Qualidade da Educação, a relação
apreendido apenas por um insumos-processos-resultados. Desse
reconhecimento da variedade e das modo, a Qualidade da Educação é
quantidades mínimas de insumos definida envolvendo a relação entre os
considerados indispensáveis ao recursos materiais e humanos, bem
desenvolvimento do processo de ensino como a partir da relação que ocorre na
aprendizagem e muito menos sem tais escola e na sala de aula, ou seja, os
insumos. processos de ensino aprendizagem, os
currículos, as expectativas de
▪ Estes documentos ressaltam, ainda, a
aprendizagem com relação à
complexidade da Qualidade da Educação aprendizagem das crianças, etc.
e a sua mediação por fatores e dimensões
extraescolares e intraescolares. ▪ Destaca, ainda, que a qualidade pode
ser definida a partir dos resultados
educativos ,representados pelo
desempenho do aluno.
Uma concepção de educação ou
escola de qualidade que tome
uma perspectiva inclusiva de
sociedade, onde a exploração, a ou seja, a de que “as pessoas e
guerra, a violência sejam
banidas, tem como interessante os grupos sociais têm o direito
ponto de partida a definição de de serem iguais quando a
inclusão proposta por Santos diferença os inferioriza, e o
(1997, p. 122), direito a serem diferentes
quando a igualdade os
descaracteriza”.
quatro
Pedagógica cultural
dimensões

tratar-se de QUALIDADE
fenômeno
complexo e UNESCO/ social
multifacetário Orealc

a ser compreendido
Qualidade financeira por meio de diversas
Da educação perspectivas
• é fundamental e se efetiva quando o
perspectiva pedagógica currículo é cumprido de forma eficaz.

• os documentos indicam que os conteúdos precisam


perspectiva cultural partir das condições, possibilidades e aspirações das
distintas populações às quais se dirigem.

• Do ponto de vista social, a Unesco sinaliza que a


perspectiva social educação é de qualidade quando contribui para a
eqüidade.

perspectiva financeira a qualidade refere-se dos recursos destinados à


educação (Unesco, Orealc, 2002, 2003).
• como fator de promoção da eqüidade, destacando-se o
impacto das experiências educativas na vida das pessoas e
documentos na contribuição para a promoção da igualdade de
da Unesco
(2002, 2003) oportunidades.

• volta-se, em geral, para a mensuração da eficiência e eficácia dos


sistemas educativos, por meio, sobretudo, da medição dos processos
documentos de ensino e aprendizagem.
do Banco • Assim, os projetos propostos e financiados pelo Banco estão centrados
Mundial na expansão do acesso, na busca da eqüidade e da eficiência interna e
(1996). de uma dada concepção de qualidade
De modo geral, a criação de
condições, dimensões e fatores o que exige o reconhecimento de
para a oferta de um ensino de que a qualidade da escola seja uma
a dimensão qualidade social também esbarra qualidade social, uma qualidade
em uma realidade marcada pela capaz de promover uma atualização
socioeconômica histórico-cultural em termos de uma
e cultural desigualdade socioeconômico
cultural das regiões, localidades, formação sólida, crítica, ética e
(INCLUSÃO) segmentos sociais e dos sujeitos solidária, articulada com políticas
envolvidos, sobretudo dos atuais públicas de
sujeitos-usuários da escola pública, inclusão e de resgate social.
verifica-se maior preocupação Nessa direção, são observadas três
com a definição e a garantia de ênfases ou políticas complementares:
padrões mínimos de qualidade, o #A definição e efetivação de
que inclui a igualdade de diretrizes ou parâmetros curriculares
condições para o acesso, nacionais para os níveis, ciclos ou
permanência e desempenho modalidades de educação;
escola #A implementação de sistema de
avaliação
Nessa direção, são observadas
três ênfases ou políticas # A existência e efetivação de
complementaresr programas suplementares ou de
apoio pedagógico,
A definição e efetivação de • com o objetivo de promover o desenvolvimento de
diretrizes ou parâmetros capacidades e competências gerais e específicas em
curriculares nacionais para os
níveis, ciclos ou modalidades de todo o território nacional, tendo em vista o mundo do
educação trabalho e o exercício da cidadania;

A implementação de • que possa aferir o desempenho escolar e subsidiar o


sistema de avaliação processo de gestão e tomada de decisão

• tais como livro didático, merenda escolar, transporte


A existência e efetivação de escolar, modernização escolar, saúde do escolar,
programas suplementares segurança na escola, entre outros, que se articulem às
ou de apoio pedagógico especificidades dos sistemas educativos dos países que
compõem a Cúpula das Américas.
A exigência contemporânea de
melhoria da qualidade da educação
tem levado os países e os sistemas
educativos a reconhecerem a A educação de qualidade tem se tornado uma
exigência da sociedade atual, assim como a
complexidade do fenômeno ampliação do tempo de escolarização, o que, de
educacional e a pensarem a questão certa forma, tem contribuído para o entendimento
da qualidade em toda a sua da educação como bem público e direito
extensão, o que inclui reconhecer social, colocando-a, sobretudo, na esfera das
os fatores externos e internos que obrigações e deveres do Estado. Tal situação tem
afetam a aprendizagem das se configurado no panorama internacional a partir
crianças, jovens e adultos. de acordos, planos e metas comuns voltados à
garantia de acesso e permanência com
qualidade social.
• É fundamental não • Que as dimensões
perder de vista a intra-escolares
importância, nesse afetam,
processo, das sobremaneira, os
dimensões que nos , nos processos processos
ocorrem no âmbito processos de formativos, no educativos e os
organização e papel e nas resultados
intra-escolar. gestão, nas expectativas escolares
práticas sociais dos
curriculares alunos,

no planejamento
pedagógico, nos e, portanto, • em termos de
processos de no sucesso uma
participação, na escolar dos aprendizagem
• Os estudos, dinâmica da
avaliações e avaliação estudantes. mais
pesquisas mostram significativa, uma
vez que incidem
diretamente:
Nível do professor:
Nível de sistema: condições Nível de escola: gestão e formação,
de oferta organização
profissionalização e ação
do ensino do trabalho escolar
pedagógica
• a questão o custo aluno/ano. • a estrutura e as características da • defesa de um projeto amplo de
Nesse quesito, em geral, escola, em especial quanto aos formação, profissionalização e
projetos desenvolvidos; o valorização do docente tem sido muito
analisam-se as condições e freqüente em estudos e pesquisas do
custos da instalação da ambiente educativo e/ou clima campo educacional e, ainda, nos
escola, seus custos com organizacional; o tipo e as processos de reforma e implementação
condições de gestão; a gestão da de políticas educacionais nos
materiais permanentes e de prática pedagógica; os espaços diferentes países da região, tendo em
consumo, além da coletivos de decisão; o projeto vista a relevância do fator docente, ou
manutenção do seu político pedagógico da escola; a melhor, da qualidade da força de
funcionamento; custos de participação e integração da trabalho docente para a melhoria do
desempenho dos alunos.
pessoal, assim como a comunidade escolar; a visão de
• um fato é notório na maioria dos países,
avaliação sobre seu espaço qualidade dos agentes escolares; ou seja, a insatisfação com as atuais
físico, serviços oferecidos, a avaliação da aprendizagem e do estruturas salariais, carreiras
equipamentos, bibliotecas, trabalho escolar realizado; a profissionais e condições de trabalho,
formação e condições de trabalho bem como os efeitos desse processo
laboratórios específicos, dos profissionais da escola; a na qualidade da educação.
áreas de convivência, de dimensão do acesso, • necessidade de implementar políticas
recreação ede práticas permanência e sucesso na escola de formação inicial e continuada, além
desportivas, entre outros. – entre outros. da necessária valorização do pessoal
docente por meio de planos de carreira,
incentivos, benefícios.
A satisfação e o engajamento ativo do aluno
no processo de aprendizagem é fator de
Nível do aluno: fundamental importância na permanência e
no desempenho escolar. Isso, no entanto,
acesso, começa no processo de escolha da escola.
Essa escolha tem a ver com a visão que os
permanência pais, alunos e a comunidade em geral têm da
escola.
Há que se desejar estudar naquela escola
e desempenho em particular, tendo em vista, na maioria das
vezes, as boas condições na oferta de
escolar ensino, a garantia de aprendizagem e a
crença numa vida escolar-acadêmica e
profissional de sucesso.
Os pais escolhem as escolas porque, em geral, têm indícios e informações que
sugerem tratar-se de boas instituições; os alunos permanecem na escola porque, em
geral, gostam dela, já que são boas as relações entre eles e professores, pais, direção
e demais servidores da escola; o ambiente escolar é agradável, educativo, eficiente e
eficaz, o que leva os alunos a estudarem com mais afinco.

Trata-se também de boas escolas porque os alunos têm aulas cotidianamente, já que
os professores praticamente não faltam, e são aprovados nos processos seletivos
para o ingresso no ensino superior e/ou conseguem ingressar no mercado de trabalho.
▪ o desafio para os países da região é:
▪ As metas avançam mediante o tipo ▪ assegurar educação inicial a todas as
de educação a ser oferecida: crianças, garantir a educação
Educação de Qualidade. obrigatória
▪ ampliar a oferta de educação
secundária a 75% dos jovens,
▪ ofereceroportunidades de educação
continuada de qualidade a toda a
população.
▪ Isso implica qualificar a educação a
ser oferecida e ressaltá-la como
direito humano fundamental de todo
cidadão.
O Plano de Desenvolvimento da Educação via MEC

24/04/07 Decreto 6.094-


PMCTE –GOVERNO Lula
(2007-2010)”

PAC da educação - Lançado com 30


visão subordinada da ações, em março de
educação ao 2009 atinge 41 ações-
crescimento
econômico X
PDE “GRANDE GUARDA
CHUVA”
prática.(GADOTTI,
2008) (SAVIANI, 2007,2009)

Política de Estado x Política


de Governo:
PAC-IDEB-PDE (VISÃO
SISTEMICA)
AÇÕES PARA OS NÍVEIS
GLOBAIS:
PROGRAMAS
15 AÇÕES DE APOIO
Conteúdos
FUNDEB educacionais
Livre do
EDUCAÇÃO analfabetismo
BÁSICA – 20 Transporte PDE - escola
IDEB AÇÕES escolar
Luz para todos

Piso Educacenso
Guia de
Magistério tecnologias
educacionais

Formação Saúde na escola


Mais
educação
Coleção
educadora
Inclusão
digital
EDUCAÇÃO BÁSICA-AÇÕES
ESPECÍFICAS
Ed. Infantil Pró-infância

Provinha Brasil
Ensino
fundamental: PDDE
Gosto de Ler

Ensino Biblioteca na
Médio Escola
EDUCAÇÃO BÁSICA-AÇÕES
ESPECÍFICAS

dentro do “Programa
Nacional Biblioteca na
dentro do programa
Escola”-livros
Nacional do Livro Didático
p/educação infantil
para alfabetização de
adultos – livros para
alunos do BRALF.
NÍVEL SUPERIOR:

Educação
Professor Superior
FIES- Equivalente
Pós- DUPLICAR
PROUNI CONTRATACÃO VAGAS
doutorado

Programas de
apoio a extensão
Prodocência universitária
Programa /PROEXT
(LICENCIATURA
Incluir ) Nova capes ENSINO/PESQUIS
A
(PARFOR)

Iniciação a
docência Incentivo a Formação Saúde
ciência PET SAUDE
PIBID (LICENCIATURA
E PEDAGOGIA UNIVERSIDADE/ ENSINO E
EMPRESA TRABALHO
AÇÕES PARA AS MODALIDADES DE
ENSINO

Educação de Educação
Jovens e Adultos Especial Educação
tecnológica e
formação
• Brasil Alfabetizado • Sala de recursos profissional
• Literatura para multifuncionais
todos • Olhar Brasil • Educação
(CONCURSO) • Programa de Profissional
Acompanhamento (IFETS,VAGAS, ENSINO
PROFISSIONA-MEDIO
e monitoramento REGULAR)
do Acesso e
Permanência na • Novos concursos
Escola de Pessoas públicos
com Deficiência (ESPECIALISTAS
beneficiarias do FNDE -\IFETS)
Benefício de • Cidades-Polo
Prestação (NOVAS UNIDADES
FEDERAIS DE ED.
Continuada da TEC.)
Assistência Social
OUTRAS AÇÕES

“Estágio” –Educação
Superior;profissional do Livro PDE –
Ens. Médio; da Educação
Especial,e da razão, princípio
modalidade profissional e programas
da EJA.
Lei Nº 13.005/2014
• a busca equidade e pela
pela
qualidade da educação em um país
EQUIDADE tão desigual como o Brasil é uma tarefa
que implica políticas públicas de Estado
que incluam uma ampla articulação
QUALIDADE entre os entes federativos.

• Vivemos atualmente um momento fecundo


de possibilidades, com bases legais mais
avançadas e com a mobilização estratégica
dos setores públicos e de atores sociais
PLANOS importantes neste cenário. É possível
realizar um bom trabalho de alinhamento
EDUCACIONAIS dos planos de educação para fazermos
deste próximo decênio um virtuoso marco
no destino do nosso País.
1- Garantia do direito à 2 - Redução
educação básica com das
qualidade, acesso, à desigualdades
universalização da e à valorização
alfabetização e à da diversidade
ampliação da
escolaridade e da - (METAS: 4;8)
oportunidades
educacionais -(METAS:
1;2;3; 5;6;7;9;10;11)

3- Valorização
5-Fortalecimento da dos
gestão democrática e profissionais da
financiamento (METAS educação-
19;20) (METAS:
15;16.17.18)
4- Ensino
Superior -
(METAS:
12;13;14)
1- Garantia do direito à educação básica com qualidade, acesso,
à universalização da alfabetização e à ampliação da
escolaridade e da oportunidades educacionais -(METAS: 1;2;3;
5;6;7;9;10;11)
2 - Redução das desigualdades e à valorização da diversidade -
(METAS: 4;8)
3- Valorização dos profissionais da educação- (METAS:
15;16.17.18)
4- Ensino Superior - (METAS: 12;13;14)
5-Fortalecimento da gestão democrática e financiamento
(METAS 19;20)
Gestores, profissionais da escola, estudantes, pais e a sociedade em geral devem
se preparar para a tarefa de elaboração dos planos de educação. Todos precisam
ter em mente que é urgente

Superar a visão fragmentada de gestão da própria rede ou sistema de


ensino.

Compromisso de todos os entes federativos com cada uma das 20 metas nacionais
Em função das responsabilidades constitucionais, o envolvimento de cada esfera
com cada meta é diferenciado.
▪ 1997- São consolidados, em dez (10) volumes, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o
Ensino Fundamental, do 1º ao 5º ano, apontados como referenciais de qualidade para a educação
brasileira. Foram feitos para auxiliar as equipes escolares na execução de seus trabalhos, sobretudo
no desenvolvimento do currículo.
▪ 1998 - São consolidados, em dez (10) volumes, os PCNs para o Ensino Fundamental, do 6º ao 9º
ano. A intenção é ampliar e aprofundar um debate educacional que envolva escolas, pais, governos e
sociedade

▪ 2010 - Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica;


- Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos;
- Diretrizes Nacionais para oferta de educação para jovens e adultos em situação de privação de
liberdade nos estabelecimentos penais;
- Diretrizes Operacionais para Educação de Jovens e Adultos nos aspectos relativos à duração dos
cursos e idade mínima para ingresso nos cursos de EJA; idade mínima e certificação nos exames de
EJA; e Educação de Jovens e adultos desenvolvida por meio da educação à distância;
▪ Em 2011, foram aprovadas as Diretrizes Curriculares Nacionais, dessa vez de implantação obrigatória. O
documento contempla os princípios, fundamentos e procedimentos que devem orientar as práticas em toda a
Educação Básica, ressaltando a organização e a articulação dos sistemas de ensino e também as práticas
pedagógicas dos docentes.

▪ 2012
- Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
- Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Profissional Técnica de Nível Médio
- Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Escolar Indígena
- Diretrizes para o atendimento de educação escolar de crianças, adolescentes e jovens em situação de
itinerância;
- Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Escolar Quilombola,
- Diretrizes Nacionais para Educação em Direitos Humanos;
- Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Ambiental
- Portaria n. 867, que institui o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e define suas
Diretrizes Gerais.
▪ 2013
- A Portaria n. 1.140, de 22 de novembro de 2013, institui o Pacto Nacional de Fortalecimento do Ensino
Médio (PNFEM).
2014
Entre 19 e 23 de novembro foi realizada a 2ª Conae, organizada pelo FNE que resultou em um
documento sobre as propostas e reflexões para a Educação brasileira e é um importante referencial
para o processo de mobilização para a Base Nacional Comum Curricular.
▪ a BNCC é um documento estruturante, que a Undime entende ser instrumento de equidade,
assegurando que todo estudante brasileiro, em todas as regiões do país, tenha garantido o acesso
à aprendizagem de conhecimentos fundamentais para seu desenvolvimento frente ao projeto de
vida que desejar.
▪ Também possibilita maior coerência em todo o sistema educacional, garantindo a inserção de
especificidades culturais locais e regionais.

▪ = Corrigir desigualdades respeitando as diferenças.


Art. 15. A parte
diversificada enriquece e
complementa a base
BASE NACIONAL COMUM
nacional comum,
prevendo o estudo das A BNC é parte do currículo, formado também pela parte
características regionais e
locais da sociedade, da diversificada
cultura, da economia e da Currículo
comunidade escolar, A parte diversificada da
perpassando todos os Escola
tempos e espaços deve contemplar as
curriculares, particularidades dos
independentemente do
ciclo da vida no qual os contextos em que as
sujeitos tenham acesso à unidades educativas se Base Parte
escola. Nacional Diversificada
DCNEB – 2013, p.68 encontram. Currículo Comum
da
Rede

Base NÃO é
currículo
“As quatro políticas que decorrem da
BNCC articulam-se para garantir as
condições que geram a qualidade na
Educação Básica, ou seja, o direito de
aprender e de se desenvolver dos/das
estudantes da Educação Básica,
acolhidos em sua diversidade e em
uma perspectiva inclusiva.” 2º Versão BNCC
p.26
▪ “(...)a existência de uma base comum para os currículos demandará ações
articuladas das políticas dela decorrentes, sem as quais ela não
cumprirá seu papel de contribuir para a melhoria da qualidade da
Educação Básica brasileira e para a construção de um Sistema
Nacional de Educação” 2º Versão BNCC p.26
➢Aprofundamento das desigualdades quando as condições estruturais
básicas para sua implementação não forem providas.

➢Perda da diversidade e riqueza cultural locais.

➢Adesão acrítica dos sistemas de ensino à utilização de materiais


didáticos uniformizados.
RSE E PPP
2006
2012 2012
PROJETO TRILHAS
“Conviva Educação” Alinhado ao PNAIC
Conjunto de Materiais
dirigente municipal de Meta 5 do PNE
(leitura, escrita e oralidade) educação e equipes técnicas
das secretarias (Undime) “Alfabetizar todas as crianças no final do
Compromisso Todos pela Educação 3º /9 até 2022.”
Plano de Metas Compromisso 12 parcerias ( Instituto Natura)
Todos pela Educação”
PDE
2013
2012
2011 Parceiros do Pacto Pela Educação no
CONSED e da UNDIME Pará
“política pública” - MEC (articuladores estaduais)
Instituto Natura, Instituto Synergos,
Fundações e institutos: Victor Técnicos das Secretarias de Fundação Itaú Social, Instituto
Civita, Lemman, Telefônica, Itaú Educação (formadores locais) Unibanco, a Fundação
Social, Fundação Gerdau, Razão Diretores, coordenadores Telefônica/Vivo, o Itaú BBA, Tora
Social, Península, Itaú BBA, Tellus pedagógicos das escolas Brasil e a Fundação Vale
e o Todos pela Educação (formadores escolares)

2018-
2011 2012 Plataforma digital colaborativa alinhada à
MUNICIPIOS BNCC
o Instituto Natura Cursos a distância e espaços de
kit de materiais do projeto Rede de a Educação compartilhamento de experiências
Trilhas via MEC
(RAE) Professores alfabetizadores, estudantes de
diretamente nas escolas pedagogia e gestores escolares
RSE E PPP

Estas parcerias estão no contexto da retirada do Estado e


da interferência do chamado terceiro setor e assim
configuram na dinâmica da Responsabilidade Social
Empresarial que se favorecem das fragilidades de
regulamentação do Regime de Colaboração e se
sustentam na dinâmica da TCH e do Capital Social, os
quais tendem a conciliar o interesse privado ao interesse
público;

Há estudos que pesquisam as interferências


de outros programas ( Ex. IAS) na educação
escolar, tanto no campo da gestão, como no
campo do currículo e da formação;
QUALIDADE “TOTAL” DA
▪ a educação a partir da ênfase na teoria EDUCAÇÃO
do capital humano, defendo a • sucesso da quantificação, da meritocracia,
centralidade desta prática social no dos resultados neoliberais) gestão gerencial,
processo de desenvolvimento da eficiência, da eficácia
econômico sustentável e equitativo.
QUALIDADE “SOCIAL” DA
▪ Uma concepção de educação ou escola EDUCAÇÃO
de qualidade que tome uma perspectiva • sucesso do ponto de vista da Inclusão, da
inclusiva de sociedade democracia
▪ educação é entendida como elemento CONCEPÇÕES ESCOLA E DE
constitutivo e constituinte das relações SOCIEDADE
sociais mais amplas, contribuindo • Aspectos se articulam a expectativas e a
contraditoriamente, desse modo, para a concepções acerca do que deve ser a escola.
transformação e manutenção destas • concepções articulam-se ao ideal de
relações. sociedade que cada grupo ou sujeito espera
construir para as novas gerações.
QUALIDADE
TOTAL

EDUCAÇÃO

QUALIDADE
SOCIAL
E esta lógica, assim como nas empresas, visa obter a satisfação dos clientes e
interpreta que, nas escolas, aqueles que ensinam são prestadores de serviço; os que
aprendem são clientes e a educação é um produto que pode ser produzido com
qualidade variável.

• (SAVIANI,2007

Pelo viés da qualidade total, o verdadeiro cliente das escolas é a empresa ou a sociedade e
os alunos são produtos que os estabelecimentos de ensino fornecem a seus clientes.
Para que esse produto se revista de alta qualidade, lança-se mão do “método da qualidade
total” que, tendo em vista a satisfação dos clientes, engajam na tarefa todos os
participantes do processo, conjugando suas ações, melhorando continuamente suas formas
de organização, seus procedimentos e seus produtos

• (SAVIANI,2007)
a concepção de “qualidade” da qual parte, a qual precisa ser acompanhada por uma
melhoria real na qualidade de vida das pessoas, não apenas em relação à educação, mas
nas suas condições de moradia, de saúde, de emprego, de alimentação, etc., acabando
com as condições precárias e desumanas em que a maioria das pessoas viviam naquele
momento no Brasil

• (Sousa .2013)
A educação, portanto, não pode ser “medida” somente através de índices estatísticos, a qualidade da
educação não é passível de verificação imediata e relativamente rigorosa por meio de mecanismos
convencionais de aferição, aplicáveis à maioria dos produtos postos à venda no mercado.
Nessa perspectiva, a qualidade do ensino ultrapassa os índices de desempenho aos quais está vinculada.
Os índices, os estabelecimentos de metas são importantes para que os governos formulem políticas
públicas que direcionem mudanças na educação, mas pensar na qualidade da educação envolve uma série
de indicadores que demandam de um conhecimento mais aprofundado da escola, do seu cotidiano e de
seus sujeitos.
• ( Paro 2001)
Qualidade total: obtenção de resultados nos exames externos da educação infantil ao ensino superior,
EDUCAÇÃO INDICISTA
Foco nos resultados dos índices
4 programas:
IDEB; PROVINHA BRASIL; ENEM, PISO MAGISTÉRIO (PDE)
NÃO SE CUMPREM NO BRASIL E NO PARÁ

• (Santos .2018)

A educação, portanto, não pode ser “medida” somente através de índices estatísticos, a qualidade da educação não é
passível de verificação imediata e relativamente rigorosa por meio de mecanismos convencionais de aferição,
aplicáveis à maioria dos produtos postos à venda no mercado.
Nessa perspectiva, a qualidade do ensino ultrapassa os índices de desempenho aos quais está vinculada. Os índices, os
estabelecimentos de metas são importantes para que os governos formulem políticas públicas que direcionem
mudanças na educação, mas pensar na qualidade da educação envolve uma série de indicadores que demandam de
um conhecimento mais aprofundado da escola, do seu cotidiano e de seus sujeitos.

• ( Santos .2018)
Isso significa dizer que não só os
fatores e os insumos
Engajamento

resultado de uma construção de


sujeitos engajados pedagógica, indispensáveis sejam
técnica e politicamente no determinantes, mas que os

Participação
processo educativo, em que trabalhadores em educação
pesem, muitas vezes, as condições (juntamente com os alunos e
objetivas de ensino, as pais), quando participantes
desigualdades socioeconômicas e ativos, são de fundamental
culturais dos alunos, a importância para a produção de
desvalorização profissional e a uma escola de qualidade ou que
possibilidade limitada de apresente resultados positivos
atualização permanente dos em termos de aprendizagem.
profissionais da educação.
as condições e os insumos para oferta de um ensino de qualidade são fundamentais para a
construção de uma boa escola ou uma escola eficaz, sobretudo se estiverem articuladas às
dimensões organizativas e de gestão que valorizem os sujeitos envolvidos no processo, os
aspectos pedagógicos presentes no ato educativo e, ainda, contemplem as expectativas dos
envolvidos com relação à aquisição dos saberes escolares significativos e às diferentes
possibilidades de trajetórias profissionais futuras.
a influência do
acúmulo de capital dimensões intra-
econômico, social e escolares em quatro
cultural no processo o papel do Estado em níveis:
ensino-aprendizagem. relação aos direitos, às -condições de oferta
a necessidade de obrigações e às do ensino;
adoção de políticas garantias aos
-gestão e organização
públicas e projetos cidadãos, incluindo a
do trabalho escolar;
escolares para o igualdade de
formação,
enfrentamento da condições para o
fome, drogas, acesso e permanência - profissionalização e
violência, sexualidade, na escola. ação pedagógica;
famílias, raça e etnia, - acesso, permanência
acesso à cultura, e desempenho escolar
saúde,.
Centralizar a materialidade
dessa qualidade na gestão ou
nos professores, como o Estado
e mídia hegemônica vem
fazendo com mais vigor,
atualmente, é no mínimo ,
mascarar e reduzir um problema
estrutural a uma questão apenas
técnica ou operacional
▪ SANTOS, Terezinha Fátima Andrade Monteiro dos. (org). Diálogos sobre a Educação Básica. Curitiba. CRV, 2018.

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▪GRATIDÃO

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